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sábado, 6 de agosto de 2016

Visão do Dr Jonas Savimbi sobre o desenvolvimento económico e social de Angola - Dep. Maria Luisa de Andrade


Fonte :Unitaangola






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Ao falar da visão Económica e social do Dr. Savimbi, que se encontra num dos pontos do projeto de Muangai, segundo o qual deve-se priorizar o campo para beneficiar a cidade, numa altura em que comemoramos a sua data natalícia e tendo em conta a realidade económica do país, é recordar em como os seus ensinamentos continuam actuais.


É neste contexto que eu trago como tema para a nossa reflexão, a importância da Agricultura como alavanca para o desenvolvimento económico.

Ao longo do tempo, o homem foi deixando de ser nómada e fixou-se, dedicando-se a agricultura e pecuária o que provocou o aumento da população e da produção alimentar. O aumento produtivo criou excedentes e as trocas de alimentos de origem vegetal e animal.

Essa evolução fez com que surgissem outras dificuldades, como a de manter os produtos por mais tempo ou a sua conservação.

Se nos primeiros tempos o homem encarava a agricultura como uma actividade de subsistência mais para a produção de alimentos, hoje com a introdução da ideia Agropecuária, como actividade económica não só para produzir alimentos, mas para também gerar lucros, cada vez mais se entende a importância da agricultura na criação de riqueza.

É verdade que para se atingir a grande produtividade de hoje, houve uma mudança no uso de fertilizantes menos nocivos, para o uso de energias fósseis que permitiram grandes produções, acarretando consequências não boas para a sociedade, a poluição dos solos, das águas entre outros.
Mesmo assim, Agricultura bem orientada para a produção do bem-estar e como produtor de alimentos e de matérias-primas, pode ser direcionada na defesa do meio ambiente e na preservação da paisagem.

(MAZAYER e ROUDART, 2001)
Durante o séc XX, houve a revolução agrícola que teve como principal característica a mecanização com novas formas de produção agrícola, usando motores elétricos, tratores e engenhos, adubos, variedades de plantas, animais que foram adaptados para a produção industrial, que permitiram a transportação de matérias-primas e dos produtos acabados para regiões mais distantes (MAZAYER e ROUDART, 2001).

Em todas economias existem três sectores que são o primário; que se ocupa da extracção dos produtos da terra; o secundário que é o sector responsável pela transformação dos produtos primários; e o terciário que é o dos serviços.

A agricultura, não pode ser considerada de maneira independente dos outros sectores. Ela tem de ser vista como uma grande rede que vai desde a produção de matérias-primas, a transformação, o armazenamento, até a distribuição dos produtos agrícolas e seus derivados.

A agropecuária aumenta a produtividade, gera empregos directos e indirectos, estabelece parcerias comerciais entre pequenos agricultores e grandes empresas podendo criar condições de exportações.

Esse sector requer que vários sectores da economia façam parte dele, como bancos que facilitem os créditos, precisa de matérias-primas agrícolas, isto é sementes, fertilizantes, insecticidas tractores e peças sobressalentes.

A produção agropecuária, está directamente relacionada com os nossos alimentos do dia/dia, a madeira com se faz as mobílias que temos em nossas casas, o algodão que se transforma em tecidos, vai até ao medicamento.

Pela importância do sector, os países considerados desenvolvidos, tem usado políticas de subsídios a produção agrícola, criam medidas protecionistas através de barreiras alfandegárias, tudo para proteger os produtores internos.

Em alguns países africanos, assim como o nosso, ao invés dos seus governantes incentivarem o sector agrícola para desencadear a produção interna, esses governantes estão preocupados com os negócios, aliando-se aos países do G8, que estão a se posicionar em países africanos a procura de grandes extensões de terra para produzirem em grande escala, usando agrotóxicos prejudicando os pequenos produtores e suas famílias.