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sábado, 28 de mayo de 2016

Presidente da UNITA condena actos criminosos registados em Benguela contra o seu partido

Fonte :Unitaangola


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O responsável do maior partido na oposição em Angola, Isaías Samakuva, condenou esta quinta-feira, 26 de Maio de 2016, em Luanda, o acto de intolerância política perpetrado pelos apoiantes do MPLA, na passada quarta-feira, 25 de Maio do ano corrente, na localidade da Kapupa, município do Cubal, província de Benguela, contra os deputados da UNITA, em missão de deputação e fiscalização dos programas do governo. O dirigente da UNITA descreveu a atitude como triste e vergonhosa.


"Eu devo dizer que é uma tristeza e é uma vergonha que, os angolanos, depois desses anos todos, de um processo que chamamos de reconciliação, ainda registam incidentes como aqueles que aconteceram ontem em Benguela. Nós estamos este mês, hoje são 26, estamos à cinco dias, portanto, de uma data histórica, de uma data memorável na história do nosso país, que é a assinatura dos acordos de Bicesse, os acordos de paz, que previam, exactamente um processo de reconciliação nacional. Que não está a acontecer, eu não quero aqui, passar de lado", afirmou.

Isaías Samakuva responsabiliza, a direcção do MPLA liderada por José Edurdo dos Santos, por estas práticas recorrentes levadas a cabo pelos militantes do partido no poder naquela localidade e um pouco por todo país. Realçou igualmente o comportamento negligente e conivente das autoridades policiais face ocorrência do grave incidente.

"Eu sempre fiquei convencido que, este tipo de incidentes só existem, porque a direcção do MPLA não faz absolutamente nada, no sentido de consolidar o processo de reconciliação nacional. A Kapupa, o Cubal, portanto, o município do Cubal é conhecido. Os meus colegas, por causa disso mesmo pediram garantias das autoridades locais, para ver se tudo estava em condições. Receberam essas garantias, quando na realidade, isto não correspondia à verdade. A polícia esteve presente, no efectivo fora do normal e não fez absolutamente nada, para não só, impedir esses acontecimentos, que eram segundo, os relatos que nós temos, previsíveis", apontou líder partidário.

O dirigente da UNITA defende uma posição séria das autoridades governamentais no sentido de se pôr fim a estes comportamentos indecorosos praticados por cidadãos nacionais.

"Logo, que, chegaram a Kapupa, os meus colegas viram que a situação não era boa, falaram com os responsáveis do contingente policial que estava aí, que não fez absolutamente nada. E, perdemos um companheiro, por sinal um ilustre companheiro. Também, não temos, até a hora que nós chegamos aqui, não tínhamos ainda notícias de outros dez companheiros. Portanto, é triste e é vergonhoso para os angolanos. Não podemos continuar assim. Os cidadãos não podem fazer o que querem.

Não podem atropelar a lei quando querem e como querem, sem que as autoridades consigam pôr a ordem na comunidade", afirmou revoltado.

O presidente da UNITA criticou uma eventual realização de inquérito pela Polícia no terreno, pela postura permissiva durante a ocorrência da acção, e alertou para degradação da situação em face de recorrentes acontecimentos deste género que ocorrem diante da actuação negligente das autoridades policiais.

“Os meus colegas em Benguela transmitiram-nos que comunicaram-lhes que, havia um trabalho de realização de um inquerito. Vamos, portanto, esperar o que é que vai se apurar. Mas aqui não há mais nada para apurar. Não há mais nada para apurar. Está apurado à partida, a falta de vontade de travar situações dessa natureza, e certamente também, nós vamos aguentando e um dia também ficamos cheios e depois a coisa não fica boa”, advertiu o responsável partidário.