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martes, 1 de julio de 2014

1/07/2014 - ANGOLA: A SAÍDA DA OPOSIÇÂO REPRESENTA FALTA DE HONESTIDADE

"A saída da oposição representa falta de honestidade" - MPLA

Luanda - O Grupo Parlamentar do MPLA considerou que a saída em bloco da oposição, na sessão de aprovação da Conta Geral do Estado 2012, representa um sinal claro de "falta de sentido de Estado e aproveitamento político". 

Fonte: Angop
Este posicionamento foi emitido pelo líder daquela bancada, Virgílio de Fontes Pereira, para quem a medida visou, antes de qualquer outro fim, aproveitar o facto de estar a ser transmitida a sessão em directo para tirar aproveitamento político da situação.

A oposição abandonou o Plenário, por considerar injusto que se interrompesse a transmissão em directo na Televisão Pública e Rádio Nacional de Angola, depois da apresentação das Declarações Políticas, pelas cinco forças parlamentares.

Outro argumento para a retirada foi o facto de estas Declarações Políticas terem sido apresentadas em cinco minutos, tempo inferior aos supostos 10 minutos estabelecidos na última Conferência de Líderes Parlamentares, como explicara a oposição.

Virgílio de Fontes Pereira lamentou o facto de a Oposição ter deixado o hemiciclo numa altura em que se iria iniciar a discussão de um documento que considera de extrema importância no exercício da fiscalização e controlo do Parlamento. "A saída da oposição representa, quanto a nós, um acto de falta de honestidade, uma vez que os argumentos trazidos à apelação, para justificar este acto, são falsos e pecam por falta de rigor”, disse.

Quanto ao argumento das transmissões em directo, explicou que ficou acordado que se iria iniciar o processo e no que a Conta Geral do Estado diz respeito essas transmissões abarcariam apenas a apresentação do Executivo e as Declarações Políticas. “Não foi aprovada a transmissão em directo de toda sessão de apreciação da Conta Geral do Estado. Estávamos todos na conferência de líderes, quando acordamos isso, mesmo a contra gosto de alguns”, expressou.

Quanto ao argumento dos tempos de antena, Virgílio de Fontes Pereira esclareceu que ficou acordado que seriam cinco minutos para as Declarações Políticas e nunca dez como alegou a oposição. “Se algum Grupo Parlamentar não concordou com esse tempo é um problema desse Grupo Parlamentar. Mas a decisão da Conferência de Líderes foi esta e ela deve ser respeitada”, sustentou.

Disse haver recorrente falta de espírito de missão e sentido de Estado, na parte da oposição, sustentando que todo o “barulho” feito pela oposição é para mero aproveitamento político e camuflar “aquilo que não conseguem fazer no contacto com os eleitores”.

“O mais do que isso, que era exigível, era trabalhar. A oposição saiu e nós o MPLA, que temos responsabilidades para com os cidadãos, estamos a trabalhar, porque é esta a missão que os eleitores nos conferiram”, expressou.

Do seu ponto de vista, os deputados que se ausentaram da sala estão no Parlamento apenas para cumprir com o desiderato da democracia (estar no Parlamento), mas não estão lá para resolver o problema do povo. “Não estão interessados que o país avance e irritam-se sempre que no país se desenvolvem actos que dão razão ao programa do Executivo. Irritam-se sempre que ocorrem acontecimentos que valorizam o empenho e desempenho do Presidente da República”, disse.

“Não é inocente esta atitude da Oposição, perante o facto de estar a ocorrer hoje no nosso país uma Cimeira dos Chefes de Estados dos PALOP. É um grande aproveitamento político que a oposição fez”, reafirmou.

Afirmou que o Grupo Parlamentar do MPLA realizou Jornadas parlamentares de carácter internacional, para valorizar o debate sobre a Conta Geral do Estado, tão “reclamada pela oposição. A ideia foi capacitar os deputados, relativamente ao modo como deviam abordar esse documento financeiro.