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martes, 5 de abril de 2016

Historiador defende diálogo sério como esteio para a Reconstrução Nacional

Fonte :Unitaangola

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Falando esta segunda feira, 4 de Abril de 2016, dia em que o país celebrou 14 anos de Paz e Reconciliação Nacional, na Rádio Despertar, sobre o tema: paz que se consubstancia na vida económica, cultural e sócio-política: avanços e recuos, o académico e historiador Dr. Almerindo Jaka Jamba, apontou como caminhos para a reconstrução nacional consistente do país, o diálogo inclusivo, não só entre os partidos políticos, como também no domínio da governação e a sua divulgação a todos os angolanos.


"Portanto, em termos dos passos que merecem ser dados, em termos de reconstrução nacional, é preciso que haja, de facto, mais diálogo, e este diálogo tem de se circunscrever-se a todos os níveis, mas, sobretudo, à nível da governação, e dos partidos políticos. Por exemplo, o nosso parlamento, tem que promover debates. Tem havido alguns debates, mas esses debates têm que ser projectados, tem que ser divulgados. É uma dimensão também muito interessante, se tomarmos o exemplo de Moçambique.
Eles difundem directamente, Cabo Verde e mesmo na África do Sul. Eles difundem obviamente, o que permite que as populações acompanhem, e até escrutinem se os representantes em que votaram, estão, de facto, a defender e a interpretar aquilo que são os problemas que essas comunidades têm", defendeu o académico.

Para Jaka Jamba, o aprofundamento e consolidação do diálogo, são a via para a construção de uma democracia autêntica e uma sociedade tolerante.

"Diálogo, o diálogo vai permitir que, haja de facto, mais tolerância e mais reconhecimento do outro. Tem que haver um engajamento sério e responsável. O engajamento, uma solução, de que temos de estabelecer e implementar uma democratização, portanto, digna deste nome. Digna, deste nome: significa, quando se fala de instauração, de consolidação, e de aprofundamento da democracia; nós não podemos fazer uma democracia, naquilo que em termos de caricatura se considera nos moldes africanos".

O político defendeu a realização de eleições transparente em África, baseadas em princípios democráticos sérios.

"Portanto, uma eleição em África, pode ser feita de qualquer maneira, porque nos padrões africanos, isto pode passar. Isto não é verdade. Se for princípios democráticos; se for uma eleição; que seja mesmo organizada com toda seriedade para evitar que haja contestações. Então, que seja, que consolidemos, portanto, a organização das eleições. Não podem cair em termo de um ritual, para legitimar quem quer que seja, mas sim, de uma tribuna que permita, de facto, que o povo se pronuncie e passe o poder aquele que merece".