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martes, 18 de agosto de 2015

Ainda sobre o 3 de Agosto

Fonte :Unitaangola
"Jonas Savimbi é um dos pilares do projecto angolano" - Dr Jaka Jamba
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Os militantes da UNITA em Luanda reflectiram, no último sábado, sobre a vida e obra do Dr. Jonas Malheiro Savimbi, numa iniciativa do Secretariado Provincial de Luanda, inserida nas celebrações do 81º aniversário do Presidente fundador.

O Dr. Jaka Jamba, que falou da “Dimensão política e cultural do Dr. Jonas Malheiro Savimbi” destacou os feitos do líder fundador da UNITA que contribuíram para a evolução do fenómeno político e social que é Angola, mormente para a instauração da democracia no país.

O 81º aniversário do Dr. Jonas Savimbi ocorre no ano em que Angola comemora 40 anos de Independência e o Dr. Jaka Jamba valorizou as figuras incontornáveis que trabalharam para essa realidade política.

“Embora essa independência tenha sido nominal, quer queiramos quer não, é um marco importante, porque foi a 11 de Novembro de 1975 que a Angola deixou de ser colónia de Portugal, tonando-se país livre, independente e soberano”, esclareceu, sublinhando que a UNITA sob orientação do Dr. Savimbi, participou da luta de libertação nacional.

Depois de referir que a UNITA nunca reivindicou o monopólio da luta de libertação nacional de Angola, Jaka Jamba alertou os membros, quadros e dirigentes da UNITA sobre a responsabilidade que pesa sobre os seus ombros de dar continuidade a obra iniciada por Jonas Savimbi e disse parafraseando esse ilustre e visionário líder que “a história de Angola será feita com a UNITA e nunca contra a UNITA”.

De acordo com o político, filosofo, historiador e docente universitário, a UNITA graças a estratégia sabiamente delineada pelo Dr. Savimbi, continua a dar passos seguros e céleres, muitas vezes em condições e circunstâncias hostis e adversas.

Para situar melhor a personalidade de Jonas Savimbi, discorreu sobre os grandes acontecimentos que marcaram a sua época e os desafios a que a sua geração fez face, tendo convidado a juventude a estudar o seu pensamento político e filosófico.

Quanto aos grandes mestres e fontes de inspiração Jaka Jamba afirmou que Jonas Savimbi teve um aprendizado multifacetado ao longo da sua vida, em termos académicos, políticos e militares.

“Foi um intelectual muito especial e fino do seu tempo, com uma capacidade de argumentação fora de comum e uma memória extraordinária”, disse, destacando entre as figuras que influenciaram a sua personalidade, os pan-africanistas William Du Bois e Marcus Garvey. Na no Continente asiático foi citado Mao-tse Tung como fonte de inspiração para a ciência político-militar que o Dr Savimbi desenvolveu para o caso concreto de Angola. Entre líderes africanos de então que de alguma forma influenciaram o pensamento do Dr. Savimbi, Jaka Jamba mencionou Abdel Gamal Nasser, Kwame Nkrumah, Felix Houphouet Boigny, de entre vários.

Entretanto, Jaka Jamba entende que a personalidade do Dr. Jonas Malheiro Savimbi teve muito a ver com a sua casa paterna, onde o pai Lote Malheiro Savimbi e helena Mbundu Sakatu moldaram grandemente a maneira de ser e de estar do jovem que veio a tornar-se presidente fundador da UNITA e figura incontornável na história de Angola.

Continuando a falar de Jonas Savimbi, Jaka Jamba desmentiu que tenha sido tribalista.

“A primeira organização que militou foi a UPA e quando saiu não foi seguido por vários quadros jovens de diversas regiões de Angola. Jonas Malheiro Savimbi não era um homem identificado apenas com uma tribo, identificava-se com uma causa”, apontou Jaka Jamba, sublinhando, ainda, que apesar de muitos presságios, a UNITA não só se mantém de pé, mas tornou-se incontornável no cenário político angolano.

Para o prelector, a contribuição e a visão estratégica do Dr. Savimbi também evidenciou-se nos esforços que desenvolveu junto dos dirigentes da FNLA e do MPLA com vista a criação de uma plataforma que levou a assinatura do Acordo do Alvor em Portugal.

“Foi um dos mais activos promotores da reconciliação e unidade dos Movimentos de Libertação para se negociar com os portugueses. Levou uma série de contactos com o Dr António Agostinho Neto, com o Holden Roberto e com Daniel Chipenda, que consagraram o reconhecimento por parte de Portugal do direito de Angola e dos angolanos à autodeterminação e independência”, enfatizou o docente universitário.

Para fazer justiça aos pais da independência de Angola, Jaka Jamba defende a necessidade de haver um Memorial da República, porque pela libertação de Angola lutaram os três Movimentos de Libertação de então, cujos líderes, Holden Roberto, Agostinho Neto e Jonas Savimbi devem ser homenageados em pé de igualdade.

Para Jaka Jamba, a República Democrática que Angola é hoje, é o triunfo do projecto defendido por Jonas Savimbi e implementado no Huambo e no Uige, por ocasião do 11 de Novembro de 1975, quando o MPLA proclamou, unilateralmente a República Popular de Angola, sob a chancela do marxismo-leninismo.

“Bicesse e o quadro jurídico actual que consagra o multipartidarismo resultaram da resistência da UNITA, sob direcção do Dr. Jonas Malheiro Savimbi”, recordou o dirigente político, enfatizando que Jonas Savimbi é um dos pilares do projecto angolano.

“Fique definitivamente claro para a história que o Dr. Savimbi contribuiu imenso para a libertação de Angola. Não podemos falar da independência de Angola sem termos em conta o contributo decisivo da UNITA e do seu líder Dr. Jonas Malheiro Savimbi”, insistiu relembrando ainda o papel desenvolvido pelo líder fundador do Galo Negro na formação integral da juventude e de quadros.