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sábado, 21 de noviembre de 2015

Jornalistas com Dificuldades

Fonte :Unitaangola
Jornalistas com dificuldades de cobertura ao julgamento dos 17 activistas
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Começou dia 16 de Novembro de 2015, na décima – quarta secção do tribunal provincial de Luanda, localizada no Benfica, município de Belas, o julgamento dos 17 jovens acusados de actos preparatórios de golpe de estado pelo executivo angolano. Diferentemente do primeiro dia em que diplomatas acreditados no país, políticos e jornalistas, foram permitido acesso ao interior da sala onde decorre o processo, os dias subsequentes está a ser de muitas dificuldades e restrições para os jornalistas e pessoas interessadas em seguir o caso de perto e a cobertura do julgamento, devido o sistema de segurança montado ao local pelos serviços prisionais e polícia nacional nos dias subsequentes, com expulsão de diplomatas americanos, portugueses, e alemã, e detecção de jovens que defendiam a liberdade dos presos políticos, nesta quarta-feira, a quinta-feira ficou marcada por grandes problemas de cobertura e de comunicação por parte dos jornalistas, tendo sido orientados a se confinarem no pátio do tribunal sem condições de apontamento das ocorrências.


O jornalista do semanário "A CAPITAL" Bens João Feliciano descreveu que o jornalista foram confinados no pátio do tribunal provincial de Luanda, sem condições de acomodação, com os materiais colocados ao chão. De acordo com o jornalista, os proficionais de comunicação social só têm acesso a informação dos advogados ou do arguidos a partir do meio dia que se registra um intervalo no julgamenento.

"Naturalmente, porque já desde Qurta-feira, portanto, o primeiro dia das audiências, estamos a ser impedidos de termos acesso ao interior das salas de audiências. Por quê? Não sabemos. Apesar de uma vez que o julgamento é público. Simplesmente fomos retirados da sala de audiência e estamos aqui confinados no pátio do tribunal, um lugar sem as mínimas condições de acomodação, temos os nossos materiais todos colocados ao chão, sentamos no chão inclusive. Portanto, há uma serie de dificuldades que vamos enfrentando aqui. Não conseguimos escrever em condições. Estamos aqui a aguardar até ao meio dia, quer tenhamos qualquer intervenção aquilo que vai ocorrendo no interior daquelas audiências, quer então os arguidos a serem ouvidos. Apenas temos essas informações a partir do meio dia altura em dão um intervalo por parte dos causídicos e dos arguidos, que tentam falar, a tecer algum comentário a imprensa. Portanto, há uma serie de dificuldades que vamos encontrando aqui neste tribunal", confirmou.

Já o profissional do Portal Rede Angola, que conhecemos apenas como Bohani Ngamba, disse que o maior problema que os jornalistas enfrentam é a dificuldade na comunicação. O jornalista relatou que desde as 7 horas que estava no tribunal provincial de Luanda, até ao meio dia que falava a comunicação social, não tinha conseguido enviar a matéria à sua redacção, que tinha consigo desde as primeiras horas da manha.

O maior problema que temos aqui é a dificuldade na comunicação. Bem que nós somos um portal, um site que temos que actualizar a matéria constantemente. Estou aqui desde a 7 horas que estou aqui não consigo enviar a matéria. É que os meus colegas estão na redação estão a tentar ligar para mim, não consigo. Está aqui a matéria tenho toda escrita, e nem pelo telefone, nem pela internet não consigo enviar a matéria.

O profissional desconhece as razões das restrições dos jornalistas, facto que considera ser um paradoxo, impedir os profissionais ao acesso à sala de audiências, visto que, segundo disse, já não há segredo de justiça sobre o assunto, tendo apelado aos responsáveis do tribunal, a viabilizar a entrada dos jornalistas para os devidos apontamentos, no entanto, sem os materiais os respectivos materiais de trabalho.

"Só o tribunal pode explicar por quê? Isso eu não sei como explicar. Também não vejo necessidade de nos impedir de não entrar na sala das audiências. Porque eu vejo que já não há segredo de justiça nesse assunto. Todos nós já soubemos o que está a ser tratado. Ou nos permitam entrar sem os materiais, mas podemos fazer as nossas anotações, e fora escrevemos e mais tarde publicamos mais tarde nas redacções", ressaltou o profissional.