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sábado, 21 de noviembre de 2015

Parcialidade no julgamento dos Activistas

Fonte :Unitaangola
Ouvintes falam parcialidade no julgamento dos 17 activistas
Presos Polïticos.jpg
Diante destes e outros vícios tornados públicos pelos advogados de defesa, o que se espera do desfecho do julgamento dos 17 activistas, foi o tema reflectido pelos ouvintes da Rádio Despertar, na passada terça-feira, 17 de Novembro, no espaço "A VOZ DO CIDADÃO".

Os cidadãos não acreditam num julgamento imparcial dos arguidos, que começou no dia 16 de Novembro de 2015, com as primeiras alegações dos acusadores e da defesa, apesar de depositarem alguma confiança por parte do juíz da causa, e acreditam que os jovens acusados de actos preparatórios de golpe de estado, serão libertados por pressão da sociedade civil. Os ouvintes asseguraram não haver separação de poderes no país pela situação em que se apresenta a justiça.

Este ouvinte sustenta que os arguidos já foram condenados em hasta pública, pelas autoridades públicas e civis.

"Separação de poderes, em Angola não existe separação de poderes. Tudo por quê? Porque se os advogados não tiveram com o processo minutos antes, é claro que se estava a preparar ali algo que poderia comprometer os nossos ativistas. Mas o desfecho final disto, com a vergonha deste poder ou deste governo, será mesmo querer procurar alguma prova que não existe. Mas assim ainda não deixo de agradecer a todas as forças que estiveram ali a trabalhar no intuito A princípio eu gostaria de dizer que os nossos manos já foram publicamente condenados por autoridades civil de ordens superiores, o porque eles começaram por vir ao público e disseram-nos que o processo estava implicado de justiça. Por conseguinte são que vinham também a público e condenavam os manos que eles estão a cometer actos preparatórios ou tentativa de golpe de estado. Nós claramente sabemos que cá a justiça não funciona e se funciona está a base das ordens superiores e essa ordem superior está bem identificada", declarou este ouvinte.

Outro ouvinte que também falou ao espaço "A VOZ DO CIDADÃO" ressaltou o facto do presidente da república ser alérgico as políticas contestatórias ao seu governo.

"Acredito que muitos estão a dizer que os manos foram condenados, os manos ainda não foram condenados, porque se eles fossem condenados não estariam lá no tribunal a partir do dia 16 e o julgamento continua até hoje. Acredito que o José Eduardo dos Santos é um presidente que tem uma separação muito enorme que aos jovens que não comungam da sua ideologia política ou da sua política da governação; essas pessoas para o José Eduardo não presta".

Este ouvinte acredita na imparcialidade da justiça angolana e consequentemente na libertação dos 17 arguidos, para o bem do regime angolano. O ouvinte sustenta que o MPLA está arrependido pelos maus-tratos causados aos jovens, e acredita que o presidente da república já refletiu sobre o assunto, e na possibilidade da libertação dos presos políticos.

Eu acredito que essa justiça vai correr da melhor forma possível, porque eu confio na justiça angolana. Eu tenho a certeza que o nosso juiz também já pensou e chegou a conclusão que não deve condenar os rapazes; porque eles não fizeram absolutamente nada. Sendo assim não há motivos para condenação. Já sofreram muito tempo lá na cadeia. Portanto, é a hora dele saírem dali, serem soltos e viverem a sua liberdade e continuarem com o seus trabalhos de activismo. Porque é um direito que nos cabe através da constituição, no artigo 47. Portanto, não há motivos para serem condenados. E eu confio nessa justiça. Eu também sei que os senhores do MPLA têm pensado e já estão arrependidos de todos os males que têm causado no povo angolano. Acredito eu que eles chegaram a conclusão que não devem mais continuar com esses comportamentos, e penso que o presidente da república também pós a mão na consciência. E, bem, eles já foram chamados atenção, tanto, mais que as entidades internacionais também se estão a descontentar com esta situação. Portanto, não há motivos para serem condenados. Eles vão soltar os nossos jovens e nós vamos agradecer e vamos continuar com os nossos trabalhos. Assim é que a gente quer. Uma Angola melhor, uma justiça justa e transparente, apelou.
Este ouvinte fez fé na libertação dos jovens activistas, ao mesmo tempo apela as instâncias judiciais a libertarem incondicionalmente os presos políticos, assim como desvalorizou a condenação dos activistas, em hasta pública, pelo presidente da república.

"Acredito que vamos acreditar que os nossos manos devem ser soltos agora e já. Nós temos que pedir a liberdade dos nossos manos, porque os nossos manos estavam a ler um livro. Então, se eles estavam a ler um livro, o que é que diz na constituição: o artigo 47? Direito de reunião e manifestação, sem arma e sem qualquer objecto que afere o governo da república. Então, os manos estavam a ler livro em uma palestra, eu também já participei em várias palestras. Agora porque é que o povo angolano está a querer dizer que os manos foram condenados. Aquela é uma palavra que o presidente falou, porque o presidente já está há muito tempo no poder. Nós não podemos cair nas palavras deste senhor presidente. Então, nós devemos pedir que o governo tem que libertar os nossos manos para ficarem fora das cadeias. Os manos não poder estar presos. Porque na cadeia não é o lugar para os manos", defendeu.