O secretariado regional eleitoral da UNITA em Viana, realizou este Sábado, 21 de Maio do ano em curso, no seu comité da CAOP A, um acto de massa que, visou saudar os ganhos diplomáticos conseguidos pelo presidente desta força política na oposição, Isaías Henrique Ngola Samakuva, com destaque ao recente périplo pela África e Europa.
O acto visou também o lançamento antecipado da campanha de mobilização ao nível regional de Viana, com os olhos postos na vitória nas eleições gerais de 2017.
O acto que se viu inviabilizado pela Polícia Nacional, a mando da administração municipal de Viana, no ponto de concentração inicialmente previsto, devido à uma campanha de limpeza não anunciada do corpo de bombeiros da polícia e da Igreja Evangélica Congregacional em Angola – I.E.C.A, obrigou os participantes ao acto a concentrarem-se na Rua Brasileira, vulgo SGT, onde a caravana da UNITA foi recebida com muito entusiasmo pela juventude local, apesar do esforço da polícia que tentou igualmente inviabilizar a concentração.
A caravana da maior força na oposição composta por membros, militantes e amigos desta formação partidária partiu em marcha, num ambiente de alegria e cânticos do partido, para o destino da actividade, presidida pelo Vice-presidente deste partido, Raúl Manuel Danda, ladeado por outro dirigentes.
O Secretário Regional, António Kutianguia leu a mensagem de boas vindas à comitiva liderada pelo segundo dirigente da UNITA.
O número dois da segunda maior força política no país, que mostrou-se desapontado com a actuação dos agentes da ordem, começou por tecer a seguinte constatação, tendo realçado o papel árduo levado a cabo pelo seu partido ao longo dos anos para que vincasse a democracia em Angola.
"Eu queria em primeiro lugar agradecer aqui, o secretariado regional, por nos ter convidado para virmos aqui, conversarmos um bocadinho, apesar de todas as dificuldades criadas pela administração municipal que, não permitiu que nós fizéssemos a nossa actividade onde queríamos. A UNITA tem Cinquenta anos, Cinquenta anos não são cinco anos, não são cinco meses; e a UNITA não pode ser tratada de qual quer maneira. É a UNITA que pela sua luta levada a cabo durante estes anos trouxe a democracia à este país. É a UNITA que impós a democracia aos nossos irmãos do MPLA e o seu presidente, e tem sido a UNITA ao longo destes anos, que pacientemente tem estado a ensinar aos nossos colegas do MPLA, o caminho da Democracia", precisou o dirigente.
O responsável da UNITA apontou a democracia como melhor sistema político do mundo, por este estimular a liberdade e a diferença de opiniões, conforme ocorre no seu partido, o que torna os homens e mulheres desta força política, diferentes do MPLA e o seu núcleo dirigente, que apenas o seu chefe, José Eduardos dos Santos tem voz de mandar e comandar.
"A democracia não é um sistema perfeito, mas ainda é o melhor que existe neste mundo. É um sistema que permite que cada um produza a sua ideia, cada um pense com sua cabeça. Por isso é que na UNITA, o presidente pode pensar de uma forma, o vice-presidente de outra forma, o secretário-geral de outra forma, aqui o secretário-regional de outra forma, vocês de outra forma, mas nós todos vamos olhar para este conjunto de pensamentos e ver qual é o melhor para a UNITA, qual é melhor para Angola, qual é melhor para os angolanos. Isso é que nos torna diferente do MPLA. No MPLA quem pensa é o presidente Eduardo dos Santos: ponto final, e os outros batem palmas. No nosso partido não é assim", assegurou o responsável número dois do maior partido na oposição. |
