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martes, 13 de octubre de 2015

Vigilia pelos activistas detidos

Fonte :Unitaangola
Sociedade Civil Luandense realiza vigília a favor da saúde de Luaty Beirão e dos activistas detidos
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Uma vigília espontânea foi realizada dias 8 e 9 de Outubro de 2015, na Igreja Sagrada Família, em Luanda, para exigir a liberdade dos activistas detidos no processo dos 15+ 1, há mais de 100 dias, e chamar atenção do governo angolano para o estado debilitado de saúde de Luaty Beirão, que completou na passada sexta-feira, 9 de Outubro 19 dias de greve de fome, em protesto contra a sua prisão, e a de seus colegas.

Várias personalidades de diferentes estratos sociais, como crianças, mulheres, jornalistas, familiares dos presos políticos, membros do Movimento Revolucionário, influentes personalidades da sociedade civil, começaram a concentrar-se no local às 19 horas, com velas acesas, para pedir, também, a mão de Deus na vida do activista Luaty Beirão, que se encontra em situação grave de saúde.

Nelson Pestana Bona Vena, que esteve presente na vigília, manifestou grande preocupação pelo estado de saúde em que se encontra Luaty Beirão. O político responsabiliza o Presidente da República e as autoridades governamentais pelo que vier a acontecer contra a vida do activista.

"Nós estamos aqui, porque, como foi descrito agora, pelo Adão Ramos, a situação é muito grave. A situação já não é uma questão judicial, é uma situação humana, e as autoridades têm toda responsabilidade, naquilo que possa vir a acontecer a Luaty Beirão. O Luaty Beirão está há 18 dias em greve de fome, está num estado de saúde deplorado, como se disse aqui. O importante agora é salvar uma vida. Não é uma pressão sobre o processo, é apenas pressão sobre as autoridades para que mudem o Luaty de Kalomboloka para o hospital prisão", explicou o político bloquista.

Bonavena acredita, ainda, no bom senso dos dirigentes angolanos em salvar a vida do jovem.

"Eu quero acreditar que as autoridades vão assumir as suas responsabilidades e vão procurar salvar a vida do Luaty, até porque, se o querem julgar, têm que o ter vivo. A não ser que queiram fazer uma execução sumária, através desse acto. Se o Luati morrer é como se fosse tiver sido executado sumariamente, sem qualquer tipo de julgamento. Por isso, eles são responsáveis" afirmou Bonavena.

O político do Bloco Democrático, apela todas as forças vivas do país e os angolanos em geral, a exercerem pressão sobre o executivo angolano, com vista a garantir a liberdade incondicional, e alerta que uma eventual morte de Luaty Beirão, constitui peso de consciência para todos angolanos, e não apenas ao Presidente da República.
"Vamos participar na defesa de Luaty, dos outros detidos. Mas o problema urgente, agora, é a vida do Luaty. E, toda pressão deve ser feita no sentido de salvar o Luaty. Toda gente, em fóruns transparentes, movam influências, façam o que poderem. As lideranças políticas deste país não podem ficar com o peso da morte de Luaty nas suas consciências. Porque se isso acontecer, não vai ser só responsabilidade de José Eduardo dos Santos e de todas as autoridades políticas deste país, mas também, com peso na consciência colectiva de todos nós", aconselhou o politólogo.

Louvores, Orações e palavras de conforto, marcaram a vigília que exigiu a libertação incondicional dos jovens activistas e atenção do governo sobre a saúde de Luaty Beirão.