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ACTUALIDADES

As Causas da Crise Financeira em Angola

Fonte :Unitaangola




Crise financeira em Angola resulta de desvios e roubos de bilhões de dólares



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A afirmação foi proferida pelo segundo responsável do grupo parlamentar da UNITA, Adalberto Costa Júnior, no programa "Angola Fala Só" da Voz de América, realizado na passada sexta-feira, em que o parlamentar da foi o convidado do espaço de interacção com os ouvintes.

Durante o tempo de intervenção que tem a duração de 1 hora, Adalberto Costa Júnior, deu uma séria de exemplos que sustentam a sua posição, tais como o surgimento milagroso de milionários no país e a criação de vários fundos com dinheiros provenientes do erário público.

"Não é da consequência da baixa do preço de petróleo que resultam os nossos problemas. A crise económica que Angola hoje vive, resulta muito mais dos desvios e dos roubos do bem público do que da baixa do preço de petróleo. Também resulta do facto de que não temos uma fiscalização daquilo que são os programas de investimentos públicos. O que é que acontece quando isto se trata desta maneira? Desapareceram bilhões e bilhões de dólares das caixas públicas. É directamente relacionado com a surgimento milagroso de milionários neste país, todos eles com a mesma origem. Portanto, não é um problema do petróleo, é um problema de uma má cultura, de atitude pública. Nós temos criados aos últimos anos, fundos ligados ao petróleo, fundos ligados alguma banca, que reinvestia fundos de âmbito internacional líquida. Quer dizer, há uma série de fundos, que hoje questionados, eles já não querem", afirmou Adalberto Costa Júnior.

O deputado da UNITA disse que o seu grupo parlamentar terá provado ao governo ao longo dos debates na Assembléia Nacional que 36 bilhões de dólares tinham desaparecidos em média de três, quatro anos.

"Nós próprios, quando foi feito o Orçamento Geral do Estado de 2015, revisto, provamos ao governo que nos últimos três, quatro anos tinham desaparecidos 40 bilhões de dólares nos fundos que existiam. E, no debate, ficou provado que os cálculos estavam bem feitos, que nós levamos em consideração a percentagem que o governo tem direito, que não é os 100 por centos, é apenas uma parte. Levamos em consideração uma série de responsabilidades, mesmo assim conseguimos provar que apenas em três, quatro anos, foram 36 bilhões de dólares que tinham desaparecidos", justificou.





A pura verdade: Sobre Miala

LEIA IMPORTANTE
Fui colaborador do SIE


AQUI ESTÁ A VERDADE, LEIAM BEM POR FAVOR
Meus irmãos, não vamos fugir do tema porque há quem quer desviar a nossa atenção. Vamos todos ler o que disse o académico e activista cívico, Justino Pinto de Andrade: "Miala foi acusado de ter preparado um golpe de Estado e era isto que nós queríamos que fosse esclarecido aqui, mas infelizmente a acusação não foi nesse sentido" Quem não conseguiu de ler, que volta a ler de novo e daí vou explicar como e porque Miala levou apenas 4 anos de prisão (Isto segundo os lambe botas do JES).

O nosso Miala, genuíno, teve de um lado a sorte de apanhar somente os tais 4 anos mas não fugiu àquilo que ele próprio disse: " Verríssimo disse-me que o Presidente da Republica havia lhe informado para eu ficar calado e quieto porque já não estamos naquele tempo de..."

A problema do Miala não tem nada à ver com golpe de estado nem insubordinação ou que mais que podemos pensar.

A realidade é esta: Como Director dos SIE, Miala solicitou ao PR a compra de aparelhos sofisticados que interferem nas conversas telefónicas para actualizar os seus serviços. O PR deu o seu aval. Chegaram os aparelhos e como não podia deixar de ser, solicitou ao vendedor, que se fizesse uma experiência para aprovar e confirmar a compra.


Dado o valor da compra, o vendedor aceitou e infelizmente, para Miala, neste dia, o teste foi a linha telefónica do seu rival, de sempre, KOPELIPA. Mas quem deu o número de Kopelipa, ninguém sabe. Estavam cinco chefes no tal gabinete de operações, os 4 actuais réus e o Verríssimo. O aparelho interceptou e gravou a conversa entre Kopelipa e "TONINHO VAN DUNEM". Tinha saído de Lisboa para EUA e disse ao Kopelipa que voltaria à chamar no dia seguinte às 16H00 para afinarem as conversas.

Até lá, tudo bem. Comprovaram o aparelho e Miala convoca uma reunião com os seus 4 colaboradores, no dia seguinte às 18H00, no fim do dia de trabalhos. Às 16H00, do mesmo dia, Miala acompanha, sozinho, a tal conversa entre Kopelipa e Toninho e ouviu coisas que não esperava; Oiçam bem: O PR está metido nos desvios dos bilhões de USD do contrato com a China. A família nobre está preparada em investir na construção de empresas em Luanda, especialmente na nova estrada entre Golfe e Cacuaco. Kopelipa assegurou o Toninho: "Não te preocupes que já ocupamos todos os terrenos da zona. Está tudo marcado para ninguém construir".

No dia da reunião, estiveram todos, excepto o Verríssimo. Esperaram 10 minutos e tomou a palavra o Miala que ao dirigir-se aos seus colaboradores disse: "O que ouviram ontem constitui um segredo do estado; ninguém pode levar esta conversa fora daqui como estipula os regulamentos da segurança do estado. Hoje, ouvi coisas que nenhum de vocês ouviu e temos de aconselhar o Presidente para mudar o seu comportamento; Temos de tomar medidas activas para o seu bem".

Na mesma ocasião, entra o Verríssimo que só ouviu a última parte: "Hoje, ouvi coisas que nenhum de vocês ouviu e temos de aconselhar o Presidente para mudar o seu comportamento; Temos de tomar medidas activas para o seu bem." Isto bastou para queimar os outros. Logo que acabou a reunião, precipitou-se e foi informar aos adversários de Miala que são: Kopelipa e Zé Maria e estes, na mesma hora ligam para o Presidente que já tinha acabado o seu trabalho para voltar pois havia um problema de vida ou de morte contra ele.

Ao voltar na cidade alta, ouviu o Vérrissimo e tomou as medidas que devia tomar. Foi dali que tudo começou a história e a verdade está aqui. Miala passou à ser uma pedra no sapato da família nobre pois até lá, ele (Miala) também não sabia da realidade do destino dos bilhões desaparecidas. Mas desde aquele dia, já soube o porque do silêncio do Presidente sobre o assunto e como não é da família pobre.

JES instaura uma sindicância contra Miala e dirigida por quem? Zé Maria e Kopelipa; Nomeia os substitutos do Miala no SIE; sabem quem são? Zé Maria e Kopelipa. Lhes deu a autoridade de fazer tudo para calar a boca do Miala. As invenções começaram na tentativa de golpe de estado; NÃO PEGOU; Passaram na tentativa de envenenamento do PR; NÃO PEGOU. Forma pensando e acabaram na tal de insubordinação e agarraram-se ali mesmo.

É por isto que o Juiz do STM foi aconselhado à não tocar no problema do golpe de estado senão Miala iria desbobinar tudo. Cada vez que Miala tocava neste assunto, Patónio ficava perplexo e para não assumir as consequências, mandou Miala para fora.

Tudo foi cozinhado e é por isto que não queriam a confrontação entre Miala e os seus rivais (adversários) palacianos. Estou escrevendo isto à partir da Europa porque em Angola, não podia por conhecer o sistema. Tenho muito à relatar por possuir a autorização dos condenados.

Meu irmão / minha irmã; és dos primeiros à conhecer esta verdade e como querem nos calar a boca para não divulgar a verdade, cabe-te à ti retransmitir estas verdades aos outros angolanos genuínos para começarmos à saber quem são os que nos governam e quais são as intenções deles. Tratam-se de 3 bilhões de dólares que o próprio Presidente da República não quer mandar investigar o desaparecimento duma dívida que o país (Angola) contraiu em que meia dúzia de pessoas querem beneficiar.

É com estes valores que a família do JES comprou bancos em Portugal e estão a inundar Angola, especialmente Luanda com Bancos privados; o nosso dinheiro, o dinheiro do povo. A Isabel, a Tchizé e outros, onde é que trabalharam na vida deles para comprar um banco que o governo português declarou em falência? Acordemos, irmãos pois o país está à ser vendido ou seja estamos à vender o nosso próprio país com o nosso silêncio. Olhem bem ou analisem bem isto: Em Angola de hoje, Angola monarca de JES, a economia está com a família (Bancos, Sonangol e TAAG); a segurança do país entregue aos primos; o parlamento, também a um primo analfabeto; para ludibriar os angolanos, nomeia um primeiro ministro fantoche que nem poder tem, nem plano para dirigir o país e como não bastasse, os verdadeiros angolanos estão à ser exonerados, nomeados para embaixadores afim de afastarem-se do sistema, e eliminados tranquilamente sob aplausos do próprio angolano porque sabem que a maioria é analfabeta e assim poderão bem controlar.

Agora, vem aí o pior, conforme disse o General Miala, "a intenção deles é re-colonizar Angola mas a minha posição não lhes oferecia tranquilidade para isto", querem obrigar os nossos burros deputados a votarem a lei constitucional à maneira deles onde eles têm tudo a ganhar e o Angolano, tudo a perder.

Nesta lei constitucional, caso for aceite, vamos entregar o país à bicharada. Será o nosso fim. Ele quer e pretende jogar melhor que Mobutu, deixar a família e as coisas bem seguras. ESTA HISTÓRIA DE ELEICÕES PRESIDENCIAIS INDIRECTAS, isto é o voto no parlamento pois será tão fácil corromper os burros dos nossos deputados e assim o país passará nas mãos da família nobre.

Irmão, por favor, balumuka e mande esta mensagem para mais angolanos a fim de estarmos todos em sintonia. Se guardares esta mensagem contigo é porque estás a favor da família nobre. Há 30 anos que está no poder, nunca fez nada para com o povo e não é agora que vai fazer algo. Não me digam é porque o país estava em guerra.

Esta desculpa da guerra deve acabar. Luanda não conheceu a guerra nem por uma semana. Aquilo foi apenas distúrbios de 3 dias mas que o próprio MPLA provocou pois sentia-se incómodo ao lado da UNITA armada. Mas já estamos em paz há 7 anos e José Eduardo dos Santos roubou mais em 7 anos do que em 23 anos. Já deram conta disto? Por isto, balumukeno!!! General Miala foi mau para uns e bom para outros. Não se pode agradar a todos, duma vez. Mesmo se morrer, pelo menos deixou-nos esclarecido sobre o tipo de governantes que temos e vamos, todos, reflectir.

Passem esta mensagem a inúmeros angolanos até chegar no próprio José Eduardo dos Santos para ter a consciência tranquila do que o povo Angolano já sabe das verdades sobre o caso Miala. Não se tratava de tudo quanto queriam nos fazer crer.
Kamoxi!

Olá amigo Kamoxi

Seja bem-vindo a este espaço "Kandandos Angola".

A questão que levanta, é muito pertinente. É uma questão política interna, das guerras também elas, internas, entre chefias militares, que no dever do seu cumprimento enveredam por outros caminhos, ao qual o povo desconhece e é altamente prejudicado. Chefias essas, que também manobram a imprensa, ao ponto do povo só ter acesso às informações que eles manipulam, resultante do elevado grau de analfabetismo apresentado por esse mesmo povo, que facilmente é manipulado.

Muitos angolanos, não estão motivados nem capacitados para abordar este tema, devido precisamente ao impedimento do acesso às verdadeiras causas de como tudo se processou.

Amigo, estamos a falar de Angola, onde tudo é possível, inclusive o impossível.

Continue a colaborar connosco.

Estamos juntos!

Abraços e kandandos

(nota: Veja o próximo vídeo. Infelizmente o nosso país, detentor de muitas riquezas, ainda continua a precisar das ajudas internacionais. Este facto antigamente, acontecia por causa da guerra. Actualmente, não existe guerra e continuam a ser necessárias ajudas internacionais. Eu pergunto: onde estão a ser investidos os capitais resultantes das receitas do petróleo? Não será, um desprestígio para nós angolanos e para quem governa Angola. Para mim estas situações são indicadores relevantes. Para outros, talvez sejam, irrelevante)

Cazimar



CABINDA Á FERRO E FOGO ; TORTURA E PRISÕES BARROTADAS
O coordenador da marcha contra a má governação e as violações dos direitos humanos marcada para hoje dia 14 de Março em Cabinda “José Marcos Mavungo” foi detido esta manhã pela Policia da Ordem Pública, junto ao recinto da Igreja Católica Imaculada da Conceição, quando este se dirigia a habitual misa matinal. Até ao momento não se sabe a unidade policial onde foi encaminhado.

Por outro lado, o advogado e jurista Arão Temba está retido no posto fronteiriço do Massabi, quando o mesmo dirigia-se a Ponta Negra. Segundo o interlocutor com que conversamos, o Dr. Arão Temba encontra-se no Gabinete do Agente da DPIC que segundo ele cumpre ordens superiores do Comandante Municipal do Cacongo, que ordenou que algumas individualidades de Cabinda estão proibidos de deixar aquela província.

Continuaremos a actualizar a informação
Para mais detalhes, queiram contactar o Sr. Simão Madeca através do terminal +244 913 135 340"
 

 

Samakuva acusa comunidade internacional de usar dois pesos e duas medidas
Líder da Unita questiona silêncio em relação a violações de direitos humanos em Angola.
Isaías Samakuva
O presidente da Unita Isaias Samakuva vaticinou que o fim do regime de José Eduardo dos Santos está prestes a chegar ao fim. Em conversa com a Voz da América, o líder do maior partido na oposição considerou que a historia não mente, e todos os ditadores e tiranos caem sempre.Samakuva apelou igualmente à comunidade internacional para deixar o lado comercial e ver as atrocidades que são cometidas pelo regime no poder em Angola.
"Não há regime nenhum que vai continuar a fazer isso até onde quiser, o passado mostra que regimes opressores e tirânicos chegaram ao fim e o fim do MPLA está a chegar", disse.
Numa alusão à prisão recente dos 15 jovens do denominado Movimento Revolucionário, Isaias Samakuva criticou a comunidade internacional que, na sua óptica, usa dois pesos e duas medidas para avaliar o mesmo tipo de violações.
"O nosso Governo faz isso à vontade porque as instituições internacionais, que condenam violações do tipo noutros lugares, mas quando é Angola ficam caladas”, acusa o líder da oposição, que questiona “quais os padrões de ética e de civilização e até morais estão em troca desses interesses comerciais”.
Para Samakuva, é preciso que “os amantes da liberdade se pronunciem perante estas violações que acontecem aqui em Angola"

OPOSIÇÃO/ANGOLANA__VERSOS MUDANÇA__


A muito tempo venho me questionando a existência do PRS e a FNLA como oposição, quase que não se nota empenho ou vontade destes partidos chegarem ao poder.

Parecem estar mais conformados como oposição do que lutar para chegar ao poder razão pela qual os militantes visionários desistem pelo fracasso da produtividade aderem partidos com probabilidade de atingir ao poder.

O PRS e a FNLA parece que não têm jovens porque não vejo paginas ou contas ativas nas redes sociais com a finalidade de promoverem os seus projetos partidários como faz a Unita e a Casa-ce.

Exemplo: Procurei a foto do presidente do PRS no Facebook não encontrei, a do Lucas Ngonda da FNLA encontrei apenas no Club-k, Eduardo Kuangana nem nos Sites de notícias tem sua foto como presidente do PRS, isto está mal.

Nb-o cota Joaquim Nafoia tem razão.
Mais aonde está a juventude do PRS e da FNLA? (Por: www.ponto-final.net)

 

Savimbi queria Vicente Pinto de Andrade como PM do seu governo

Lisboa -  O Presidente-fundador da UNITA, Jonas Malheiros Savimbi, segundo um cruzamento de dados, partilhava junto dos seus principais colaboradores políticos, ainda na Jamba,  que em caso de vitória eleitoral em 1992, o seu partido, estaria disponível para convidar uma figura que não fosse da UNITA,  para se tornar  no Primeiro Ministro do seu futuro governo.
 Fonte: Club-k.net
Salupeto e Chivukuvuku lhe sugeriram  um outro nome
Jonas Savimbi, estava convencido que ganharias as eleições naquele ano. Porém, a figura  que ele identificava qualidades e outros predicados para desempenhar o cargo de PM, é   Vicente Pinto de Andrade, um académico de referencia em Angola e oriundo de uma família tradicional cujo patriarca, o tio,  Mário Pinto de Andrade, foi o primeiro Presidente do MPLA, ao tempo da guerrilha contra o colono português.
Enquanto pensava numa figura neutra para PM, o então Presidente da UNITA, teria solicitado a dois quadros seus, Elias Salupeto Pena e Abel Epalanga  Epalanga  que sondassem um outro nome dentro do partido mas com particularidades que pudessem também agradar  o eleitorado  do litoral.
Estes dois dirigentes  teriam lhe sugerido, para Primeiro Ministro, o dirigente partidário Victorino Domingos Hossi, na altura um quadro em ascensão partidária e que teria se formado em direito em Portugal.
Victorino Hossy, foi ao encontro das exigências de Jonas Savimbi mas tinha no ver do líder do “Galo Negro”,   um "handicap" que era de  estar oficialmente  solteiro na altura.  Apesar do seu estado civil, Domigos  Hossi, tinha uma companheira desde o seu tempo de Portugal, e com quem esta até aos dias de hoje, Lena Pinto de Andrade, curiosamente familiar de Vicente de Andrade.
Não obstante as sondagens que vinha fazendo, o então presidente da UNITA, antes de regressar das matas, havia ensaiado uma estrutura governamental em que  também premeditava como Primeiro Ministro, o seu então Vice-Presidente Jeremias Chitunda.  Contudo, estava  garantido  que em caso de vitória eleitoral, em 1992, o seu ministro da Defesa Nacional, seria o general António Sebastião  Dembo. 
As dirigentes Maria de Fátima Moura  Roque e Judith Bandua (malograda esposa de António Dembo), também estavam garantidas que  deveriam ser Ministra das Finanças e do Ensino Superior, respectivamente.  Foi Fátima Roque, académica angolana  a viver actualmente em Portugal, a  figura a quem Jonas Savimbi delegou poderes para estudar o programa económico que o  futuro governo da UNITA  iria implementar em Angola.
Admiração e respeito de Savimbi por quadros que não eram da UNITA
Já desde a Jamba, o líder fundador da UNITA, expressava admiração por Agostinho Neto.  No ponto de vista de Savimbi, se Neto não ocorresse a morte prematura de Neto, a guerra nunca teria se prolongado porque ambos conseguiriam ter entendimento para por termo o conflito, ao contrario de Eduardo dos Santos, a quem o mesmo desapreciava.
A titulo de exemplo, Savimbi, transmitia aos seus colaboradores que num governo de Agostinho Neto, ele seria capaz de aceitar o convite para ser Ministro das Águas, porque no seu entender, o falecido líder do MPLA, era um nacionalista que lutava pelos angolanos. Também tinha simpatias por Lopo do Nascimento.
Para além de Agostinho Neto e  Vicente Pinto de Andrade, um outro quadro angolano (não da UNITA), que Savimbi manifestava admiração é Filomeno Vieira Lopes, economista e dirigente da alta estrutura do Bloco Democrático.  Savimbi,  entendia que os pronunciamentos de Vieira Lopes, feitos em Luanda, era preenchidos de coragem para um pessoa que vivia em Luanda, onde estava o regime.  Quando teve oportunidade falou pessoalmente com este dirigente político transmitindo-lhe o seu apresso. 

Advogados dos familiares de Cassule e Kamulingue processam "General Filó"

"General Filó" voltou a faltar a audiência no tribunal.
David MendesDavid Mendes

Estado-Maior General alega que foi operado e deve ficar mais um mês no exterior.
Coque Mukuta
Os advogados dos familiares de Isaías Cassule e Alves Kamulingue, assassinados em 2012 por agentes dos serviços, vão processar criminalmente o oficial superior das Forças Armadas Angolanas, tenente-general, José Peres Afonso, conhecido como “General Filó” por ser um dos autores morais dos homicídios.

 

Presidente de Cooperativa agrícola torturado pela Policia angolana

LuandaSimões Anacleto, o   Presidente da Cooperativa agrícola do Banza Yeto,  na comunica do Icole e Benguo, foi recentemente capturado e torturado  por agentes da Policia Nacional da esquadra junto do estaleiro da Tahala,  afecta ao comando da divisão de Catete.
Fonte: Club-k.net
Ao se aperceberem pelo seu desaparecimento estranho, a família de Simões Anacleto decidiu contactar o comandante da esquadra da Tahal. Este por sua vez informou a esposa, que o  líder da cooperativa  encontrava-se numa das unidades Hospitalares.

Ocorrente dos factos a direção da organização não governamental   SOS Habitat se deslocou no passado dia  3 de Março de 2015, ao Comando da Divisão de Catete onde apuraram os seguintes factos:

1. O Sr. Simões Anacleto foi encontrado no Hospital Municipal de Catete, com ferimentos graves conforme as imagens fotográficas que apesar de estar inconsciente, conseguiu afirmar aos activistas de que foi convidado pelo comandante da esquadra situada junto ao estaleiro da TAHAL BAHAL para subir na viatura da polícia com o objectivo de leva-lo ao comando da Divisão com fim de ser acareado pela investigação criminal e ao meio do caminho, com a viatura em velocidade os agentes da polícia o empurraram para o chão.

1.1. Os activistas se deslocaram ao comando da Divisão de Catete com o objectivo de fazer uma participação sobre o sucedido, mas, o Sr. Comandante da Divisão de Catete entendeu chamar os agentes e o cidadão envolvidos na acção para se apurar a veracidade dos factos. Os agentes da policia que praticaram a acção, posto na sala do Sr. Comandante Municipal de Catete informaram que o carro estava com velocidade de 40 km/h infelizmente Sr. Simões Anacleto saltou do carro.

De recordar que o Senhor  Simão Anacleto tem resistido contra a usurpação do espaço da cooperativa pela empresa Tahal responsável pelo projecto de desenvolvimento hidroagrícola cujo  uma parte do espaço pertence a cooperativa agrícola que ele lidera. 


Revelações inéditas revelam que Savimbi não morreu em combate

Lisboa - Está a ir por “água a baixo” a propaganda governamental que prevaleceu nos últimos 13 anos, insinuando que Jonas Malheiro Savimbi, o líder-fundador da UNITA, teria morrido em combate na província do Moxico.
Fonte: Club-k.net
Estava a tomar chá de mel quando foi assassinado  
Uma competente pesquisa, baseada - em anotações de testemunhas vivas que poderão ser publicadas em livro - desvenda ao pormenor todo mistério em torno do que se passou naquela tarde do dia 22 de Fevereiro de 2002, nas proximidades de Cassamba, localidade adjacente ao Luvuei, um dos três afluentes do rio Lungue-Bungo.
Segundo a pesquisa, tudo começou quando naquele dia o presidente da UNITA preparava-se para ir a margem esquerda do rio Luio, na ex-Zona Belo Horizonte (Moxico), ao encontro da base do general  Njolela Gomes Jorge vulgo “Big Jó”.
Na manha daquele dia por volta das 7 da manha, escutaram-se disparos contra a base do general “Big Jó”. Assim sendo, Jonas Savimbi e o seu grupo integrado por 13 elementos mudaram de rumo após terem orientado um soldado da coluna presidencial a efectuar partulha para terem melhor percepção do que se estava a passar naquela zona.
No período de tarde, perto das 15 horas, a coluna presidencial de Jonas Savimbi decidiu entrar para uma mata serrada para acampar  uma vez que estava a choviscar naquele momento.
No momento em que estavam acampados, Savimbi descalçou as botas e estava a tomar chá de mel, quando um jovem da sua coluna, que teria ido fazer “necessidades maiores”, regressou assustado avisando que viu a virem em direcção da coluna presidencial, um grupo de militares trajados com uniformes das FAA, guiados pelo soldado X, ex-integrante da coluna presidencial que estava desaparecido desde o dia 4 de Fevereiro daquele ano.
O grupo que estava a ser guiado pelo soldado X, (nome propositadamente ocultado), ajudou a seguir os rastos do “velho”, através das marcas das  botas de fabrico francês com um piso  especifico  que o lider guerrilheiro usava.
Quando as FAA aproximaram-se da tenda dos guerrilheiros, fizeram o primeiro disparo contra Jonas Savimbi, atingindo na lateral do peito. Durante aquela alvoraça, um dos elementos da sua guarda que estava a jogar xadrez, a um certo metro de distância, se puseram em fuga.  
Savimbi colocou uma das mãos no local da ferida e outra numa posição superior simbolizando acatamento, ou melhor, demonstração de alguém  que não estaria a mostra resistência. O líder guerrilheiro olhou para o soldado X, que estava aproximar-se de si, e o terá dito o seguinte, na língua umbundo,  AMOLANGE OKUETE OLUTAKAI. VIALUA VIWA NDA KULINGILA, KALIYE WAKULA, NOKE WANDIÑUALELAPO?. Numa tradução livre para o português seria: “agora, te viraste contra mim”.
Logo a seguir, foi-lhe disparados outros tiros, acabando por falecer. Enquanto isto, os soldados das FAA que eram um grupo perto de 30 elementos, comunicaram aos seus superiores sobre o cumprimento da missão. Os outros ficaram na disputa de se apoderar/recolher os pertences pessoais de Savimbi, uma vez que o falecido andava com um saco de diamantes que seria para aguentar o partido caso ele chegasse até a fronteira com a Zâmbia.
Porque da versão morte em combate?
De acordo com a Convenção de Génebra sobre os Crimes de Guerra, um acto é definido como um crime de guerra a partir do momento em que uma das partes em conflito ataca voluntariamente objetivos (tanto humanos como materiais) não-militares. Um objectivo não-militar compreende civis, prisioneiros de guerra, feridos ou soldados desarmados que não mostrem  resistência.
Jonas Savimbi, no momento em que foi morto, não se encontrava a combater, pelo que a luz do direito internacional, o seu desaparecimento constitui crime de guerra (assassinato), uma vez que estava desarmado sem ter mostrado resistência. Logo após ao primeiro disparo, as forças governamentais voltaram a fazer disparos  mortais contra ele.   
Em caso de guerra, a morte de um elemento da dimensão de Savimbi deve ser aprovada por um alto “Comando militar”,  liderado pelo Comandante-Em-Chefe do Exército, no caso de Angola, o Presidente José Eduardo dos Santos. É por esta razão que o Chefe de Estado angolano, após ter tido informações privilegiadas sobre o paradeiro de Jonas Savimbi, apresentou-lhe três cenários (rendição, captura ou morte em combate).
As forças governamentais estavam em condições de capturar Jonas Savimbi vivo uma vez que ele não mostrou resistência. Porém, optaram por matá-lo. No seu grupo de 13 elementos, Savimbi e um soldado que tentou mostrar resistência foram os únicos a serem mortos.
De acordo com consultas, em caso de se levantar um processo judicial na corte internacional, o Comandante-Em-Chefe das FAA, ao deixar o poder um dia, seria o primeiro a sentar-se nos bancos dos réus para responder do porque os seus subordinados  fizeram disparos mortais contra um militar, já ferido e que não mostrou perigo.
Em tribunal, o actual Chefe de Estado angolano, na sua condição de responsável numero um das FAA, responderia também o porque do uso de balas incendiadas contra Savimbi. As balas incendiadas faz com que o alvo tenha poucas chances de sobreviver.
Oposição nunca acreditou na tese de morte em combate
Desde 2002, o dirigente político do Bloco Democratico, Filomeno Vieira Lopes, tem questionado em fóruns internacionais sobre as circunstâncias em que Savimbi morreu. Vieira Lopes chegou a dizer numa conferência no Instituto  de Estudos e Segurança da Àfrica do Sul, que o facto de o governo angolano repetir várias vezes a tese de “morte em combate”, levanta suspeitas de que Savimbi poderá ter falecido noutras circunstâncias, e não a combater de armas nas mãos.
Outras versões governamentais; que antecederam a teoria da morte em combate  
Antes do acerto  da tese de “morte em combate”, vários quadros do aparelho de segurança do governo angolano tinha expressado versões desencontradas a oficial. O actual Chefe de Estado Maior General das FAA, Sachipendo Nunda, deu uma entrevista ao jornal Angolense, na altura, dizendo que Savimbi implorou para não ser morto.  
Havia também a teoria de suicídio que ganhou corpo depois que o então director da DNIC, Octávio Barber, utilizou deliberada, ou inadvertidamente, esse termo em pelo menos duas ocasiões no decurso do programa «Tendências e Debates», da  Rádio Nacional de Angola transmitido naqueles dias.
Porque que as autoridades reagem mal quando a UNITA solicita inquérito sobre a morte de Savimbi?
Por outro lado, as autoridades governamentais revelam-se intrigadas quando a direcção da UNITA solicitou um inquérito, para se averiguar as circunstâncias exactas em que morreu Savimbi. O maior partido da oposição tem questionado se morreu mesmo a combater de armas nas  mãos, ou, se foi vítima de assassinato. 
Suspeita-se que terá sido em função destas desconfianças da UNITA que as autoridades anteciparam-se em retirar os restos mortais de Savimbi no cemitério do Luena, no dia a seguir ao enterro, com receios de que pudesse ser alvo de uma enxumação, e posteriormente, uma investigação encomendada pelo maior partido da oposição.
Temas relacionados: 
Abílio Kamalata Numa: ‘Vi o Dr. Savimbi a cair
Os últimos dias de Savimbi
General “Big Jó”, o “Kopelipa” de Jonas Savimbi – In Memoria

 

Amnistia denuncia despejos forçados e repressão à liberdade de expressão em Angola

Luanda - A Amnistia Internacional (AI) denunciou os despejos forçados, a repressão aos direitos de liberdade de expressão e manifestação, os homicídios e o desaparecimento de pessoas em Angola no relatório anual, hoje divulgado.
Fonte: Lusa
"Seria bom que se avançasse um pouco mais no respeito pelas liberdades civis e também pelo direitos económicos, sociais e culturais em Angola", disse à Lusa Vítor Nogueira, presidente da direção da AI Portugal, lembrando ainda que é necessário investigar com rigor e punir os culpados nos casos de mortes e desaparecimentos que envolvem as forças de segurança angolanas.
Segundo Vítor Nogueira, o relatório da AI descreve questões relacionadas com os "despejos forçados, a repressão dos direitos de liberdade de expressão e manifestação, o desaparecimento de pessoas, o uso excessivo da força pela polícia e os homicídios realizados pelas forças de segurança".
De acordo com o documento da organização de defesa dos direitos humanos, em 2014 as autoridades realizaram despejos forçados numa escala superior em relação aos anos anteriores.
"Pelo menos 4.000 famílias foram desalojadas pela força e as suas casas foram demolidas na província de Luanda e setecentas destas famílias ficaram sem habitações adequadas. Houve informações sobre outros desalojamentos forçados na província de Cabinda", indicou o relatório.
De acordo com a AI, "a polícia e as forças de segurança usaram a força ou a ameaça de força, assim como detenções arbitrárias, para reprimir manifestações pacíficas em Angola".
Em várias ocasiões, a polícia deteve manifestantes para depois os espancar e abandonar a centenas de quilómetros do lugar onde foram presos, segundo o relatório.
De acordo com o documento, a polícia e as forças de segurança continuam a gozar de impunidade por alguns casos de homicídios, tendo cometido estes crimes em várias províncias, como Luanda, Malanje, Lunda Sul e Lunda Norte.
Como exemplo, a organização refere que, em maio, agentes da polícia civil, vestidos à paisana e identificados como elementos da 32.ª esquadra de polícia do distrito de Kilamba Kiaxi, em Luanda, mataram a tiro Manuel Samuel Tiago, Damião Zua Neto (Dani) e Gosmo Pascoal Muhongo Quicassa (Smith), no bairro 28 de Agosto.
Foi aberto um inquérito, mas não houve mais informações sobre o caso até o fim do ano passado, segundo a AI.
Vítor Nogueira referiu que continuam a "decorrer processos por difamação" contra várias pessoas, como o jornalista Rafael Marques, e as penas de prisão "podem ser pesadas".
A 19 de agosto, o jornalista Rafael Marques compareceu perante o Tribunal Provincial de Luanda por acusações de difamação contra sete generais e a empresa Sociedade Mineira de Cuango, no caso relacionado com o seu livro "Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola", publicado em Portugal.
Até ao final de 2014 não se havia fixado uma data para o julgamento, segundo a AI.
A organização lembrou ainda o caso do jovem Manuel Nito Alves, que foi julgado, a 14 de agosto, por difamação contra o Presidente e foi absolvido por faltas de provas. As acusações apresentadas relacionam-se com camisolas com inscrições consideradas ofensivas ao Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
Em 2014, a polícia espancou e prendeu jornalistas que informavam sobre as violações dos direitos humanos e pelo menos dois foram presos por divulgar as atividades da polícia.
A organização lembrou ainda que, a 18 de novembro foi retomado no Tribunal Provincial de Luanda o julgamento de oito agentes do Estado pelo sequestro, em maio de 2012, e posterior assassínio de Silva Alves Kamulingue e Isaías Sebastião Cassule, caso que levou à organização de várias manifestações na capital angolana, também reprimidas pela polícia.
Em outubro, na Revisão Periódica Universal (RPU) do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, das 226 recomendações que foram sugeridas a Angola, o Governo aceitou 192 e decidiu submeter as 34 restantes a posterior consideração, "inclusive as relacionadas com a liberdade de expressão, reunião e associação", referiu o relatório.

Jovens criticam política habitacional do Governo Angolano


Estudantes pedem revisão da polícia de construção de centralidades.
A falta de habitação para a juventude continua a ser um dos maiores problemas de Angola.
Jovens contactados pela VOA criticaram asperamente a política habitacional afirmando que os vários projectos habitacionais levados a cabo pelo Governo devem ser revistos.
A VOA ouviu alguns estudantes universitários do curso de arquitectura e outros jovens com formação média que chumbaram todos os projectos habitacionais do Estado e deixaram algumas propostas ao Executivo.
O estudante universitário Bruno Soares defendeu um programa de construção de “casas sociais para que os jovens pagassem a longo prazo”.
Soares disse também que sem o combate ao desemprego na juventude será difícil resolver o problema habitacional.
Antes, disse, é preciso diminuir o nível de desemprego para que não haja problemas como o que vemos nos recentes projectos habitacionais, como o Kilamba, em que o próprio Governo reclama que a população não está a pagar".
Outra estudante de arquitectura, Dina Alfredo, alertou ao Governo para ter sempre em conta o destinatário dos projectos habitacionais.
"Acho que o Governo devia analisar bem o tipo de projectos que faz, devia fazer de acordo com a condições de de cada pessoa porque numa sociedade existem pessoas de diferentes estratos sociais: médio, baixo e alto", disse.
A estudante afirmou que as “centralidades” construídas pelo Governo não têm tido sucesso.
"Esses programas habitacionais como Kilamba, Cacuaco que o Governo está a construir não servem para nós, são para pessoas de renda alta porque eu não acredito que um indivíduo que mora no interior do Cazenga tenha possibilidade de comprar uma casa nas centralidades", concluiu.
Já o técnico médio Dani Pinto reprova o projecto do Zango.
"Zango 3 por exemplo é um projecto que não tem escolas, não tem hospitais, isto não existe, uma pessoa sem condições que adoeça à meia noite por exemplo vai acabar por morrer", criticou.

Angola envia polícias para a Guiné Equatorial


17.01.2015 15:35

Redacção VOA


Oposição prometeu manifestações contra Presidente Obiang durante CAN 2015; Obiang e dos Santos são os presidentes há mais tempo no poder em África
Presidente Teodoro Obiang NguemaA Guiné Equatorial confirmou que Angola enviou contingentes policiais para o país para ajudar na manutenção da ordem durante a taça das nações africanas de futebol o CAN 2015.
Destacadas fontes governamentais desse país disseram que agentes da polícia angolana e soldados zimbabwianos foram enviados para a Guiné Equatorial “para colaborar na manutenção da ordem pública”.
Não foram dados mais pormenores, desconhecendo-se o numero exacto de agentes da polícia angolana ou de soldados zimbabwianos enviados para a Guiné Equatorial.
Desconhece-se também qual o papel exacto que os agentes angolanos irão desempenhar na “manutenção da ordem pública” já que a oposição apelou a manifestações e ao boicote do evento.
Membros da oposição foram recentemente presos por apelaram a manifestações e ao boicote do campeonato.
O Zimbabwe já declarou publicamente ter enviado um contingente de “membros das forças de defesa, polícia e de outros serviços de segurança” que chegaram á Guiné Equatorial na Terça feira.
Presidente Teodoro Obiang Nguema
O presidente Teodoro Obiang Nguema da Guiné Equatorial e o Presidente Eduardo dos Santos de Angola são os dois chefes de estado há mais tempo no poder em África.
Obiang Nguema subiu ao poder em Agosto de 1979 e Eduardo dos Santos em Setembro do mesmo ano


Cabinda: A governadora é detentora da  maioria das riquezas, diz Arão Tempo

Cabinda - Advogado e defensor dos direitos humanos em Cabinda, Arão Tempo questiona a governação de Aldina da Lomba Katembo, o causídico diz que a actual governadora está mais preocupada com suas empresas do que governar como deve ser a província de Cabinda.

Manuel José
Fonte: VOA

Arão Tempo afirma que está vedado qualquer direito de exercício a Democracia
Aldina Lomba.jpg - 52.62 KB"Os governadores que passam em Cabinda ao invés de governar exercem mais actividades comerciais, neste momento a governadora é detentora da maioria das riquezas em Cabinda, isto é grave, uma província tão pequena mas com tanta pobreza".

O jurista considera que neste momento a Constituição da República de Angola está suspensa em Cabinda. "Está vedado qualquer direito de exercício a Democracia da população, o direito a manifestação está vedado, o direito a consciência e outros previstos na Constituição estão vedados em Cabinda, estamos perante uma ditadura aqui só existe imposição".

Tempo adverte que o problema de Cabinda não tem nada a ver com o petróleo. "A questão de Cabinda não é o petróleo, café ou madeira, podem até fechar os poços de petróleo, esta não é a base das reivindicações aqui, o que sempre defendi que seja concedido ao povo de Cabinda os seus direitos, só assim se pode encontrar solução para Cabinda".

Outro activista dos direitos humanos, Alexandre Kuanga, reforça a ideia de que a governadora monopoliza o mercado de panificação em Cabinda: "Com que dinheiro?", questiona. "A governadora de Cabinda com tantas empresas panificadoras em menos de um ano onde encontrou o dinheiro? Se antes de entrar para o governo não possuía nada, onde saiu o dinheiro?", especifica Kuanga.

A Voz da América procurou ainda em Cabinda contactar a governadora por telefone, mas segundo um dos seus assessores, a governadora não fala por telefone.

Activistas preparam marcha de protesto contra o Governo de Cabinda

Governadora Aldina da Lomba Katembo
Governadora Aldina da Lomba Katembo
A marcha acontecerá em Fevereiro e vai protestar contra a "governação mafiosa".
Cidadãos de Cabinda ameaçam sair à rua em Fevereiro para protestar contra aquilo que chamam de governação mafiosa de Aldina da Lomba Katembo. O grupo de activistas dos direitos humanos do enclave diz estar tudo preparado para que a marcha tenha lugar no início do próximo mês.
O coordenador do grupo de activistas cívicos de Cabinda, Marcos Mavungo disse à VOA que eles estão saturados com o tipo de governação que é levada a cabo em Cabinda pelo Executivo de Aldina Dalomba Katembo.
O grupo contabilizou, nos últimos três anos, 18 pessoas assassinadas e mais de 60 activistas cívicos detidos de forma arbitrária. Mavungo diz que tudo o que se diz na televisão sobre Cabinda não passa de meras declarações de intenções dos governantes que, em seu entender, executam uma governação mafiosa.
"Que haveria água em Cabinda, energia eléctrica, um porto de aguas profundas, um parque industrial e todas as condições para a população de Cabinda; tudo não passa de declarações de intenções porque a governação de Cabinda é de mafiosos que escondem interesses de terceiros poderosos que vão sugando e explorando o petróleo de Cabinda, usando a mão-de-obr, tiram tudo e não deixam nada", acusa Mavungo
Aquele activista diz ainda que qualquer um que queira reivindicar algo é perseguido e até morto e os números são assustadores.
"Instaurou-se uma perseguição sistemática a todos que queiram questionar, muitos activistas presos, hoje estamos num excessivo despotismo feudal que não permite questionamentos e os poderosos exploram cada vez mais
este território”, continua Mavungo, que conclui: “nestes últimos três anos 18 assassinatos confirmados, duas senhoras violadas e 64 detenções arbitrárias sob pretexto de estarem ligados a igrejas ilegais".
Por isso os activistas preparam para Fevereiro uma marcha de protesto contra a governação de Cabinda, como diz Alexandre Kuanga: "Vamos decretar uma marcha em Cabinda para exigir mais transparência na gestão dos fundos públicos".

"Quem não tem princípios não tem muito a oferecer" - MCK

Luanda - O conhecido músico angolano MCK disse que o seu sucesso e o de muitos outros músicos contestatários se deve aos princípios que ele e outros defendem.
Fonte: VOA
“Quem não tem princípios não tem muito a oferecer”, disse o músico que falava num animado “Angola Fala Só” em que respondeu a perguntas de ouvintes sobre uma vasta gama de assuntos, desde a música à politica.
MCK começou por dizer aos ouvintes que em 2015 não tem a intenção de editar um novo álbum mas sim reeditar álbuns anteriores.
O músico tem para 2015 um projecto chamado “Logo no Princípio”.
“No primeiro trimestre vamos fazer as mil cópias de ouro do “Proibido Ouvir isto”, disse acrescentando que serão oferecidos gratuitamente.
“Continuamos na mesma dinâmica de lançar discos de cinco em cinco anos,” acrescentou.
MCK foi interrogado por várias vezes sobre questões de política angolana tendo afirmando que Angola “ é dos estados que mais viola a sua própria constituição”.
A este respeito fez notar como exemplo o facto de, na sua opinião, o direito à manifestação não ser respeitado.
MCK disse que embora se fale de manifestações “nos últimos 3 ou 4 anos não há manifestações, há sim tentativas de manifestações que são imediatamente reprimidas”.
Isso, disse, é uma clara violação da constituição.
Interrogado por um ouvinte sobre o facto de ter sido divulgado que um outro músico Kid MC tem cartão de membro do MPLA, MCK disse considerar esse músico como um amigo acrescentando que no país “ deve haver democracia e liberdade de escolha de opções políticas”.
Em resposta a um outro ouvinte MCK afirmou que não está filiado em nenhum partido “por enquanto” e não tem ambições políticas.
“A participação em politica partidária não é a única opção para contribuir para o engrandecimento do nosso país”, acrescentou, afirmando ainda que “cada angolano na esfera social a que pertence pode oferecer o seu contributo colocando uma pedrinha numa Angola melhor e diferente”.
Interrogado sobre a música de um outro conhecido rapper “Brigadeiro 10 Pacotes” que anteriormente teve problemas com as autoridades, MCK disse que “o exercício musical do brigadeiro 10 Pacotes se enquadra perfeitamente naquilo que são as liberdades”.
“Em qualquer estado democrático e de direito existem limites, mas cabe aos orgãos de direito estabelecer os limites. Mas acho que a música do 10 Pacotes se enquadra perfeitamente naquilo que é o nosso modelo de estado (um estado que se apresenta como um estado de direito)” disse.
Abordando a situação da música em Angola, MCK disse que “genericamente falando” a música angolana cresceu “quantitativamente” muito.
Isto deve-se ao facto de hoje existirem mais opções para os músicos havendo mesmo uma grande parte da música a ser feita em estúdios caseiros ( home studios) o que permite que a “música comece a ganhar um conceito independente cada vez maior”.
“São cada vez menos os artistas que vão para os grandes estúdios como era o caso no passado”, disse afirmando que os grandes estúdios só entram em cena “no trabalho pós produção”.
Hoje em dia, há também na música angolana “uma preocupação estética muito maior”.
“A nossa indústria videográfica também cresceu muito”, afirmou fazendo notar que para além da “força interna” cada vez maior, a música angolana é também já “um produto de exportação” mencionado nomes de artistas angolanos que têm “forte apreciação internacional”.
“A quantidade trouxe qualidade. Hoje dá para exportar”, acrescentou.
Um ouvinte quis saber do “rapper” a sua opinião sobre os musicos que seguem a via religiosa ou oturas vias, ao que MCK respondeu afirmando que “cada artista é um bocado o reflexo da sua educação, daquilo que são os seus princípios, daquilo que são os seus valores”.
“O grande grosso dos artistas em Angola não tem noção dos seus direitos, não tem a preocupação de fazer esse exercício de cidadania que é um direito constitucionalmente adquirido”, acrescentou.
“Não posso responder pelos outros”, afirmando que para ele o rap é a via em que pode combinar a arte com o exercício dos seus direitos e valores.
“Todo o resto depende da educação e princípios”, afirmou.
“ Quem não tem princípios e valores não tem muito a oferecer e quem não conhece os seus direitos não tem muito a oferecer aos outros também”, acrescentou.
Interrogado por um ouvinte sobre as eleições autárquicas, o músico angolano opinou que essas eleições são “um imperativo constitucional”, acrescentando que na sua opinião só a falta de vontade política impede a sua realização.
“A agenda política é refém do chefe de estado”, disse MCK.
Respondendo a uma outra pergunta sobre o parlamento, MCK considerou que aquele órgão “não tem proporcionado discussões de interesse do cidadão”.
“O cidadão não sabe o que acontece na assembleia”,” disse MCK para quem “o cidadão angolano não decide nada”.
Para MCK a sua “ grande motivação de luta permanente e incessante é a paixão em acreditar que é possível acreditar no sonho da criação de um país onde cada um se sente parte dele”.

 

Fecho do Angolense lança jornalistas no desemprego

Luanda - Depois de um tempo a receber obras de reestruturação, o jornal Angolense encerra definitivamente as suas portas e empurra para o desemprego vários jornalistas. O Sindicato dos Jornalistas considera de anormal o que aconteceu.
Fonte: VOA
Ninguém conhece quem são os novos donos do jornal e o Sindicato dos Jornalistas Angolanos diz que foi apanhado de surpresa.
O antigo director de Informação da publicação Agostinho Rodrigues confirma o encerramento do Angolense, mas diz desconhecer quem são os novos proprietários do Jornal, nem que destino terá: "Enquanto funcionário do Angolense não conhecemos quem são os novos donos do jornal"
Outro jornalista que fica no desemprego com o encerramento do jornal é Makuta Nkondo, que conta como soube da notícia: "Dois dias antes do Natal comunicaram-nos o fecho definitivo do jornal, com o formato actual, e pagaram-nos três meses de salários contra os demais que nos deviam e sem o décimo terceiro".
Makuta Nkondo disse à VOA que o salário base de um jornalista no jornal era de 48 mil cuanzas, o equivalente a 480 dólares americanos, e não houve qualquer negociação para efeitos de indemnização.
O jornalista acredita que esta é mais uma medida para silenciar a imprensa no país. "Significa que neste momento o único jornal privado e independente que sobrou é o Folha 8, de Willian Tonet, o MPLA pretende nos impor a ler só o Jornal de Angola, que eu considero de Pravda, a Radio Nacional de Angola, que é a rádio Moscovo, e a TPA, autêntica televisão soviética.
Segundo Nkondo, “os ditos privados como a rádio Despertar, da Unita, e rádio Eclesia, da Igreja Católica fazem a mesma coisa com listas de pessoas proibidas de falar, como eu próprio que estou proibido de falar na Despertar e na Eclesia"
Por sua vez, Teixeira Cândido, porta-voz do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, diz que o seu órgão foi apanhado de surpresa.
“Não acredito que alguém compre um título para extingui-lo um ano depois, isto deixa o Sindicato surpreso e estupefacto com isto de comprarem jornal e depois guardar na gaveta, não é uma situação normal”, considera Cândido, para quem “de certo modo é um ambiente de intranquilidade para a classe jornalística e para o próprio jornalismo".
Contactado, um dos directores do referido jornal Joaquim Maciel assegurou à VOA que não conhece quem são os novos donos e nem sabe que futuro reserva a publicação reestruturada.

 

Miala reconcilia-se com “Kopelipa”

Lisboa -   Em meios do convívio dos  generais  Manuel Hélder  Vieira Dias Júnior  “Kopelipa” e Fernando Garcia Miala notam que estes dois altos oficiais  militares do regime angolano, tem desde algum tempo apresentado sinais de aproximação cessando assim,  o período de hostilidade mútua que os colocava em campos opostos.
 Fonte: Club-k.net
Iniciativas de re-aproximação  entre os dois generais 
O sinal mais visível de iniciativas  de aproximação  entre ambos  foi assinalado  por dois contactos (embora que de  forma cínica) que  tiveram desde que Fernando Miala saiu da cadeia em Outubro de 2009.
No seu circulo privado, por exemplo, o general “Kopelipa”, terá adotado um novo  discurso desmarcando-se da autoria da cabala que determinou ao afastamento e detenção  deste antigo  Director-Geral  da Serviço de Inteligência Externa (SIE).
Já por parte de Fernando Miala, foram também notadas   ausência de reserva contra  “Kopelipa” e outros responsáveis pela sua desgraça política.  Na véspera do seu casamento realizado em Setembro de 2013, o general Fernando Miala comunicou aos seus aos seus  familiares  que convidaria pessoas que no passado o teriam feito mal.  Nesta senda, endereçou um convite ao general Manuel Vieira Dias Júnior “Kopelipa”. Este por sua vez,  não compareceu no enlace matrimonial mas enviou um filho seu, Kopelipa  Pitragros Vieira Dias “Buchecha” que o representou.
Afastado da vida política ou militar activa, o general Fernando Miala tem desde algum tempo vindo a cumprir algumas missões especiais do Presidente José Eduardo dos Santos, razão pela qual “insideres” no regime  aplaudem uma eventual reconciliação   entre ambos  por estarem condenados a trabalhar juntos para o mesmo  patrão.
Da ultima vez que o Presidente JES  efectuou uma visita privada a Barcelona, o general Fernando Miala  teria lá estado, uma semana antes, cumprindo uma “missão presidencial”.
Fernando Miala deixou de ter oficialmente  cargo no regime desde 2006, após ter sido vitima de intrigas políticas aparentemente movidas pelos generais  António José Maria e Hélder Vieira Dias “Kopelipa”. Foi colocado na cadeia por três junto com os seus colegas da Inteligência Externa. Era uma figura da alta confiança de José Eduardo dos Santos  e  actuava  como “segunda entidade” de maior influencia no regime angolano.


O melhor que o Presidente deve fazer, é demitir-se - Alcibiades Kopumi



Luanda - Todos, sem exceção, começando mesmo pelo Senhor, devemos cumprir a Constituição da República de Angola- CRA! Entretanto, isto não se verifica, sobretudo da parte de Sua Excelência, que por actos e por omissões viola constantemente os seus princípios!

Fonte: Facebook

Relativamente ao poder político, à luz do artigo 4• da CRA, este só pode ser exercido por "quem obtenha legitimidade mediante processo eleitoral livre e e democraticamente exercido, nos termos da Constituição e da lei".

Este não é o seu caso, se tivermos em conta o facto de sobre si e de seus colaboradores directos impenderem gravíssimas acusações de cometimento de vários crimes que visaram substituir a vontade do SOBERANO povo angolano, pela sua e em seu proveito próprio.

Só o facto de a própria Comissão Nacional de Eleições-CNE ter admitido que mais de dois milhões de eleitores não exerceram o seu direito de voto, quando na verdade, através de várias manobras fraudulentas e criminosas foram impedidos votar, denunciou um ignóbil atentado à soberania dos angolanos que nos termos do número 1- do artigo 3• da CRA " é una e indivisível pertence ao povo que a exerce através do sufrágio universal, livre, igual... "

Nas últimas eleições, sobretudo, ficou mais mais que evidente a violação, principalmente dos princípios da universalidade e da igualdade o que fragmentou e pois em causa a unicidade e indivisibilidade da soberania.

O Senhor perpetrou um Golpe de Estado, porque se fez eleger em total desconformidade com o que estabelecem a CRA e a lei.

O princípio por si mencionado segundo o qual os resultados eleitorais "desde que confirmados pelo Tribunal Constitucional devem ser aceites sem CONTESTAÇÃO, não só não existe na CRA, como contrariam-na, pois que fere brutalmente o princípio da Supremacia da Constituição, que no número 2 do seu artigo 4• subordina o Estado à CRA, ao passo que no número 3, do mesmo artigo CONDICIONA a validade de qualquer acto do Estado ou ente público à sua conformidade à Constituição.

A criação, por si, de uma estrutura clandestina e paralela que usurpou as competências vitais e exclusivas da CNE, a corrupção eleitoral, a intolerância política, a coação das Autoridades Tradicionais e Religiosas, a não publicação dos Cadernos Eleitorais, a transferência abusiva e dolosa de cidadãos para Assembleias de votos longínquas das que indicaram por altura da confirmação ou do Registo Eleitoral, a obstrução da auditoria do FICRE e sua manipulação com o concurso de especialistas estrangeiros de entre eles chineses, a falta de transparência no processo de adjudicação à INDRA do fornecimento da logística eleitoral, a falta de apuramento dos resultados em todas as Comissões Eleitorais Provinciais-CIP, são actos que não se conformam à Construção nem à Lei Orgânica sobre a a Eleições Gerais.

Todas estas barbaridades são do conhecimento do Tribunal Constitucional- TC, o qual tomou delas conhecimento através das várias reclamações de Partidos Políticos.

Portanto, temos motivos de sobra para não aceitar "sem contestação" os resultados, embora "validados" pelo TC, bem como os seus actos subseqüentes, nomeadamente a sua tomada de posse, porquanto, não são conformes nem se fundamentam na CRA.

O Senhor não tem legitimidade, condição essencial para exercer o poder político.

O melhor que o Senhor deve fazer, para que talvez um dia lhe sirva de atenuante, é demitir-se. De contrário, só estará a agravar a sua presumida situação criminal que vai desde crimes contra a humanidade, corrupção ativa, nepotismo e por aí adiante.

 

Juiz com dificuldades de intimar assistente de Zé Maria

Lisboa – O Juiz Carlos Baltazar do Tribunal Provincial de Luanda está a ter   serias dificuldades em convocar  o tenente-general José Peres Afonso “Filó", para  prestar esclarecimento, em sede de justiça,   sobre a morte do activista  Isaías Cassule, do qual esta implicado.
Fonte: Club-k.net 
General “Filó” não responde as convocatórias 
O tenente-general José Peres Afonso “Filó” é  o  chefe da Direção Principal de Contra-Inteligência Militar e é geralmente apresentado  como o “braço directo”,  do general António José Maria (na foto), o patrão do Serviço de Inteligência e Segurança Militar.
Sendo um  oficial general, a sua convocação,  deve ser requisitada  e por sua vez o seu superior hierárquico tem de aceitar a mesmo. Desde que começou o julgamento em torno do assassinato dos dois activitas (Isaías Cassule e Alves Kamulingue), o Juiz tentou sem sucesso  pedir a comparência do general em Tribunal. O Club-K sabe que muito recentemente, foram emitidas requisições para que o mesmo se apresente em tribunal, no próximo dia 8 de Janeiro.
Quer dizer que se o general José Maria não querer que o seu braço direito responda em Tribunal, o mesmo ira comparecer  ficando-se sem saber a sua versão no crime que tirou a vida de Isaías Cassule. 
José Peres Afonso “Filó  esta no processo como declarante. Ele foi recentemente citado em Tribunal, pelo réu  Júnior Maurício  “Cheu”,  então responsável do  Gabinete Tecnico do MPLA, como o general que comandou este grupo de repressão do partido no poder  a raptar Isaías Cassule, que falecera na sequencia de tortura. O seu corpo foi atirado numa zona abitada por jacarés no rio Dande.


PR angolano diz que 2015 será difícil, Unita não acredita em promessas

Analista diz que mensagem do PR. JES de Ano Novo não trouxe nada de novo
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O Presidente angolano José Eduardo dos Santos disse hoje, 29, em Luanda que o ano de 2015 "será difícil" no plano económico por causa da queda significativa do preço do petróleo bruto. Unita e analistas fazem as suas leituras.
PR angolano diz que 2015 será dificil, oposição não acredita em promessas - 2:57
Na sua mensagem de Ano Novo, o chefe de Estado Angolano alertou que "algumas despesas públicas serão reduzidas, como por exemplo os subsídios aos preços dos combustíveis".
"Há projectos que serão adiados e vão ser reforçados o controlo das despesas do Estado e a disciplina  e a parcimónia na gestão orçamental e financeira, para que se mantenha a estabilidade. A política de combate à pobreza, no entanto, não será alterada", disse.
Segundo Santos, “os longos anos de conflito desestruturaram por completo a sociedade e levaram à desintegração e desajustamento familiar. É necessário, pois, um grande esforço para voltarmos ao respeito pelos valores e princípios que caracterizavam a sociedade angolana no passado".
As reacções ao discurso do Presidente não se fizeram esperar.
O secretário-geral da Unita Victorino Nhany disse à VOA que a novidade do discurso do Presidente da República  reside no facto de ter reconhecido pela primeira vez em Angola a intolerância política  é  um facto.
Nhany  considerou que o facto de o Chefe do Pode Executivo ter remetido para o Parlamento a definição da data para as autarquias revela falta de vontade política. Ele adiantou ainda  não acreditar nas garantias dadas pelo Presidente da Republica de que as politicas de combate à pobreza não serão alteradas apesar da crise económicas que se avizinha.
O analista e docente da Universidade Católica Nelson Pestana “Bonavena” declarou, por seu turno, que o Presidente angolano  não trouxe nada de novo  no seu discurso de Fim de Ano, à excepção da crise e dos seus efeitos.
O analista disse que Sanos tentou isolar o movimento contestatário de jovens que tem vindo a destacar-se no pais.
O académico disse também que outro destaque do discurso presidencial  tem a ver com o reconhecimento de que a crise económica vai afectar a vida dos cidadãos, bem como uma certa inversão dos seus anteriores  discursos, abrindo a possibilidade de as autarquias poderem vir a ser realizadas nos prazos exigidos pela Constituição.

 

"Portugal, a colónia de Angola"

Lisboa - O site espanhol El Confidencial publicou um texto cujo título remete para uma troca de posições entre Angola e Portugal. “Portugal, a nova colónia de Angola” é o mote para um texto longo onde o autor, um jornalista português, fala sobre a troca de papéis entre os dois países nos últimos anos, mas também sobre o crescimento de Angola e a crise financeira portuguesa.
Fonte: Lusa
images/stories/politica/jes%20cavaco%20silva%20brinde%20angola%20portugal.jpg“Era uma vez um presidente muito rico, muito rico, que durante mais de 35 anos dirigiu um país habitado por pessoas muito pobres, muito pobres”. É com esta frase que começa o texto do El Confidencial que tem como título “Portugal, a nova colónia de Angola”.
De seguida, o autor deste trabalho fala de Isabel dos Santos, a “princesa” que seguiu as pisadas do pai e se tornou na primeira bilionária de África, frisando que o “seu dinheiro, juntamente com um seleto grupo de privilegiados, mudou a história pós-colonial”.
“Portugal e Angola trocaram os seus antigos estatutos de metrópole e colónia, respetivamente”, pode ler-se.
O artigo faz referência à crise financeira que Portugal tem vindo a atravessar nos últimos anos, sublinhando que a “economia portuguesa apenas ‘mexe’ graças à intervenção da troika” ao mesmo tempo que “a corrupção envolve tudo e todos”.
Por outro lado, Angola é descrito como o país que mais cresceu nos últimos dez anos. O autor do texto assegura que consultou fontes que caracterizaram esta inversão de papéis “como uma microelite forjada nas altas esferas políticas e militares de Angola, com a submissão e subordinação dos sucessivos governos portugueses”.
E mais. O jornalista lembra que “o tecido empresarial português mais importante está hoje em mãos estrangeiras, principalmente angolanas, chinesas e brasileiras”.

 

Angola: Líderes da oposição satisfeitos com apelo do Chefe de Estado sobre intolerância política

Luanda - O apelo do Presidente da República para o respeito à Constituição do país, neutralização da intolerância política, diálogo e a reconciliação nacional foi acatado, com "satisfação" por líderes da oposição política.

Fonte: Angop
Alexandre Sebastiao.jpg - 30.14 KBDurante a cerimónia de cumprimentos de fim de ano ao estadista angolano, o presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Lucas Ngonda, que saudou a exortação do Chefe de Estado angolano, considerou "positiva" a ideia, salientando que a questão da intolerância política no país é uma realidade.

"Vamos esperar na prática o que de facto será feito, porque (...) os nossos militantes sentem, em todo território nacional situações caricatas", disse Lucas Ngonda.

Segunda-feira, em mensagem dirigida aos angolanos, o Chefe de Estado angolano afirmou que o Governo continuará a dar passos firmes no sentido de neutralizar as causas da intolerância política e em especial o recurso à violência.

Defendeu de igual modo a necessidade de todos angolanos respeitarem a Constituição e que as forças políticas não violem o princípio constitucional, bem como apelou à promoção do diálogo aberto e construtivo entre todos os cidadãos.

Já o líder do Partido de Renovoção Social (PRS), Eduardo Kwangana é da opinião que todos os cidadãos devem seguir a mensagem do Presidente Angolano em neutralizar as causas da intolerância política. "Sabem que a intolerância política faz com que o país não tenha a tranquilidade e a paz que desejamos, por isso agradecemos a mensagem  e vamos aguardar pelo seu cumprimento", referiu o líder do PRS.

Por seu lado, o vice-presidente da CASA-CE, Alexandre Sebastião, ressaltou que o desafio de se erradicar as causas da intolerância política é uma das "grandes inquietações" da oposição. "Essa mensagem do Presidente da República obviamente vai chegar até lá nos municípios e comunas e que todas as autoridades públicas e tradicionais tomarão em conta este grande desafio", destacou.

 

 

Familiares de Cassule e Kamulingue querem ver seus corpos

Luanda - Na terceira quadra festiva sem a presença de seus parentes, familiares de Isaias Cassule e Alves Kamulingue gostariam, como consolo, que o Governo apresentasse os restos mortais de seus entes queridos para um funeral condigno e que os mandantes deste crime fossem apresentados em tribunal.
*Manuel José
Fonte: VOA
Veloso Cassule, irmão do activista Isaias Cassule desaparecido desde 2012, pretende que o Governo diga o paradeiro dos restos mortais do seu parente.

"Se eles assumiram que mataram mesmo de verdade então que digam onde meteram o corpo, os familiares querem uma resposta sobre isto, para enterrarmos o nosso parente, isto é o que esperamos", Veloso Cassule.
Para além do apoio financeiro que precisam, os familiares de Isaias Cassule querem igualmente que os mandantes do crime sejam levados às barras do tribunal.
Do lado dos familiares de Alves Kamulingue, Horácio Essule, tio, diz estarem a passar mal, mas o seu desejo era mesmo ver os restos mortais de seu parente.
"Estamos mesmo mal, até este presente momento não recebemos nada referente a esta quadra festiva, mas o que queremos mesmo é ver pelo menos um sinal do corpo para enterrarmos, eles estão a falar de morte, mas nós angolanos só consideramos óbito quando se enterra o corpo enquanto isto não acontecer isto não é óbito", diz.
De recordar que o julgamento deste caso prossegue em Janeiro.

 

"Nunca tive ambição de chegar à presidência. Mas, no futuro, posso ter" - Marcolino Moco



Luanda - Marcolino Moco foi primeiro-ministro entre 1992 e 1996, mas depois divergiu do MPLA, partido em que se inscreveu há 38 anos. Em entrevista ao NG, acusa o partido de estar a “atrasar a implementação” da democracia, por estar centralizado na figura do seu presidente. Diz ainda “sentir-se frustrado” por “não estar a ver” os “ideais políticos que aderiu” na adolescência a serem concretizados.




Fui afastado por criticar o meu partido

Fonte: NG
Porque decidiu abandonar a política?
Fui afastado das discussões dos problemas importantes do país e dentro do partido por ser bastante crítico. Quando senti o bloqueio do Comité Central, da Assembleia Nacional e, quando se começou a discutir a actual Constituição, com todas as manipulações, obrigaram-me a deixar de fazer política activa.

O que mais criticava?
O culto de personalidade. Há pessoas que pensam que o Presidente da República é insubstituível e que, no seio do partido, não há ninguém que possa liderar o país. Quando o chefe de Estado diz alguma coisa, todos aceitam e não se pode discutir ou contrariar.

Recebeu ordens para abandonar o MPLA?
Fui professor da Universidade Lusíada e tinha alunos que pertenciam ao Serviço de Inteligência do Estado e foram dizer que, durante as aulas, eu criticava as ideias do camarada Presidente. Esqueceram-se que na universidade não há “camarada presidente”. Fui chamado pelo secretário-geral que me fez ameaças de cariz tribal, dizendo “cuidado não se esqueça doque o que aconteceu a Jonas Savimbi”. As ameaças foram muito baixas.

Ainda é militante do MPLA?
Entrei no MPLA por questões ideológicas. Apesar de não concordar com as ideias da actual direcção do partido, ainda estou ligado ao partido sentimentalmente. O MPLA está num caminho muito errado. Os seus melhores quadros foram afastados. O partido está preso ao camarada Presidente.

É um partido democrático?
O MPLA, pelos estatutos, é um partido democrático. Defende a democracia, mas os actos que pratica não reflectem a democracia. O regime angolano é uma ditadura.

Que legado deixou quando foi primeiro-ministro?
No meu governo, não havia mortes de jovens que se manifestavam. Não havia actos de violência policial contra indefesos. Havia mais democracia. Os jovens que realizam manifestações não são ouvidos pelas autoridades. No meu governo, os filhos do Presidente não controlavam o canal dois da TPA, nem havia tanta corrupção. Os meus filhos não compravam empresas em Portugal. Estou completamente sossegado. Os mais velhos têm de falar sobre o mau rumo do país. Os intelectuais não podem ficar calados.

Foi nomeado por ser sulino?
Sim. Um partido tem de ter as suas estratégias. O MPLA é um partido de gente de Luanda, com pessoas mestiças e maioritariamente quimbundo. Naquela altura, tinha de passar a imagem à UNITA que havia congregação de dirigentes de todo o país. Eu nem queria ser primeiro-ministro. Fui convencido pelo Presidente a aceitar o cargo, em 1992, no ano das primeiras eleições gerais.

Que alternativas existem à liderança do país?
Há pessoas capazes de governar. Existe uma fobia em pensar que o dia em que o MPLA deixar de ser Governo, o país vai desmoronar e que o Presidente só pode ser uma pessoa que nasceu em Luanda e não pode ser do sul, nem pode ser mulato. A minha geração tem de tirar essas ideias da cabeça. Temo que, um dia, o MPLA seja acusado de estar a atrasar a democracia.

Como avalia a liderança do país?
O Presidente podia receber o prémio Nobel da Paz se tivesse deixado o poder depois do fim da guerra, mas agarrou-se ao poder. Devia sair já. Há tanta gente preparada para assumir a presidência. Angola tem o Presidente mais antigo no poder, em África. Não temos pessoas que possam servir de autoridade moral para falar a verdade e aconselhar os governantes.

Em que sentido discorda da Constituição?
Enquanto jurista, não concordo. É uma Constituição que permite o Presidente ser eleito na boleia do seu partido. O que já não existe em nenhum Estado democrático. Encontraram uma forma de eternizar uma pessoa no poder. Atribuíram-lhe vários poderes. O que acontece em Angola é que há uma pessoa que pensa que o erário é seu.

Ainda deseja voltar ao Governo?
Neste Governo, nem pensar. Hoje em dia, as pessoas pensam que quem não tem cargo no Governo vive mal, não consegue abrir negócios. Já me mandaram recados a dizer que podia morrer na miséria e que a minha casa seria recebida pelo dono português. Estou preparado para viver sem grandes recursos.

Há oposição séria?
Não posso fazer essa avaliação porque a oposição está bloqueada. Não tem espaço nos órgãos de imprensa. Critico a UNITA por estar contente com uma rádio que nem cobre Luanda.

Os governantes sentem medo de dizer o que pensam?
Há coisas vergonhosas que se fazem neste país. Há dias, apresentaram, na TPA, o líder da UNITA como um burro.Os ditos analistas políticos pensam da mesma forma, ninguém tem uma ideia oposta.

Porque não pede uma audiência ao Presidente e apresenta as suas críticas?
Não serei recebido e serei humilhado mais uma vez. As pessoas não podem fazer política dentro dos quartos. O que faço agora é uma intervenção cívico-político.

Sente-se uma pessoa frustrada?
Há uns que pensam que estou frustrado porque não me deram casa, carro, ou não tenho cargo no Governo. Ando frustrado porque aderi ao MPLA na adolescência e sempre tive a ideia de que estar na política é servir a comunidade, oque não acontece.

Tinha ambição de chegar à presidência?
Nunca tive essa ambição. Mas, no futuro, posso ter. Em Angola, há este medo de pensar que não se pode ambicionar chegar à presidência. Fui aconselhado por muitos militantes do MPLA a criar um partido, mas o país não tem condições para tal.

 

sábado, 20 dezembro, 2014. 17:21 UTC
Caso Cassule e Kamulingue: testemunhos contraditórios dos implicados

Tribunal de Luanda tenta saber quem foi o mandante do crime.





Coque Mukuta
Afinal quem mandou matar os activistas Isaias Cassule e Alves Kamolingue? Uma questão que os advogados, juízes e procuradores do polémico caso Cassule e Kamolingue querem ver respondida. 
Prossegue julgamento de acusados da morte de Cassule e Kamulingue - 2:12
Os jornalistas não podem transmitir o julgamento, por ordem do tribunal, mas podem assistir àsste caso que tem concentrado a  atenção nacional.
Assistentes do juiz presidente, Carlos Baltazar disseram à VOA que essa decisão visa evitar que os declarantes e testemunhas arrolados no processo cheguem ao tribunal com a opinião já formada devido à divulgação por parte de alguns meios de comunicação  dos depoimentos.
Kamulingue e Cassule
As nossas fontes apresentaram como exemplo o caso Barbara, em que a rádio pública angolana emitiu na íntegra as sessões do julgamento, o que levou a uma das partes a pedir a proibição da gravação das audiências.
Entretanto, no tribunal, o Comissário  Dias do Nascimento Fernando Costa e o  director Provincial da Investigação Criminal  de Luanda (DPIC) António Pedro Amaro Neto, ambos implicados no assassinato dos activistas, apresentaram testemunhos contraditórios sobre o caso           Cassule e Kamulingue.
O Director da DPIC António Pedro Amaro Neto disse  que as forças da DPIC, foram, no dia do assassinato, apoiar o então Delegado do SINSE, António Gamboa Vieira Lopes, enquanto o  Comissário  Dias do Nascimento afirmou que os elementos da DPIC saíram para apoiar os policias com o intuito de  localizar  os promotores da convocada manifestação anunciada para o dia 27 de Maio de 2012.
De realçar que o  Comissário Dias do Nascimento era à data dos factos  o comandante em exercício da Policia Nacional de Luanda,  uma vez que a então titular  Elizabeth Ramos Frank, “Beth”, encontrava-se ausente do país por motivos de saúde.
O responsável do  Gabinete Técnico do Comité Provincial  do MPLA de Luanda,  Júnior Maurício  “Cheu”, implicado na morte de Isaías Sebastião Cassule, revelou em tribunal que o seu grupo agiu em cumprimento de ordens dadas pelo tenente-general José Peres Afonso “Filó”.
Até ao momento, desconhecem-se os verdadeiros autores morais do crime e familiares continuam à espera de decisão final.

 

Dirigente da Unita não acredita na justiça angolana

Sistema judicial está subordinado ao poder poltico, diz Liberty Chiaka.
Liberty Chiaka
Liberty Chiaka
Manuel José
O secretário provincial da Unita no Huambo Liberty Chiaka diz não ter fé no sistema judicial angolano por estar “subordinado” ao poder político.
Chiaka afirmou estar convencido de que as autoridades decidiram aumentar os actos de intimidação e agressão contra a oposição devido aos avanços da Unita a dois anos das eleições.
Dirigente da UNITA não acredita na justiça angolana - 0:53
De acordo com aquele político da Unita, a única forma que o regime encontrou para travar esta tendência é partir para a intolerância política contra os membros do partido  e o exemplo flagrante que apresenta é a tentativa de assassinato que ele próprio diz ter sido alvo, mas que não vai dar em nada.
"Não vai dar em nada por uma simples razão: estão envolvidas instituições e pessoas poderosas como a Casa Militar da Presidência da República que deu o carro ao agente dos serviços secretos que tentou me matar”, disse.
“Temos um regime autoritário, não democrático onde a justiça subordina-se ao poder executivo”, acrescentou Chiaka para depois interrogar:  “Como posso acreditar nesta justiça"
Chiaka disse estar convencido que o seu partido vai vencer as eleições de 2017 e assegura que é a única maneira do sofrimento do povo angolano terminar.


Igreja Católica submissa aos pés do ditador - Raul Diniz
Luanda - Angola atravessa momentos de trevas espessas, principalmente no interior da igreja católica apostólica Romana de Angola, A imenso tempo a igreja católica romana em Angola retirou do centro da congregação a essência fundamental do cristianismo, a glória de Deus manifesta no amor e justeza do filho de Deus, o Cristo ressuscitado de Deus Jeová. A unção e o poder benigno de Deus não poderá jamais conviver de maneira nenhuma com a mentira, o peculato, nem com o nepotismo e da corrupção. A igreja católica tirou do centro da sua congregação a glória do Deus vivo e verdadeiro e em substituição colocou no seu lugar, o micro-diabo/deus são José Eduardo dos Santos, o deus demonizado, e aceite como senhor e deus, pelo estrabismo do bispado e sacerdotes católicos angolanos.



Fonte: Club-k.net  

COM TODA CERTEZA OS CATÓLICOS NÃO ESTÃO MINIMAMENTE FELIZES COM AS PRATICAS DE ADORAÇÃO SUBMISSA DOS LIDERES DA IGREJA FACE Á DITADURA E AO DITADOR JES.   A igreja católica angolana tem vindo a comportarem-se como na antiguidade nos fala a palavra de Deus em Apocalipse 3:17 centrada na praticidade ímpia da igreja de LAODICEIA, onde a prosperidade era de tal modo, que os sacerdotes esqueceram-se de todo do autor e consumador da nossa fé, o Senhor Cristo Jesus que convidava os sacerdotes e do povo daquela igreja convidando-os a abrir a porta para que Ele o Senhor ceasse com eles, e eles com Ele; mas todos eles, não mais ouviam Deus chamando-os, porque estava todos concentrados no estado de corrupção evidenciada por mamoom, o deus do dinheiro.

A IGREJA NÃO PODE CONTINUAR A BRINCAR ETERNAMENTE COM A VERDADE ESPIRITUAL DO POVO DE DEUS! Temos uma igreja defensora de princípios esfuziantemente paganizados, a chefia da igreja angolana é uma igreja esvaziada dos princípios que norteiam a doutrina cristã, ela é contundente em desvirtuar a verdade que doutrinam os princípios fundamentais do cristianismo, que se baseiam fundamentalmente na justiça, perdão e amor a Deus, ao próximo a nós mesmos. Falando do que se passou com a expulsão da ativista cristã torturada pelas autoridades do regime por si só demonstra a falta de Deus na vida do pároco da igreja católica da sagrada família.

SEGUNDO INFORMAÇÕES FEDIDIGNAS, A EXPULSÃO DA ATIVISTA CATOLICA SE DEVEU A TRÊS TELEFONEMAS FEITOS PELO PRELADO CONEGO APOLONEO AO SEU CONGENERE DA SAGRADA FAMILIA. A igreja católica é hoje uma instituição que a muito perdeu o objeto social para o que foi criada, hoje, a igreja católica não passa de uma instituição laconicamente submissa e por isso, está sem rumo e sem dignidade nenhuma para trabalhar pelos menos desfavorecidos e espezinhados pelo poder discriminatório de são José Eduardo dos Santos, o rei impostor de Angola e da igreja angolana. Como poderá merecer o respeito do povo crente uma instituição criada a priori para ajudar a suprir o sofrimento do povo. Porém, a igreja hoje incorre contra os objetivos que levaram Deus a criá-la as portas do inferno, e da qual, predisse que o inferno não prevaleceria sobre ela, essa é a verdade. A igreja católica é perversa, pois, deixou que o mundo de JES a administra-se, e na verdade a igreja de Deus não foi criada para que o mundo a administra-se e sim o contrario, é a igreja que deve governar o mundo e não o contrario. Como igreja católica pode estar submissa e completamente agachada aos pés do ditador titular do poder de um dos países mais corruptos e injustos da nossa era contemporânea!

  A IGREJA COTÓLICA E A IGREJA EVANGÉLICA, SOBRETUDO A IGREJA BRASILEIRA (IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS), A MAIS DINHEIRISTA DO UNIVERSO CRISTÃO SEGUIDORA DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, OBEDECENDO A VONTADE EXPRESSA DO TEOLOGO DA FEITIÇARIA EM DOUTRINADA SOB OS AUSPICIOS DETERMINADO PELO PRETO VELHO, O DITADOR SANGUINARIO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS. É verdadeira quando se fala a boca cheia que a direção da igreja católica e as demais igrejas ditas cristãs foram contagiadas pela corrupção no interior das suas chefias, não se entende a razão da igreja continuar sistemicamente submissa dobrada aos pés do ditador infame, que, a todos os níveis tem cometido todo tipo de violências e atrocidades contra o povo. Hoje a população angolana percebe melhor a inutilidade deveras disfuncional do papel que deveria ser assumido pela igreja para administrá-la com sabedoria e discernimento para entender as coisas que são daquelas que não são e, que nada representam para a igreja constituída por Deus através da pedra angular que nada mais é do que o próprio Cristo Jesus ressuscitado o Senhor de toda Gloria.

O SER HUMANO NÃO FOI CRIADO DE MANEIRA NENHUM PARA VENERAR NENHUM OUTRO SER HUMANO, E MUITO0 MENOS FOMOS CRIADOS PARA PADORAR NENHUM MORTAL COMO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS OU QUANQUER OUTRO DITADOR FACINORA COMO ELE.  Com toda autoridade a mim conferida por Deus como ministro da sua palavra, posso afirmar aos lideres católicos que em momento algum JES é digno de toda honra, de toda glórias de toda adoração; JES não é digno de toda honra poder e majestade nem merece da parte dos sacerdotes e do povo cristão qualquer referencia divina, pois, JES não passa de um simples mortal como qualquer outro ser humano. Quando uma instituição religiosa cujo objetivo é proteger e socorrer os mais desfavorecidos e ao invés disso se coloca de cócoras ao lado de um poder e fazer a sua vontade, até mesmo a de expulsar um membro da sua diocese, essa igreja caminha na contra mão de Deus e por isso não conseguirá mais esconder de ninguém os seus verdadeiros intentos, pois, ela está colocada do lado oposto ao dos desfavorecidos.

JESUS, O CRISTO DO DEUS VIVO É UM DEUS BOM E MESERICORDIOSO, O SEU REINO É JUSTIÇA, PERDÃO, VERDADE E SALVAÇÃO. De modo nenhum Deus na sua omnipotência, omnisciência, omnipresença não criaria nem enviaria pastores amorais e idolatras, sem saberia e ciência para conduzir o seu povo. Ninguém no seu perfeito juízo entende a razão e os motivos que levaram a maioria dos prelados católicos e evangélicos como o Luis Bimbi dentre outros, a bandearem-se para o reino de mamoom chefiado pelo seu sumo sacerdote em Angola, José Eduardo dos Santos. É pena, mas, é verdade que a igreja angolana não vive no centro da vontade de Deus por isso vive em desobediência total, pois, voluntariamente colocou-se do lado da injustiça.

AIGREJA CATÓLICA FOI DIABOLIZADA NA SUA GENEZE PELA VILEZA DO SUMO SACERDOTE DA CORRUPÇÃO jês E SÓ ASSIM SE JUSTIFICA QUE ELA EXPULSE DO SEU SEIO A MILITANTE DO ATIVISMO POLITICO LAURINDA GOUVEIA.  Não é menos verdade que as lideranças da igreja angolana estão reduzidas a nada pelo poder instituído, na verdade uma igreja que satisfaz a vontade de um tirano e do seu regime déspota obedecendo em tudo que o regime deseja da igreja, essa instituição religiosa não serve a Deus e muito menos pastoreia com civilidade as suas ovelhas. A igreja não pode de maneira nenhuma expulsar do seu seio uma cristã, nesse caso a jovem estudante universitária Laurinda Gouveia, apenas e só, porque a jovem mulher luta pela justiça no seu próprio país, isso torna-se relevante para a seriedade do prelado católico angolano conviver com a verdade divina. Uma igreja que se comporta como a Igreja da sagrada família é uma igreja infame dirigida por padres miseravelmente corruptos e inaptos para o verdadeiro sacerdócio; pois essa igreja é fria e morta. Na verdade uma igreja com esse diapasão é incomensuravelmente vergonhosa. Em momento nenhum se consideraria essa igreja como sendo de Deus, elas não pode provir da vontade explicita de Deus nem os sacerdotes que nela servem foram por Eles enviados.

A MALDADE, ACORRUPÇÃO, O NEPOTISMO, A FALTA DE AMOR E O DINHEIRISMO, ENTRARAM SURRATEIRAMENTE NO INTERIOR DA IGREJA ANGOLANA PELA MÃO JES E LÁ PERMANECE. O que a bíblia nos diz não é uma verdade efêmera, a palavra santa é viva e santa, e ela nos afirma; quando nos diz, muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos, assim é, e assim será segundo a vontade expressa do Deus a quem temerosamente com amor sirvo. A DEUS toda Honra, toda gloria e majestade. A JES apenas a prisão o aguarda, tanto a terrena quanto a prisão espiritual o aguarda para todo sempre e eternamente, caso não venha arrepender-se oportunamente dos seus maus caminhos em respeito à longanimidade de Deus para sair da vil servidão venenosa do astuto diabo, a quem reverencia como se de um deus se tratasse. JES ao longo do seu atribulado consolado de mais de trinta e seis anos tem adorado audaciosamente lúcifer, sem temer a Deus! É verdade que JES, sua família e companheiro de fé têm idolatrado satanás sem qualquer medo, e a quem recorrem despudoradamente invocando-o através de demônios incorporados em humanos feitos cavalos para possessão, e ali realizam com veemência pactos de sangue onde suplicam poder e riqueza ao deus morto, vulgo (diabo) em desfavor dos filhos do Deus vivo e verdadeiro, buscando igualmente a submissão da igreja mundana e de toda a criação humana angolana e não só.


Ana Paula não saúda viúva de Agostinho Neto


Fonte: Club-k.net 

O episódio aconteceu quando a membro da  comissão organizadora  do congresso Carolina Cerqueira solicitou aos presentes uma salva de palmas para 1ª Dama, Ana Paula dos Santos, no momento  e que ela entrava para a  sala.

De acordo o   Jornalista Reginaldo Silva que acompanhou as imagens “Não ficava nada mal que o mesmo gesto fosse extensivo à "Viúva do Guia Imortal" que também se encontrava na sala”.

“Reparei que aquando da sua entrada na sala, a 1ª Dama, apesar de ter passado por ela, não cumprimentou a "camarada" Maria Eugénia Neto que já se encontrava sentada na primeira fila, onde as duas assistiram a sessão de abertura do conclave.”.

De realçar que Maria Eugenia Neto estava sentada ao lado do seu genro, o economista  São Vicente enquanto que a Primeira Dama, estava ladeada de Mayra Fernandes, a  esposa de Zenu e de Maria do Nascimento, a esposa do veterano Lopo do Nascimento. 

Angola: A falta de responsabilidade da classe médica - AADIC

Luanda – A situação de prestação dos serviços de saúde privado (no país) continua lastimável e chocante para todos os Consumidores. Não é possível que mesmo diante de uma contra prestação de serviços, aonde adstritamente impera um pagamento de valores monetários, existir sempre por parte do fornecedor incumprimento no péssimo atendimento, sem falarmos das condições higiénica dos estabelecimentos (reprovável e deplorável) e da vaidade dos médicos.

Fonte: Club-k.net
Hospital.JPG - 27.39 KBO nº 2 do artigo 78º da Constituição da República de Angola esclarece que “o consumidor tem direito a ser protegido no fabrico e fornecimento de bens e serviços nocivos à saúde e à vida, devendo ser ressarcidos pelos danos que lhe sejam causados.”

Sabemos que os médicos têm por obrigação moral e profissional (primária) salvar vidas humanas, vivência esta que na prática angolana esta por lunar. Como conceito a vida Humana é um bem inalienável quer assim dizer; que a vida não tem preço, a vida não compara-se como um bem móvel ou imóvel que pode ser trocado ou retratado ou até mesmo indemnizado conforme estabelece a Lei nº 15/03 de 22 de Julho - Lei de Defesa do Consumidor e outras normas implícitas no Código Civil Angolano sobre o articulado indemnizatório.

No nosso País quando trata-se de saúde do seu ente querido, até aquele cidadão (CONSUMIDOR) que somente vive diariamente, de mil kwanzas), hipoteticamente falando, faz do coração a tripas vulgarmente proferido, para ter em sua posse os valores cobrados por estas clínicas privadas.

Deve-se desde já, respeitar a vida humana que tem Protecção Constitucional no artigo 30º, e como configuração na Lei os serviços privados de saúde, clarifica que os Médicos estão perante a uma prestação de serviços nos termos do artigo 1154º do Código Civil que remete para a LDC, culminando com a Lei nº 4/02 de 18 de Fevereiro- Lei Sobre as Cláusulas Gerais dos Contratos.

Triste é assistirmos médicos presunçosos que somente primam em desfilarem de uma ponta a outra com batas brancas e a exibirem no pescoço o aparelho denominado (estetoscópio), pior disto é prescrições de medicamentos em letras incompreensíveis, vigorando o descaso óbvio pelos pacientes (consumidores) que muita das vezes por inerência da má vontade do profissional, são capazes de permanecerem mais de 10 horas a espera de um resultado médico ou diagnostico se for o caso. 

O artigo 85º da CRA mescla sobre a qualidade de vida, mas para se ter a qualidade de vida é imperiosamente necessário haver respeito na relação consumista, atenção: para efectuarmos uma análise clínica, levarmos soros, injecções etc., etc., temos que recorrer a países vizinhos, o caricato aflora em deixarmos de ser patriotas e nacionalistas com estas práticas constantemente vulgares e normais no seio do povo angolano.

Pensemos extensivamente o que dizem os Médicos Além-Fronteiras, mas opções como tal não temos, trata-se de vidas, dos nossos filhos e sabe-se lá de quem mais.

É necessário punir, criminalmente, civil e administrativamente estes homicidas que não levam a sério o juramente que compactuaram, desrespeitando um plano vigorativo mundialmente (O RESPEITO PELA VIDA HUMANA), esquecendo-se os mesmos, que num outro ponto abstratamente hipotético em Angola, possa estar um familiar seu, a ser tratado por um outro lunático. Paradoxal é, mais é um facto verídico no cotidiano da vida.   

Actualmente, a nossa sociedade tem-se debatido com a falta de atendimento por parte dos fornecedores deste serviço, principalmente quando o consumidor esta diante de insuficiência financeira. É bem verdade que a VIDA ESTA SEMPRE EM PRIMEIRO LUGAR mesmo quando trata-se de urgência/emergência.

Conceitualmente o que designamos como urgência ou emergência? Será que devemos definir como tal somente pacientes (Consumidores) que dão entrada numa instituição de saúde privada ensanguentado proveniente de um acidente de viação?

E naqueles casos que o paciente esta perante a vida e a morte pelo mesmo ser: hipertenso, diabético ou asmático, será que solicitando por uma designação exposta anteriormente não o cabe como URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA?

PROPOMOS

Cabe a quem de direito for, sair a público para conceituar urgências ou emergências, para banirmos estes homicidas que diariamente perpetuam crimes hediondos e violentos ao abrigo do artigo 61º da CRA, devendo desde já regulamentar esta actividade com preços justos ao alcance dos bolsos do cidadão Angolano.

A existência de um tribunal específico para dirimir conflitos de consumo, de forma haver equilíbrio e justicialismo, porque a experiência mostra que a morosidade nas decisões judiciais deixa o consumidor mais vulnerável.

ACONSELHAMOS

Afincadamente alertarmos a Inspecção Geral da Saúde a ser mais severos para estes profissionais violadores deste direito consagrado universalmente a (PROTECÇÃO A VIDA HUMANA) culpabilizando-lhes através de processos céleres de forma a servir de exemplo para os demais sobre os actos ilícitos cometidos pelos mesmos, no exercício das suas actividades.    

A Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC) chegou a conclusão que não é por falta de materiais hospitalar ou falta de infra-estruturas, mas sim a falta de responsabilidade dos profissionais deste sector. Como prova é só efectuarmos rondas nestas instituições privadas de saúde, começando por analisar os actos e a responsabilidade de quem de direito o designa “a título de reparo, o contexto não se generaliza”.

Para finalizar vai a máxima latina e a frase de reflexão: “Dormentibus Non Seccurit Legis”, em português “o Direito não socorre os que dormem”.

- Deus é amor e sabedoria; feliz quem estuda, medita e segue as suas leis - A.C. Jesus
- Pense e repense- É a agulha que puxa a linha - Isaac Nenei

Diógenes de Oliveira - Presidente da Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC).
Contactos: 943625501; 912317041
Linha directa 24 horas: 912317043
E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.


SINSE processa Tonet por dizer que assassinato de Kamulingue assemelha-se as praticas de organizações terroristas





Luanda - O jornalista angolano, William Tonet, foi constituido arguido num processo que lhe foi movido pelos serviços secretos angolanos por difamação e injúria.

Fonte: DW África

Jornalista  processado pela 98ª vez


Trata-se da 98ª vez que o diretor e proprietário do jornal Folha 8, desde a criação do semanário, em 1996. O jornalista é acusado de difamação e injúria pela publicação de matérias relacionadas com o homicídio de dois activistas contestatários ao regime angolano. Alves Kamulingue e Isaías Cassule foram assassinados em maio de 2012, quando tentavam organizar uma manifestação anti-governamental.

William Tonet, foi ouvido na sexta-feira, 28 de novembro, pelo Departamento Nacional de Investigação Criminal, num interrogatório que o coloca na condição de arguido. Os Serviços de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE), consideraram-se difamados e injuriados num artigo do Folha 8. Este tecia comparações entre a atuação dos serviços secretos e a organização terrorista Estado Islâmico (EI).

Comportamento terrorista

Para o jornal Folha 8 a forma como a EI tem vindo assassinar alguns jornalistas feitos reféns, é idêntica ao método utilizado pelo Estado angolano através dos seus serviços secretos no homicídio de Kamulingue e Cassule. Em conversa com a DW África, William Tonet não desmente, e explica que também os dois ativistas foram assassinados sem julgamento e sem oportunidade para falar: “Foram barbaramente assassinados. Os moldes foram os mesmos”. Mas, acrescenta, a comparação “foi uma figura de estilo”.

O silêncio das autoridades perante as graves violações dos direitos humanos, é outra questão levantada pelo jornalista e director do Folha 8. Para William Tonet, quem devia estar sentado no banco dos réus é o Estado angolano, pois Tonet diz que nunca os serviços secretos nunca se “distanciaram” dos actos em que é citada a sua participação. E que incluem, para além do caso de Cassule e Kamulingue, a tortura recente de que foi vítima a jovem Laurinda Gouveia e outros integrantes do Movimento Revolucionário.

O crime compensa

Questionado sobre as verdadeiras intenções dos serviços de inteligência e segurança do Estado em mover um processo contra si e o seu jornal, William Tonet diz não fazer a mínima ideia. Mas adianta que este é um reflexo do regime do Presidente José Eduardo dos Santos promover actos criminosos: "Em Angola premeia-se a incompetência. Em Angola premeiam-se os delitos. Já viu alguém que rouba ser efetivamente indiciado? Pelo contrário. Ainda lhe perguntam porque é que roubou pouco, devia ter roubado mais".

Sobre o assunto a DW África tentou sem sucesso obter uma reação do SINSE, os serviços de inteligência e segurança do Estado angolano. Aquela instituição não dispõe de nenhum terminal para que os jornalistas possam entrar em contato com ela, e é quase impossível obter o contato particular dos seus responsáveis.

 

 Angola: Polícia confunde jovens com manifestantes e rapta-os






Luanda – A semelhança do desaparecimento de Alves Kamulingue e Isaías Cassule, em Maio de 2012, a polícia nacional terá raptado, na via pública, no pretérito dia 22 de Novembro do corrente, no bairro Kaputo, arredores do mercado dos Congolenses, em Luanda, três cidadãos quando regressavam de uma festa. Uma das vítimas chama-se Edson Rafael Ngonga, de 27 anos de idade.

Fonte: Club-k.net
Comando da policia.jpg - 57.56 KBA família (de Edson) acredita que os raptores confundiram os jovens com os membros do Movimento Revolucionário de Angola, uma vez que entoava euforicamente hinos.

No dia em que Edson Ngonga, juntamente com os seus dois amigos, foram sequestrados pelo dois agentes da polícia do Comando Provincial de Luanda, o auto-denominando Conselho Nacional dos Activistas de Angola realizou uma manifestação pacífica, em Luanda, que exigiam a demissão do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Martinho Patrício Ngonga, familiar de uma das vítimas, contou ao Club K que o facto sucedeu – por voltas das 05 horas e 40 minutos, de manhã – quando o jovem Edson regressava de uma festa em companhia dos três amigos. Por sina, um dos amigos das vítimas terá testemunhado, a olho nu, a acção perpetrada os efectivos da polícia nacional. 

“O meu primo Edson Rafael Ngonga desapareceu nas primeiras horas do dia 22 de Novembro, quando voltava de uma festa no bairro do Kaputo com três amigos, um dos quais chama-se Bruno”, disse, continuando que na altura do rapto o Bruno terá efectuado uma pequena pausa para urinar junto a uma viatura e testemunhou o rapto.

“O Bruno conta que ele ficou atrás do grupo para urinar junto a um carro, por volta das 05:40, viu os outros a serem interpelados por dois polícias que obrigou os jovens em acompanhá-los sabe-se aonde”, acrescentou.

Com o medo de se aproximar para se inteirar do que se passava, o “suposto” amigo das vítimas ficou, a escassos metros, a testemunhar os seus três companheiros (da festa) a serem levados para parte incerta. “Ele ficou apreciar até ao momento em que outros subiram à carrinha da polícia que ali estava encostada, até ao momento em que arrancaram com a viatura”, explicou.

Depois do episódio, o jovem (Bruno) terá aguardado cerca de meia hora no local onde urinava, e, posteriormente, ligou para os terminais telefónicos das vítimas que, para o seu espanto, começaram a dar desligado até a presente a data.

Segundo o relato atribuído a Bruno, por Martinho Ngonga, familiar de um dos desaparecidos, antes do sucedido, os quatro amigos entoavam, inocentemente, canções, em voz alta, com frases: ninguém nos pára hoje… hoje é o nosso dia… vamos aquecer o mambo, etc.. “De acordo com o Bruno tratava-se apenas de uma segunda festa para onde iriam no final daquele dia”, alegou a fonte.

Pelo carácter das frases, a fonte do Club K acredita numa possível confusão, ou má interpretação dos efectivos da polícia, que os terão confundidos com os jovens ligados as manifestações realizadas pelo Movimento Revolucionário. “Até porque ficamos a saber que naquele dia, pela manhã, haveria uma possível manifestação no Largo 1º de Maio”, ressaltou.

“Tendo em conta a situação política que vivemos actualmente no país e, não esquecendo do historial, isto é, das operações das forças da segurança que resultam no desaparecimento de pessoas que abraçam o Movimento Revolucionário, preocupa-nos imenso o desfecho dessa história, que esperamos que os nossos familiares não tenham o mesmo destino que Isaías Cassule e Alves Kamulingue”, rematou a fonte.

De realçar que o Club K não conseguiu, até neste preciso momento, apurar os nomes de outros dois jovens desaparecidos, muito menos manter um contacto com os seus respectivos familiares.

Vale sublinhar que o desaparecimento forçado de todas as pessoas, em Angola, passou a ser um crime internacional. A 24 de Setembro do ano em curso, o ministro das Relações Exteriores, Jorge Chicoty, rubricou, em Nova Iorque, em nome do Estado angolano, a “Convenção Internacional sobre o Desaparecimento forçado de todas as pessoas”.

A assinatura do documento teve lugar na sede das Nações Unidas e ocorreu à margem da 69ª sessão de debates da Assembleia-Geral da organização, na qual a delegação angolana é chefiada pelo vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente.

Na altura, o ministro referiu que “o fenómeno dos desaparecimentos forçados preocupam as nações, entre as quais Angola, e é importante que neste momento sejamos parte desta Convenção”.
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As manifestações em Angola são tal e qual as eleições eleitorais - Fernando Vumby

Alemanha - Nota-se nas manifestações que têm sido e serão sempre reprimidas com grande brutalidade pelos homens ao serviço explicito de José Eduardo dos Santos , assim como nas eleições eleitorais até agora realizadas caracterizadas por fraudes eleitorais , que falta em Angola um verdadeiro líder na oposição que tenha história e queira fazer história .
Fonte: Club-k.net

Sem este tipo de líderes históricos que infelizmente cada vez vai se tornando uma raridade vai ser muito difícil haver mudanças em Angola em termos de poder e as manifestações ou eleições não deixarão de ser aquilo que considerei como uma espécie de brincadeira entre o cão e o gato.

Só foi com esse tipo de lideranças que os outros países escreveram páginas de ouro na sua história ao conseguirem correr do poder e nalguns casos eliminar ditadores que estavam no poder dezenas de anos como está o José Eduardo dos Santos em Angola.

Se aquilo que todos os angolanos almejam enquanto direitos sociais , políticos , culturais e económicos é comum , ainda não consegui entender como é que a UNITA por exemplo com todo o seu poder mobilizador , respeito e admiração que conquistou ao longo de todos esses anos não alinhar em manifestações que não sejam organizadas por eles ?

Espero que qualquer dia merecer uma explicação por parte de alguns quadros da UNITA , que conheço e com quem me relaciono e partilho algumas ideias como filhos da mesma pátria martirizada.

Se de facto o que está em causa é a democratização do país , tirando-o das mãos de corruptos e gente mais preocupada em assassinar os seus contra como provam os factos , eu acho ser um perigo a UNITA com todo seu poder se distanciar das manifestações apenas com o argumento de que não precisa andar de boleia .

Mas atenção , não quer com este texto me interferir na linha politica de orientação da UNITA , no que toca á participação ou não em manifestações quando organizadas por outros partidos ou movimentos juvenis conhecidos por Revús .

Mas é pena porque a presença da UNITA com os seus milhões de simpatizantes para além de que daria um outro incapacto ás manifestações o regime estaria perante uma situação mais apertada e complicada .

Já imaginaram 5000 pessoas por exemplo todas gritando de uma só vez e em coro enfrente ao palácio da presidência - Fora com o ditador ou que José Eduardo dos Santos é ladrão ?

Então isto não seria um sinal muito forte ao ditador angolano e não lhe obrigaria á rever o seu comportamento corrupto , os seus abusos e as violações constantes da lei constitucional e dos Direitos Humanos ?

Mais o dia em que os angolanos avançarem em bloco formando um cordão de gente decidida á dar a sua vida por Angola , o regime vai cair .
O que adianta haver manifestações se depois de um tiro no ar ou um morto o primeiro sinal é para se recuar ?

Eu acho que manifestações num país com um regime tão repressivo e brutal como o angolano deve ser um acto realizado por pessoas de muita coragem e dispostos á darem á sua vida pelo objectivo á que dizem lutar .

Um líder com convicções firmes , preparado para assumir as consequencias e que saiba funcionar como uma espécie de comandante de todos é o que tem faltado nas manifestações onde os jovens acabam por ser sempre a presa fácil da policia e dos serviços secretos ao serviço de JES.

Manos alguém já se preocupou em saber , até quando teremos estes nossos jovens combatentes vivos num país onde raramente á um preso politico não é aplicado substancias que o vai matando aos poucos ?

Um país com perto de 16 milhões de habitantes se não me engano só a UNITA é que consegue juntar mais de 5 mil manifestantes e os outros ?

Quando os próprios manifestantes se admiram sempre que o regime reage com brutalidade , dão -me á entender que não conhecem o regime contra o qual protestam .

Ou se manifesta até atingir-se o objectivo final ou se calhar o melhor é estar-se quieto para não se continuar nesta espécie de brincadeira entre o rato e o gato.

O regime precisa de sentir um sinal muito sério através de um abanão énergico de uma oposição unida e me parece que uma das coisas mais difíceis e continuará á ser para Angola é haver uma oposição unida.

Me parece que alguns já se dão por felizes , pelo facto de terem um cunhado , irmão , primo ou tio no MPLA que de quando em vez vai fazendo chegar alguns trocados para ajudar no seu orçamento familiar ?

Quando um opositores passa metade da sua vida atrás de governantes tão corruptos pedindo uns trocados para uma viagem aqui e acolá mesmo sendo da sua família e os dinheiros sendo pertença de todos angolanos o que se pode esperar deste tipo de opositores que temos e não são poucos ?

Infelizmente desta qualidade temos muitos em Angola e são esses que funcionam no silencio como uma espécie de travão ,dos que pretendem á todo custo sacrificar suas vidas por um país mais digno para todos os angolanos .

Com as eleições é a mesma coisa , todos dissemos que queremos as eleições mas depois da batota , quando não cossamos no nariz , cossamos na cabeça porque ninguém tem alternativas para se derrubar o batoteiro no mesmo dia da fraude.

Assim estamos condenados á ver a história sempre á se repitir , jovens presos , massacrados e abandonados quando não envenenados para irem morrendo aos poucos ou lançados aos jacarés

Cada recuo nosso é uma vitória para o regime e cada avanço nosso é um sinal de perigo para o regime mais este sinal jamais haverá enquanto uns continuarem á espera que os outros lhes cozinhem o fungi ...

Basta avançarmos mesmo sem violência mas decididos e dispostos á darmos a nossa vida , eles acabarão por recuar por mais brutais que eles sejam eu não acredito que o regime mataria os milhões de uma só vez , assim não teriam tempo para fazerem ãs malas.
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Fórum Livre Opinião & Justiça
Fernando Vumby




Cabinda: O ponto de vista do Dr Jonas Malheiro Savimbi - Vitorino Nhany

Luanda -  O Povo de Cabinda continua a viver os seus momentos mais sombrios numa Angola nominalmente independente e consagrada em Estado de Direito. Sempre que o diálogo é substituído pela violência, só os anarquistas ganham enquanto a esmagadora maioria permanece a sobreviver dos resquícios de uma colonização que parece ser eterna! 

 Fonte: Club-k.net

O intelectual constitui a consciência da sociedade e a intelectualidade só tem valor quando defende causas justas. Neste particular, elevo a coragem que os intelectuais de Cabinda têm demonstrado, mormente a de meus amigos presbíteros que na tentativa de se posicionarem no Não perante a presença do Sim, têm passado por privações que nos fazem recordar o tempo do defunto Salazar! Porém, conheço outros potenciais intelectuais de Cabinda que se juntassem suas vozes às dos de vanguarda, esse Território evoluiria para a sua autodeterminação.

Hoje, trago o ponto de vista do Dr Jonas Malheiro Savimbi quanto à questão de Cabinda nos longínquos anos de 1979, em pleno calor da luta  entre o som da metralhadora e o conhecimento filosófico da caneta. Desse pensamento lúcido, podemos tirar lições que muito bem aproveitadas podem apaziguar o Território oprimido de Cabinda pela nova colonização. Eis o seu pensamento :

" A nossa posição inequívoca é a de que Cabinda representa uma personalidade cultural e geográfica independente. A sua identificação como tal não pode ser negada. A imposição de uma nacionalidade às populações de Cabinda, através dos canhões, é uma mera ilusão.

  Só um diálogo, estabelecido em bases sinceras, poderá permitir que se encontre uma solução adequada, que satisfaça ambas as partes, isto é, Cabinda e Angola.

  Há resistência em Cabinda. O facto de metade da população de Cabinda se encontrar refugiada na República do Zaire significa que alguma coisa não vai ali muito bem. O facto de, mesmo bastante oprimidos, os irmãos de Cabinda resistirem à alienação russo-cubana, representa uma vontade política que devemos respeitar.

  A UNITA pensa que, reconhecidos esses valores, deve cooperar-se com os Movimentos de Libertação de Cabinda para se liquidar a opressão russo-cubana. Terminada a guerra, ou ainda no decurso dela, encontrar-se-ão por certo as fórmulas futuras de cooperação.

  Porque Cabinda, reconhecida a sua identidade política e sociocultural, tem todas as vantagens em cooperar com Angola, em bases claras e de reciprocidades de interesses.. De contrário, Cabinda não resistirá às tentações de anexação, por forças superiores, ou mesmo só de desestabilização, por ser um país pequeno e bastante rico. A sua associação com Angola, a que estariam ligados, igualmente, todos os países vizinhos interessados no problema, permitiria que se alcançassem a paz e a estabilidade naquela região ". 

Aqui está a posição de um político visionário que, até hoje, mesmo morto,  suas ideias continuam actuais. No dia 13 deste mês quando citei o nome do Dr Jonas Malheiro Savimbi aquando da discussão do OGE na generalidade, fui vaiado pela bancada " maioritária " resultante de uma monstruosa fraude de 2012. Tal atitude demonstrou nanismo patriótico e , por conseguinte, tibieza política. Se o colonizador português não ensinou política aos angolanos, quem em 40 anos de independência não se esforçou em aprendê-la, nem em 400 anos o conseguirá!

 

 Manifestações em 170 cidades nos EUA e ilações para Angola

New York - A violência deflagrou na madrugada desta terça-feira após o anúncio da deliberação do Grande Júri norte-americano ter recusado acusar o agente da polícia que o matou o jovem negro Michael Brown, de 18 anos de idade em Agosto do corrente ano.
Fonte: Editado/Club-k.net
Presidente Barack Obama apela à calma
O polícia  Darren Wilson que matou o jovem negro desarmado em Ferguson,  cidadede de Missouri, não foi condenado nem será julgado. Consequentemente, e exporadicamente com slogs propagados nas redes sociais mais uma centena de manifestações em todo o país reclamam justiça para Michael Brown. A família pede a reabertura do processo.
O Presidente Barack Obama que apelou  à calma reconheceu que "muito trabalho esta por ser feito no que diz respeito à melhoria das relações raciais entre brancos e negros e às questões de imposição da lei".
Washington DC, Nova Iorque, Los Angeles, Atlanta, Boston, Filadelfia, Oakland e Seattle albergaram ontem a noite as maiores concentrações, de tom pacífico, salvo isolados incidentes e algumas detenções. O consolado Americano na cidade de Toronto e a embaixada America na cidade de OTAWA tambám foram alvos de centemas de descontentes/manifestantes em solidariedade a Michael Brown.
Há edifícios e carros incendiados e lojas pilhadas. A polícia ripostou com gás lacrimogéneo para tentar conter a violência generalizada.
 Policia que matou diz que «Estou de consciência limpa, fiz o meu trabalho»
«A razão pela qual estou de consciência limpa é porque sei que fiz o meu trabalho como devia», disse Wilson à ABC, falando publicamente pela primeira vez desde o episódio de 9 de agosto. Quando questionado se o incidente terminaria de igual modo se Brown fosse branco, respondeu: «Sim… sem dúvida».
Ilação para Angola
“O Exemplo patriótico do jovem Ganga” segundo define Marcolino Moco. Por outro lado Michael Brown é o simbolo da injustiça racial na América. Destes dois problemas sociais o descontentamento populare é similar mas os resultados e posição do governo é completamente diferente. Neste contexto é oportuno mencionar que das manifestações nos Estados Unidos, o governo de José Eduardo Dos Santos tem vários aspectos a considerar e dentre os quais se destacam:
- Responsabilidade e pronunciamento do chefe da Nação em assuntos de impacto Nacional
- O governo ou partido no poder não actua como policia e juiz
- Manifestação eh um direito necessário de expressão ideológica
- Responsabilidade da policia durante as manifestações
- Respeitar a diferença de pensamento não teoricamente mas no ponto de vista prático
- Para manifestações não é necessário autorizações protocolares ou governamentais

 

Kuangana: Governo tem que acabar com exclusão e asimetrias regionais - 28 de Novembro 2014

Dirigente do PRS defende federalismo para Angola
Eduardo Kuangana, líder do PRS
Eduardo Kuangana, líder do PRS
  •  Populações do leste de Angola vivem na miséria e na nudez - Eduardo Kuangana
 O presidente do Partido de Renovação Social Eduardo Kuangana voltou a reafirmar que o federalismo essencial para o desenvolvimento socio-económico e político de Angola.
Kuangana diz que governo tem que acabar com exclusão e asimetrias regionais - 1:59                                                                                                                                                                            “Pedimos ao povo angolano para trabalhar para que este projeto seja alcançado, embora alguns tendam  a temer este projeto, mas ele é uma das formas viáveis de alcançar o desenvolvimento desejado em Angola”,  afirmou Kuangana.

Ao falar no Uíge, por ocasião das comemorações de 24 aniversário do PRS, o líder do partido exortou o Governo angolano a acabar com as “políticas de exclusão dos cidadãos”, apontando para alguns casos em que muitos angolanos são alvos de exclusão por pertencerem a um partido político na oposição.
Kuangana disse que o Estado deve olhar para todos, ignorando filiações partidárias, religião, raça, cor e sexo.
Por outro lado, acrescentou que a distribuição da renda nacional deve ser feita de forma equitativa e servir a todos angolanos.
Por isso, lançou o desafio à população angolana para manter o controlo das actividades financeiras ao nível do Estado e do partido no poder como sendo o principal responsável.
“A riqueza do país deve ser distribuída para todas as regiões, sem assimetrias a níveis regionais, não podem existir uns que engordam e outros emagrecem”, disse.
O presidente do PRS manifestou-se preocupado com as medidas de seguranças das fronteiras, notando que o território angolano faz fronteira com vários países onde se constatam surtos de varias endemias que assolam o continente, com realce para o ébola.



Angolano investigado em escândalo político em Portugal - Dia 28 de Novembro 2014

Empresário teria ligações com personalidades portuguesas presas por alegada corrupção e fraude.
Redacção VOA
A imprensa portuguesa revela que um empresário angolano poderá estar a ser alvo de investigações em Portugal no âmbito do chamado escândalo dos Vistos Gold, em que autorizações de residência são concedidas depois de um investimento de um determinado montante.
Angolano investigado no escândalo político em Portugal - 1:13
Eliseu Bumba  terá ligações directas a António Figueiredo, presidente do Instituto dos Registos de Notariado (IRN), e um dos 11 detidos do processo Labirinto, nome da investigação conduzida pela Polícia Judiciária portuguesa.
A ligação entre Eliseu Bumba e António Figueiredo tem como pano de fundo um protocolo assinado entre o Ministério da Justiça de Angola e a sua congénere angolana, que envolvia a viagem de três funcionários do IRN a Angola. Apesar dos custos do programa serem assumidos pelo Estado português, António Figueiredo e os outros quadros terão, alegadamente,  trabalhado para a Merap Consulting, uma sociedade de Eliseu Bumba, que tem uma filial em Portugal, a Lusomerap.
Segundo o Correio da Manhã, o empresário desempenhava o papel de intermediário, sendo responsável por angariar clientes de vistos dourados para Portugal, recebendo em troca o pagamento de “luvas”.
Os procuradores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal estarão também a investigar um protocolo entre o Ministério da Justiça de Portugal e a sua congénere angolana para a formação de quadros em Angola.



"Não sou bandido", diz Kangamba que afirma não ter nada para esconder - Dia 28 de Novembro 2014

O general angolano refuta as acusações veiculadas pela imprensa em Portugal e reitera que pretende-se apenas atacar o Presidente da República.
Bento dos Santos KangambaBento dos Santos Kangamba

Áudio "Os brasileiros é que têm de falar sobre prostituição, não eu", afirma Kangamba sobre processo no Brasil

Acompanhe a entrevista na íntegra do general Bento Kangamba à VOA.
Alvaro Ludgero Andrade
O General Bento dos Santos Kangamba diz estar disposto a ir a Portugal responder na justiça caso for intimado o que nunca aconteceu e desmente todas as acusações vindas a público.
Em entrevista à VOA, Kangamba afirmou ter apenas uma casa e um apartamento em Portugal, onde tinha um milhão e 700 mil dólares guardados, o que não é crime.
O general explica a origem do seu dinheiro como empresário privado e reitera que não tem de dar explicações dos seus bens a ninguém por não nunca ter recebido nada do Estado.
"Kangamba é uma marca", reiterou o empresário que afirma não ter nada a esconder nem a justificar porque não recebe dinheiro do Estado. "Não sou bandido", afirma o general.
Acompanhe a entrevista:
"Não sou bandido", diz Kangamba que afirma não ter nada para esconde

 

 Deputada da UNITA pode perder o mandato



Lisboa -   Está avoluma-se,  no interior de uma corrente do grupo parlamentar do MPLA,  a tese segundo a qual a deputada  da UNITA, Mihaela Webba Neto, terá no ponto de vista da constituição, perdido  o seu  mandato como deputada a Assembleia Nacional, por ter ficado ausente do parlamento por  largas temporadas.

Fonte: Club-k.net 

MPLA diz que violou  artigo 158 do regulamento da AN

O partido no poder socorre-se,  a alínea b, do artigo 158o  do regulamento da casa das leis, invocando que o deputado perde mandato sempre que exceda com o  numero de faltas previstas na lei.  Mihaela Webba  segundo o MPLA, fez-se ausente de quatro sessões parlamentares, durante um ano,  e que  em si, dá motivo para suspensão do mandato.

Apesar de Webba ter apresentado justificativos médicos para justificar a sua ausência, o partido no poder alega  que a documentação preparada pela  deputada da UNITA  foi mal encaminhada.  O MPLA entende ainda que Mihaela Webba deveria solicitar uma ausência sem o respectivo salário ou então deveria ter sido substituída por um suplente das listas de candidatos a deputados do seu partido.

Solicitados a reagir, fonte da assessoria de imprensa da UNITA, justifica que a sua deputada estava com uma gravidez de risco e que apresentou relatório medico dos especialistas em Luanda justificando a necessidade de ser enviada para o exterior do país. 

A fonte,  clarifica que ela ficou ausente por um período de cerca de 7 meses e não um ano como alega o MPLA.  Segundo o maior partido da oposição, a sua deputada  tem as  faltas justificadas e que dentro de dias ira submeter um outro relatório medico passado por médicos da África do Sul, país, onde deu a luz.

Para a UNITA, as ameaças do MPLA em por em causa o mandato da deputada Webba são  infundadas uma vez que o nome da mesma não consta nas actas sínteses da Assembleia do mês de Maio, Junho, Julho. “tem apenas uma falta injustificada de Janeiro”, rematou.

O  tema das ausências  de Miahela Webba, das suas obrigações parlamentares,  foi levantado publicamente e pela primeira vez no passado dia 13 de Novembro, pelo deputado do MPLA,  Sérgio Luther Rescova a margem do debate  sobre o Orçamento Geral do Estado.  O tema foi levantado em função de pronunciamento  da jurista que os deputados do MPLA, tomaram como  faltas de respeito ao  Presidente José Eduardo dos Santos.

 

Comandante da polícia de Saurimo acusado de prender activistas da independência da Lunda

Defensores da independência do povo Lunda queixam-se de estarem a ser detidos de forma injusta. Dia 23 de Novembro 2014

Manifestantes a favor da Lunda Norte(Arquivo)Manifestantes a favor da Lunda

O comandante municipal do Saurimbo Adalfo Tchikapa é acusado de ter detido na última sexta-feira, 21, dois activistas que exigem a independência das Lundas. Segundo o delegado do Manifesto do Protectorado das Lundas naquela zona perfazem assim três activistas presos por defenderem a independência das Lundas.
Prisões na LundaSegundo Eduardo Justino, delegado municipal do Manifesto do Protectorado das Lundas no Saurimbo, da ala de Jota Filip Malakito, os activistas Paulo Agostinho, de 40 anos de idade, pai de oito filhos, e João Cardoso, de 37 anos de idade, pai de 7 filhos, foram agredidos e detidos pelo Comandante da Polícia Nacional do Saurimbo, Adolfo Tchikapa.
“O próprio comandante Adolfo Tchikapa é que foi para lá quando eles estavam a fazer a cópia do hino do manifesto”, disse Justino afirmando que os detidos ainda não foram apresentados à justiça e nem mesmo têm direito a visita.
Os defensores da independência do povo Lunda queixam-se de estarem a ser detidos de forma injusta.
De recordar que o Manifesto do Protectorado das Lundas apresentou uma queixa ao Tribunal Penal Internacional contra o governo de José Eduardo dos Santos por genocídio contra o povo Lunda.

 

 Manifestação Fotográfica em Memória do Ganga Dia 22 de Novembro 2014

Luanda - Maria José Vitorino de Carvalho tem uma missão: exige justiça pelo assassinato político do seu filho primogénito, Manuel Hilbert de Carvalho Ganga, executado por um membro da Unidade de Segurança Presidencial (USP) a 23 de Novembro de 2013, com dois tiros nas costas.
Fonte: Maka/Club-k.net
Maria José Vitorino de Carvalho acredita que é seu direito, como mãe e cidadã, clamar por justiça. Como avó, sente a responsabilidade de explicar, a seu tempo, a Uriel Tomás Ganga, de 3 anos, os esforços da família contra a impunidade do assassino e dos mandantes da morte do seu pai.

“Eu sou Ganga, exijo justiça”, “Somos Ganga, exigimos justiça”, são as mensagens aprovadas pela mãe para honrar a memória do seu filho.
A pedido da mãe, o Maka Angola e o Club-K promovem agora uma manifestação fotográfica na Internet, em memória do Ganga. Os cidadãos que queiram expressar a sua solidariedade para com os familiares da vítima, que queiram exercer plenamente a cidadania e exprimir a sua coragem podem enviar fotos de cartazes alusivos ao Ganga (ver endereço abaixo). As autoridades angolanas perseguem, torturam e matam impunemente, mas não poderão torturar ou fuzilar as fotografias desta manifestação, nem sequer queimá-las – vamos portanto promover uma manifestação inatacável.
Manuel Hilbert de Carvalho Ganga, um engenheiro de construção civil, foi morto em consequência do seu activismo pelos direitos humanos. Enquanto colava cartazes na parede do Estádio dos Coqueiros, os quais exigiam justiça para o Caso Cassule e Kamulingue (barbaramente assassinados por efectivos da Polícia Nacional, dos serviços de segurança e do corpo miliciano do MPLA a 27 e 29 de Maio de 2012), foi detido por membros da USP, junto com outros setes membros da CASA-CE.
Na altura, António Baião, que se encontrava com Ganga, contou o episódio ao Maka Angola: “Éramos oito jovens, incluindo o malogrado. Os militares surpreenderam-nos e mandaram parar a actividade [de colagem de panfletos], mantendo-nos imobilizados no passeio, com as suas armas apontadas durante 45 minutos, aproximadamente.” De seguida, os activistas foram transportados numa viatura para a sede da USP, junto ao Palácio Presidencial, onde, pouco depois da meia-noite, um dos militares fuzilou Ganga.
Cassule e Kamulingue foram executados por se terem envolvido na organização de uma manifestação, um direito consagrado pela Constituição. Ganga foi fuzilado por ter exprimido a sua solidariedade para com as vítimas, exercendo o seu direito constitucional à liberdade de expressão.
O governo diz que respeita a Constituição. Mas os factos estão à vista: as entidades oficiais prosseguem com os assassinatos políticos, com a detenção arbitrária e com a tortura de manifestantes. A impunidade é total.
Com esta manifestação fotográfica, a vida do Ganga será celebrada por todos aqueles que acreditam no poder da solidariedade e que defendem o respeito pela Constituição e o direito inalienável ao exercício pleno da cidadania. Qualquer um de nós pode ser a próxima vítima.
A campanha, que será promovida através das redes sociais, decorrerá de 23 de Novembro a 23 de Dezembro. Envie a sua foto para info@makaangola.org.

 

Jovem Nito Alves escapa rapto ao sair da escola

Categoria Manifestacoes - 22 novembro 2014
Luanda - O Bloco Democrático vem denunciar a tentativa de rapto ontem do jovem activista Manuel Chivonde Baptista Nito Alves, enquanto o mesmo tentava sair da escola que frequenta.
Fonte: BD
Bloco Democrático denuncia tentativa de rapto
Segundo alerta dado pelo mesmo e feito eco pelos seus amigos e sociedade civil bem como pelos altos dirigentes do Bloco Democrático, Adão Ramos (Secretário Informação e Marketing) e Américo Vaz (Secretário da Juventude Bloquista), Nito Alves sentiu-se encurralado quando tentava sair da escola por elementos que se faziam transportar numa "viatura Land Cruiser de vidros fumados".
Prontamente outros activistas agiram ao alerta e foram buscar sob escola o activista, que conseguiu chegar a casa a salvo. Isto no dia de ontem.
Na madrugada de hoje, dois dos activistas que estão na organização da manifestação de hoje e de amanhã viram as suas casas cercadas, por elementos que os mesmo apontaram como estando a civil mas acompanhados por policia. Os dois activistas viram-se forçados cada um a sair de sua casa e a tomar refúgio durante a madrugada noutros locais secretos dentro de uma Igreja.
Este era o cenário para o dia de ontem e para a madrugada de hoje. Estes dois casos, que agora o Bloco Democrático denuncia, indiciam graves violações à lei e aos direitos humannos, situações graves que o povo angolano não pode ignorar.
O Bloco Democrático exige que toda esta perseguição aos jovens actvistas pare de imediato, à luz dos direitos humanos e da lei da Constituição da República de Angola.
Os jovens activistas estão a pedir que se use e divulgue a hashtag #Manif22e23Nov
O BD apela ao Povo e aos Manifestantes:
- Evitem sempre o confronto e afastem-se de agitadores, digam não à violência
- Filmem tudo e gravem tudo, fotografem tudo e divulguem amplamente, a principal batalha a vencer é a batalha da comunicação
- Levem água e repelente para insectos durante a noite; levem primeiros socorros
- Não circulem isolados e comuniquem sempre as vossas localizações a companheiros de vossa confiança (cuidado, os telefones podem estar sob escuta - combinem de forma antecipada códigos e deslocações)
- Os organizadores da manifestação deverão acautelar potencial acto de perseguição ainda antes do começo da manifestação.
- Caso estejam a ser detidos ou levados, deverão insistentemente gritar o vosso primeiro e último nome e pedir ajuda, exijam saber para que esquadra vão, registem os nomes e as identificações dos agentes que fazem detenção, gritem sempre alto e chamem a atenção das pessoas ao redor
- Manifestantes mantenham-se sempre informados de outros manifestantes para que não aconteçam raptos
- Em caso de detenção de companheiros, façam registo da esquadra, da matrícula da viatura marca e sua cor, registem nome e identificações dos agentes e, sigam de imediato com o carro que leve os detidos, não os deixem sozinhos!
- No final dos dois dias manifestações o BD pede aos manifestantes que acautelem possíveis represálias ou raptos, por isso andem em conjunto e protejam-se mutuamente mesmo depois de estarem em casa.
- Sejam continuamente solidários, não abandonem ninguém! Angolano Ajuda Angolano!

Luanda, 22 de Novembro de 2014

 

 

Polícia prende jovens que exigiam a demissão de José Eduardo dos Santos

22 novembro 2014

Luanda - Alguns grupos de jovens ativistas angolanos tentaram hoje manifestar-se contra o Governo, em Luanda, mas foram travados pela intervenção da Polícia Nacional, conforme se constatou no local.
Fonte: Lusa
O protesto envolvia dez movimentos contestatários reunidos no autodenominando Conselho Nacional dos Ativistas de Angola, que, além de críticas à política do executivo, exigiam a demissão do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

A manifestação estava agendada para as 15:00 (menos uma hora em Lisboa), com concentração no largo 1.º de Maio, no centro de Luanda. Contudo, o acesso ao espaço foi vedado pelas autoridades, entre elementos da polícia regular e de intervenção.
Estes elementos impediram e dispersaram a concentração de grupos de manifestantes próximo daquele largo, mas com ações repressivas aparentemente menos violentas do que as observadas em protestos anteriores.
Ainda assim, segundo relato feito à Lusa por Raúl Mandela, do Conselho Nacional dos Ativistas de Angola, cerca de 15 jovens terão sido detidos durante o dia e dez foram feridos pela polícia.
A Lusa não conseguiu confirmar esta versão junto das autoridades policiais.
No entanto, também o dispositivo policial - visível - em Luanda foi hoje menor, igualmente comparando com as restantes manifestações já realizadas este ano.
O desemprego, a falta de habitações e de terrenos para construir, mas também de água potável, eram assuntos sobre os quais estes dez movimentos pretendiam apelar para a reflexão do povo, conforme se pode ler nos panfletos distribuídos pela capital angolana, a convocar a manifestação.
Por outro lado, reafirmam que os dirigentes do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência, em 1975, "não se preocupam em dar emprego aos angolanos" e acusam "portugueses e brasileiros" de ficarem com postos de trabalho na restauração, hotelaria ou construção civil.
Os manifestantes ameaçavam ainda levar o protesto até ao palácio presidencial, área que conforme a Lusa verificou esteve hoje fortemente guardada por dezenas de elementos da Unidade de Guarda Presidencial (UGP).
Estes ativistas equacionam sair de novo à rua no domingo, indicaram ainda.
Interpretado como um aviso sobre esta manifestação, o ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares, recomendou, na segunda-feira, firmeza e vigilância redobrada face a "reiteradas e veladas" tentativas de alteração da ordem democrática e constitucional por parte de algumas forças políticas.
Referiu, sem apontar nomes, que algumas dessas forças, usando artifícios antidemocráticos, têm tentado fazer em Angola "uma réplica do que aconteceu em alguns países vizinhos".
Estas manifestações antigovernamentais, que se sucedem desde 2011, terminam por norma com várias detenções e confrontos com a polícia.






Lisboa -  O Ministro de Estado e  Chefe da Casa de Segurança  da Presidência da República, general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, reuniu-se com os principais responsáveis pelo assassinato do activista Alves Kamulingue, precisamente um dia  antes do crime ter acontecido, assim descreve, uma competente “assessement”, indicando  que este é o único dado que não consta na instrução do  processo da PGR por considerarem “segredo de Estado”.
Fonte: Club-k.net 
Casa Militar sabia  de tudo
Ao tomar conhecimento sobre a alegada pretensão de se realizar uma manifestação de antigos combatentes, a porta do palácio presidencial, o general “Kopelipa” convocou o então delegado do SINSE de Luanda,  António Gamboa  Vieira Lopes e o responsável  da polícia de Luanda, a comparecerem, na Casa de Segurança da PR,  a 26 de Maio daquele ano de 2012.
Elizabeth Ramos Frank, a então comandante da policia de Luanda, estava ausente do país, por razões de saúde e em seu lugar participou na reunião, o  seu adjunto para as questões operacionais,  o Comissário Dias do Nascimento Fernando Costa, na qualidade de comandante em exercício da Policia Nacional  de  Luanda.
Reunidos na presença do general Leopoldino Fragoso  do Nascimento e de um outro oficial general da PR, identificado por “Filomeno”, o general “Kopelipa” teria dado orientações aos dois responsáveis  convocados (Vieira Lopes e Dias do Nascimento) no sentido de abortarem a pretensa manifestação detendo os seus principais organizadores.
Porém, no dia  em que ocorreu a operação,  e após terem localizado os mentores da manifestação, o então delegado do SINSE de Luanda, António Vieira Lopes, tratou de  repassar para o comandante provincial em exercício Dias do Nascimento Fernando Costa, solicitando que Alvés Kamulingue fosse capturado e entregue às autoridades competentes, conforme as orientações recebidas da Presidência da Republica. Este por sua vez, terá contactado o director da investigação provincial de Luanda (DPIC), Amaro Neto que colocou os seus homens a disposição para auxiliar a operação.
De  lembrar que Manuel Miranda, na altura dos factos chefe do departamento de investigação criminal da Ingombota revelou em Tribunal que  nas vésperas dos preparativos do assassinato de Kamulingue, ele   recebeu um telefonema  de Amaro Neto  orientando-o  a criar uma equipa e contactar o delegado do SINSE em Luanda para auxilia-lo numa missão, todavia não especificada.
Contrariando as orientações que lhes foram dadas pela  Casa de Segurança, o activista Alves Kamulingue acabaria por ser assassinado por  dois disparos efectuados por um agente da policia nacional, Francisco Tenda Daniel “Kiko”, que em tribunal revelou ter apenas recebido orientações superiores.
Conforme ja avançado, a ocorrência da reunião do dia 26 de Maio de 2012, orientada pelo Chefe da Casa de Seguranca da PR, general “Kopelipa” foram omitidas  no processo de instrução da Procuradoria  Geral da República sob alegação de constituir “segredo de Estado”.
Por outro lado, os executores do crime foram superiormente instruídos a assumirem o crime em tribunal - embora com algumas alterações -  com a garantia de que viriam a sua “situação resolvida” (entenda-se soltos mesmo após serem condenados).  De entre as orientações, os executores foram instruídos a não implicarem o então comandante em exercício  de Luanda, Dias do Nascimento Fernando Costa por se tratar de um comissário que no ver das autoridades causaria embaraços a imagem do Estado. O comissário Dias do Nascimento  entra no processo apenas como declarante e não como arguido, como está  o seu colega do SINSE, António Vieira Lopes.
Francisco Tenda Daniel “Kiko”, foi também orientado a assumir o crime de forma fria – mas  com detalhes falsos -  para facilitar o andamento do julgamento e causar a impressão de   que as autoridades estão devidamente comprometidas em ver o caso resolvido.
Em Tribunal, o agente “Kiko”, alegou que fez apenas um disparo e que virou o rosto para não ver o que estava a fazer, quanto que na verdade ele efectuou dois disparos; um na cabeça e outro no peito do activista. 
Os agentes da policia  que forem condenados pela morte de Alves Kamulingue deverão cumprir alguns meses na prisão para de seguida serem soltos e provavelmente despachados para as províncias de forma a não serem vistos.  Para além da soltura que os mesmos beneficiarão, há conhecimento de que receberam cada 50 mil dólares, uma casa para cada no bairro Zango, e uma viatura de marca Prado, que já se encontram com os seus familiares.

 

Mal-estar entre reclusos e a direcção da Comarca de Viana pode provocar manifestação



Lisboa – A população prisional angolana continua cada vez a crescer juntamente com os seus problemas. Apesar de várias campanhas sobre o “suposto melhoramento”, o governo continua – através dos seus órgãos – apresentar debilidade na resolução dos problemas dos reclusos, que precisam ser reabilitada e recuperada, de acordo com os padrões internacionais.
14 reclusos fechados numa cela de um metro e meio
Fonte: Club-k.net
Comarca de Viana.JPG - 39.57 KBSupostamente por ordem do diretor nacional dos Serviços Penitenciários, o comissário prin¬cipal António Joaquim Fortunato, um grupo de reclusos da Comarca de Viana encontram-se desde o passado dia 17 de Outubro do corrente, abandonados – sem nenhuma explicação plausível – numa cela disciplinar (de um metro e 30 meio), em condições desumana.

O grupo, composta por 14 elementos – 12 dos quais com o comportamento classificado, por alguns agentes prisionais, como ‘exemplares’ – é acusado pela director geral deste estabelecimento prisional de constar na lista dos reclusos que se planeavam, nos próximos tempos, evadir da Comarca de Viana.

“Isto não é verdade. Porque estás informações não são recentes e sempre se ouviu por alto aqui na comarca”, disse a fonte do Club K que se encontra no local, assegurando que as tais informações, desanexadas, são de origem duvidosa. “Estas informações não saíram do gabinete do director e ele sem abrir um inquérito ordenou o cárcere destas pessoas sem dar explicações”.

O encarceramento – injustificável – destes reclusos (alguns além de condenados com penas maiores) tem vindo a gerar um clima de tensão entre a população prisional (detidos e condenados) e a direcção geral do estabelecimento, ao ponto de alguns reclusos ameaçar reunir os seus familiares para, num prazo de 72 horas realizar, uma marcha contra os abusos e violações de Direitos Humanos, defronte a Comarca de Viana.

Mas antes, estes [os reclusos] exigem a presença do comissário prin¬cipal António Fortunato a fim de esclarecer, de uma vez por toda, a situação, uma vez que o responsável da Comarca alega estar seguir as suas ordens.

“A direção da Comarca diz que o director nacional é quem ordenou o encarceramento destas pessoas. Então caso ele [director nacional] não comparecer aqui na Comarca de Viana para justificar está medida, os jovens vão reunir seus familiares para uma manifestação defronte a Comarca. Porque estes jovens fechados há 11 dias nesta cela são inocentes”, garantiu.

Director atrás das provas

Desde o dia (17 de Outubro) em que foram colocados na cela disciplinar, os 12 reclusos (alguns ostentam cargos de responsabilidades) só começaram a manifestar-se preocupados no dia 22, uma vez que desconheciam – segundo a nossa fonte – as razões que obrigou o director geral a os colocarem naquele arrepiante local.
 
“Só depois de cinco dias, os jovens decidiram fazer um barulho na porta. O homem do serviço foi ter com eles e perguntou o que se passava e eles responderam que queriam saber porque estavam encarcerados naquela cela”, contou.

No dia seguinte, isto é a 23 de Outubro, o director da Comarca de Viana, Manuel Maria Tavares Culeka, convocou alguns elementos do grupo para uma conversa no seu gabinete. Na altura, este responsável procurou saber dos presentes se as informações chegadas a ele eram verídicas. Estes [os reclusos] desmentiram categoricamente, solicitando abertura de um inquérito para averiguação dos factos. “Exigimos que seja feita uma investigação imparcial, para se apurar os verdadeiros motivos”, insistiu a fonte.

No mesmo dia, Manuel Culeka ordenou a um dos efectivos dos Serviços Prisionais de nome Gaspar Congo, a efectuar uma vistoria – centímetro por centímetro – as celas destes 12 reclusos, no sentido de encontrar algumas provas que colocasse na lista os elementos que planea(va)m a fuga. E nada foi achado.

Poucos minutos depois, o responsável daquela instituição ordenou que os mesmos fossem recolocados na cela disciplinar, impedindo-os de receber visitas dos seus familiares, que se deslocaram horas depois no local.  Curiosamente, os familiares destes só ficaram a saber da situação através de outros detentos.

“Assim sendo, os familiares destes reclusos foram ter com o director da Comarca, Manuel Culeka, a fim de saber o que se passava. E ele não conseguiu dizer absolutamente nada, se não irritar as pessoas”, avançou.

Efectivos prisionais corruptos

No dia em que Manuel Culeka ordenou o seu efectivo (Gaspar Congo) a fazer vistorias nas celas dos acusados, este ‘facturou’ uns trocados. Pois, antes de efectuar as vistorias conforme lhe foi ordenado, primeiro Gaspar Congo recebeu os telemovéis de dois reclusos (amigos seus) de apelido: Man Bernas e Gido e guardou-os no bolso.

“Revistou os objectos de outros reclusos e mais tarde regressou para devolver os telemovéis destes seus amigos, cobrando a cada um deles um valor de dois mil kwanzas”, denunciou, afiançando que existem provas. “As pessoas que estão lá na cadeia podem confirmar. É no Bloco C na caserna 1 a 3”.

Antes de ser destacado neste estabelecimento, Gaspar Congo, polícia (da Ordem Interno) corrupto, trabalhava na Comarca Central de Luanda. O mesmo terá participado numa das sessões de porrada contra os presos daquela unidade prisional.

O outro corrupto chama-se Adriano Tintas, responsável da Ordem Interna. Este recebeu 40 mil kwanzas das mãos do irmão de um dos reclusos que se encontra na cela disciplinar, no sentido de o retirar do recinto. “Mesmo depois de receber o dinheiro ele não quer tirar da cela disciplinar mesmo. Até porque já não atende os telefonemas deste [o irmão do recluso]”, avançou.

Por outro, a maior parte da população prisional da Comarca de Viana alega desconhecer quem é o actual director. “Nunca entrou no penal para conversar conosco”, rematou a fonte. 

Pormenores da cela disciplinar

- A cela disciplinar, localizada no terceiro andar daquele estabelecimento, é de um metro e meio. É escura e sem energia eléctrica. A água é dada apenas uma vez por semana, e não chega mais de 500 litros.

- Os 14 elementos que se encontram nesta cela foram igualmente privados – pelo director Culeka – de receber os alimentos que lhes são trazidos pelos familiares. “Os guardas recebem quase sempre os sacos de comidas, mas não os fazem chegar aos destinatários”, revelou.

- Os reclusos dormem em condições precárias e nenhum deles sabe quando serão retirados daquela cela;