A UNITA pretende participar de um processo eleitoral inclusivo e participativo, por isso tudo o que estiver errado “deve ser corrigido”.
A ideia foi manifestada pelo porta-voz do partido, Alcides Sakala Simões, no final do encontro realizado esta segunda-feira, 26, entre Isaías Samakuva e uma delegação de peritos da União Africana, no âmbito da preparação das eleições de 23 de Agosto próximo.
“O encontro foi positivo e profundo, porque permitiu apresentar a nossa visão, sobretudo a necessidade de se procurar corrigir tudo o que está errado neste processo, para que se tenha, de facto, um processo inclusivo e transparente no nosso país”, disse.
O responsável disse que, enquanto peritos, a delegação da União Africana, limitou-se a tomar notas das preocupações apresentadas. “Eles vão continuar aqui mais algum tempo para estabelecerem os seus contactos com todas as forças interessadas neste processo”, referiu.
Sobre as preocupações que a UNITA apresentou aos peritos da União Africana, Alcides Sakala disse que se circunscreveram na apresentação de provas sobre “imensas irregularidades detectadas” desde o início do processo de registo eleitoral: a questão da INDRA e da SINFIC e tudo aquilo que “entendemos como preocupação e que pode ser corrigido, porque ainda vamos a tempo”.
“Há necessidade de se fazer melhor em relação aos processos anteriores, para se dar um sinal ao mundo de que nós somos, afinal, capazes de termos processos transparentes no nosso país”, sublinhou.
Relativamente à dinâmica do partido nesta fase da pré-campanha, Alcides Sakala disse que o seu partido tem uma agenda muito activa. “Temos estado a percorrer o país todo; o nosso candidato esteve recentemente na província da Huila, e temos outras iniciativas em perspectiva.Quer dizer que temos já uma agenda intensa neste período da pré-campanha e o balanço que fazemos é bastante positivo; está haver muita aceitação à nossa mensagem e pensamos que o país está preparado para grandes mudanças”, asseverou.
Disse acreditar que a pressão vai continuar, e não pôs de parte a possibilidade de o partido vir a realizar mais manifestações para exigir transparência. “As iniciativas de pressão têm continuado em todo o país, e à medida que estes actos vão acontecendo, nós vamos dando a conhecer à opinião pública nacional e internacional, para se corrigir tudo o que está errado neste processo e que está identificado”. |
