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sábado, 21 de mayo de 2016

Político apela a UNITA a liderar plataforma eleitoral da oposição para a mudança

Fonte :Unitaangola
Plataforma Eleitoral da Oposição Desejada
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Ndonda Nzinga, membro da FNLA, afastado do Bureau Político do seu partido, defendeu recentemente, a necessidade da UNITA, abraçar a responsabilidade de liderar a plataforma da oposição que, inclua a sociedade civil, devido à máquina de fraude afinada que o MPLA ostenta, com o objectivo de levar de vencida as próximas eleições gerais de 2017 e mudar o rumo actual do país.

O antigo integrante do núcleo central da FNLA, que falava no programa Raios-X, que analisou o tema: Como estão os partidos políticos na oposição a preparar-se para as eleições gerais de 2017, disse que a oposição deve envolver a população no debate sobre a preparação do processo eleitoral de formas a forçar o partido no poder a aceder à revisão do pacote eleitoral.

"Realmente há que haver humildade no seio da oposição, e essa plataforma não pode se limitar apenas pelos partidos da oposição deve ser alargada com a sociedade civil, envolver a sociedade civil neste debate para poder enriquecer as idéias de forma sustentadas para a revisão do pacote eleitoral. Por outro lado esta mesma plataforma deve se preparar convenientemente no sentido de ter o pessoal de todos os partidos, técnicos a funcionar e a tudo quanto quer a preparação quer a realização das eleições e o controlo dos resultados. Porque se a UNITA isoladamente pretende alcançar o poder em 2017, através desta via eleitoral, e o MPLA também trabalha neste preciso momento, já afinou sistematicamente a sua máquina de fraude para impedir que a UNITA alterne o poder", defendeu.

O membro do partido dos irmãos insta a oposição angolana, além de assegurar o pessoal técnico dotado para a preparação, realização e controlo do pleito eleitoral, a constituir um bloco consistente, de observadores com vista à cobertura integral das eleições e fazer face à eventual ocorrência de fraude eleitoral nas eleições.


"Então, necessariamente a UNITA deve ter essa visão de congregar os demais, e a sociedade civil, numa plataforma comum avançarmos, rever as eleições, impor a condição de credenciamento integral de todas as mesas e serem cobertas pelos delegados de listas, e a entrega de atas é obrigatória, é de lei, ninguém pode impedir e automaticamente com essas atas podemos ter a capacidade de despolitizar um contencioso eleitoral fiável, plausível que seja aceite pela comunidade internacional. Porque, se confiarmos com Tribunal Constitucional, nada sairá de melhor, porque o Tribunal Constitucional está a serviço do sistema, do regime, e não vai valer nenhum contencioso eleitoral. A fraude pode existir, podemos prová-la, mas a comunidade internacional quer provas automaticamente sustentadas", disse o político.

Ndonda Nzinga, que indicou não descartar o modelo da contagem manual dos votos para as próximas eleições gerais previstas para o próximo ano, solicita a oposição a trabalhar com dados sustentáveis para sobrepor os artifícios da fraude.

"Então nós temos que aparecer e dissermos CNE vem com resultado X nós dissemos que o resultado é Y porque está aqui sustentado nas atas eleitorais, e, no computo geral, e ali sim, iremos desvendar esse mistério de fraude do MPLA", reiterou o membro da mais antiga força política de Angola.