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viernes, 19 de septiembre de 2014

CONFERÊNCIA REALIZADA EM BILBAO ESP, NO DIA 10/10/2015, PRESIDIDA PELO DELEGADO DA UNITA EM ESPANHA


Respondendo ao desejo da Comunidade angolana residente no País Vasco, realizou-se no passado sábado 10 de Outubro em Bilbao, uma reunião entre angolanos desta Comunidade Autόnoma e  o delegado da UNITA em Espanha Virgilio Samakuva num acto que aglomerou várias dezenas de pessoas, muito interessadas em saber sobre a evolução  da situação  politica social e econόmica do seu pais,  Angola. Por ocasiãode dita reunião,  o delegado do Partido nesse pais proferiu o  discurso que a pedido daqueles que não conseguiram estar presentes, aqui reproduzimos:
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Queridos companheiros responsáveis do Partido em Euskadi,
Prezados compatriotas,
Caros convidados, senhoras e senhores,

Quero, antes de mais agradecer a presença de todos os que, deixando os seus afazeres, aceitaram fazer-nos companhia, nesta importante jornada queorganizamos, respondendo assim aos desejos do nosso Comité local aqui em Euskadi.
Analizada a situaçãodos angolanos aqui residentes a partir de fora, quase que não se tem ideia do que constatamos hoje, aqui no terreno. Ainda restava na nossa cabeça, a imagem da situaçãoque se desenhou aqui por alturas da entrada da crise econόmica que desarticulou a dinâmica que tinhamos por essas terras,  devido a partida de muitos dos nossos compatriotas para as terras do norte da Europa, em busca de uma situação  melhor que lhes permitisse  responder cabalmente, as necessidades de sobrevivência dos seus agregados familiares. Os que tinhamospoucas margens ou tinhamos outras obrigações, por aqui ficamos lutando lado a lado com este bravo povo vasco que nos acolhe, e eis-nos aqui hoje reunidos, para responder a necessidade que se fez sentir, de analizar a situação  do nosso querido país, Angola. E estou particularmente satisfeito de ver o numero de pessoas que conseguimos reunir aqui, sinόnimo do interesse que suscita o evoluir da situaçãode Angola.
Não estamos aqui paracomemorar qualquer data histόrica do Partido, mas é verdade que estamos num encontro organizado pela UNITA. A logica seria que para uma reunião que teria como fim principal o encontro entre militantes da UNITA nos limitássemos a chamar os nossos membros. Mas quando estavamos a preparar a realizaçãodeste encontro, fomos unânimes em optar por convidar não sό os militantes e simpatizantes, mas congregar  a todos os angolanos. Tudo isso tem um significado, tudo isso tem uma explicação. Chamamos a todos,porque na conjuntura actual, nόs queremos falar da nossa vida comum, do nosso patrimonio comum, do nosso futuro comum, ANGOLA.
Mas não se pode analizar Angola, sem passar umarevista relâmpago ao passado histόrico, pois isso nos permite  ver o que de melhor ou pior fizemos, para que na base dessa leitura, possamos ter os pontos positivos como marcos, e também  possamos corrigir  os erros cometidos, para construir um edificio sόlido e confortável para todos os seus filhos, para o nosso Continente e para o Mundo em que estamos inseridos.
Importa por esta ocasiãoreferir que a União  Nacional para a Independência Total de Angola UNITA nasceu no Muangai, bem no coração  de Angola em Março 1966, quando já existia no xadrez politico angolano dois outros movimentos de libertação , a FNLA e o MPLA. Essa criação nãoobedeceu a um simples capricho de criar um movimento. Obedeceu sim, a necessidade que se fez sentir naquele momento, de rectificar o comportamento do nosso movimento nacionalista que, acomodadoa situação, começava a dar sinais de debilidade. No conforto dos hoteis em Brazaville ou Kinshasa, os dirigentes dos movimentos entãoexistentes e aos quais faziam parte os que viriam a ser os futuros lideres da UNITA, pecavam em certos aspectos: a distância que os separava dos campos de batalha numa altura que não havia comunicações como hoje temos telefones, internet etc, não permitia corresponder adequadamente a evolução  da luta no terreno. Dar ordens a partir de locais confortáveis há milhares de kms de distância, resultava em erros de palmatόria pois muitas vezes, ordens chegavam  ao destino, quando já a situação no terreno de combate  era muito diferente. O desejo de acompanhar a luta do povo sofredorde perto, ditou a necessidade de colocar os dirigentes junto desse mesmo povo, junto dos combatentes. A recusa dos dirigentes da UPA e do MPLA em aceitar esse sacrificio, levou um grupo de jovens destemidos liderados por Jonas Savimbi a lançar a UNITA a partir do interior do país, com base em uma série de princípios que haviam de mudar definitivamente o curso da luta, entre os quais podemos mencionar:
-aobrigatoriedade de manter os dirigentes do futuro partido no interior do país,  junto do povo e dos soldados.
-contar essencialmente com as prόprias forças, sem descurar a ajuda externa.  Esta deveria ser a consequência e não a causa do nossa luta.
Estes e todos os outros pontos que constituiram o projecto de Muangai continuaram guiando a luta da UNITA durante, e terminado o colonialismo,ao longo da Resistência dos 16 anos, e tem sido o melhor guia na actual fase da luta contra o comportamento totalitário do MPLA. A UNITA completará no prόximo ano, 50  anos de existência e orgulha-nos constatar que passado todo este tempo, e apesar de tantas armadilhas, apesar de tantas dificuldades,  o nosso projecto inicial de Muangai 66 continua  de actualidade, para fazermos face a todos os desafios que o regime do MPLA impõe ao nosso pais.
Qual é afinal a Angola que temos na actualidade?
Manda-nos a verdade dizer que, passado todo esse tempo e tantas curvas e contracurvas, temos hoje uma Angola caracterizada por:
Ser um grande país, um país com imensas potencialidades, um país que desejaria e se orguilharia de ser chamado potência em todos os sentidos, mas que na realidade é  um pais lançado na miséria, não por causa do seu povo, mas  porque governado por um grupo de individuos que se esqueceram completamente de tudo o que esteve na base da sua luta de libertação nacional e que continuam a ser hoje   os mentirosos de sempre, os preguiçosos de sempre, os mesmos corruptos de sempre, os intolerantes de sempre, os mesmos violadores dos direitos humanos de sempre enfim os carrascos do seu povo, e pior de tudo os grandes gatunos e depredadores da nossa herança comum.
 E não o afirmamos por afirmar. Falamos com conhecimento de causa. Se não, vejamos e não sejamos tão sofisticados. Vamos a coisinhas simples, que confirmam o que estamos afirmando:
1-A Educação dos nossos filhos:
Deve ser uma das mais fracas do Mundo. Ainda em Março do corrente ano vi com os meus olhos numa cidade capital de provincia, que um grupo de meninos que ia a escola levava cada um, uma sacola com livros e um uma lata ou uma cadeirinha plástica, dessas de brinquedos. Falando com eles, compreendi que a escola não tinha carteiras. Sabia,que este era o sistema que se utilizava em Angola durante a guerra e justificava-se como tal. Ora,o nosso pais vive em paz há 13 anos.  Como se explica hoje, a falta de carteiras para as crianças, num pais com fama de rico como é conhecido?  Uma vergonha! O ensino básico é tão péssimo e tão abandonado,que os meninos da 12ª classe ainda escrevem cabeça com dois ss. Osso com ç“cedilhado”. As crianças não sabem nada,nem sequer da tabuada. Alguém disse e corroboro porque é verdade, que se você lhe perguntar quanto faz 3x3, se fôr esperto e futebolista vai dizer-te que é empate!E apesar disso, quando esse aluno chegar ao exame aprova, desde que tenha um bilhete de equivalente a uns 15 euros. O resultado disso é a vergonha nacional que se nota nos alunos da universidade e nos dados estatísticos do Continente e do Mundo. Vi um informe segundo o qual,num universo das 100 melhores universidades africanas o nosso grande país, que se diz sempre que está a subir,  brilha pela sua ausência. Não chega lá.
Vejam sό que a Namibia, ficou independente em 1990, portanto 15 anos depois da independência de Angola e até costumamos afirmar que essa independência foi graças a Angola que lhes ajudou. Muito bem. Mas hoje sabemos que é para lá que nόs,os angolanos temos que enviar os nossos filhos, sempre que  queremos que estes  adquiram de facto conhecimentos sόlidos. Hoje, a Namibia tem universidades no ranking 35 entre as melhores, enquanto Angola nem no 100º lugar está.  Até Cabo Verde tem pelo menoso nº 95; Moçambique ocupa o 43º lugar desse universo ; Burkina Faso 27º;  Ghana 26º. A nossa Angola, NADA. Não está no mapa. Alguma coisa está mal!  Um investigador menciona como razões disso, o facto de que no nosso país os diplomas podem comprar- se. É a doença da corrupção.  Porque as pessoas gostam de títulos,gostam de posições, mas não querem trabalhar. Um pais sem possibilidades para preparaçãoda sua juventude, é um pais condenado.
2- A saúde:
No campo da saúde, fala-se da construçãode hospitais. Muito bem. Mas vemos hospitais cujos edificios, estão pintados de bonito, (alguns até cairam antes de completar 3 anos de vida), mas mesmo os que estão de pé, não passam de paredes vazias e até as vezes com material sofisticado que, com a fraca preparação do nosso homem, não pode sacar-lhe o devido rendimento, transformando essas construções em peças decorativas que fazem com que o cidadão que tenha o minimo de meios,  logo que esteja doente, procure um bilhete de autocarro ou avião   para ir correndo a Namibia, Africa do Sul, Portugal ou Brasil, para evitar a morte certa naqueles hospitais. Companheiros: Um país sem quadros de saúde devidamente preparados e acarinhados, é um país condenado.A consequência é que com um país tãorico, a nossa população continua ter uma esperança de vida a sair ainda timidamente da casa dos 40 anos.
3-O angolano continua a viver sem água potável.
A água potável continua a ser uma miragem, até mesmo na capital. Altos funcionários do regime corrupto do MPLA que deviam fazer com que exista água para toda a gente, têm sequestrado o sistema de distribuição e fazem negόcio com a água do povo através das suas cisternas que circulam por todos os cantos.  Em cada casa que tenha possibilidades, você encontrará uma cacimba onde sedespeja a água que se compra da cisterna  que as vezes foi sacada mesmo do sistema da distribuição oficial da EPAL. A maioria das casas mesmo as que têm aparência de boas casas, têm as torneirassecas. Não falemos das casas do angolano pobre, que nãotenhamjá a tal casa.
4- Energia Eléctrica
A luz eléctrica normal, continua sendo um sonho impossivel em Angola e isso tudo mesmo na capital. Ainda os mesmos dirigentes do partido que governa ou amigos, controlam o negόcio de geradores eléctricos. Você entra num bairro a noite e sόescuta ruido ensurdecedor dos geradores com que os que o conseguem, tentam iluminar a sua casa. Os que não podem, ainda recorrem a velas, em 2015!
5- Higiene
O lixo e as consequentes moscas fazem parte da familia angolana porqueas administrações municipais que nunca foram eleitas pelo povo, não fazem caso. As moscas pululam por todos os cantos. Se por exemplo, você vai ao antigo Bairro Popular de Luanda, você é capaz de perguntar qué pecado é que cometeu o povo desse bairro, para merecer aquele tratamento, da parte de quem diz que governa o país? E não é dos piores bairros.
6- Direitos e Liberdades
As liberdades e os nossos direitos como cidadãos, tudoficou no papel.  Incluso,o direito de manifestar o nosso prόprio descontentamento. Quem fôr a ler a nossa Cosntituição, está tudo muito bem escrito no artº 47. Mas a prática desse direito, resultou nos assassinatos não sό de Kassule e Kamulingue lançados depois de maneira tão desumana aos crocodilos, como nos assassinatos deKamuko, Tchakussanga, Ganga e noutros tantos cuja lista não nos dá  tempo a mencionar aqui, e na brutalidade com que se reprime, qualquer tentativa de levantar a voz contra as barbariedades do nosso imperador,o cidadão JE dos Santos. A cohabitaçãona diferença tornou-se impossível para o regime de dos Santos.
Não é nenhuma novidadea chacina que ocorreu no Monte Sumi em Abrilpassado e estou em crer que toda a gente aqui presente teve ocasião de ver os videos sobre a actuação criminosa da policia do nosso país. Simplesmente horrivel.  Muitas perguntas ficaram no ar com esta histόria dos massacres do Monte Sumi e merecem toda a nossa repulsa. Seja qual tenha sido a culpa da Seita Kalupeteka, será que não haveria uma outra forma de aborda-la? E depois,como se expilica tudo o que sucedeu e a sua sequência?  Vejamos,a falta de assistência aos feridos;a falta de qualquer acomodação humanitária das vitimas directas e colaterais. Não existiu nada disso porque em seu lugar, havia que perseguir e exterminar os que tinham escapado do primeiro golpe. Já ouvi um responsável dizer queos videos que circularam eram falsos e que as imagens que se mostraram eram as do genocídio do Ruanda. Mentirosos, que não sabem mentir! No Ruanda fala-se inglês, francês ou qualquer outra lingua local. Ora os videos que se viram sobre o Sumi, não sό tinham imagens de paissagens conhecidas, como tinham imagens de algozes que tinham farda angolana e falavam português que não se fala no Ruanda, como também falavam umbundo, lingua das prόprias aldeias que eram cenário da barbárie. Nunca ouvi dizer que a policia do Ruanda também fala umbundu.

Como se explica a historia da prisão dos jovens acusados de promoverem um golpe de estado? Em pleno século XXI ainda temos autoridades que prendem e acusam um cidadão de golpista de estado sό pelo facto de ter sido encontrado a leer um livro?  Que atraso de vida? Como podemos construir a Angola que queremos se os nossos jovens não podem leer livros? Como se explica o tratamento dado às mães dos jovens que, querendo pacificamente implorar pela clemência do pai para os seus filhos,sãorespondidas com dentes dos cães  policia?
Os orgãos de Comunicação
Os jornalistas estão de tal forma que não podem exercer o seu trabalho livremente. Sabeis que as radios independentes e até a radio eclésiada igreja, continuam proibidas de emitir para todo o país e desde anos, que limitam o seu raio de acção ao perímetro de Luanda sό para inglês ver, e dizer que há diversos orgãos de informação. Na realidade muitas são as radios ou jornais cujas matérias estão controladas pelo regime. De todas estas imagens que estivemos a projectar aqui sobre as actividades da UNITA no país, nenhuma delas passou nos ecrans da Televisão de Angola que sό estáao serviço da ditadura do senhor J.E.dos Santos. A TPA assiste aos actos, filma, mas mostra outras coisas para enganar o povo e a opinião internacional em geral, com medo de que o Mundo veja o que realmente quer o povo em Angola.Enquanto isso, osjornalistas que pensam por si, estão  amordaçados.
 7- A Economia
O desemprego atinge proporções assustadoras, mesmo nos tempos da fama de uma economia galopante. A vida para o angolano se tranformou num desenrasque dodia a dia em que cada um está por si.
A queda do preço do barril do petroleo veio a destapar tudo e hoje a situação no país atinge todas as familias angolanas. Hoje não há mais camada que não ficou atingida, se bem que a camada dos que mandam, uma vez mais se está aproveitando dessa crise econόmica para enriquecer ainda mais,em detrimento dos que não têm nada. Todos temos familiares que nos dizem o que acontece. As pessoas estãoa ir ao banco para levantar seu prόprio dinheiro e a resposta é que não há dinheiro. As pessoas que sabem que no hospital do país, vai-se para morrer estão a ir ao banco para trocar dolares porque querem ir ao estrangeiro e não conseguem. O único sitio onde podem encontrar dolar é nalgumas kinguilas, mas muitas destas estão controladas também pelos mesmos chefes do regime, que se aproveitam disso para vender tais dolares a preços especulativos.  Em resumo, o nosso país está de mal a pior. Será que a queda do barril de petrόleo justifica tudo? Não! 
O que justifica isso é,de um lado a falta de previsão e do outro lado, a arrogância que levou a não escutarem os conselhosde angolanos lúcidos, que lhes foram alertando sobre a necessidade de diversificar a economia. Agora querem que todos paguemos pelo seu desleixo. Acorrupção generalizada, o roubo do dinheiro público, o nepotismo que faz com que as riquezas do povo angolano se encontrem hoje concentradas nas mãos de uma pessoa, familia e amiguetes, com a prόpria filha a convertir-se na mulher mais rica da Africa, e quando se lhe pergunta onde tirou tanto dinheiro nos quer convencer  que andou a vender ovos. Este desvioé a verdadeira razão  da crise.
Resumindo pois,  o nosso belo pais está cativo e enfermo. O pais está sequestrado por salteadotres que fingem pertencer ao Mundo civilizado, quando ainda estãomuito atrasados, como o demonstram os seus actos, incluindo a proibição de leitura de livros aos jovens .
Estas são algumas das razões que nos levaram a fazer deste encontro, um reencontro de todos os angolanos,independentemente da sua pertença politica. Precisamos deste calor para juntos,tomarmos consciência, da necessidade de união entre nόs, da necessidade da solidariedade dos nossos amigos, neste momento crucial da nossa luta.  Decidimos convocar a TODOS,porque os problemas que Angola atravessa hoje são de TODOS,independentemente da côr do seu partido.
Hoje,a UNITA , não é so UNITA. A UNITA não é so coisa para osseus militantes ou simpatizantes. Hoje, já não podes dizer ah, essa UNITA não está agir bem. Ali devia fazer assim, assim. Não!  A UNITA é um fenόmeno dos Angolanos. Venha. A UNITA é hoje um projecto nacional. A UNITA é hoje essa parede onde convergem todas as esperanças do Povo Angolano que, como tantos outros que se libertaram das ditaduras,aspira a chegada do dia da sua liberdade das garras da ditadura de JES. Antes das nossas habituais divisõessomos angolanos e ao termos a casa a ruir,  temos que actuar cada um com o que pode para enviar uma mensagem democrática forte ao regime,  dizendo-lhe que permita alternância e depois de tanto tempo, que saia,  e descanse um pouco.  Fa-lo-emos rigorosamente pela via democrática e em obediência ao projecto de Muangai. 2017 não está longe. O nosso opressor, continuará a fazer esforços para manter-se no seu poleiro.  Continuará a mentir, para enganar os angolanos e a Comunidade Internacional que começa a descobrir os seus enganos. Um dos métodos sempre usados nas eleições é a fraude. Já estãoa fabricar outras vias de fraude, como foi  a legalização de um partido com insígnias similares as da UNITA com o fim de aproveitarem a distração ou a ignorância do nosso povo. Olhempara a bandeira que vos vou mostrar aqui. Isto já é fraude. Já está em marcha.
Os angolanos estão chamados a estarem atentos e a prepararem a transição democráticapara um novo regime, sem mais enganos. Hoje o País precisa construçãode uma sociedade moderna que não prende um jovem sό porque quer estudar um livro, se não que  lhe encoraje a faze-lo.
Mais do que nunca o pais precisa reconciliação. Uma reconciliaçãoque o MPLA demostrou não consegue realizar. Os angolanos precisam uma harmonia que o MPLA não conseguiu em 40 anos de independência. Em 13 anos de paz conseguiram assassinar 82 cidadãos com nomes, apelidos datas e locais dos crimes, sόpor pensarem diferente, sem contar com as mil e tantas vitimas do Sumi. Precisamos de trabalhar para, pela via democrática, acabarmos com um regime que  não consegue conviver na diferença e que tem  receio de libertar-se do passado,  levando  todos angolanos como seus reféns. Esclareçamos os nossos amigos, as nossas familias no país, mobilizemo-los para o control do voto popular em toda a parte quando chegue o momento.
Aqui em Bilbao, em Victoria e em Euskadi em geral procurem-se, organizem-se, convivam, pensem no vosso país e trabalhem também para ele. Chamem. Perguntem, peçam esclarecimentos das vossas duvidas sobre o nosso futuro e o do nosso país.
Estejamos todos atentos e conectados para que cada um com o seu grão de areia, construamos aquela nova Angola com que sempre sonhamos.
Ye, ye, ye!...
Viva Angola – Viva a UNITA – Viva a Direcção da UNITA-Viva o Povo Angolano