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miércoles, 7 de junio de 2017

Meios de Comunicação Manipulam Imagens

Fonte :KUP
Meios de comunicação social públicos manipulam imagens da UNITA
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O jornalista e político da FNLA, Fernando Pedro Gomes, criticou a maneira deturpada como foram apresentadas as imagens da população que participou da manifestação nacional do maior partido na oposição em Angola, que ocorreu sábado passado, 3 de Junho de 2017, para exigir o cumprimento da Lei pela CNE no que diz respeito a contratação de empresas para prestação de serviços eleitorais.

“Eu apreciei, gostei, vi nos órgãos de comunicação social, embora tenha sido feito de uma maneira confusa, para ludibriar a opinião pública nacional, e apresentaram algumas imagens, até falavam da Huíla, qualquer coisa, Benguela, e não apresentaram as imagens de Luanda nem de outras províncias”, constatou o responsável.

Fernando Pedro Gomes indicou que, a TPA 2, procurou mostrar as imagens com censura, no âmbito das tácticas manipuladoras a forma como este órgão de Comunicação Social Público, retractou a actividade nas diferentes províncias do País.

“A TPA 2, procurou, em fim, mostrar, também com aquelas reservas tácticas ou técnica-jornalística, que aqui o jornalista também entende bem dessas técnicas todas, mostrar uma parte da faceta, não sei quanto mais, dessas manifestações”.

Para o Político da FNLA, a manifestação do segundo maior partido na oposição, deu lição, de que, as manifestações da oposição não são manifestações de arruaceiros nem de anarquias, mas sim ordeiras.

“Foram manifestações, de facto, que decorreram ao rubro, deixaram lições a aprender, sobretudo, no que tange a Polícia Nacional. Está provado, através dessa manifestação, que afinal de contas manifestações da oposição não são manifestações de arruaceiros, de anarquias. Essa manifestação foi uma manifestação ordeira em todo território nacional. E, isto fazendo fé ao pronunciamento de um elemento da polícia, que veio a terreiro a falar exactamente sobre isso”.

Fernando Pedro Gomes disse que a polícia não tem nada a temer, e se se portar assim, nós estamos de facto, no caminho da democracia, ou seja no caminho das liberdades, e para a polícia, de facto, a cumprir o seu verdadeiro papel, que é o de proteger e de velar pela ordem pública e proteger os manifestantes.

O membro de direcção da FNLA indicou que, o acto foi uma lição da democracia para a Polícia Nacional, e fez perceber que é possível realizar actividades de massa com aderência dos cidadãos, sem coacção da população à semelhança do que tem praticado o MPLA, partido no poder.

“Portanto, isto foi, de facto, uma lição da democracia, uma lição que aprendeu a polícia que, afinal de conta, é possível, de facto, conviver com as liberdades dos cidadãos. A segunda nota, também, penso que prende-se, de facto, com o próprio processo da liberdade, portanto, e do contraditório, relativamente àquele que continua a cantar que, já tudo está ganho; que aqui é preciso decreto de feriados, de obrigações dos professores e dos alunos, para irem em determinados comícios, em fim, e não muito nas províncias, em fim. Já não há oposição, toda gente é obrigada a estar ali; não há mercados”.

Por seu turno, Alexandre Solombe, presidente do MISANGOLA junto a sua voz à criticas contra a postura da TPA, na manifestação realizada pelo maior partido na Oposição em Angola.

“O que efectivamente o canal 2 da TPA faz, não é jornalismo. É tudo, menos jornalismo. E, portanto, não pode atribuir aqui a um serviço de bom jornalismo. Aquilo é manipulação, que tem por propósito desacreditar a capacidade mobilizadora das outras forças políticas que nós temos no nosso xadrez. Portanto, não é jornalismo. Jornalismo é uma coisa linda, dá respeito.

De acordo com Alexandre Neto Solombe, o jornalismo é uma profissão de prestígio, e indagou a segurança pessoal dos jornalistas da única estação televisiva do país, devido o trabalho prestado por este órgão de comunicação social.

“Eu não sei se aqueles profissionais da TPA conseguem andar livremente nos bairros, por quilo que eles fazem. Se calhar andam com guardas. Jornalismo dá prestígio, dá respeito, e nós sentimos isso quando fazemos um bom jornalismo na rua, em todos os cantos por onde nós passamos”.
www.unitaangola.org