As Causas da Crise Financeira em Angola
Fonte : | Unitaangola | |||||||||||||
Crise financeira em Angola resulta de desvios e roubos de bilhões de dólares | ||||||||||||||
A
afirmação foi proferida pelo segundo responsável do grupo parlamentar
da UNITA, Adalberto Costa Júnior, no programa "Angola Fala Só" da Voz de
América, realizado na passada sexta-feira, em que o parlamentar da foi o
convidado do espaço de interacção com os ouvintes. Durante o tempo de intervenção que tem a duração de 1 hora, Adalberto Costa Júnior, deu uma séria de exemplos que sustentam a sua posição, tais como o surgimento milagroso de milionários no país e a criação de vários fundos com dinheiros provenientes do erário público. "Não é da consequência da baixa do preço de petróleo que resultam os nossos problemas. A crise económica que Angola hoje vive, resulta muito mais dos desvios e dos roubos do bem público do que da baixa do preço de petróleo. Também resulta do facto de que não temos uma fiscalização daquilo que são os programas de investimentos públicos. O que é que acontece quando isto se trata desta maneira? Desapareceram bilhões e bilhões de dólares das caixas públicas. É directamente relacionado com a surgimento milagroso de milionários neste país, todos eles com a mesma origem. Portanto, não é um problema do petróleo, é um problema de uma má cultura, de atitude pública. Nós temos criados aos últimos anos, fundos ligados ao petróleo, fundos ligados alguma banca, que reinvestia fundos de âmbito internacional líquida. Quer dizer, há uma série de fundos, que hoje questionados, eles já não querem", afirmou Adalberto Costa Júnior. O deputado da UNITA disse que o seu grupo parlamentar terá provado ao governo ao longo dos debates na Assembléia Nacional que 36 bilhões de dólares tinham desaparecidos em média de três, quatro anos. "Nós próprios, quando foi feito o Orçamento Geral do Estado de 2015, revisto, provamos ao governo que nos últimos três, quatro anos tinham desaparecidos 40 bilhões de dólares nos fundos que existiam. E, no debate, ficou provado que os cálculos estavam bem feitos, que nós levamos em consideração a percentagem que o governo tem direito, que não é os 100 por centos, é apenas uma parte. Levamos em consideração uma série de responsabilidades, mesmo assim conseguimos provar que apenas em três, quatro anos, foram 36 bilhões de dólares que tinham desaparecidos", justificou. | ||||||||||||||
A pura verdade: Sobre Miala
LEIA IMPORTANTE
Fui colaborador do SIE
AQUI ESTÁ A VERDADE, LEIAM BEM POR FAVOR
Meus irmãos, não vamos fugir do tema porque há quem quer desviar a nossa
atenção. Vamos todos ler o que disse o académico e activista cívico, Justino Pinto de Andrade: "Miala foi acusado de ter preparado um
golpe de Estado e era isto que nós queríamos que fosse esclarecido aqui, mas
infelizmente a acusação não foi nesse sentido" Quem não conseguiu de ler,
que volta a ler de novo e daí vou explicar como e porque Miala levou apenas 4
anos de prisão (Isto segundo os lambe botas do JES).
O nosso Miala, genuíno, teve de um lado a sorte de apanhar somente os tais 4
anos mas não fugiu àquilo que ele próprio disse: " Verríssimo disse-me que
o Presidente da Republica havia lhe informado para eu ficar calado e quieto
porque já não estamos naquele tempo de..."
A problema do Miala não tem nada à ver com golpe de estado nem insubordinação
ou que mais que podemos pensar.
A realidade é esta: Como Director dos SIE,
Miala solicitou ao PR a compra de aparelhos sofisticados que interferem nas
conversas telefónicas para actualizar os seus serviços. O PR deu o seu aval. Chegaram os aparelhos e como não podia deixar
de ser, solicitou ao vendedor, que se fizesse uma experiência para aprovar e
confirmar a compra.
Até lá, tudo bem. Comprovaram o aparelho e Miala convoca uma reunião com os
seus 4 colaboradores, no dia seguinte às 18H00, no fim do dia de trabalhos. Às
16H00, do mesmo dia, Miala
acompanha, sozinho, a tal conversa entre Kopelipa e Toninho e ouviu coisas que
não esperava; Oiçam bem: O PR está metido nos desvios dos bilhões de USD do contrato com a China. A família nobre está preparada em investir na construção de
empresas em Luanda, especialmente na nova estrada entre Golfe e Cacuaco.
Kopelipa assegurou o Toninho: "Não te preocupes que já ocupamos todos os
terrenos da zona. Está tudo marcado para ninguém construir".
No dia da reunião, estiveram todos, excepto o Verríssimo. Esperaram 10 minutos
e tomou a palavra o Miala que ao dirigir-se aos seus colaboradores disse:
"O que ouviram ontem constitui um segredo do estado; ninguém pode levar
esta conversa fora daqui como estipula os regulamentos da segurança do estado. Hoje, ouvi coisas que nenhum de vocês ouviu
e temos de aconselhar o Presidente para mudar o seu comportamento; Temos de
tomar medidas activas para o seu bem".
Na mesma ocasião, entra o Verríssimo que só ouviu a última parte:
"Hoje, ouvi coisas que nenhum de vocês ouviu e temos de aconselhar o
Presidente para mudar o seu comportamento; Temos de tomar medidas activas para
o seu bem." Isto bastou para queimar os outros. Logo que acabou a reunião,
precipitou-se e foi informar aos adversários de Miala que são: Kopelipa e Zé Maria e estes, na mesma hora ligam
para o Presidente que já tinha acabado o seu trabalho para voltar pois havia um
problema de vida ou de morte contra ele.
Ao voltar na cidade alta, ouviu o Vérrissimo e tomou as medidas que devia
tomar. Foi dali que tudo começou a história e a verdade está aqui. Miala passou à ser uma pedra no sapato
da família nobre pois até lá, ele (Miala)
também não sabia da realidade do destino dos bilhões desaparecidas. Mas desde
aquele dia, já soube o porque do silêncio do Presidente sobre o assunto e como
não é da família pobre.
JES instaura uma sindicância contra Miala e dirigida por quem? Zé Maria e Kopelipa; Nomeia os
substitutos do Miala no SIE; sabem quem são? Zé Maria e Kopelipa. Lhes deu a autoridade de fazer tudo para calar
a boca do Miala. As invenções começaram na tentativa de golpe de estado; NÃO
PEGOU; Passaram na tentativa de envenenamento do PR; NÃO PEGOU. Forma pensando e acabaram na tal de insubordinação e
agarraram-se ali mesmo.
É por isto que o Juiz do STM foi aconselhado à não tocar no problema do golpe
de estado senão Miala iria desbobinar tudo. Cada vez que Miala tocava neste
assunto, Patónio ficava perplexo e para não assumir as consequências, mandou
Miala para fora.
Tudo foi cozinhado e é por isto que não queriam a confrontação entre Miala e os
seus rivais (adversários) palacianos. Estou escrevendo isto à partir da Europa
porque em Angola, não podia por conhecer o sistema. Tenho muito à relatar por
possuir a autorização dos condenados.
Meu irmão / minha irmã; és dos primeiros à conhecer esta verdade e como querem
nos calar a boca para não divulgar a verdade, cabe-te à ti retransmitir estas
verdades aos outros angolanos genuínos para começarmos à saber quem são os que
nos governam e quais são as intenções deles. Tratam-se de 3 bilhões de dólares
que o próprio Presidente da República não quer mandar investigar o
desaparecimento duma dívida que o país (Angola) contraiu em que meia dúzia de
pessoas querem beneficiar.
É com estes valores que a família do JES comprou bancos em Portugal e estão a
inundar Angola, especialmente Luanda com Bancos privados; o nosso dinheiro, o
dinheiro do povo. A Isabel, a Tchizé
e outros, onde é que trabalharam na vida deles para comprar um banco que o
governo português declarou em falência? Acordemos, irmãos pois o país está à
ser vendido ou seja estamos à vender o nosso próprio país com o nosso silêncio.
Olhem bem ou analisem bem isto: Em Angola de hoje, Angola monarca de JES, a
economia está com a família (Bancos,
Sonangol e TAAG); a segurança do país entregue aos primos; o parlamento,
também a um primo analfabeto; para ludibriar os angolanos, nomeia um primeiro
ministro fantoche que nem poder tem, nem plano para dirigir o país e como não
bastasse, os verdadeiros angolanos estão à ser exonerados, nomeados para
embaixadores afim de afastarem-se do sistema, e eliminados tranquilamente sob
aplausos do próprio angolano porque sabem que a maioria é analfabeta e assim
poderão bem controlar.
Agora, vem aí o pior, conforme disse o General Miala, "a intenção deles é
re-colonizar Angola mas a minha posição não lhes oferecia tranquilidade para
isto", querem obrigar os nossos burros deputados a votarem a lei
constitucional à maneira deles onde eles têm tudo a ganhar e o Angolano, tudo a
perder.
Nesta lei constitucional, caso for aceite, vamos entregar o país à bicharada.
Será o nosso fim. Ele quer e pretende jogar melhor que Mobutu, deixar a família
e as coisas bem seguras. ESTA HISTÓRIA
DE ELEICÕES PRESIDENCIAIS INDIRECTAS,
isto é o voto no parlamento pois será tão fácil corromper os burros dos nossos
deputados e assim o país passará nas mãos da família nobre.
Irmão, por favor, balumuka e mande esta mensagem para mais angolanos a fim de
estarmos todos em sintonia. Se guardares esta mensagem contigo é porque estás a
favor da família nobre. Há 30 anos que está no poder, nunca fez nada para com o
povo e não é agora que vai fazer algo. Não me digam é porque o país estava em
guerra.
Esta desculpa da guerra deve acabar. Luanda não conheceu a guerra nem por uma
semana. Aquilo foi apenas distúrbios de 3 dias mas que o próprio MPLA provocou pois sentia-se incómodo
ao lado da UNITA armada. Mas já
estamos em paz há 7 anos e José Eduardo
dos Santos roubou mais em 7 anos do que em 23 anos. Já deram conta disto?
Por isto, balumukeno!!! General Miala foi mau para uns e bom para outros. Não
se pode agradar a todos, duma vez. Mesmo se morrer, pelo menos deixou-nos
esclarecido sobre o tipo de governantes que temos e vamos, todos, reflectir.
Passem esta mensagem a inúmeros angolanos até chegar no próprio José Eduardo
dos Santos para ter a consciência tranquila do que o povo Angolano já sabe das
verdades sobre o caso Miala. Não se
tratava de tudo quanto queriam nos fazer crer.
Kamoxi!
Olá amigo Kamoxi
Seja bem-vindo a este espaço "Kandandos Angola".
A questão que levanta, é muito pertinente. É uma questão política interna, das
guerras também elas, internas, entre chefias militares, que no dever do seu
cumprimento enveredam por outros caminhos, ao qual o povo desconhece e é
altamente prejudicado. Chefias essas, que também manobram a imprensa, ao ponto
do povo só ter acesso às informações que eles manipulam, resultante do elevado
grau de analfabetismo apresentado por esse mesmo povo, que facilmente é
manipulado.
Muitos angolanos, não estão motivados nem capacitados para abordar este tema,
devido precisamente ao impedimento do acesso às verdadeiras causas de como tudo
se processou.
Amigo, estamos a falar de Angola, onde tudo é possível, inclusive o impossível.
Continue a colaborar connosco.
Estamos juntos!
Abraços e kandandos
(nota: Veja o próximo vídeo. Infelizmente o nosso país, detentor de muitas
riquezas, ainda continua a precisar das ajudas internacionais. Este facto
antigamente, acontecia por causa da guerra. Actualmente, não existe guerra e
continuam a ser necessárias ajudas internacionais. Eu pergunto: onde estão a
ser investidos os capitais resultantes das receitas do petróleo? Não será, um
desprestígio para nós angolanos e para quem governa Angola. Para mim estas
situações são indicadores relevantes. Para outros, talvez sejam, irrelevante)
Cazimar
CABINDA Á FERRO E FOGO ; TORTURA E PRISÕES BARROTADAS
Samakuva
acusa comunidade internacional de usar dois pesos e duas medidas
Líder da Unita questiona silêncio em relação a violações de
direitos humanos em Angola.
Isaías Samakuva
O
presidente da Unita Isaias Samakuva vaticinou que o fim do regime de José
Eduardo dos Santos está prestes a chegar ao fim. Em conversa com a Voz da
América, o líder do maior partido na oposição considerou que a historia não
mente, e todos os ditadores e tiranos caem sempre.Samakuva apelou igualmente à
comunidade internacional para deixar o lado comercial e ver as atrocidades que
são cometidas pelo regime no poder em Angola.
"Não
há regime nenhum que vai continuar a fazer isso até onde quiser, o passado
mostra que regimes opressores e tirânicos chegaram ao fim e o fim do MPLA está
a chegar", disse.
Numa
alusão à prisão recente dos 15 jovens do denominado Movimento Revolucionário,
Isaias Samakuva criticou a comunidade internacional que, na sua óptica, usa
dois pesos e duas medidas para avaliar o mesmo tipo de violações.
"O
nosso Governo faz isso à vontade porque as instituições internacionais, que
condenam violações do tipo noutros lugares, mas quando é Angola ficam caladas”,
acusa o líder da oposição, que questiona “quais os padrões de ética e de
civilização e até morais estão em troca desses interesses comerciais”.
Para
Samakuva, é preciso que “os amantes da liberdade se pronunciem perante estas
violações que acontecem aqui em Angola"
OPOSIÇÃO/ANGOLANA__VERSOS MUDANÇA__
A muito tempo venho me questionando a existência do PRS e a FNLA como
oposição, quase que não se nota empenho ou vontade destes partidos
chegarem ao poder.
Parecem estar mais conformados como oposição do que lutar para chegar ao
poder razão pela qual os militantes visionários desistem pelo fracasso
da produtividade aderem partidos com probabilidade de atingir ao poder.
O PRS e a FNLA parece que não têm jovens porque não vejo paginas ou
contas ativas nas redes sociais com a finalidade de promoverem os seus
projetos partidários como faz a Unita e a Casa-ce.
Exemplo: Procurei a foto do presidente do PRS no Facebook não encontrei,
a do Lucas Ngonda da FNLA encontrei apenas no Club-k, Eduardo Kuangana
nem nos Sites de notícias tem sua foto como presidente do PRS, isto está
mal.
Nb-o cota Joaquim Nafoia tem razão.
Mais aonde está a juventude do PRS e da FNLA? (Por: www.ponto-final.net) |
Savimbi queria Vicente Pinto de Andrade como PM do seu governo
- 15 março 2015
Lisboa
- O Presidente-fundador da UNITA, Jonas Malheiros Savimbi, segundo um
cruzamento de dados, partilhava junto dos seus principais colaboradores
políticos, ainda na Jamba, que em caso de vitória eleitoral em 1992, o
seu partido, estaria disponível para convidar uma figura que não fosse
da UNITA, para se tornar no Primeiro Ministro do seu futuro governo.
Fonte: Club-k.net
Salupeto e Chivukuvuku lhe sugeriram um outro nome
Jonas
Savimbi, estava convencido que ganharias as eleições naquele ano.
Porém, a figura que ele identificava qualidades e outros predicados
para desempenhar o cargo de PM, é Vicente Pinto de Andrade, um
académico de referencia em Angola e oriundo de uma família tradicional
cujo patriarca, o tio, Mário Pinto de Andrade, foi o primeiro
Presidente do MPLA, ao tempo da guerrilha contra o colono português.
Enquanto pensava numa figura neutra para
PM, o então Presidente da UNITA, teria solicitado a dois quadros seus,
Elias Salupeto Pena e Abel Epalanga Epalanga que sondassem um outro
nome dentro do partido mas com particularidades que pudessem também
agradar o eleitorado do litoral.
Estes dois dirigentes teriam lhe
sugerido, para Primeiro Ministro, o dirigente partidário Victorino
Domingos Hossi, na altura um quadro em ascensão partidária e que teria
se formado em direito em Portugal.
Victorino Hossy, foi ao encontro das
exigências de Jonas Savimbi mas tinha no ver do líder do “Galo Negro”,
um "handicap" que era de estar oficialmente solteiro na altura.
Apesar do seu estado civil, Domigos Hossi, tinha uma companheira desde
o seu tempo de Portugal, e com quem esta até aos dias de hoje, Lena
Pinto de Andrade, curiosamente familiar de Vicente de Andrade.
Não obstante as sondagens que vinha
fazendo, o então presidente da UNITA, antes de regressar das matas,
havia ensaiado uma estrutura governamental em que também premeditava
como Primeiro Ministro, o seu então Vice-Presidente Jeremias Chitunda.
Contudo, estava garantido que em caso de vitória eleitoral, em 1992, o
seu ministro da Defesa Nacional, seria o general António Sebastião
Dembo.
As dirigentes Maria de Fátima Moura
Roque e Judith Bandua (malograda esposa de António Dembo), também
estavam garantidas que deveriam ser Ministra das Finanças e do Ensino
Superior, respectivamente. Foi Fátima Roque, académica angolana a
viver actualmente em Portugal, a figura a quem Jonas Savimbi delegou
poderes para estudar o programa económico que o futuro governo da UNITA
iria implementar em Angola.
Admiração e respeito de Savimbi por quadros que não eram da UNITA
Já desde a Jamba, o líder fundador da
UNITA, expressava admiração por Agostinho Neto. No ponto de vista de
Savimbi, se Neto não ocorresse a morte prematura de Neto, a guerra nunca
teria se prolongado porque ambos conseguiriam ter entendimento para por
termo o conflito, ao contrario de Eduardo dos Santos, a quem o mesmo
desapreciava.
A titulo de exemplo, Savimbi, transmitia
aos seus colaboradores que num governo de Agostinho Neto, ele seria
capaz de aceitar o convite para ser Ministro das Águas, porque no seu
entender, o falecido líder do MPLA, era um nacionalista que lutava pelos
angolanos. Também tinha simpatias por Lopo do Nascimento.
Para além de Agostinho Neto e Vicente
Pinto de Andrade, um outro quadro angolano (não da UNITA), que Savimbi
manifestava admiração é Filomeno Vieira Lopes, economista e dirigente da
alta estrutura do Bloco Democrático. Savimbi, entendia que os
pronunciamentos de Vieira Lopes, feitos em Luanda, era preenchidos de
coragem para um pessoa que vivia em Luanda, onde estava o regime.
Quando teve oportunidade falou pessoalmente com este dirigente político
transmitindo-lhe o seu apresso.
Advogados dos familiares de Cassule e Kamulingue processam "General Filó"
"General Filó" voltou a faltar a audiência no tribunal.
"General Filó" voltou a faltar a audiência no tribunal.
Coque Mukuta
04.03.2015 18:11
Os advogados dos familiares de Isaías Cassule e Alves Kamulingue,
assassinados em 2012 por agentes dos serviços, vão processar
criminalmente o oficial superior das Forças Armadas Angolanas,
tenente-general, José Peres Afonso, conhecido como “General Filó” por
ser um dos autores morais dos homicídios.
04.03.2015 18:11
Os advogados dos familiares de Isaías Cassule e Alves Kamulingue,
assassinados em 2012 por agentes dos serviços, vão processar
criminalmente o oficial superior das Forças Armadas Angolanas,
tenente-general, José Peres Afonso, conhecido como “General Filó” por
ser um dos autores morais dos homicídios.
Presidente de Cooperativa agrícola torturado pela Policia angolana
-
Categoria Sociedade
-
05 março 2015
Luanda
– Simões Anacleto, o Presidente da Cooperativa agrícola do Banza
Yeto, na comunica do Icole e Benguo, foi recentemente capturado e
torturado por agentes da Policia Nacional da esquadra junto do
estaleiro da Tahala, afecta ao comando da divisão de Catete.
Fonte: Club-k.net
Ao
se aperceberem pelo seu desaparecimento estranho, a família de Simões
Anacleto decidiu contactar o comandante da esquadra da Tahal. Este por
sua vez informou a esposa, que o líder da cooperativa encontrava-se
numa das unidades Hospitalares.
Ocorrente dos factos a direção da
organização não governamental SOS Habitat se deslocou no passado dia
3 de Março de 2015, ao Comando da Divisão de Catete onde apuraram os
seguintes factos:
1. O Sr. Simões Anacleto foi encontrado
no Hospital Municipal de Catete, com ferimentos graves conforme as
imagens fotográficas que apesar de estar inconsciente, conseguiu afirmar
aos activistas de que foi convidado pelo comandante da esquadra situada
junto ao estaleiro da TAHAL BAHAL para subir na viatura da polícia com o
objectivo de leva-lo ao comando da Divisão com fim de ser acareado pela
investigação criminal e ao meio do caminho, com a viatura em velocidade
os agentes da polícia o empurraram para o chão.
1.1. Os activistas se deslocaram ao
comando da Divisão de Catete com o objectivo de fazer uma participação
sobre o sucedido, mas, o Sr. Comandante da Divisão de Catete entendeu
chamar os agentes e o cidadão envolvidos na acção para se apurar a
veracidade dos factos. Os agentes da policia que praticaram a acção,
posto na sala do Sr. Comandante Municipal de Catete informaram que o
carro estava com velocidade de 40 km/h infelizmente Sr. Simões Anacleto
saltou do carro.
De recordar que o Senhor Simão Anacleto
tem resistido contra a usurpação do espaço da cooperativa pela empresa
Tahal responsável pelo projecto de desenvolvimento hidroagrícola cujo
uma parte do espaço pertence a cooperativa agrícola que ele lidera.
- Categoria Sociedade
- 05 março 2015
Revelações inéditas revelam que Savimbi não morreu em combate
- Categoria Em Foco
- 02 março 2015
Lisboa - Está a ir por
“água a baixo” a propaganda governamental que prevaleceu nos últimos 13
anos, insinuando que Jonas Malheiro Savimbi, o líder-fundador da UNITA,
teria morrido em combate na província do Moxico.
Fonte: Club-k.net
Estava a tomar chá de mel quando foi assassinado
Uma
competente pesquisa, baseada - em anotações de testemunhas vivas que
poderão ser publicadas em livro - desvenda ao pormenor todo mistério em
torno do que se passou naquela tarde do dia 22 de Fevereiro de 2002, nas
proximidades de Cassamba, localidade adjacente ao Luvuei, um dos três
afluentes do rio Lungue-Bungo.
Segundo a pesquisa, tudo começou quando
naquele dia o presidente da UNITA preparava-se para ir a margem esquerda
do rio Luio, na ex-Zona Belo Horizonte (Moxico), ao encontro da base do
general Njolela Gomes Jorge vulgo “Big Jó”.
Na manha daquele dia por volta das 7 da
manha, escutaram-se disparos contra a base do general “Big Jó”. Assim
sendo, Jonas Savimbi e o seu grupo integrado por 13 elementos mudaram de
rumo após terem orientado um soldado da coluna presidencial a efectuar
partulha para terem melhor percepção do que se estava a passar naquela
zona.
No período de tarde, perto das 15 horas,
a coluna presidencial de Jonas Savimbi decidiu entrar para uma mata
serrada para acampar uma vez que estava a choviscar naquele momento.
No momento em que estavam acampados,
Savimbi descalçou as botas e estava a tomar chá de mel, quando um jovem
da sua coluna, que teria ido fazer “necessidades maiores”, regressou
assustado avisando que viu a virem em direcção da coluna presidencial,
um grupo de militares trajados com uniformes das FAA, guiados pelo
soldado X, ex-integrante da coluna presidencial que estava desaparecido
desde o dia 4 de Fevereiro daquele ano.
O grupo que estava a ser guiado pelo
soldado X, (nome propositadamente ocultado), ajudou a seguir os rastos
do “velho”, através das marcas das botas de fabrico francês com um
piso especifico que o lider guerrilheiro usava.
Quando as FAA aproximaram-se da tenda
dos guerrilheiros, fizeram o primeiro disparo contra Jonas Savimbi,
atingindo na lateral do peito. Durante aquela alvoraça, um dos elementos
da sua guarda que estava a jogar xadrez, a um certo metro de distância,
se puseram em fuga.
Savimbi
colocou uma das mãos no local da ferida e outra numa posição superior
simbolizando acatamento, ou melhor, demonstração de alguém que não
estaria a mostra resistência. O líder guerrilheiro olhou para o soldado
X, que estava aproximar-se de si, e o terá dito o seguinte, na língua
umbundo, “AMOLANGE OKUETE OLUTAKAI. VIALUA VIWA NDA KULINGILA, KALIYE WAKULA, NOKE WANDIÑUALELAPO?”. Numa tradução livre para o português seria: “agora, te viraste contra mim”.
Logo a seguir, foi-lhe disparados outros
tiros, acabando por falecer. Enquanto isto, os soldados das FAA que
eram um grupo perto de 30 elementos, comunicaram aos seus superiores
sobre o cumprimento da missão. Os outros ficaram na disputa de se
apoderar/recolher os pertences pessoais de Savimbi, uma vez que o
falecido andava com um saco de diamantes que seria para aguentar o
partido caso ele chegasse até a fronteira com a Zâmbia.
Porque da versão morte em combate?
De acordo com a Convenção de Génebra
sobre os Crimes de Guerra, um acto é definido como um crime de guerra a
partir do momento em que uma das partes em conflito ataca
voluntariamente objetivos (tanto humanos como materiais) não-militares.
Um objectivo não-militar compreende civis, prisioneiros de guerra,
feridos ou soldados desarmados que não mostrem resistência.
Jonas Savimbi, no momento em que foi
morto, não se encontrava a combater, pelo que a luz do direito
internacional, o seu desaparecimento constitui crime de guerra
(assassinato), uma vez que estava desarmado sem ter mostrado
resistência. Logo após ao primeiro disparo, as forças governamentais
voltaram a fazer disparos mortais contra ele.
Em caso de guerra, a morte de um
elemento da dimensão de Savimbi deve ser aprovada por um alto “Comando
militar”, liderado pelo Comandante-Em-Chefe do Exército, no caso de
Angola, o Presidente José Eduardo dos Santos. É por esta razão que o
Chefe de Estado angolano, após ter tido informações privilegiadas sobre o
paradeiro de Jonas Savimbi, apresentou-lhe três cenários (rendição,
captura ou morte em combate).
As forças governamentais estavam em
condições de capturar Jonas Savimbi vivo uma vez que ele não mostrou
resistência. Porém, optaram por matá-lo. No seu grupo de 13 elementos,
Savimbi e um soldado que tentou mostrar resistência foram os únicos a
serem mortos.
De acordo com consultas, em caso de se
levantar um processo judicial na corte internacional, o
Comandante-Em-Chefe das FAA, ao deixar o poder um dia, seria o primeiro a
sentar-se nos bancos dos réus para responder do porque os seus
subordinados fizeram disparos mortais contra um militar, já ferido e
que não mostrou perigo.
Em tribunal, o actual Chefe de Estado
angolano, na sua condição de responsável numero um das FAA, responderia
também o porque do uso de balas incendiadas contra Savimbi. As balas
incendiadas faz com que o alvo tenha poucas chances de sobreviver.
Oposição nunca acreditou na tese de morte em combate
Desde 2002, o dirigente político do
Bloco Democratico, Filomeno Vieira Lopes, tem questionado em fóruns
internacionais sobre as circunstâncias em que Savimbi morreu. Vieira
Lopes chegou a dizer numa conferência no Instituto de Estudos e
Segurança da Àfrica do Sul, que o facto de o governo angolano repetir
várias vezes a tese de “morte em combate”, levanta suspeitas de que
Savimbi poderá ter falecido noutras circunstâncias, e não a combater de
armas nas mãos.
Outras versões governamentais; que antecederam a teoria da morte em combate
Antes do acerto da tese de “morte em
combate”, vários quadros do aparelho de segurança do governo angolano
tinha expressado versões desencontradas a oficial. O actual Chefe de
Estado Maior General das FAA, Sachipendo Nunda, deu uma entrevista ao
jornal Angolense, na altura, dizendo que Savimbi implorou para não ser
morto.
Havia também a teoria de suicídio que
ganhou corpo depois que o então director da DNIC, Octávio Barber,
utilizou deliberada, ou inadvertidamente, esse termo em pelo menos duas
ocasiões no decurso do programa «Tendências e Debates», da Rádio
Nacional de Angola transmitido naqueles dias.
Porque que as autoridades reagem mal quando a UNITA solicita inquérito sobre a morte de Savimbi?
Por outro lado, as autoridades
governamentais revelam-se intrigadas quando a direcção da UNITA
solicitou um inquérito, para se averiguar as circunstâncias exactas em
que morreu Savimbi. O maior partido da oposição tem questionado se
morreu mesmo a combater de armas nas mãos, ou, se foi vítima de
assassinato.
Suspeita-se que terá sido em função
destas desconfianças da UNITA que as autoridades anteciparam-se em
retirar os restos mortais de Savimbi no cemitério do Luena, no dia a
seguir ao enterro, com receios de que pudesse ser alvo de uma enxumação,
e posteriormente, uma investigação encomendada pelo maior partido da
oposição.
Temas relacionados:
Abílio Kamalata Numa: ‘Vi o Dr. Savimbi a cair
Os últimos dias de Savimbi
General “Big Jó”, o “Kopelipa” de Jonas Savimbi – In Memoria
Amnistia denuncia despejos forçados e repressão à liberdade de expressão em Angola
- Categoria Sociedade
- 25 fevereiro 2015
Luanda - A Amnistia
Internacional (AI) denunciou os despejos forçados, a repressão aos
direitos de liberdade de expressão e manifestação, os homicídios e o
desaparecimento de pessoas em Angola no relatório anual, hoje divulgado.
Fonte: Lusa
"Seria
bom que se avançasse um pouco mais no respeito pelas liberdades civis e
também pelo direitos económicos, sociais e culturais em Angola", disse à
Lusa Vítor Nogueira, presidente da direção da AI Portugal, lembrando
ainda que é necessário investigar com rigor e punir os culpados nos
casos de mortes e desaparecimentos que envolvem as forças de segurança
angolanas.
Segundo Vítor Nogueira, o relatório da
AI descreve questões relacionadas com os "despejos forçados, a repressão
dos direitos de liberdade de expressão e manifestação, o
desaparecimento de pessoas, o uso excessivo da força pela polícia e os
homicídios realizados pelas forças de segurança".
De acordo com o documento da organização
de defesa dos direitos humanos, em 2014 as autoridades realizaram
despejos forçados numa escala superior em relação aos anos anteriores.
"Pelo menos 4.000 famílias foram
desalojadas pela força e as suas casas foram demolidas na província de
Luanda e setecentas destas famílias ficaram sem habitações adequadas.
Houve informações sobre outros desalojamentos forçados na província de
Cabinda", indicou o relatório.
De acordo com a AI, "a polícia e as
forças de segurança usaram a força ou a ameaça de força, assim como
detenções arbitrárias, para reprimir manifestações pacíficas em Angola".
Em várias ocasiões, a polícia deteve
manifestantes para depois os espancar e abandonar a centenas de
quilómetros do lugar onde foram presos, segundo o relatório.
De acordo com o documento, a polícia e
as forças de segurança continuam a gozar de impunidade por alguns casos
de homicídios, tendo cometido estes crimes em várias províncias, como
Luanda, Malanje, Lunda Sul e Lunda Norte.
Como exemplo, a organização refere que,
em maio, agentes da polícia civil, vestidos à paisana e identificados
como elementos da 32.ª esquadra de polícia do distrito de Kilamba Kiaxi,
em Luanda, mataram a tiro Manuel Samuel Tiago, Damião Zua Neto (Dani) e
Gosmo Pascoal Muhongo Quicassa (Smith), no bairro 28 de Agosto.
Foi aberto um inquérito, mas não houve mais informações sobre o caso até o fim do ano passado, segundo a AI.
Vítor Nogueira referiu que continuam a
"decorrer processos por difamação" contra várias pessoas, como o
jornalista Rafael Marques, e as penas de prisão "podem ser pesadas".
A 19 de agosto, o jornalista Rafael
Marques compareceu perante o Tribunal Provincial de Luanda por acusações
de difamação contra sete generais e a empresa Sociedade Mineira de
Cuango, no caso relacionado com o seu livro "Diamantes de Sangue:
Tortura e Corrupção em Angola", publicado em Portugal.
Até ao final de 2014 não se havia fixado uma data para o julgamento, segundo a AI.
A organização lembrou ainda o caso do
jovem Manuel Nito Alves, que foi julgado, a 14 de agosto, por difamação
contra o Presidente e foi absolvido por faltas de provas. As acusações
apresentadas relacionam-se com camisolas com inscrições consideradas
ofensivas ao Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
Em 2014, a polícia espancou e prendeu
jornalistas que informavam sobre as violações dos direitos humanos e
pelo menos dois foram presos por divulgar as atividades da polícia.
A organização lembrou ainda que, a 18 de
novembro foi retomado no Tribunal Provincial de Luanda o julgamento de
oito agentes do Estado pelo sequestro, em maio de 2012, e posterior
assassínio de Silva Alves Kamulingue e Isaías Sebastião Cassule, caso
que levou à organização de várias manifestações na capital angolana,
também reprimidas pela polícia.
Em outubro, na Revisão Periódica
Universal (RPU) do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, das
226 recomendações que foram sugeridas a Angola, o Governo aceitou 192 e
decidiu submeter as 34 restantes a posterior consideração, "inclusive as
relacionadas com a liberdade de expressão, reunião e associação",
referiu o relatório.
Jovens criticam política habitacional do Governo Angolano
Estudantes pedem revisão da polícia de construção de centralidades.
A falta de habitação para a juventude continua a ser um dos maiores problemas de Angola.
Jovens contactados pela VOA criticaram asperamente a política
habitacional afirmando que os vários projectos habitacionais levados a
cabo pelo Governo devem ser revistos.
A VOA ouviu alguns estudantes universitários do curso de arquitectura
e outros jovens com formação média que chumbaram todos os projectos
habitacionais do Estado e deixaram algumas propostas ao Executivo.
O estudante universitário Bruno Soares defendeu um programa de
construção de “casas sociais para que os jovens pagassem a longo prazo”.
Soares disse também que sem o combate ao desemprego na juventude será difícil resolver o problema habitacional.
Antes, disse, é preciso diminuir o nível de desemprego para que não
haja problemas como o que vemos nos recentes projectos habitacionais,
como o Kilamba, em que o próprio Governo reclama que a população não
está a pagar".
Outra estudante de arquitectura, Dina Alfredo, alertou ao Governo
para ter sempre em conta o destinatário dos projectos habitacionais.
"Acho que o Governo devia analisar bem o tipo de projectos que faz,
devia fazer de acordo com a condições de de cada pessoa porque numa
sociedade existem pessoas de diferentes estratos sociais: médio, baixo e
alto", disse.
A estudante afirmou que as “centralidades” construídas pelo Governo não têm tido sucesso.
"Esses programas habitacionais como Kilamba, Cacuaco que o Governo
está a construir não servem para nós, são para pessoas de renda alta
porque eu não acredito que um indivíduo que mora no interior do Cazenga
tenha possibilidade de comprar uma casa nas centralidades", concluiu.
Já o técnico médio Dani Pinto reprova o projecto do Zango.
"Zango 3 por exemplo é um projecto que não tem escolas, não tem
hospitais, isto não existe, uma pessoa sem condições que adoeça à meia
noite por exemplo vai acabar por morrer", criticou.
Angola envia polícias para a Guiné Equatorial
Oposição prometeu manifestações contra
Presidente Obiang durante CAN 2015; Obiang e dos Santos são os
presidentes há mais tempo no poder em África
A Guiné Equatorial confirmou que Angola enviou contingentes policiais
para o país para ajudar na manutenção da ordem durante a taça das
nações africanas de futebol o CAN 2015.
Destacadas fontes governamentais desse país disseram que agentes da
polícia angolana e soldados zimbabwianos foram enviados para a Guiné
Equatorial “para colaborar na manutenção da ordem pública”.
Não foram dados mais pormenores, desconhecendo-se o numero exacto de
agentes da polícia angolana ou de soldados zimbabwianos enviados para a
Guiné Equatorial.
Desconhece-se também qual o papel exacto que os agentes angolanos
irão desempenhar na “manutenção da ordem pública” já que a oposição
apelou a manifestações e ao boicote do evento.
Membros da oposição foram recentemente presos por apelaram a manifestações e ao boicote do campeonato.
O Zimbabwe já declarou publicamente ter enviado um contingente de
“membros das forças de defesa, polícia e de outros serviços de
segurança” que chegaram á Guiné Equatorial na Terça feira.
O presidente Teodoro Obiang Nguema da Guiné Equatorial e o
Presidente Eduardo dos Santos de Angola são os dois chefes de estado há
mais tempo no poder em África.
Obiang Nguema subiu ao poder em Agosto de 1979 e Eduardo dos Santos em Setembro do mesmo ano
Oposição prometeu manifestações contra
Presidente Obiang durante CAN 2015; Obiang e dos Santos são os
presidentes há mais tempo no poder em África
A Guiné Equatorial confirmou que Angola enviou contingentes policiais
para o país para ajudar na manutenção da ordem durante a taça das
nações africanas de futebol o CAN 2015.
Destacadas fontes governamentais desse país disseram que agentes da
polícia angolana e soldados zimbabwianos foram enviados para a Guiné
Equatorial “para colaborar na manutenção da ordem pública”.
Não foram dados mais pormenores, desconhecendo-se o numero exacto de
agentes da polícia angolana ou de soldados zimbabwianos enviados para a
Guiné Equatorial.
Desconhece-se também qual o papel exacto que os agentes angolanos
irão desempenhar na “manutenção da ordem pública” já que a oposição
apelou a manifestações e ao boicote do evento.
Membros da oposição foram recentemente presos por apelaram a manifestações e ao boicote do campeonato.
O Zimbabwe já declarou publicamente ter enviado um contingente de
“membros das forças de defesa, polícia e de outros serviços de
segurança” que chegaram á Guiné Equatorial na Terça feira.
O presidente Teodoro Obiang Nguema da Guiné Equatorial e o
Presidente Eduardo dos Santos de Angola são os dois chefes de estado há
mais tempo no poder em África.
Obiang Nguema subiu ao poder em Agosto de 1979 e Eduardo dos Santos em Setembro do mesmo ano
Cabinda: A governadora é detentora da maioria das riquezas, diz Arão Tempo
-
Categoria Nacional
-
15 janeiro 2015
Cabinda - Advogado e
defensor dos direitos humanos em Cabinda, Arão Tempo questiona a
governação de Aldina da Lomba Katembo, o causídico diz que a actual
governadora está mais preocupada com suas empresas do que governar como
deve ser a província de Cabinda.
Manuel José
Fonte: VOA
Arão Tempo afirma que está vedado qualquer direito de exercício a Democracia
"Os
governadores que passam em Cabinda ao invés de governar exercem mais
actividades comerciais, neste momento a governadora é detentora da
maioria das riquezas em Cabinda, isto é grave, uma província tão pequena
mas com tanta pobreza".
O jurista considera que neste momento a
Constituição da República de Angola está suspensa em Cabinda. "Está
vedado qualquer direito de exercício a Democracia da população, o
direito a manifestação está vedado, o direito a consciência e outros
previstos na Constituição estão vedados em Cabinda, estamos perante uma
ditadura aqui só existe imposição".
Tempo adverte que o problema
de Cabinda não tem nada a ver com o petróleo. "A questão de Cabinda não é
o petróleo, café ou madeira, podem até fechar os poços de petróleo,
esta não é a base das reivindicações aqui, o que sempre defendi que seja
concedido ao povo de Cabinda os seus direitos, só assim se pode
encontrar solução para Cabinda".
Outro activista dos direitos
humanos, Alexandre Kuanga, reforça a ideia de que a governadora
monopoliza o mercado de panificação em Cabinda: "Com que dinheiro?",
questiona. "A governadora de Cabinda com tantas empresas panificadoras
em menos de um ano onde encontrou o dinheiro? Se antes de entrar para o
governo não possuía nada, onde saiu o dinheiro?", especifica Kuanga.
A
Voz da América procurou ainda em Cabinda contactar a governadora por
telefone, mas segundo um dos seus assessores, a governadora não fala por
telefone.
- Categoria Nacional
- 15 janeiro 2015
O jurista considera que neste momento a Constituição da República de Angola está suspensa em Cabinda. "Está vedado qualquer direito de exercício a Democracia da população, o direito a manifestação está vedado, o direito a consciência e outros previstos na Constituição estão vedados em Cabinda, estamos perante uma ditadura aqui só existe imposição".
Tempo adverte que o problema de Cabinda não tem nada a ver com o petróleo. "A questão de Cabinda não é o petróleo, café ou madeira, podem até fechar os poços de petróleo, esta não é a base das reivindicações aqui, o que sempre defendi que seja concedido ao povo de Cabinda os seus direitos, só assim se pode encontrar solução para Cabinda".
Outro activista dos direitos humanos, Alexandre Kuanga, reforça a ideia de que a governadora monopoliza o mercado de panificação em Cabinda: "Com que dinheiro?", questiona. "A governadora de Cabinda com tantas empresas panificadoras em menos de um ano onde encontrou o dinheiro? Se antes de entrar para o governo não possuía nada, onde saiu o dinheiro?", especifica Kuanga.
A Voz da América procurou ainda em Cabinda contactar a governadora por telefone, mas segundo um dos seus assessores, a governadora não fala por telefone.
Activistas preparam marcha de protesto contra o Governo de Cabinda
A marcha acontecerá em Fevereiro e vai protestar contra a "governação mafiosa".
Cidadãos de Cabinda ameaçam sair à rua em Fevereiro para protestar
contra aquilo que chamam de governação mafiosa de Aldina da Lomba
Katembo. O grupo de activistas dos direitos humanos do enclave diz estar
tudo preparado para que a marcha tenha lugar no início do próximo mês.
O coordenador do grupo de activistas cívicos de Cabinda, Marcos
Mavungo disse à VOA que eles estão saturados com o tipo de governação
que é levada a cabo em Cabinda pelo Executivo de Aldina Dalomba Katembo.
O grupo contabilizou, nos últimos três anos, 18 pessoas assassinadas e
mais de 60 activistas cívicos detidos de forma arbitrária. Mavungo diz
que tudo o que se diz na televisão sobre Cabinda não passa de meras
declarações de intenções dos governantes que, em seu entender, executam
uma governação mafiosa.
"Que haveria água em Cabinda, energia eléctrica, um porto de aguas
profundas, um parque industrial e todas as condições para a população de
Cabinda; tudo não passa de declarações de intenções porque a governação
de Cabinda é de mafiosos que escondem interesses de terceiros poderosos
que vão sugando e explorando o petróleo de Cabinda, usando a
mão-de-obr, tiram tudo e não deixam nada", acusa Mavungo
Aquele activista diz ainda que qualquer um que queira reivindicar algo é perseguido e até morto e os números são assustadores.
"Instaurou-se uma perseguição sistemática a todos que queiram
questionar, muitos activistas presos, hoje estamos num excessivo
despotismo feudal que não permite questionamentos e os poderosos
exploram cada vez mais
este território”, continua Mavungo, que conclui: “nestes últimos três
anos 18 assassinatos confirmados, duas senhoras violadas e 64 detenções
arbitrárias sob pretexto de estarem ligados a igrejas ilegais".
Por isso os activistas preparam para Fevereiro uma marcha de protesto
contra a governação de Cabinda, como diz Alexandre Kuanga: "Vamos
decretar uma marcha em Cabinda para exigir mais transparência na gestão
dos fundos públicos".
"Quem não tem princípios não tem muito a oferecer" - MCK
A marcha acontecerá em Fevereiro e vai protestar contra a "governação mafiosa".
Cidadãos de Cabinda ameaçam sair à rua em Fevereiro para protestar
contra aquilo que chamam de governação mafiosa de Aldina da Lomba
Katembo. O grupo de activistas dos direitos humanos do enclave diz estar
tudo preparado para que a marcha tenha lugar no início do próximo mês.
O coordenador do grupo de activistas cívicos de Cabinda, Marcos
Mavungo disse à VOA que eles estão saturados com o tipo de governação
que é levada a cabo em Cabinda pelo Executivo de Aldina Dalomba Katembo.
O grupo contabilizou, nos últimos três anos, 18 pessoas assassinadas e
mais de 60 activistas cívicos detidos de forma arbitrária. Mavungo diz
que tudo o que se diz na televisão sobre Cabinda não passa de meras
declarações de intenções dos governantes que, em seu entender, executam
uma governação mafiosa.
"Que haveria água em Cabinda, energia eléctrica, um porto de aguas
profundas, um parque industrial e todas as condições para a população de
Cabinda; tudo não passa de declarações de intenções porque a governação
de Cabinda é de mafiosos que escondem interesses de terceiros poderosos
que vão sugando e explorando o petróleo de Cabinda, usando a
mão-de-obr, tiram tudo e não deixam nada", acusa Mavungo
Aquele activista diz ainda que qualquer um que queira reivindicar algo é perseguido e até morto e os números são assustadores.
"Instaurou-se uma perseguição sistemática a todos que queiram
questionar, muitos activistas presos, hoje estamos num excessivo
despotismo feudal que não permite questionamentos e os poderosos
exploram cada vez mais
este território”, continua Mavungo, que conclui: “nestes últimos três
anos 18 assassinatos confirmados, duas senhoras violadas e 64 detenções
arbitrárias sob pretexto de estarem ligados a igrejas ilegais".
Por isso os activistas preparam para Fevereiro uma marcha de protesto
contra a governação de Cabinda, como diz Alexandre Kuanga: "Vamos
decretar uma marcha em Cabinda para exigir mais transparência na gestão
dos fundos públicos".
-
Categoria Política
-
05 janeiro 2015
Luanda - O conhecido
músico angolano MCK disse que o seu sucesso e o de muitos outros músicos
contestatários se deve aos princípios que ele e outros defendem.
Fonte: VOA
“Quem
não tem princípios não tem muito a oferecer”, disse o músico que falava
num animado “Angola Fala Só” em que respondeu a perguntas de ouvintes
sobre uma vasta gama de assuntos, desde a música à politica.
MCK começou por dizer aos ouvintes que em 2015 não tem a intenção de editar um novo álbum mas sim reeditar álbuns anteriores.
O músico tem para 2015 um projecto chamado “Logo no Princípio”.
“No primeiro trimestre vamos fazer as
mil cópias de ouro do “Proibido Ouvir isto”, disse acrescentando que
serão oferecidos gratuitamente.
“Continuamos na mesma dinâmica de lançar discos de cinco em cinco anos,” acrescentou.
MCK foi interrogado por várias vezes
sobre questões de política angolana tendo afirmando que Angola “ é dos
estados que mais viola a sua própria constituição”.
A este respeito fez notar como exemplo o facto de, na sua opinião, o direito à manifestação não ser respeitado.
MCK disse que embora se fale de
manifestações “nos últimos 3 ou 4 anos não há manifestações, há sim
tentativas de manifestações que são imediatamente reprimidas”.
Isso, disse, é uma clara violação da constituição.
Interrogado por um ouvinte sobre o facto
de ter sido divulgado que um outro músico Kid MC tem cartão de membro
do MPLA, MCK disse considerar esse músico como um amigo acrescentando
que no país “ deve haver democracia e liberdade de escolha de opções
políticas”.
Em resposta a um outro ouvinte MCK afirmou que não está filiado em nenhum partido “por enquanto” e não tem ambições políticas.
“A participação em politica partidária
não é a única opção para contribuir para o engrandecimento do nosso
país”, acrescentou, afirmando ainda que “cada angolano na esfera social a
que pertence pode oferecer o seu contributo colocando uma pedrinha numa
Angola melhor e diferente”.
Interrogado sobre a música de um outro
conhecido rapper “Brigadeiro 10 Pacotes” que anteriormente teve
problemas com as autoridades, MCK disse que “o exercício musical do
brigadeiro 10 Pacotes se enquadra perfeitamente naquilo que são as
liberdades”.
“Em qualquer estado democrático e de
direito existem limites, mas cabe aos orgãos de direito estabelecer os
limites. Mas acho que a música do 10 Pacotes se enquadra perfeitamente
naquilo que é o nosso modelo de estado (um estado que se apresenta como
um estado de direito)” disse.
Abordando a situação da música em
Angola, MCK disse que “genericamente falando” a música angolana cresceu
“quantitativamente” muito.
Isto deve-se ao facto de hoje existirem
mais opções para os músicos havendo mesmo uma grande parte da música a
ser feita em estúdios caseiros ( home studios) o que permite que a
“música comece a ganhar um conceito independente cada vez maior”.
“São cada vez menos os artistas que vão
para os grandes estúdios como era o caso no passado”, disse afirmando
que os grandes estúdios só entram em cena “no trabalho pós produção”.
Hoje em dia, há também na música angolana “uma preocupação estética muito maior”.
“A nossa indústria videográfica também
cresceu muito”, afirmou fazendo notar que para além da “força interna”
cada vez maior, a música angolana é também já “um produto de exportação”
mencionado nomes de artistas angolanos que têm “forte apreciação
internacional”.
“A quantidade trouxe qualidade. Hoje dá para exportar”, acrescentou.
Um ouvinte quis saber do “rapper” a sua
opinião sobre os musicos que seguem a via religiosa ou oturas vias, ao
que MCK respondeu afirmando que “cada artista é um bocado o reflexo da
sua educação, daquilo que são os seus princípios, daquilo que são os
seus valores”.
“O grande grosso dos artistas em Angola
não tem noção dos seus direitos, não tem a preocupação de fazer esse
exercício de cidadania que é um direito constitucionalmente adquirido”,
acrescentou.
“Não posso responder pelos outros”,
afirmando que para ele o rap é a via em que pode combinar a arte com o
exercício dos seus direitos e valores.
“Todo o resto depende da educação e princípios”, afirmou.
“ Quem não tem princípios e valores não
tem muito a oferecer e quem não conhece os seus direitos não tem muito a
oferecer aos outros também”, acrescentou.
Interrogado por um ouvinte sobre as
eleições autárquicas, o músico angolano opinou que essas eleições são
“um imperativo constitucional”, acrescentando que na sua opinião só a
falta de vontade política impede a sua realização.
“A agenda política é refém do chefe de estado”, disse MCK.
Respondendo a uma outra pergunta sobre o
parlamento, MCK considerou que aquele órgão “não tem proporcionado
discussões de interesse do cidadão”.
“O cidadão não sabe o que acontece na assembleia”,” disse MCK para quem “o cidadão angolano não decide nada”.
Para MCK a sua “ grande motivação de
luta permanente e incessante é a paixão em acreditar que é possível
acreditar no sonho da criação de um país onde cada um se sente parte
dele”.
- Categoria Política
- 05 janeiro 2015
Luanda - O conhecido
músico angolano MCK disse que o seu sucesso e o de muitos outros músicos
contestatários se deve aos princípios que ele e outros defendem.
Fonte: VOA
“Quem
não tem princípios não tem muito a oferecer”, disse o músico que falava
num animado “Angola Fala Só” em que respondeu a perguntas de ouvintes
sobre uma vasta gama de assuntos, desde a música à politica.
MCK começou por dizer aos ouvintes que em 2015 não tem a intenção de editar um novo álbum mas sim reeditar álbuns anteriores.
O músico tem para 2015 um projecto chamado “Logo no Princípio”.
“No primeiro trimestre vamos fazer as
mil cópias de ouro do “Proibido Ouvir isto”, disse acrescentando que
serão oferecidos gratuitamente.
“Continuamos na mesma dinâmica de lançar discos de cinco em cinco anos,” acrescentou.
MCK foi interrogado por várias vezes
sobre questões de política angolana tendo afirmando que Angola “ é dos
estados que mais viola a sua própria constituição”.
A este respeito fez notar como exemplo o facto de, na sua opinião, o direito à manifestação não ser respeitado.
MCK disse que embora se fale de
manifestações “nos últimos 3 ou 4 anos não há manifestações, há sim
tentativas de manifestações que são imediatamente reprimidas”.
Isso, disse, é uma clara violação da constituição.
Interrogado por um ouvinte sobre o facto
de ter sido divulgado que um outro músico Kid MC tem cartão de membro
do MPLA, MCK disse considerar esse músico como um amigo acrescentando
que no país “ deve haver democracia e liberdade de escolha de opções
políticas”.
Em resposta a um outro ouvinte MCK afirmou que não está filiado em nenhum partido “por enquanto” e não tem ambições políticas.
“A participação em politica partidária
não é a única opção para contribuir para o engrandecimento do nosso
país”, acrescentou, afirmando ainda que “cada angolano na esfera social a
que pertence pode oferecer o seu contributo colocando uma pedrinha numa
Angola melhor e diferente”.
Interrogado sobre a música de um outro
conhecido rapper “Brigadeiro 10 Pacotes” que anteriormente teve
problemas com as autoridades, MCK disse que “o exercício musical do
brigadeiro 10 Pacotes se enquadra perfeitamente naquilo que são as
liberdades”.
“Em qualquer estado democrático e de
direito existem limites, mas cabe aos orgãos de direito estabelecer os
limites. Mas acho que a música do 10 Pacotes se enquadra perfeitamente
naquilo que é o nosso modelo de estado (um estado que se apresenta como
um estado de direito)” disse.
Abordando a situação da música em
Angola, MCK disse que “genericamente falando” a música angolana cresceu
“quantitativamente” muito.
Isto deve-se ao facto de hoje existirem
mais opções para os músicos havendo mesmo uma grande parte da música a
ser feita em estúdios caseiros ( home studios) o que permite que a
“música comece a ganhar um conceito independente cada vez maior”.
“São cada vez menos os artistas que vão
para os grandes estúdios como era o caso no passado”, disse afirmando
que os grandes estúdios só entram em cena “no trabalho pós produção”.
Hoje em dia, há também na música angolana “uma preocupação estética muito maior”.
“A nossa indústria videográfica também
cresceu muito”, afirmou fazendo notar que para além da “força interna”
cada vez maior, a música angolana é também já “um produto de exportação”
mencionado nomes de artistas angolanos que têm “forte apreciação
internacional”.
“A quantidade trouxe qualidade. Hoje dá para exportar”, acrescentou.
Um ouvinte quis saber do “rapper” a sua
opinião sobre os musicos que seguem a via religiosa ou oturas vias, ao
que MCK respondeu afirmando que “cada artista é um bocado o reflexo da
sua educação, daquilo que são os seus princípios, daquilo que são os
seus valores”.
“O grande grosso dos artistas em Angola
não tem noção dos seus direitos, não tem a preocupação de fazer esse
exercício de cidadania que é um direito constitucionalmente adquirido”,
acrescentou.
“Não posso responder pelos outros”,
afirmando que para ele o rap é a via em que pode combinar a arte com o
exercício dos seus direitos e valores.
“Todo o resto depende da educação e princípios”, afirmou.
“ Quem não tem princípios e valores não
tem muito a oferecer e quem não conhece os seus direitos não tem muito a
oferecer aos outros também”, acrescentou.
Interrogado por um ouvinte sobre as
eleições autárquicas, o músico angolano opinou que essas eleições são
“um imperativo constitucional”, acrescentando que na sua opinião só a
falta de vontade política impede a sua realização.
“A agenda política é refém do chefe de estado”, disse MCK.
Respondendo a uma outra pergunta sobre o
parlamento, MCK considerou que aquele órgão “não tem proporcionado
discussões de interesse do cidadão”.
“O cidadão não sabe o que acontece na assembleia”,” disse MCK para quem “o cidadão angolano não decide nada”.
Para MCK a sua “ grande motivação de
luta permanente e incessante é a paixão em acreditar que é possível
acreditar no sonho da criação de um país onde cada um se sente parte
dele”.
Fecho do Angolense lança jornalistas no desemprego
- Categoria Sociedade
- 06 janeiro 2015
Luanda - Depois de um
tempo a receber obras de reestruturação, o jornal Angolense encerra
definitivamente as suas portas e empurra para o desemprego vários
jornalistas. O Sindicato dos Jornalistas considera de anormal o que
aconteceu.
Fonte: VOA
Ninguém conhece quem são os novos donos do jornal e o Sindicato dos Jornalistas Angolanos diz que foi apanhado de surpresa.
O antigo director de Informação da
publicação Agostinho Rodrigues confirma o encerramento do Angolense, mas
diz desconhecer quem são os novos proprietários do Jornal, nem que
destino terá: "Enquanto funcionário do Angolense não conhecemos quem são
os novos donos do jornal"
Outro jornalista que fica no desemprego
com o encerramento do jornal é Makuta Nkondo, que conta como soube da
notícia: "Dois dias antes do Natal comunicaram-nos o fecho definitivo do
jornal, com o formato actual, e pagaram-nos três meses de salários
contra os demais que nos deviam e sem o décimo terceiro".
Makuta Nkondo disse à VOA que o salário
base de um jornalista no jornal era de 48 mil cuanzas, o equivalente a
480 dólares americanos, e não houve qualquer negociação para efeitos de
indemnização.
O jornalista acredita que esta é mais
uma medida para silenciar a imprensa no país. "Significa que neste
momento o único jornal privado e independente que sobrou é o Folha 8, de
Willian Tonet, o MPLA pretende nos impor a ler só o Jornal de Angola,
que eu considero de Pravda, a Radio Nacional de Angola, que é a rádio
Moscovo, e a TPA, autêntica televisão soviética.
Segundo Nkondo, “os ditos privados como a
rádio Despertar, da Unita, e rádio Eclesia, da Igreja Católica fazem a
mesma coisa com listas de pessoas proibidas de falar, como eu próprio
que estou proibido de falar na Despertar e na Eclesia"
Por sua vez, Teixeira Cândido, porta-voz do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, diz que o seu órgão foi apanhado de surpresa.
“Não acredito que alguém compre um
título para extingui-lo um ano depois, isto deixa o Sindicato surpreso e
estupefacto com isto de comprarem jornal e depois guardar na gaveta,
não é uma situação normal”, considera Cândido, para quem “de certo modo é
um ambiente de intranquilidade para a classe jornalística e para o
próprio jornalismo".
Contactado, um dos directores do
referido jornal Joaquim Maciel assegurou à VOA que não conhece quem são
os novos donos e nem sabe que futuro reserva a publicação reestruturada.
Miala reconcilia-se com “Kopelipa”
- Categoria Preto & Branco
- 06 janeiro 2015
Lisboa
- Em meios do convívio dos generais Manuel Hélder Vieira Dias
Júnior “Kopelipa” e Fernando Garcia Miala notam que estes dois altos
oficiais militares do regime angolano, tem desde algum tempo
apresentado sinais de aproximação cessando assim, o período de hostilidade mútua que os colocava em campos opostos.
Fonte: Club-k.net
Iniciativas de re-aproximação entre os dois generais
O
sinal mais visível de iniciativas de aproximação entre ambos foi
assinalado por dois contactos (embora que de forma cínica) que
tiveram desde que Fernando Miala saiu da cadeia em Outubro de 2009.
No seu circulo privado, por exemplo, o
general “Kopelipa”, terá adotado um novo discurso desmarcando-se da
autoria da cabala que determinou ao afastamento e detenção deste
antigo Director-Geral da Serviço de Inteligência Externa (SIE).
Já por parte de Fernando Miala, foram
também notadas ausência de reserva contra “Kopelipa” e outros
responsáveis pela sua desgraça política. Na véspera do seu casamento
realizado em Setembro de 2013, o general Fernando Miala comunicou aos
seus aos seus familiares que convidaria pessoas que no passado o
teriam feito mal. Nesta senda, endereçou um convite ao general Manuel
Vieira Dias Júnior “Kopelipa”. Este por sua vez, não compareceu no
enlace matrimonial mas enviou um filho seu, Kopelipa Pitragros Vieira
Dias “Buchecha” que o representou.
Afastado da vida política ou militar
activa, o general Fernando Miala tem desde algum tempo vindo a cumprir
algumas missões especiais do Presidente José Eduardo dos Santos, razão
pela qual “insideres” no regime aplaudem uma eventual reconciliação
entre ambos por estarem condenados a trabalhar juntos para o mesmo
patrão.
Da ultima vez que o Presidente JES
efectuou uma visita privada a Barcelona, o general Fernando Miala teria
lá estado, uma semana antes, cumprindo uma “missão presidencial”.
Fernando Miala deixou de ter
oficialmente cargo no regime desde 2006, após ter sido vitima de
intrigas políticas aparentemente movidas pelos generais António José
Maria e Hélder Vieira Dias “Kopelipa”. Foi colocado na cadeia por três
junto com os seus colegas da Inteligência Externa. Era uma figura da
alta confiança de José Eduardo dos Santos e actuava como “segunda
entidade” de maior influencia no regime angolano.
O melhor que o Presidente deve fazer, é demitir-se - Alcibiades Kopumi
- 30 dezembro 2014
- Act: 02/01/2015
Luanda - Todos, sem
exceção, começando mesmo pelo Senhor, devemos cumprir a Constituição da
República de Angola- CRA! Entretanto, isto não se verifica, sobretudo da
parte de Sua Excelência, que por actos e por omissões viola
constantemente os seus princípios!
Fonte: Facebook
Relativamente
ao poder político, à luz do artigo 4• da CRA, este só pode ser exercido
por "quem obtenha legitimidade mediante processo eleitoral livre e e
democraticamente exercido, nos termos da Constituição e da lei".
Este não é o seu caso, se tivermos em
conta o facto de sobre si e de seus colaboradores directos impenderem
gravíssimas acusações de cometimento de vários crimes que visaram
substituir a vontade do SOBERANO povo angolano, pela sua e em seu
proveito próprio.
Só o facto de a própria Comissão
Nacional de Eleições-CNE ter admitido que mais de dois milhões de
eleitores não exerceram o seu direito de voto, quando na verdade,
através de várias manobras fraudulentas e criminosas foram impedidos
votar, denunciou um ignóbil atentado à soberania dos angolanos que nos
termos do número 1- do artigo 3• da CRA " é una e indivisível pertence
ao povo que a exerce através do sufrágio universal, livre, igual... "
Nas últimas eleições, sobretudo, ficou
mais mais que evidente a violação, principalmente dos princípios da
universalidade e da igualdade o que fragmentou e pois em causa a
unicidade e indivisibilidade da soberania.
O Senhor perpetrou um Golpe de Estado, porque se fez eleger em total desconformidade com o que estabelecem a CRA e a lei.
O princípio por si mencionado segundo o
qual os resultados eleitorais "desde que confirmados pelo Tribunal
Constitucional devem ser aceites sem CONTESTAÇÃO, não só não existe na
CRA, como contrariam-na, pois que fere brutalmente o princípio da
Supremacia da Constituição, que no número 2 do seu artigo 4• subordina o
Estado à CRA, ao passo que no número 3, do mesmo artigo CONDICIONA a
validade de qualquer acto do Estado ou ente público à sua conformidade à
Constituição.
A criação, por si, de uma estrutura
clandestina e paralela que usurpou as competências vitais e exclusivas
da CNE, a corrupção eleitoral, a intolerância política, a coação das
Autoridades Tradicionais e Religiosas, a não publicação dos Cadernos
Eleitorais, a transferência abusiva e dolosa de cidadãos para
Assembleias de votos longínquas das que indicaram por altura da
confirmação ou do Registo Eleitoral, a obstrução da auditoria do FICRE e
sua manipulação com o concurso de especialistas estrangeiros de entre
eles chineses, a falta de transparência no processo de adjudicação à
INDRA do fornecimento da logística eleitoral, a falta de apuramento dos
resultados em todas as Comissões Eleitorais Provinciais-CIP, são actos
que não se conformam à Construção nem à Lei Orgânica sobre a a Eleições
Gerais.
Todas estas barbaridades são do
conhecimento do Tribunal Constitucional- TC, o qual tomou delas
conhecimento através das várias reclamações de Partidos Políticos.
Portanto, temos motivos de sobra para
não aceitar "sem contestação" os resultados, embora "validados" pelo TC,
bem como os seus actos subseqüentes, nomeadamente a sua tomada de
posse, porquanto, não são conformes nem se fundamentam na CRA.
O Senhor não tem legitimidade, condição essencial para exercer o poder político.
O melhor que o Senhor deve fazer, para
que talvez um dia lhe sirva de atenuante, é demitir-se. De contrário, só
estará a agravar a sua presumida situação criminal que vai desde crimes
contra a humanidade, corrupção ativa, nepotismo e por aí adiante.
Juiz com dificuldades de intimar assistente de Zé Maria
- 30 dezembro 2014
- Act: 02/01/2015
Lisboa
– O Juiz Carlos Baltazar do Tribunal Provincial de Luanda está a ter
serias dificuldades em convocar o tenente-general José Peres Afonso
“Filó", para prestar esclarecimento, em sede de justiça, sobre a
morte do activista Isaías Cassule, do qual esta implicado.
Fonte: Club-k.net
General “Filó” não responde as convocatórias
O
tenente-general José Peres Afonso “Filó” é o chefe da Direção
Principal de Contra-Inteligência Militar e é geralmente apresentado
como o “braço directo”, do general António José Maria (na foto), o
patrão do Serviço de Inteligência e Segurança Militar.
Sendo um oficial general, a sua
convocação, deve ser requisitada e por sua vez o seu superior
hierárquico tem de aceitar a mesmo. Desde que começou o julgamento em
torno do assassinato dos dois activitas (Isaías Cassule e Alves
Kamulingue), o Juiz tentou sem sucesso pedir a comparência do general
em Tribunal. O Club-K sabe que muito recentemente, foram emitidas
requisições para que o mesmo se apresente em tribunal, no próximo dia 8
de Janeiro.
Quer dizer que se o general José Maria
não querer que o seu braço direito responda em Tribunal, o mesmo ira
comparecer ficando-se sem saber a sua versão no crime que tirou a vida
de Isaías Cassule.
José Peres Afonso “Filó esta no
processo como declarante. Ele foi recentemente citado em Tribunal, pelo
réu Júnior Maurício “Cheu”, então responsável do Gabinete Tecnico do
MPLA, como o general que comandou este grupo de repressão do partido no
poder a raptar Isaías Cassule, que falecera na sequencia de tortura. O
seu corpo foi atirado numa zona abitada por jacarés no rio Dande.
PR angolano diz que 2015 será difícil, Unita não acredita em promessas
Analista diz que mensagem do PR. JES de Ano Novo não trouxe nada de novo
29.12.2014 17:25
O Presidente angolano José Eduardo dos Santos disse hoje, 29, em
Luanda que o ano de 2015 "será difícil" no plano económico por causa da
queda significativa do preço do petróleo bruto. Unita e analistas fazem
as suas leituras.
PR angolano diz que 2015 será dificil, oposição não acredita em promessas - 2:57
Na sua mensagem de Ano Novo, o chefe de Estado Angolano alertou que
"algumas despesas públicas serão reduzidas, como por exemplo os
subsídios aos preços dos combustíveis".
"Há projectos que serão adiados e vão ser reforçados o controlo das
despesas do Estado e a disciplina e a parcimónia na gestão orçamental e
financeira, para que se mantenha a estabilidade. A política de combate à
pobreza, no entanto, não será alterada", disse.
Segundo Santos, “os longos anos de conflito desestruturaram por
completo a sociedade e levaram à desintegração e desajustamento
familiar. É necessário, pois, um grande esforço para voltarmos ao
respeito pelos valores e princípios que caracterizavam a sociedade
angolana no passado".
As reacções ao discurso do Presidente não se fizeram esperar.
O secretário-geral da Unita Victorino Nhany disse à VOA que a
novidade do discurso do Presidente da República reside no facto de ter
reconhecido pela primeira vez em Angola a intolerância política é um
facto.
Nhany considerou que o facto de o Chefe do Pode Executivo ter
remetido para o Parlamento a definição da data para as autarquias revela
falta de vontade política. Ele adiantou ainda não acreditar nas
garantias dadas pelo Presidente da Republica de que as politicas de
combate à pobreza não serão alteradas apesar da crise económicas que se
avizinha.
O analista e docente da Universidade Católica Nelson Pestana
“Bonavena” declarou, por seu turno, que o Presidente angolano não
trouxe nada de novo no seu discurso de Fim de Ano, à excepção da crise e
dos seus efeitos.
O analista disse que Sanos tentou isolar o movimento contestatário de jovens que tem vindo a destacar-se no pais.
O académico disse também que outro destaque do discurso presidencial
tem a ver com o reconhecimento de que a crise económica vai afectar a
vida dos cidadãos, bem como uma certa inversão dos seus anteriores
discursos, abrindo a possibilidade de as autarquias poderem vir a ser
realizadas nos prazos exigidos pela Constituição.
"Portugal, a colónia de Angola"
- Categoria Política
- 27 dezembro 2014/ públicado no blog, a 31/12/2014
Lisboa - O site
espanhol El Confidencial publicou um texto cujo título remete para uma
troca de posições entre Angola e Portugal. “Portugal, a nova colónia de
Angola” é o mote para um texto longo onde o autor, um jornalista
português, fala sobre a troca de papéis entre os dois países nos últimos
anos, mas também sobre o crescimento de Angola e a crise financeira
portuguesa.
Fonte: Lusa
“Era
uma vez um presidente muito rico, muito rico, que durante mais de 35
anos dirigiu um país habitado por pessoas muito pobres, muito pobres”. É
com esta frase que começa o texto do El Confidencial que tem como
título “Portugal, a nova colónia de Angola”.
De seguida, o autor deste trabalho fala
de Isabel dos Santos, a “princesa” que seguiu as pisadas do pai e se
tornou na primeira bilionária de África, frisando que o “seu dinheiro,
juntamente com um seleto grupo de privilegiados, mudou a história
pós-colonial”.
“Portugal e Angola trocaram os seus antigos estatutos de metrópole e colónia, respetivamente”, pode ler-se.
O artigo faz referência à crise
financeira que Portugal tem vindo a atravessar nos últimos anos,
sublinhando que a “economia portuguesa apenas ‘mexe’ graças à
intervenção da troika” ao mesmo tempo que “a corrupção envolve tudo e
todos”.
Por outro lado, Angola é descrito como o
país que mais cresceu nos últimos dez anos. O autor do texto assegura
que consultou fontes que caracterizaram esta inversão de papéis “como
uma microelite forjada nas altas esferas políticas e militares de
Angola, com a submissão e subordinação dos sucessivos governos
portugueses”.
E mais. O jornalista lembra que “o
tecido empresarial português mais importante está hoje em mãos
estrangeiras, principalmente angolanas, chinesas e brasileiras”.
Angola: Líderes da oposição satisfeitos com apelo do Chefe de Estado sobre intolerância política
- Categoria Política
- 31 dezembro 2014
Luanda - O apelo do
Presidente da República para o respeito à Constituição do país,
neutralização da intolerância política, diálogo e a reconciliação
nacional foi acatado, com "satisfação" por líderes da oposição política.
Fonte: Angop
Durante a cerimónia de cumprimentos de fim de ano ao estadista angolano, o presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Lucas Ngonda, que saudou a exortação do Chefe de Estado angolano, considerou "positiva" a ideia, salientando que a questão da intolerância política no país é uma realidade.
"Vamos esperar na prática o que de facto será feito, porque (...) os nossos militantes sentem, em todo território nacional situações caricatas", disse Lucas Ngonda.
Segunda-feira, em mensagem dirigida aos angolanos, o Chefe de Estado angolano afirmou que o Governo continuará a dar passos firmes no sentido de neutralizar as causas da intolerância política e em especial o recurso à violência.
Defendeu de igual modo a necessidade de todos angolanos respeitarem a Constituição e que as forças políticas não violem o princípio constitucional, bem como apelou à promoção do diálogo aberto e construtivo entre todos os cidadãos.
Já o líder do Partido de Renovoção Social (PRS), Eduardo Kwangana é da opinião que todos os cidadãos devem seguir a mensagem do Presidente Angolano em neutralizar as causas da intolerância política. "Sabem que a intolerância política faz com que o país não tenha a tranquilidade e a paz que desejamos, por isso agradecemos a mensagem e vamos aguardar pelo seu cumprimento", referiu o líder do PRS.
Por seu lado, o vice-presidente da CASA-CE, Alexandre Sebastião, ressaltou que o desafio de se erradicar as causas da intolerância política é uma das "grandes inquietações" da oposição. "Essa mensagem do Presidente da República obviamente vai chegar até lá nos municípios e comunas e que todas as autoridades públicas e tradicionais tomarão em conta este grande desafio", destacou.
Fonte: Angop
Durante a cerimónia de cumprimentos de fim de ano ao estadista angolano, o presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Lucas Ngonda, que saudou a exortação do Chefe de Estado angolano, considerou "positiva" a ideia, salientando que a questão da intolerância política no país é uma realidade.
"Vamos esperar na prática o que de facto será feito, porque (...) os nossos militantes sentem, em todo território nacional situações caricatas", disse Lucas Ngonda.
Segunda-feira, em mensagem dirigida aos angolanos, o Chefe de Estado angolano afirmou que o Governo continuará a dar passos firmes no sentido de neutralizar as causas da intolerância política e em especial o recurso à violência.
Defendeu de igual modo a necessidade de todos angolanos respeitarem a Constituição e que as forças políticas não violem o princípio constitucional, bem como apelou à promoção do diálogo aberto e construtivo entre todos os cidadãos.
Já o líder do Partido de Renovoção Social (PRS), Eduardo Kwangana é da opinião que todos os cidadãos devem seguir a mensagem do Presidente Angolano em neutralizar as causas da intolerância política. "Sabem que a intolerância política faz com que o país não tenha a tranquilidade e a paz que desejamos, por isso agradecemos a mensagem e vamos aguardar pelo seu cumprimento", referiu o líder do PRS.
Por seu lado, o vice-presidente da CASA-CE, Alexandre Sebastião, ressaltou que o desafio de se erradicar as causas da intolerância política é uma das "grandes inquietações" da oposição. "Essa mensagem do Presidente da República obviamente vai chegar até lá nos municípios e comunas e que todas as autoridades públicas e tradicionais tomarão em conta este grande desafio", destacou.
Familiares de Cassule e Kamulingue querem ver seus corpos
- Categoria Sociedade
- 24 dezembro 2014
Luanda - Na terceira
quadra festiva sem a presença de seus parentes, familiares de Isaias
Cassule e Alves Kamulingue gostariam, como consolo, que o Governo
apresentasse os restos mortais de seus entes queridos para um funeral
condigno e que os mandantes deste crime fossem apresentados em tribunal.
*Manuel José
Fonte: VOA
Fonte: VOA
Veloso
Cassule, irmão do activista Isaias Cassule desaparecido desde 2012,
pretende que o Governo diga o paradeiro dos restos mortais do seu
parente.
"Se eles assumiram que mataram mesmo de verdade então que digam onde meteram o corpo, os familiares querem uma resposta sobre isto, para enterrarmos o nosso parente, isto é o que esperamos", Veloso Cassule.
Para além do apoio financeiro que
precisam, os familiares de Isaias Cassule querem igualmente que os
mandantes do crime sejam levados às barras do tribunal.
Do lado dos familiares de Alves
Kamulingue, Horácio Essule, tio, diz estarem a passar mal, mas o seu
desejo era mesmo ver os restos mortais de seu parente.
"Estamos mesmo mal, até este presente
momento não recebemos nada referente a esta quadra festiva, mas o que
queremos mesmo é ver pelo menos um sinal do corpo para enterrarmos, eles
estão a falar de morte, mas nós angolanos só consideramos óbito quando
se enterra o corpo enquanto isto não acontecer isto não é óbito", diz.
De recordar que o julgamento deste caso prossegue em Janeiro.
"Nunca tive ambição de chegar à presidência. Mas, no futuro, posso ter" - Marcolino Moco
- Categoria Entrevistas
- 24 dezembro 2014
Fui afastado por criticar o meu partido
Fonte: NG
Porque decidiu abandonar a política?
Fui afastado das discussões dos problemas importantes do país e dentro do partido por ser bastante crítico. Quando senti o bloqueio do Comité Central, da Assembleia Nacional e, quando se começou a discutir a actual Constituição, com todas as manipulações, obrigaram-me a deixar de fazer política activa.
O que mais criticava?
O culto de personalidade. Há pessoas que pensam que o Presidente da República é insubstituível e que, no seio do partido, não há ninguém que possa liderar o país. Quando o chefe de Estado diz alguma coisa, todos aceitam e não se pode discutir ou contrariar.
Recebeu ordens para abandonar o MPLA?
Fui professor da Universidade Lusíada e tinha alunos que pertenciam ao Serviço de Inteligência do Estado e foram dizer que, durante as aulas, eu criticava as ideias do camarada Presidente. Esqueceram-se que na universidade não há “camarada presidente”. Fui chamado pelo secretário-geral que me fez ameaças de cariz tribal, dizendo “cuidado não se esqueça doque o que aconteceu a Jonas Savimbi”. As ameaças foram muito baixas.
Ainda é militante do MPLA?
Entrei no MPLA por questões ideológicas. Apesar de não concordar com as ideias da actual direcção do partido, ainda estou ligado ao partido sentimentalmente. O MPLA está num caminho muito errado. Os seus melhores quadros foram afastados. O partido está preso ao camarada Presidente.
É um partido democrático?
O MPLA, pelos estatutos, é um partido democrático. Defende a democracia, mas os actos que pratica não reflectem a democracia. O regime angolano é uma ditadura.
Que legado deixou quando foi primeiro-ministro?
No meu governo, não havia mortes de jovens que se manifestavam. Não havia actos de violência policial contra indefesos. Havia mais democracia. Os jovens que realizam manifestações não são ouvidos pelas autoridades. No meu governo, os filhos do Presidente não controlavam o canal dois da TPA, nem havia tanta corrupção. Os meus filhos não compravam empresas em Portugal. Estou completamente sossegado. Os mais velhos têm de falar sobre o mau rumo do país. Os intelectuais não podem ficar calados.
Foi nomeado por ser sulino?
Sim. Um partido tem de ter as suas estratégias. O MPLA é um partido de gente de Luanda, com pessoas mestiças e maioritariamente quimbundo. Naquela altura, tinha de passar a imagem à UNITA que havia congregação de dirigentes de todo o país. Eu nem queria ser primeiro-ministro. Fui convencido pelo Presidente a aceitar o cargo, em 1992, no ano das primeiras eleições gerais.
Que alternativas existem à liderança do país?
Há pessoas capazes de governar. Existe uma fobia em pensar que o dia em que o MPLA deixar de ser Governo, o país vai desmoronar e que o Presidente só pode ser uma pessoa que nasceu em Luanda e não pode ser do sul, nem pode ser mulato. A minha geração tem de tirar essas ideias da cabeça. Temo que, um dia, o MPLA seja acusado de estar a atrasar a democracia.
Como avalia a liderança do país?
O Presidente podia receber o prémio Nobel da Paz se tivesse deixado o poder depois do fim da guerra, mas agarrou-se ao poder. Devia sair já. Há tanta gente preparada para assumir a presidência. Angola tem o Presidente mais antigo no poder, em África. Não temos pessoas que possam servir de autoridade moral para falar a verdade e aconselhar os governantes.
Em que sentido discorda da Constituição?
Enquanto jurista, não concordo. É uma Constituição que permite o Presidente ser eleito na boleia do seu partido. O que já não existe em nenhum Estado democrático. Encontraram uma forma de eternizar uma pessoa no poder. Atribuíram-lhe vários poderes. O que acontece em Angola é que há uma pessoa que pensa que o erário é seu.
Ainda deseja voltar ao Governo?
Neste Governo, nem pensar. Hoje em dia, as pessoas pensam que quem não tem cargo no Governo vive mal, não consegue abrir negócios. Já me mandaram recados a dizer que podia morrer na miséria e que a minha casa seria recebida pelo dono português. Estou preparado para viver sem grandes recursos.
Há oposição séria?
Não posso fazer essa avaliação porque a oposição está bloqueada. Não tem espaço nos órgãos de imprensa. Critico a UNITA por estar contente com uma rádio que nem cobre Luanda.
Os governantes sentem medo de dizer o que pensam?
Há coisas vergonhosas que se fazem neste país. Há dias, apresentaram, na TPA, o líder da UNITA como um burro.Os ditos analistas políticos pensam da mesma forma, ninguém tem uma ideia oposta.
Porque não pede uma audiência ao Presidente e apresenta as suas críticas?
Não serei recebido e serei humilhado mais uma vez. As pessoas não podem fazer política dentro dos quartos. O que faço agora é uma intervenção cívico-político.
Sente-se uma pessoa frustrada?
Há uns que pensam que estou frustrado porque não me deram casa, carro, ou não tenho cargo no Governo. Ando frustrado porque aderi ao MPLA na adolescência e sempre tive a ideia de que estar na política é servir a comunidade, oque não acontece.
Tinha ambição de chegar à presidência?
Nunca tive essa ambição. Mas, no futuro, posso ter. Em Angola, há este medo de pensar que não se pode ambicionar chegar à presidência. Fui aconselhado por muitos militantes do MPLA a criar um partido, mas o país não tem condições para tal.
Porque decidiu abandonar a política?
Fui afastado das discussões dos problemas importantes do país e dentro do partido por ser bastante crítico. Quando senti o bloqueio do Comité Central, da Assembleia Nacional e, quando se começou a discutir a actual Constituição, com todas as manipulações, obrigaram-me a deixar de fazer política activa.
O que mais criticava?
O culto de personalidade. Há pessoas que pensam que o Presidente da República é insubstituível e que, no seio do partido, não há ninguém que possa liderar o país. Quando o chefe de Estado diz alguma coisa, todos aceitam e não se pode discutir ou contrariar.
Recebeu ordens para abandonar o MPLA?
Fui professor da Universidade Lusíada e tinha alunos que pertenciam ao Serviço de Inteligência do Estado e foram dizer que, durante as aulas, eu criticava as ideias do camarada Presidente. Esqueceram-se que na universidade não há “camarada presidente”. Fui chamado pelo secretário-geral que me fez ameaças de cariz tribal, dizendo “cuidado não se esqueça doque o que aconteceu a Jonas Savimbi”. As ameaças foram muito baixas.
Ainda é militante do MPLA?
Entrei no MPLA por questões ideológicas. Apesar de não concordar com as ideias da actual direcção do partido, ainda estou ligado ao partido sentimentalmente. O MPLA está num caminho muito errado. Os seus melhores quadros foram afastados. O partido está preso ao camarada Presidente.
É um partido democrático?
O MPLA, pelos estatutos, é um partido democrático. Defende a democracia, mas os actos que pratica não reflectem a democracia. O regime angolano é uma ditadura.
Que legado deixou quando foi primeiro-ministro?
No meu governo, não havia mortes de jovens que se manifestavam. Não havia actos de violência policial contra indefesos. Havia mais democracia. Os jovens que realizam manifestações não são ouvidos pelas autoridades. No meu governo, os filhos do Presidente não controlavam o canal dois da TPA, nem havia tanta corrupção. Os meus filhos não compravam empresas em Portugal. Estou completamente sossegado. Os mais velhos têm de falar sobre o mau rumo do país. Os intelectuais não podem ficar calados.
Foi nomeado por ser sulino?
Sim. Um partido tem de ter as suas estratégias. O MPLA é um partido de gente de Luanda, com pessoas mestiças e maioritariamente quimbundo. Naquela altura, tinha de passar a imagem à UNITA que havia congregação de dirigentes de todo o país. Eu nem queria ser primeiro-ministro. Fui convencido pelo Presidente a aceitar o cargo, em 1992, no ano das primeiras eleições gerais.
Que alternativas existem à liderança do país?
Há pessoas capazes de governar. Existe uma fobia em pensar que o dia em que o MPLA deixar de ser Governo, o país vai desmoronar e que o Presidente só pode ser uma pessoa que nasceu em Luanda e não pode ser do sul, nem pode ser mulato. A minha geração tem de tirar essas ideias da cabeça. Temo que, um dia, o MPLA seja acusado de estar a atrasar a democracia.
Como avalia a liderança do país?
O Presidente podia receber o prémio Nobel da Paz se tivesse deixado o poder depois do fim da guerra, mas agarrou-se ao poder. Devia sair já. Há tanta gente preparada para assumir a presidência. Angola tem o Presidente mais antigo no poder, em África. Não temos pessoas que possam servir de autoridade moral para falar a verdade e aconselhar os governantes.
Em que sentido discorda da Constituição?
Enquanto jurista, não concordo. É uma Constituição que permite o Presidente ser eleito na boleia do seu partido. O que já não existe em nenhum Estado democrático. Encontraram uma forma de eternizar uma pessoa no poder. Atribuíram-lhe vários poderes. O que acontece em Angola é que há uma pessoa que pensa que o erário é seu.
Ainda deseja voltar ao Governo?
Neste Governo, nem pensar. Hoje em dia, as pessoas pensam que quem não tem cargo no Governo vive mal, não consegue abrir negócios. Já me mandaram recados a dizer que podia morrer na miséria e que a minha casa seria recebida pelo dono português. Estou preparado para viver sem grandes recursos.
Há oposição séria?
Não posso fazer essa avaliação porque a oposição está bloqueada. Não tem espaço nos órgãos de imprensa. Critico a UNITA por estar contente com uma rádio que nem cobre Luanda.
Os governantes sentem medo de dizer o que pensam?
Há coisas vergonhosas que se fazem neste país. Há dias, apresentaram, na TPA, o líder da UNITA como um burro.Os ditos analistas políticos pensam da mesma forma, ninguém tem uma ideia oposta.
Porque não pede uma audiência ao Presidente e apresenta as suas críticas?
Não serei recebido e serei humilhado mais uma vez. As pessoas não podem fazer política dentro dos quartos. O que faço agora é uma intervenção cívico-político.
Sente-se uma pessoa frustrada?
Há uns que pensam que estou frustrado porque não me deram casa, carro, ou não tenho cargo no Governo. Ando frustrado porque aderi ao MPLA na adolescência e sempre tive a ideia de que estar na política é servir a comunidade, oque não acontece.
Tinha ambição de chegar à presidência?
Nunca tive essa ambição. Mas, no futuro, posso ter. Em Angola, há este medo de pensar que não se pode ambicionar chegar à presidência. Fui aconselhado por muitos militantes do MPLA a criar um partido, mas o país não tem condições para tal.
sábado, 20 dezembro, 2014. 17:21 UTC
Caso Cassule e Kamulingue: testemunhos contraditórios dos implicados
Tribunal de Luanda tenta saber quem foi o mandante do crime.
17.12.2014 18:57
Afinal quem mandou matar os activistas Isaias Cassule e Alves
Kamolingue? Uma questão que os advogados, juízes e procuradores do
polémico caso Cassule e Kamolingue querem ver respondida.
Prossegue julgamento de acusados da morte de Cassule e Kamulingue - 2:12
Os jornalistas não podem transmitir o julgamento, por ordem do
tribunal, mas podem assistir àsste caso que tem concentrado a atenção
nacional.
Assistentes do juiz presidente, Carlos Baltazar disseram à VOA que
essa decisão visa evitar que os declarantes e testemunhas arrolados no
processo cheguem ao tribunal com a opinião já formada devido à
divulgação por parte de alguns meios de comunicação dos depoimentos.
As nossas fontes apresentaram como exemplo o caso Barbara, em que a
rádio pública angolana emitiu na íntegra as sessões do julgamento, o que
levou a uma das partes a pedir a proibição da gravação das audiências.
Entretanto, no tribunal, o Comissário Dias do Nascimento Fernando
Costa e o director Provincial da Investigação Criminal de Luanda
(DPIC) António Pedro Amaro Neto, ambos implicados no assassinato dos
activistas, apresentaram testemunhos contraditórios sobre o caso Cassule
e Kamulingue.
O Director da DPIC António Pedro Amaro Neto disse que as forças da
DPIC, foram, no dia do assassinato, apoiar o então Delegado do SINSE,
António Gamboa Vieira Lopes, enquanto o Comissário Dias do Nascimento
afirmou que os elementos da DPIC saíram para apoiar os policias com o
intuito de localizar os promotores da convocada manifestação anunciada
para o dia 27 de Maio de 2012.
De realçar que o Comissário Dias do Nascimento era à data dos
factos o comandante em exercício da Policia Nacional de Luanda, uma
vez que a então titular Elizabeth Ramos Frank, “Beth”, encontrava-se
ausente do país por motivos de saúde.
O responsável do Gabinete Técnico do Comité Provincial do MPLA de
Luanda, Júnior Maurício “Cheu”, implicado na morte de Isaías Sebastião
Cassule, revelou em tribunal que o seu grupo agiu em cumprimento de
ordens dadas pelo tenente-general José Peres Afonso “Filó”.
Até ao momento, desconhecem-se os verdadeiros autores morais do crime e familiares continuam à espera de decisão final.
Dirigente da Unita não acredita na justiça angolana
Sistema judicial está subordinado ao poder poltico, diz Liberty Chiaka.
18.12.2014 18:38
O secretário provincial da Unita no Huambo Liberty Chiaka diz não
ter fé no sistema judicial angolano por estar “subordinado” ao poder
político.
Chiaka afirmou estar convencido de que as autoridades decidiram
aumentar os actos de intimidação e agressão contra a oposição devido aos
avanços da Unita a dois anos das eleições.
Dirigente da UNITA não acredita na justiça angolana - 0:53
De acordo com aquele político da Unita, a única forma que o regime
encontrou para travar esta tendência é partir para a intolerância
política contra os membros do partido e o exemplo flagrante que
apresenta é a tentativa de assassinato que ele próprio diz ter sido
alvo, mas que não vai dar em nada.
"Não vai dar em nada por uma simples razão: estão envolvidas
instituições e pessoas poderosas como a Casa Militar da Presidência da
República que deu o carro ao agente dos serviços secretos que tentou me
matar”, disse.
“Temos um regime autoritário, não democrático onde a justiça
subordina-se ao poder executivo”, acrescentou Chiaka para depois
interrogar: “Como posso acreditar nesta justiça"
Chiaka disse estar convencido que o seu partido vai vencer as
eleições de 2017 e assegura que é a única maneira do sofrimento do povo
angolano terminar.
Igreja Católica submissa aos pés do ditador - Raul Diniz
- Categoria Opinião
- 13 dezembro 2014
Luanda - Angola atravessa momentos de trevas espessas, principalmente
no interior da igreja católica apostólica Romana de Angola, A imenso
tempo a igreja católica romana em Angola retirou do centro da
congregação a essência fundamental do cristianismo, a glória de Deus
manifesta no amor e justeza do filho de Deus, o Cristo ressuscitado de
Deus Jeová. A unção e o poder benigno de Deus não poderá jamais conviver
de maneira nenhuma com a mentira, o peculato, nem com o nepotismo e da
corrupção. A igreja católica tirou do centro da sua congregação a glória
do Deus vivo e verdadeiro e em substituição colocou no seu lugar, o
micro-diabo/deus são José Eduardo dos Santos, o deus demonizado, e
aceite como senhor e deus, pelo estrabismo do bispado e sacerdotes
católicos angolanos.
Fonte: Club-k.net
COM TODA CERTEZA OS CATÓLICOS NÃO ESTÃO
MINIMAMENTE FELIZES COM AS PRATICAS DE ADORAÇÃO SUBMISSA DOS LIDERES DA
IGREJA FACE Á DITADURA E AO DITADOR JES. A igreja católica angolana
tem vindo a comportarem-se como na antiguidade nos fala a palavra de
Deus em Apocalipse 3:17 centrada na praticidade ímpia da igreja de
LAODICEIA, onde a prosperidade era de tal modo, que os sacerdotes
esqueceram-se de todo do autor e consumador da nossa fé, o Senhor Cristo
Jesus que convidava os sacerdotes e do povo daquela igreja
convidando-os a abrir a porta para que Ele o Senhor ceasse com eles, e
eles com Ele; mas todos eles, não mais ouviam Deus chamando-os, porque
estava todos concentrados no estado de corrupção evidenciada por mamoom,
o deus do dinheiro.
A IGREJA NÃO PODE CONTINUAR A BRINCAR
ETERNAMENTE COM A VERDADE ESPIRITUAL DO POVO DE DEUS! Temos uma igreja
defensora de princípios esfuziantemente paganizados, a chefia da igreja
angolana é uma igreja esvaziada dos princípios que norteiam a doutrina
cristã, ela é contundente em desvirtuar a verdade que doutrinam os
princípios fundamentais do cristianismo, que se baseiam fundamentalmente
na justiça, perdão e amor a Deus, ao próximo a nós mesmos. Falando do
que se passou com a expulsão da ativista cristã torturada pelas
autoridades do regime por si só demonstra a falta de Deus na vida do
pároco da igreja católica da sagrada família.
SEGUNDO INFORMAÇÕES FEDIDIGNAS, A
EXPULSÃO DA ATIVISTA CATOLICA SE DEVEU A TRÊS TELEFONEMAS FEITOS PELO
PRELADO CONEGO APOLONEO AO SEU CONGENERE DA SAGRADA FAMILIA. A igreja
católica é hoje uma instituição que a muito perdeu o objeto social para o
que foi criada, hoje, a igreja católica não passa de uma instituição
laconicamente submissa e por isso, está sem rumo e sem dignidade nenhuma
para trabalhar pelos menos desfavorecidos e espezinhados pelo poder
discriminatório de são José Eduardo dos Santos, o rei impostor de Angola
e da igreja angolana. Como poderá merecer o respeito do povo crente uma
instituição criada a priori para ajudar a suprir o sofrimento do povo.
Porém, a igreja hoje incorre contra os objetivos que levaram Deus a
criá-la as portas do inferno, e da qual, predisse que o inferno não
prevaleceria sobre ela, essa é a verdade. A igreja católica é perversa,
pois, deixou que o mundo de JES a administra-se, e na verdade a igreja
de Deus não foi criada para que o mundo a administra-se e sim o
contrario, é a igreja que deve governar o mundo e não o contrario. Como
igreja católica pode estar submissa e completamente agachada aos pés do
ditador titular do poder de um dos países mais corruptos e injustos da
nossa era contemporânea!
A IGREJA COTÓLICA E A IGREJA
EVANGÉLICA, SOBRETUDO A IGREJA BRASILEIRA (IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE
DEUS), A MAIS DINHEIRISTA DO UNIVERSO CRISTÃO SEGUIDORA DA TEOLOGIA DA
PROSPERIDADE, OBEDECENDO A VONTADE EXPRESSA DO TEOLOGO DA FEITIÇARIA EM
DOUTRINADA SOB OS AUSPICIOS DETERMINADO PELO PRETO VELHO, O DITADOR
SANGUINARIO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS. É verdadeira quando se fala a boca
cheia que a direção da igreja católica e as demais igrejas ditas cristãs
foram contagiadas pela corrupção no interior das suas chefias, não se
entende a razão da igreja continuar sistemicamente submissa dobrada aos
pés do ditador infame, que, a todos os níveis tem cometido todo tipo de
violências e atrocidades contra o povo. Hoje a população angolana
percebe melhor a inutilidade deveras disfuncional do papel que deveria
ser assumido pela igreja para administrá-la com sabedoria e
discernimento para entender as coisas que são daquelas que não são e,
que nada representam para a igreja constituída por Deus através da pedra
angular que nada mais é do que o próprio Cristo Jesus ressuscitado o
Senhor de toda Gloria.
O SER HUMANO NÃO FOI CRIADO DE MANEIRA
NENHUM PARA VENERAR NENHUM OUTRO SER HUMANO, E MUITO0 MENOS FOMOS
CRIADOS PARA PADORAR NENHUM MORTAL COMO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS OU
QUANQUER OUTRO DITADOR FACINORA COMO ELE. Com toda autoridade a mim
conferida por Deus como ministro da sua palavra, posso afirmar aos
lideres católicos que em momento algum JES é digno de toda honra, de
toda glórias de toda adoração; JES não é digno de toda honra poder e
majestade nem merece da parte dos sacerdotes e do povo cristão qualquer
referencia divina, pois, JES não passa de um simples mortal como
qualquer outro ser humano. Quando uma instituição religiosa cujo
objetivo é proteger e socorrer os mais desfavorecidos e ao invés disso
se coloca de cócoras ao lado de um poder e fazer a sua vontade, até
mesmo a de expulsar um membro da sua diocese, essa igreja caminha na
contra mão de Deus e por isso não conseguirá mais esconder de ninguém os
seus verdadeiros intentos, pois, ela está colocada do lado oposto ao
dos desfavorecidos.
JESUS, O CRISTO DO DEUS VIVO É UM DEUS
BOM E MESERICORDIOSO, O SEU REINO É JUSTIÇA, PERDÃO, VERDADE E SALVAÇÃO.
De modo nenhum Deus na sua omnipotência, omnisciência, omnipresença não
criaria nem enviaria pastores amorais e idolatras, sem saberia e
ciência para conduzir o seu povo. Ninguém no seu perfeito juízo entende a
razão e os motivos que levaram a maioria dos prelados católicos e
evangélicos como o Luis Bimbi dentre outros, a bandearem-se para o reino
de mamoom chefiado pelo seu sumo sacerdote em Angola, José Eduardo dos
Santos. É pena, mas, é verdade que a igreja angolana não vive no centro
da vontade de Deus por isso vive em desobediência total, pois,
voluntariamente colocou-se do lado da injustiça.
AIGREJA CATÓLICA FOI DIABOLIZADA NA SUA
GENEZE PELA VILEZA DO SUMO SACERDOTE DA CORRUPÇÃO jês E SÓ ASSIM SE
JUSTIFICA QUE ELA EXPULSE DO SEU SEIO A MILITANTE DO ATIVISMO POLITICO
LAURINDA GOUVEIA. Não é menos verdade que as lideranças da igreja
angolana estão reduzidas a nada pelo poder instituído, na verdade uma
igreja que satisfaz a vontade de um tirano e do seu regime déspota
obedecendo em tudo que o regime deseja da igreja, essa instituição
religiosa não serve a Deus e muito menos pastoreia com civilidade as
suas ovelhas. A igreja não pode de maneira nenhuma expulsar do seu seio
uma cristã, nesse caso a jovem estudante universitária Laurinda Gouveia,
apenas e só, porque a jovem mulher luta pela justiça no seu próprio
país, isso torna-se relevante para a seriedade do prelado católico
angolano conviver com a verdade divina. Uma igreja que se comporta como a
Igreja da sagrada família é uma igreja infame dirigida por padres
miseravelmente corruptos e inaptos para o verdadeiro sacerdócio; pois
essa igreja é fria e morta. Na verdade uma igreja com esse diapasão é
incomensuravelmente vergonhosa. Em momento nenhum se consideraria essa
igreja como sendo de Deus, elas não pode provir da vontade explicita de
Deus nem os sacerdotes que nela servem foram por Eles enviados.
A MALDADE, ACORRUPÇÃO, O NEPOTISMO, A
FALTA DE AMOR E O DINHEIRISMO, ENTRARAM SURRATEIRAMENTE NO INTERIOR DA
IGREJA ANGOLANA PELA MÃO JES E LÁ PERMANECE. O que a bíblia nos diz não é
uma verdade efêmera, a palavra santa é viva e santa, e ela nos afirma;
quando nos diz, muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos, assim
é, e assim será segundo a vontade expressa do Deus a quem temerosamente
com amor sirvo. A DEUS toda Honra, toda gloria e majestade. A JES
apenas a prisão o aguarda, tanto a terrena quanto a prisão espiritual o
aguarda para todo sempre e eternamente, caso não venha arrepender-se
oportunamente dos seus maus caminhos em respeito à longanimidade de Deus
para sair da vil servidão venenosa do astuto diabo, a quem reverencia
como se de um deus se tratasse. JES ao longo do seu atribulado consolado
de mais de trinta e seis anos tem adorado audaciosamente lúcifer, sem
temer a Deus! É verdade que JES, sua família e companheiro de fé têm
idolatrado satanás sem qualquer medo, e a quem recorrem despudoradamente
invocando-o através de demônios incorporados em humanos feitos cavalos
para possessão, e ali realizam com veemência pactos de sangue onde
suplicam poder e riqueza ao deus morto, vulgo (diabo) em desfavor dos
filhos do Deus vivo e verdadeiro, buscando igualmente a submissão da
igreja mundana e de toda a criação humana angolana e não só.
Ana Paula não saúda viúva de Agostinho Neto
O episódio aconteceu quando a membro da
comissão organizadora do congresso Carolina Cerqueira solicitou aos
presentes uma salva de palmas para 1ª Dama, Ana Paula dos Santos, no
momento e que ela entrava para a sala.
De acordo o Jornalista Reginaldo Silva
que acompanhou as imagens “Não ficava nada mal que o mesmo gesto fosse
extensivo à "Viúva do Guia Imortal" que também se encontrava na sala”.
“Reparei que aquando da sua entrada na
sala, a 1ª Dama, apesar de ter passado por ela, não cumprimentou a
"camarada" Maria Eugénia Neto que já se encontrava sentada na primeira
fila, onde as duas assistiram a sessão de abertura do conclave.”.
De realçar que Maria Eugenia Neto estava
sentada ao lado do seu genro, o economista São Vicente enquanto que a
Primeira Dama, estava ladeada de Mayra Fernandes, a esposa de Zenu e de
Maria do Nascimento, a esposa do veterano Lopo do Nascimento.
Angola: A falta de responsabilidade da classe médica - AADIC
- Categoria A voz do povo
- 03 dezembro 2014
Luanda – A situação de
prestação dos serviços de saúde privado (no país) continua lastimável e
chocante para todos os Consumidores. Não é possível que mesmo diante de
uma contra prestação de serviços, aonde adstritamente impera um
pagamento de valores monetários, existir sempre por parte do fornecedor
incumprimento no péssimo atendimento, sem falarmos das condições
higiénica dos estabelecimentos (reprovável e deplorável) e da vaidade
dos médicos.
Fonte: Club-k.net
O nº 2 do artigo 78º da Constituição da República de Angola esclarece que “o consumidor tem direito a ser protegido no fabrico e fornecimento de bens e serviços nocivos à saúde e à vida, devendo ser ressarcidos pelos danos que lhe sejam causados.”
Sabemos que os médicos têm por obrigação moral e profissional (primária) salvar vidas humanas, vivência esta que na prática angolana esta por lunar. Como conceito a vida Humana é um bem inalienável quer assim dizer; que a vida não tem preço, a vida não compara-se como um bem móvel ou imóvel que pode ser trocado ou retratado ou até mesmo indemnizado conforme estabelece a Lei nº 15/03 de 22 de Julho - Lei de Defesa do Consumidor e outras normas implícitas no Código Civil Angolano sobre o articulado indemnizatório.
No nosso País quando trata-se de saúde do seu ente querido, até aquele cidadão (CONSUMIDOR) que somente vive diariamente, de mil kwanzas), hipoteticamente falando, faz do coração a tripas vulgarmente proferido, para ter em sua posse os valores cobrados por estas clínicas privadas.
Deve-se desde já, respeitar a vida humana que tem Protecção Constitucional no artigo 30º, e como configuração na Lei os serviços privados de saúde, clarifica que os Médicos estão perante a uma prestação de serviços nos termos do artigo 1154º do Código Civil que remete para a LDC, culminando com a Lei nº 4/02 de 18 de Fevereiro- Lei Sobre as Cláusulas Gerais dos Contratos.
Triste é assistirmos médicos presunçosos que somente primam em desfilarem de uma ponta a outra com batas brancas e a exibirem no pescoço o aparelho denominado (estetoscópio), pior disto é prescrições de medicamentos em letras incompreensíveis, vigorando o descaso óbvio pelos pacientes (consumidores) que muita das vezes por inerência da má vontade do profissional, são capazes de permanecerem mais de 10 horas a espera de um resultado médico ou diagnostico se for o caso.
O artigo 85º da CRA mescla sobre a qualidade de vida, mas para se ter a qualidade de vida é imperiosamente necessário haver respeito na relação consumista, atenção: para efectuarmos uma análise clínica, levarmos soros, injecções etc., etc., temos que recorrer a países vizinhos, o caricato aflora em deixarmos de ser patriotas e nacionalistas com estas práticas constantemente vulgares e normais no seio do povo angolano.
Pensemos extensivamente o que dizem os Médicos Além-Fronteiras, mas opções como tal não temos, trata-se de vidas, dos nossos filhos e sabe-se lá de quem mais.
É necessário punir, criminalmente, civil e administrativamente estes homicidas que não levam a sério o juramente que compactuaram, desrespeitando um plano vigorativo mundialmente (O RESPEITO PELA VIDA HUMANA), esquecendo-se os mesmos, que num outro ponto abstratamente hipotético em Angola, possa estar um familiar seu, a ser tratado por um outro lunático. Paradoxal é, mais é um facto verídico no cotidiano da vida.
Actualmente, a nossa sociedade tem-se debatido com a falta de atendimento por parte dos fornecedores deste serviço, principalmente quando o consumidor esta diante de insuficiência financeira. É bem verdade que a VIDA ESTA SEMPRE EM PRIMEIRO LUGAR mesmo quando trata-se de urgência/emergência.
Conceitualmente o que designamos como urgência ou emergência? Será que devemos definir como tal somente pacientes (Consumidores) que dão entrada numa instituição de saúde privada ensanguentado proveniente de um acidente de viação?
E naqueles casos que o paciente esta perante a vida e a morte pelo mesmo ser: hipertenso, diabético ou asmático, será que solicitando por uma designação exposta anteriormente não o cabe como URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA?
PROPOMOS
Cabe a quem de direito for, sair a público para conceituar urgências ou emergências, para banirmos estes homicidas que diariamente perpetuam crimes hediondos e violentos ao abrigo do artigo 61º da CRA, devendo desde já regulamentar esta actividade com preços justos ao alcance dos bolsos do cidadão Angolano.
A existência de um tribunal específico para dirimir conflitos de consumo, de forma haver equilíbrio e justicialismo, porque a experiência mostra que a morosidade nas decisões judiciais deixa o consumidor mais vulnerável.
ACONSELHAMOS
Afincadamente alertarmos a Inspecção Geral da Saúde a ser mais severos para estes profissionais violadores deste direito consagrado universalmente a (PROTECÇÃO A VIDA HUMANA) culpabilizando-lhes através de processos céleres de forma a servir de exemplo para os demais sobre os actos ilícitos cometidos pelos mesmos, no exercício das suas actividades.
A Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC) chegou a conclusão que não é por falta de materiais hospitalar ou falta de infra-estruturas, mas sim a falta de responsabilidade dos profissionais deste sector. Como prova é só efectuarmos rondas nestas instituições privadas de saúde, começando por analisar os actos e a responsabilidade de quem de direito o designa “a título de reparo, o contexto não se generaliza”.
Para finalizar vai a máxima latina e a frase de reflexão: “Dormentibus Non Seccurit Legis”, em português “o Direito não socorre os que dormem”.
- Deus é amor e sabedoria; feliz quem estuda, medita e segue as suas leis - A.C. Jesus
- Pense e repense- É a agulha que puxa a linha - Isaac Nenei
Diógenes de Oliveira - Presidente da Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC).
Contactos: 943625501; 912317041
Linha directa 24 horas: 912317043
E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Fonte: Club-k.net
O nº 2 do artigo 78º da Constituição da República de Angola esclarece que “o consumidor tem direito a ser protegido no fabrico e fornecimento de bens e serviços nocivos à saúde e à vida, devendo ser ressarcidos pelos danos que lhe sejam causados.”
Sabemos que os médicos têm por obrigação moral e profissional (primária) salvar vidas humanas, vivência esta que na prática angolana esta por lunar. Como conceito a vida Humana é um bem inalienável quer assim dizer; que a vida não tem preço, a vida não compara-se como um bem móvel ou imóvel que pode ser trocado ou retratado ou até mesmo indemnizado conforme estabelece a Lei nº 15/03 de 22 de Julho - Lei de Defesa do Consumidor e outras normas implícitas no Código Civil Angolano sobre o articulado indemnizatório.
No nosso País quando trata-se de saúde do seu ente querido, até aquele cidadão (CONSUMIDOR) que somente vive diariamente, de mil kwanzas), hipoteticamente falando, faz do coração a tripas vulgarmente proferido, para ter em sua posse os valores cobrados por estas clínicas privadas.
Deve-se desde já, respeitar a vida humana que tem Protecção Constitucional no artigo 30º, e como configuração na Lei os serviços privados de saúde, clarifica que os Médicos estão perante a uma prestação de serviços nos termos do artigo 1154º do Código Civil que remete para a LDC, culminando com a Lei nº 4/02 de 18 de Fevereiro- Lei Sobre as Cláusulas Gerais dos Contratos.
Triste é assistirmos médicos presunçosos que somente primam em desfilarem de uma ponta a outra com batas brancas e a exibirem no pescoço o aparelho denominado (estetoscópio), pior disto é prescrições de medicamentos em letras incompreensíveis, vigorando o descaso óbvio pelos pacientes (consumidores) que muita das vezes por inerência da má vontade do profissional, são capazes de permanecerem mais de 10 horas a espera de um resultado médico ou diagnostico se for o caso.
O artigo 85º da CRA mescla sobre a qualidade de vida, mas para se ter a qualidade de vida é imperiosamente necessário haver respeito na relação consumista, atenção: para efectuarmos uma análise clínica, levarmos soros, injecções etc., etc., temos que recorrer a países vizinhos, o caricato aflora em deixarmos de ser patriotas e nacionalistas com estas práticas constantemente vulgares e normais no seio do povo angolano.
Pensemos extensivamente o que dizem os Médicos Além-Fronteiras, mas opções como tal não temos, trata-se de vidas, dos nossos filhos e sabe-se lá de quem mais.
É necessário punir, criminalmente, civil e administrativamente estes homicidas que não levam a sério o juramente que compactuaram, desrespeitando um plano vigorativo mundialmente (O RESPEITO PELA VIDA HUMANA), esquecendo-se os mesmos, que num outro ponto abstratamente hipotético em Angola, possa estar um familiar seu, a ser tratado por um outro lunático. Paradoxal é, mais é um facto verídico no cotidiano da vida.
Actualmente, a nossa sociedade tem-se debatido com a falta de atendimento por parte dos fornecedores deste serviço, principalmente quando o consumidor esta diante de insuficiência financeira. É bem verdade que a VIDA ESTA SEMPRE EM PRIMEIRO LUGAR mesmo quando trata-se de urgência/emergência.
Conceitualmente o que designamos como urgência ou emergência? Será que devemos definir como tal somente pacientes (Consumidores) que dão entrada numa instituição de saúde privada ensanguentado proveniente de um acidente de viação?
E naqueles casos que o paciente esta perante a vida e a morte pelo mesmo ser: hipertenso, diabético ou asmático, será que solicitando por uma designação exposta anteriormente não o cabe como URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA?
PROPOMOS
Cabe a quem de direito for, sair a público para conceituar urgências ou emergências, para banirmos estes homicidas que diariamente perpetuam crimes hediondos e violentos ao abrigo do artigo 61º da CRA, devendo desde já regulamentar esta actividade com preços justos ao alcance dos bolsos do cidadão Angolano.
A existência de um tribunal específico para dirimir conflitos de consumo, de forma haver equilíbrio e justicialismo, porque a experiência mostra que a morosidade nas decisões judiciais deixa o consumidor mais vulnerável.
ACONSELHAMOS
Afincadamente alertarmos a Inspecção Geral da Saúde a ser mais severos para estes profissionais violadores deste direito consagrado universalmente a (PROTECÇÃO A VIDA HUMANA) culpabilizando-lhes através de processos céleres de forma a servir de exemplo para os demais sobre os actos ilícitos cometidos pelos mesmos, no exercício das suas actividades.
A Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC) chegou a conclusão que não é por falta de materiais hospitalar ou falta de infra-estruturas, mas sim a falta de responsabilidade dos profissionais deste sector. Como prova é só efectuarmos rondas nestas instituições privadas de saúde, começando por analisar os actos e a responsabilidade de quem de direito o designa “a título de reparo, o contexto não se generaliza”.
Para finalizar vai a máxima latina e a frase de reflexão: “Dormentibus Non Seccurit Legis”, em português “o Direito não socorre os que dormem”.
- Deus é amor e sabedoria; feliz quem estuda, medita e segue as suas leis - A.C. Jesus
- Pense e repense- É a agulha que puxa a linha - Isaac Nenei
Diógenes de Oliveira - Presidente da Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC).
Contactos: 943625501; 912317041
Linha directa 24 horas: 912317043
E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
SINSE processa Tonet por dizer que assassinato de Kamulingue assemelha-se as praticas de organizações terroristas
- Categoria Sociedade
- 03 dezembro 2014
Luanda
- O jornalista angolano, William Tonet, foi constituido arguido num
processo que lhe foi movido pelos serviços secretos angolanos por
difamação e injúria.
Fonte: DW África
Jornalista processado pela 98ª vez
Trata-se da 98ª vez que o diretor e proprietário do jornal Folha 8, desde a criação do semanário, em 1996. O jornalista é acusado de difamação e injúria pela publicação de matérias relacionadas com o homicídio de dois activistas contestatários ao regime angolano. Alves Kamulingue e Isaías Cassule foram assassinados em maio de 2012, quando tentavam organizar uma manifestação anti-governamental.
William Tonet, foi ouvido na
sexta-feira, 28 de novembro, pelo Departamento Nacional de Investigação
Criminal, num interrogatório que o coloca na condição de arguido. Os
Serviços de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE), consideraram-se
difamados e injuriados num artigo do Folha 8. Este tecia comparações
entre a atuação dos serviços secretos e a organização terrorista Estado
Islâmico (EI).
Comportamento terrorista
Para o jornal Folha 8 a forma como a EI
tem vindo assassinar alguns jornalistas feitos reféns, é idêntica ao
método utilizado pelo Estado angolano através dos seus serviços secretos
no homicídio de Kamulingue e Cassule. Em conversa com a DW África,
William Tonet não desmente, e explica que também os dois ativistas foram
assassinados sem julgamento e sem oportunidade para falar: “Foram
barbaramente assassinados. Os moldes foram os mesmos”. Mas, acrescenta, a
comparação “foi uma figura de estilo”.
O silêncio das autoridades perante as
graves violações dos direitos humanos, é outra questão levantada pelo
jornalista e director do Folha 8. Para William Tonet, quem devia estar
sentado no banco dos réus é o Estado angolano, pois Tonet diz que nunca
os serviços secretos nunca se “distanciaram” dos actos em que é citada a
sua participação. E que incluem, para além do caso de Cassule e
Kamulingue, a tortura recente de que foi vítima a jovem Laurinda Gouveia
e outros integrantes do Movimento Revolucionário.
O crime compensa
Questionado sobre as verdadeiras
intenções dos serviços de inteligência e segurança do Estado em mover um
processo contra si e o seu jornal, William Tonet diz não fazer a mínima
ideia. Mas adianta que este é um reflexo do regime do Presidente José
Eduardo dos Santos promover actos criminosos: "Em Angola premeia-se a
incompetência. Em Angola premeiam-se os delitos. Já viu alguém que rouba
ser efetivamente indiciado? Pelo contrário. Ainda lhe perguntam porque é
que roubou pouco, devia ter roubado mais".
Sobre o assunto a DW África tentou sem
sucesso obter uma reação do SINSE, os serviços de inteligência e
segurança do Estado angolano. Aquela instituição não dispõe de nenhum
terminal para que os jornalistas possam entrar em contato com ela, e é
quase impossível obter o contato particular dos seus responsáveis.
Angola: Polícia confunde jovens com manifestantes e rapta-os
- Categoria Sociedade
- 04 dezembro 2014
Luanda – A semelhança
do desaparecimento de Alves Kamulingue e Isaías Cassule, em Maio de
2012, a polícia nacional terá raptado, na via pública, no pretérito dia
22 de Novembro do corrente, no bairro Kaputo, arredores do mercado dos
Congolenses, em Luanda, três cidadãos quando regressavam de uma festa.
Uma das vítimas chama-se Edson Rafael Ngonga, de 27 anos de idade.
Fonte: Club-k.net
A família (de Edson) acredita que os raptores confundiram os jovens com os membros do Movimento Revolucionário de Angola, uma vez que entoava euforicamente hinos.
No dia em que Edson Ngonga, juntamente com os seus dois amigos, foram sequestrados pelo dois agentes da polícia do Comando Provincial de Luanda, o auto-denominando Conselho Nacional dos Activistas de Angola realizou uma manifestação pacífica, em Luanda, que exigiam a demissão do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Martinho Patrício Ngonga, familiar de uma das vítimas, contou ao Club K que o facto sucedeu – por voltas das 05 horas e 40 minutos, de manhã – quando o jovem Edson regressava de uma festa em companhia dos três amigos. Por sina, um dos amigos das vítimas terá testemunhado, a olho nu, a acção perpetrada os efectivos da polícia nacional.
“O meu primo Edson Rafael Ngonga desapareceu nas primeiras horas do dia 22 de Novembro, quando voltava de uma festa no bairro do Kaputo com três amigos, um dos quais chama-se Bruno”, disse, continuando que na altura do rapto o Bruno terá efectuado uma pequena pausa para urinar junto a uma viatura e testemunhou o rapto.
“O Bruno conta que ele ficou atrás do grupo para urinar junto a um carro, por volta das 05:40, viu os outros a serem interpelados por dois polícias que obrigou os jovens em acompanhá-los sabe-se aonde”, acrescentou.
Com o medo de se aproximar para se inteirar do que se passava, o “suposto” amigo das vítimas ficou, a escassos metros, a testemunhar os seus três companheiros (da festa) a serem levados para parte incerta. “Ele ficou apreciar até ao momento em que outros subiram à carrinha da polícia que ali estava encostada, até ao momento em que arrancaram com a viatura”, explicou.
Depois do episódio, o jovem (Bruno) terá aguardado cerca de meia hora no local onde urinava, e, posteriormente, ligou para os terminais telefónicos das vítimas que, para o seu espanto, começaram a dar desligado até a presente a data.
Segundo o relato atribuído a Bruno, por Martinho Ngonga, familiar de um dos desaparecidos, antes do sucedido, os quatro amigos entoavam, inocentemente, canções, em voz alta, com frases: ninguém nos pára hoje… hoje é o nosso dia… vamos aquecer o mambo, etc.. “De acordo com o Bruno tratava-se apenas de uma segunda festa para onde iriam no final daquele dia”, alegou a fonte.
Pelo carácter das frases, a fonte do Club K acredita numa possível confusão, ou má interpretação dos efectivos da polícia, que os terão confundidos com os jovens ligados as manifestações realizadas pelo Movimento Revolucionário. “Até porque ficamos a saber que naquele dia, pela manhã, haveria uma possível manifestação no Largo 1º de Maio”, ressaltou.
“Tendo em conta a situação política que vivemos actualmente no país e, não esquecendo do historial, isto é, das operações das forças da segurança que resultam no desaparecimento de pessoas que abraçam o Movimento Revolucionário, preocupa-nos imenso o desfecho dessa história, que esperamos que os nossos familiares não tenham o mesmo destino que Isaías Cassule e Alves Kamulingue”, rematou a fonte.
De realçar que o Club K não conseguiu, até neste preciso momento, apurar os nomes de outros dois jovens desaparecidos, muito menos manter um contacto com os seus respectivos familiares.
Vale sublinhar que o desaparecimento forçado de todas as pessoas, em Angola, passou a ser um crime internacional. A 24 de Setembro do ano em curso, o ministro das Relações Exteriores, Jorge Chicoty, rubricou, em Nova Iorque, em nome do Estado angolano, a “Convenção Internacional sobre o Desaparecimento forçado de todas as pessoas”.
A assinatura do documento teve lugar na sede das Nações Unidas e ocorreu à margem da 69ª sessão de debates da Assembleia-Geral da organização, na qual a delegação angolana é chefiada pelo vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente.
Na altura, o ministro referiu que “o fenómeno dos desaparecimentos forçados preocupam as nações, entre as quais Angola, e é importante que neste momento sejamos parte desta Convenção”.
Fonte: Club-k.net
A família (de Edson) acredita que os raptores confundiram os jovens com os membros do Movimento Revolucionário de Angola, uma vez que entoava euforicamente hinos.
No dia em que Edson Ngonga, juntamente com os seus dois amigos, foram sequestrados pelo dois agentes da polícia do Comando Provincial de Luanda, o auto-denominando Conselho Nacional dos Activistas de Angola realizou uma manifestação pacífica, em Luanda, que exigiam a demissão do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Martinho Patrício Ngonga, familiar de uma das vítimas, contou ao Club K que o facto sucedeu – por voltas das 05 horas e 40 minutos, de manhã – quando o jovem Edson regressava de uma festa em companhia dos três amigos. Por sina, um dos amigos das vítimas terá testemunhado, a olho nu, a acção perpetrada os efectivos da polícia nacional.
“O meu primo Edson Rafael Ngonga desapareceu nas primeiras horas do dia 22 de Novembro, quando voltava de uma festa no bairro do Kaputo com três amigos, um dos quais chama-se Bruno”, disse, continuando que na altura do rapto o Bruno terá efectuado uma pequena pausa para urinar junto a uma viatura e testemunhou o rapto.
“O Bruno conta que ele ficou atrás do grupo para urinar junto a um carro, por volta das 05:40, viu os outros a serem interpelados por dois polícias que obrigou os jovens em acompanhá-los sabe-se aonde”, acrescentou.
Com o medo de se aproximar para se inteirar do que se passava, o “suposto” amigo das vítimas ficou, a escassos metros, a testemunhar os seus três companheiros (da festa) a serem levados para parte incerta. “Ele ficou apreciar até ao momento em que outros subiram à carrinha da polícia que ali estava encostada, até ao momento em que arrancaram com a viatura”, explicou.
Depois do episódio, o jovem (Bruno) terá aguardado cerca de meia hora no local onde urinava, e, posteriormente, ligou para os terminais telefónicos das vítimas que, para o seu espanto, começaram a dar desligado até a presente a data.
Segundo o relato atribuído a Bruno, por Martinho Ngonga, familiar de um dos desaparecidos, antes do sucedido, os quatro amigos entoavam, inocentemente, canções, em voz alta, com frases: ninguém nos pára hoje… hoje é o nosso dia… vamos aquecer o mambo, etc.. “De acordo com o Bruno tratava-se apenas de uma segunda festa para onde iriam no final daquele dia”, alegou a fonte.
Pelo carácter das frases, a fonte do Club K acredita numa possível confusão, ou má interpretação dos efectivos da polícia, que os terão confundidos com os jovens ligados as manifestações realizadas pelo Movimento Revolucionário. “Até porque ficamos a saber que naquele dia, pela manhã, haveria uma possível manifestação no Largo 1º de Maio”, ressaltou.
“Tendo em conta a situação política que vivemos actualmente no país e, não esquecendo do historial, isto é, das operações das forças da segurança que resultam no desaparecimento de pessoas que abraçam o Movimento Revolucionário, preocupa-nos imenso o desfecho dessa história, que esperamos que os nossos familiares não tenham o mesmo destino que Isaías Cassule e Alves Kamulingue”, rematou a fonte.
De realçar que o Club K não conseguiu, até neste preciso momento, apurar os nomes de outros dois jovens desaparecidos, muito menos manter um contacto com os seus respectivos familiares.
Vale sublinhar que o desaparecimento forçado de todas as pessoas, em Angola, passou a ser um crime internacional. A 24 de Setembro do ano em curso, o ministro das Relações Exteriores, Jorge Chicoty, rubricou, em Nova Iorque, em nome do Estado angolano, a “Convenção Internacional sobre o Desaparecimento forçado de todas as pessoas”.
A assinatura do documento teve lugar na sede das Nações Unidas e ocorreu à margem da 69ª sessão de debates da Assembleia-Geral da organização, na qual a delegação angolana é chefiada pelo vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente.
Na altura, o ministro referiu que “o fenómeno dos desaparecimentos forçados preocupam as nações, entre as quais Angola, e é importante que neste momento sejamos parte desta Convenção”.
As manifestações em Angola são tal e qual as eleições eleitorais - Fernando Vumby
- Categoria Opinião
- 28 novembro 2014
Alemanha
- Nota-se nas manifestações que têm sido e serão sempre reprimidas com
grande brutalidade pelos homens ao serviço explicito de José Eduardo dos
Santos , assim como nas eleições eleitorais até agora realizadas
caracterizadas por fraudes eleitorais , que falta em Angola um
verdadeiro líder na oposição que tenha história e queira fazer história .
Fonte: Club-k.net
Sem
este tipo de líderes históricos que infelizmente cada vez vai se
tornando uma raridade vai ser muito difícil haver mudanças em Angola em
termos de poder e as manifestações ou eleições não deixarão de ser
aquilo que considerei como uma espécie de brincadeira entre o cão e o
gato.
Só foi com esse tipo de lideranças que
os outros países escreveram páginas de ouro na sua história ao
conseguirem correr do poder e nalguns casos eliminar ditadores que
estavam no poder dezenas de anos como está o José Eduardo dos Santos em
Angola.
Se aquilo que todos os angolanos almejam
enquanto direitos sociais , políticos , culturais e económicos é comum ,
ainda não consegui entender como é que a UNITA por exemplo com todo o
seu poder mobilizador , respeito e admiração que conquistou ao longo de
todos esses anos não alinhar em manifestações que não sejam organizadas
por eles ?
Espero que qualquer dia merecer uma
explicação por parte de alguns quadros da UNITA , que conheço e com quem
me relaciono e partilho algumas ideias como filhos da mesma pátria
martirizada.
Se de facto o que está em causa é a
democratização do país , tirando-o das mãos de corruptos e gente mais
preocupada em assassinar os seus contra como provam os factos , eu acho
ser um perigo a UNITA com todo seu poder se distanciar das manifestações
apenas com o argumento de que não precisa andar de boleia .
Mas atenção , não quer com este texto me
interferir na linha politica de orientação da UNITA , no que toca á
participação ou não em manifestações quando organizadas por outros
partidos ou movimentos juvenis conhecidos por Revús .
Mas é pena porque a presença da UNITA
com os seus milhões de simpatizantes para além de que daria um outro
incapacto ás manifestações o regime estaria perante uma situação mais
apertada e complicada .
Já imaginaram 5000 pessoas por exemplo
todas gritando de uma só vez e em coro enfrente ao palácio da
presidência - Fora com o ditador ou que José Eduardo dos Santos é ladrão
?
Então isto não seria um sinal muito
forte ao ditador angolano e não lhe obrigaria á rever o seu
comportamento corrupto , os seus abusos e as violações constantes da lei
constitucional e dos Direitos Humanos ?
Mais o dia em que os angolanos avançarem
em bloco formando um cordão de gente decidida á dar a sua vida por
Angola , o regime vai cair .
O que adianta haver manifestações se depois de um tiro no ar ou um morto o primeiro sinal é para se recuar ?
O que adianta haver manifestações se depois de um tiro no ar ou um morto o primeiro sinal é para se recuar ?
Eu acho que manifestações num país com
um regime tão repressivo e brutal como o angolano deve ser um acto
realizado por pessoas de muita coragem e dispostos á darem á sua vida
pelo objectivo á que dizem lutar .
Um líder com convicções firmes ,
preparado para assumir as consequencias e que saiba funcionar como uma
espécie de comandante de todos é o que tem faltado nas manifestações
onde os jovens acabam por ser sempre a presa fácil da policia e dos
serviços secretos ao serviço de JES.
Manos alguém já se preocupou em saber ,
até quando teremos estes nossos jovens combatentes vivos num país onde
raramente á um preso politico não é aplicado substancias que o vai
matando aos poucos ?
Um país com perto de 16 milhões de
habitantes se não me engano só a UNITA é que consegue juntar mais de 5
mil manifestantes e os outros ?
Quando os próprios manifestantes se
admiram sempre que o regime reage com brutalidade , dão -me á entender
que não conhecem o regime contra o qual protestam .
Ou se manifesta até atingir-se o
objectivo final ou se calhar o melhor é estar-se quieto para não se
continuar nesta espécie de brincadeira entre o rato e o gato.
O regime precisa de sentir um sinal
muito sério através de um abanão énergico de uma oposição unida e me
parece que uma das coisas mais difíceis e continuará á ser para Angola é
haver uma oposição unida.
Me parece que alguns já se dão por
felizes , pelo facto de terem um cunhado , irmão , primo ou tio no MPLA
que de quando em vez vai fazendo chegar alguns trocados para ajudar no
seu orçamento familiar ?
Quando um opositores passa metade da sua
vida atrás de governantes tão corruptos pedindo uns trocados para uma
viagem aqui e acolá mesmo sendo da sua família e os dinheiros sendo
pertença de todos angolanos o que se pode esperar deste tipo de
opositores que temos e não são poucos ?
Infelizmente desta qualidade temos
muitos em Angola e são esses que funcionam no silencio como uma espécie
de travão ,dos que pretendem á todo custo sacrificar suas vidas por um
país mais digno para todos os angolanos .
Com as eleições é a mesma coisa , todos
dissemos que queremos as eleições mas depois da batota , quando não
cossamos no nariz , cossamos na cabeça porque ninguém tem alternativas
para se derrubar o batoteiro no mesmo dia da fraude.
Assim estamos condenados á ver a
história sempre á se repitir , jovens presos , massacrados e abandonados
quando não envenenados para irem morrendo aos poucos ou lançados aos
jacarés
Cada recuo nosso é uma vitória para o
regime e cada avanço nosso é um sinal de perigo para o regime mais este
sinal jamais haverá enquanto uns continuarem á espera que os outros lhes
cozinhem o fungi ...
Basta avançarmos mesmo sem violência mas
decididos e dispostos á darmos a nossa vida , eles acabarão por recuar
por mais brutais que eles sejam eu não acredito que o regime mataria os
milhões de uma só vez , assim não teriam tempo para fazerem ãs malas.
.
Fórum Livre Opinião & Justiça
Fernando Vumby
.
Fórum Livre Opinião & Justiça
Fernando Vumby
Cabinda: O ponto de vista do Dr Jonas Malheiro Savimbi - Vitorino Nhany
- 28 novembro 2014
Luanda
- O Povo de Cabinda continua a viver os seus momentos mais sombrios
numa Angola nominalmente independente e consagrada em Estado de Direito.
Sempre que o diálogo é substituído pela violência, só os anarquistas
ganham enquanto a esmagadora maioria permanece a sobreviver dos
resquícios de uma colonização que parece ser eterna!
Fonte: Club-k.net
O
intelectual constitui a consciência da sociedade e a intelectualidade
só tem valor quando defende causas justas. Neste particular, elevo a
coragem que os intelectuais de Cabinda têm demonstrado, mormente a de
meus amigos presbíteros que na tentativa de se posicionarem no Não
perante a presença do Sim, têm passado por privações que nos fazem
recordar o tempo do defunto Salazar! Porém, conheço outros potenciais
intelectuais de Cabinda que se juntassem suas vozes às dos de vanguarda,
esse Território evoluiria para a sua autodeterminação.
Hoje, trago o ponto de vista do Dr Jonas
Malheiro Savimbi quanto à questão de Cabinda nos longínquos anos de
1979, em pleno calor da luta entre o som da metralhadora e o
conhecimento filosófico da caneta. Desse pensamento lúcido, podemos
tirar lições que muito bem aproveitadas podem apaziguar o Território
oprimido de Cabinda pela nova colonização. Eis o seu pensamento :
" A nossa posição inequívoca é a de que
Cabinda representa uma personalidade cultural e geográfica independente.
A sua identificação como tal não pode ser negada. A imposição de uma
nacionalidade às populações de Cabinda, através dos canhões, é uma mera
ilusão.
Só um diálogo, estabelecido em bases
sinceras, poderá permitir que se encontre uma solução adequada, que
satisfaça ambas as partes, isto é, Cabinda e Angola.
Há resistência em Cabinda. O facto de
metade da população de Cabinda se encontrar refugiada na República do
Zaire significa que alguma coisa não vai ali muito bem. O facto de,
mesmo bastante oprimidos, os irmãos de Cabinda resistirem à alienação
russo-cubana, representa uma vontade política que devemos respeitar.
A UNITA pensa que, reconhecidos esses
valores, deve cooperar-se com os Movimentos de Libertação de Cabinda
para se liquidar a opressão russo-cubana. Terminada a guerra, ou ainda
no decurso dela, encontrar-se-ão por certo as fórmulas futuras de
cooperação.
Porque Cabinda, reconhecida a sua
identidade política e sociocultural, tem todas as vantagens em cooperar
com Angola, em bases claras e de reciprocidades de interesses.. De
contrário, Cabinda não resistirá às tentações de anexação, por forças
superiores, ou mesmo só de desestabilização, por ser um país pequeno e
bastante rico. A sua associação com Angola, a que estariam ligados,
igualmente, todos os países vizinhos interessados no problema,
permitiria que se alcançassem a paz e a estabilidade naquela região ".
Aqui está a posição de um político
visionário que, até hoje, mesmo morto, suas ideias continuam actuais.
No dia 13 deste mês quando citei o nome do Dr Jonas Malheiro Savimbi
aquando da discussão do OGE na generalidade, fui vaiado pela bancada "
maioritária " resultante de uma monstruosa fraude de 2012. Tal atitude
demonstrou nanismo patriótico e , por conseguinte, tibieza política. Se o
colonizador português não ensinou política aos angolanos, quem em 40
anos de independência não se esforçou em aprendê-la, nem em 400 anos o
conseguirá!
Manifestações em 170 cidades nos EUA e ilações para Angola
- 27 novembro 2014
New York - A violência
deflagrou na madrugada desta terça-feira após o anúncio da deliberação
do Grande Júri norte-americano ter recusado acusar o agente da polícia
que o matou o jovem negro Michael Brown, de 18 anos de idade em Agosto
do corrente ano.
Fonte: Editado/Club-k.net
Presidente Barack Obama apela à calma
O
polícia Darren Wilson que matou o jovem negro desarmado em Ferguson,
cidadede de Missouri, não foi condenado nem será julgado.
Consequentemente, e exporadicamente com slogs propagados nas redes
sociais mais uma centena de manifestações em todo o país reclamam
justiça para Michael Brown. A família pede a reabertura do processo.
O Presidente Barack Obama que apelou à
calma reconheceu que "muito trabalho esta por ser feito no que diz
respeito à melhoria das relações raciais entre brancos e negros e às
questões de imposição da lei".
Washington DC, Nova Iorque, Los Angeles,
Atlanta, Boston, Filadelfia, Oakland e Seattle albergaram ontem a noite
as maiores concentrações, de tom pacífico, salvo isolados incidentes e
algumas detenções. O consolado Americano na cidade de Toronto e a
embaixada America na cidade de OTAWA tambám foram alvos de centemas de
descontentes/manifestantes em solidariedade a Michael Brown.
Há edifícios e carros incendiados e
lojas pilhadas. A polícia ripostou com gás lacrimogéneo para tentar
conter a violência generalizada.
Policia que matou diz que «Estou de consciência limpa, fiz o meu trabalho»
«A razão pela qual estou de consciência limpa é porque sei que fiz o
meu trabalho como devia», disse Wilson à ABC, falando publicamente pela
primeira vez desde o episódio de 9 de agosto. Quando questionado se o
incidente terminaria de igual modo se Brown fosse branco, respondeu:
«Sim… sem dúvida».
Ilação para Angola
“O Exemplo patriótico do jovem Ganga”
segundo define Marcolino Moco. Por outro lado Michael Brown é o simbolo
da injustiça racial na América. Destes dois problemas sociais o
descontentamento populare é similar mas os resultados e posição do
governo é completamente diferente. Neste contexto é oportuno mencionar
que das manifestações nos Estados Unidos, o governo de José Eduardo Dos
Santos tem vários aspectos a considerar e dentre os quais se destacam:
- Responsabilidade e pronunciamento do chefe da Nação em assuntos de impacto Nacional
- O governo ou partido no poder não actua como policia e juiz
- Manifestação eh um direito necessário de expressão ideológica
- Responsabilidade da policia durante as manifestações
- Respeitar a diferença de pensamento não teoricamente mas no ponto de vista prático
- Para manifestações não é necessário autorizações protocolares ou governamentais
- O governo ou partido no poder não actua como policia e juiz
- Manifestação eh um direito necessário de expressão ideológica
- Responsabilidade da policia durante as manifestações
- Respeitar a diferença de pensamento não teoricamente mas no ponto de vista prático
- Para manifestações não é necessário autorizações protocolares ou governamentais
Kuangana: Governo tem que acabar com exclusão e asimetrias regionais - 28 de Novembro 2014
Dirigente do PRS defende federalismo para Angola
O presidente do Partido de Renovação Social Eduardo Kuangana
voltou a reafirmar que o federalismo essencial para o desenvolvimento
socio-económico e político de Angola.
Kuangana diz que governo tem que acabar com exclusão e asimetrias regionais - 1:59 “Pedimos ao povo angolano para trabalhar para que este projeto seja alcançado, embora alguns tendam a temer este projeto, mas ele é uma das formas viáveis de alcançar o desenvolvimento desejado em Angola”, afirmou Kuangana.
Ao falar no Uíge, por ocasião das comemorações de 24 aniversário do
PRS, o líder do partido exortou o Governo angolano a acabar com as
“políticas de exclusão dos cidadãos”, apontando para alguns casos em que
muitos angolanos são alvos de exclusão por pertencerem a um partido
político na oposição.
Kuangana disse que o Estado deve olhar para todos, ignorando filiações partidárias, religião, raça, cor e sexo.
Por outro lado, acrescentou que a distribuição da renda nacional deve ser feita de forma equitativa e servir a todos angolanos.
Por isso, lançou o desafio à população angolana para manter o
controlo das actividades financeiras ao nível do Estado e do partido no
poder como sendo o principal responsável.
“A riqueza do país deve ser distribuída para todas as regiões, sem
assimetrias a níveis regionais, não podem existir uns que engordam e
outros emagrecem”, disse.
O presidente do PRS manifestou-se preocupado com as medidas de
seguranças das fronteiras, notando que o território angolano faz
fronteira com vários países onde se constatam surtos de varias endemias
que assolam o continente, com realce para o ébola.
Angolano investigado em escândalo político em Portugal - Dia 28 de Novembro 2014
Empresário teria ligações com personalidades portuguesas presas por alegada corrupção e fraude.
A imprensa portuguesa revela que um empresário angolano poderá
estar a ser alvo de investigações em Portugal no âmbito do chamado
escândalo dos Vistos Gold, em que autorizações de residência são
concedidas depois de um investimento de um determinado montante.
Angolano investigado no escândalo político em Portugal - 1:13
Eliseu Bumba terá ligações directas a António Figueiredo, presidente
do Instituto dos Registos de Notariado (IRN), e um dos 11 detidos do
processo Labirinto, nome da investigação conduzida pela Polícia
Judiciária portuguesa.
A ligação entre Eliseu Bumba e António Figueiredo tem como pano de
fundo um protocolo assinado entre o Ministério da Justiça de Angola e a
sua congénere angolana, que envolvia a viagem de três funcionários do
IRN a Angola. Apesar dos custos do programa serem assumidos pelo Estado
português, António Figueiredo e os outros quadros terão, alegadamente,
trabalhado para a Merap Consulting, uma sociedade de Eliseu Bumba, que
tem uma filial em Portugal, a Lusomerap.
Segundo o Correio da Manhã, o empresário desempenhava o papel de
intermediário, sendo responsável por angariar clientes de vistos
dourados para Portugal, recebendo em troca o pagamento de “luvas”.
Os procuradores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal
estarão também a investigar um protocolo entre o Ministério da Justiça
de Portugal e a sua congénere angolana para a formação de quadros em
Angola.
"Não sou bandido", diz Kangamba que afirma não ter nada para esconder - Dia 28 de Novembro 2014
O general
angolano refuta as acusações veiculadas pela imprensa em Portugal e
reitera que pretende-se apenas atacar o Presidente da República.
26.11.2014 18:13
O General Bento dos Santos Kangamba diz estar disposto a ir a
Portugal responder na justiça caso for intimado o que nunca aconteceu e
desmente todas as acusações vindas a público.
Em entrevista à
VOA, Kangamba afirmou ter apenas uma casa e um apartamento em Portugal,
onde tinha um milhão e 700 mil dólares guardados, o que não é crime.
O
general explica a origem do seu dinheiro como empresário privado e
reitera que não tem de dar explicações dos seus bens a ninguém por não
nunca ter recebido nada do Estado.
"Kangamba é uma marca",
reiterou o empresário que afirma não ter nada a esconder nem a
justificar porque não recebe dinheiro do Estado. "Não sou bandido",
afirma o general.
Acompanhe a entrevista:
"Não sou bandido", diz Kangamba que afirma não ter nada para esconde
Deputada da UNITA pode perder o mandato
- 23 novembro 2014
Lisboa
- Está avoluma-se, no interior de uma corrente do grupo parlamentar
do MPLA, a tese segundo a qual a deputada da UNITA, Mihaela Webba
Neto, terá no ponto de vista da constituição, perdido o seu mandato
como deputada a Assembleia Nacional, por ter ficado ausente do
parlamento por largas temporadas.
Fonte: Club-k.net
MPLA diz que violou artigo 158 do regulamento da AN
O partido no poder socorre-se, a alínea b, do artigo 158o
do regulamento da casa das leis, invocando que o deputado perde mandato
sempre que exceda com o numero de faltas previstas na lei. Mihaela
Webba segundo o MPLA, fez-se ausente de quatro sessões parlamentares,
durante um ano, e que em si, dá motivo para suspensão do mandato.
Apesar de Webba ter apresentado
justificativos médicos para justificar a sua ausência, o partido no
poder alega que a documentação preparada pela deputada da UNITA foi
mal encaminhada. O MPLA entende ainda que Mihaela Webba deveria
solicitar uma ausência sem o respectivo salário ou então deveria ter
sido substituída por um suplente das listas de candidatos a deputados do
seu partido.
Solicitados a reagir, fonte da
assessoria de imprensa da UNITA, justifica que a sua deputada estava com
uma gravidez de risco e que apresentou relatório medico dos
especialistas em Luanda justificando a necessidade de ser enviada para o
exterior do país.
A fonte, clarifica que ela ficou
ausente por um período de cerca de 7 meses e não um ano como alega o
MPLA. Segundo o maior partido da oposição, a sua deputada tem as
faltas justificadas e que dentro de dias ira submeter um outro
relatório medico passado por médicos da África do Sul, país, onde deu a
luz.
Para a UNITA, as ameaças do MPLA em por
em causa o mandato da deputada Webba são infundadas uma vez que o nome
da mesma não consta nas actas sínteses da Assembleia do mês de Maio,
Junho, Julho. “tem apenas uma falta injustificada de Janeiro”, rematou.
O tema das ausências de Miahela Webba,
das suas obrigações parlamentares, foi levantado publicamente e pela
primeira vez no passado dia 13 de Novembro, pelo deputado do MPLA,
Sérgio Luther Rescova a margem do debate sobre o Orçamento Geral do
Estado. O tema foi levantado em função de pronunciamento da jurista
que os deputados do MPLA, tomaram como faltas de respeito ao
Presidente José Eduardo dos Santos.
Comandante da polícia de Saurimo acusado de prender activistas da independência da Lunda
Defensores da independência do povo Lunda queixam-se de estarem a ser detidos de forma injusta. Dia 23 de Novembro 2014
O comandante municipal do Saurimbo Adalfo Tchikapa é acusado de ter detido na última sexta-feira, 21, dois activistas que exigem a independência das Lundas. Segundo o delegado do Manifesto do Protectorado das Lundas naquela zona perfazem assim três activistas presos por defenderem a independência das Lundas.
Prisões na LundaSegundo Eduardo Justino, delegado municipal do Manifesto do Protectorado das Lundas no Saurimbo, da ala de Jota Filip Malakito, os activistas Paulo Agostinho, de 40 anos de idade, pai de oito filhos, e João Cardoso, de 37 anos de idade, pai de 7 filhos, foram agredidos e detidos pelo Comandante da Polícia Nacional do Saurimbo, Adolfo Tchikapa.
“O próprio comandante Adolfo Tchikapa é que foi para lá quando eles estavam a fazer a cópia do hino do manifesto”, disse Justino afirmando que os detidos ainda não foram apresentados à justiça e nem mesmo têm direito a visita.Os defensores da independência do povo Lunda queixam-se de estarem a ser detidos de forma injusta.
De recordar que o Manifesto do Protectorado das Lundas apresentou uma queixa ao Tribunal Penal Internacional contra o governo de José Eduardo dos Santos por genocídio contra o povo Lunda.
Manifestação Fotográfica em Memória do Ganga Dia 22 de Novembro 2014
Luanda
- Maria José Vitorino de Carvalho tem uma missão: exige justiça pelo
assassinato político do seu filho primogénito, Manuel Hilbert de
Carvalho Ganga, executado por um membro da Unidade de Segurança
Presidencial (USP) a 23 de Novembro de 2013, com dois tiros nas costas.
Fonte: Maka/Club-k.net
Maria
José Vitorino de Carvalho acredita que é seu direito, como mãe e
cidadã, clamar por justiça. Como avó, sente a responsabilidade de
explicar, a seu tempo, a Uriel Tomás Ganga, de 3 anos, os esforços da
família contra a impunidade do assassino e dos mandantes da morte do seu
pai.
“Eu sou Ganga, exijo justiça”, “Somos Ganga, exigimos justiça”, são as mensagens aprovadas pela mãe para honrar a memória do seu filho.
“Eu sou Ganga, exijo justiça”, “Somos Ganga, exigimos justiça”, são as mensagens aprovadas pela mãe para honrar a memória do seu filho.
A pedido da mãe, o Maka Angola e o
Club-K promovem agora uma manifestação fotográfica na Internet, em
memória do Ganga. Os cidadãos que queiram expressar a sua solidariedade
para com os familiares da vítima, que queiram exercer plenamente a
cidadania e exprimir a sua coragem podem enviar fotos de cartazes
alusivos ao Ganga (ver endereço abaixo). As autoridades angolanas
perseguem, torturam e matam impunemente, mas não poderão torturar ou
fuzilar as fotografias desta manifestação, nem sequer queimá-las – vamos
portanto promover uma manifestação inatacável.
Manuel Hilbert de Carvalho Ganga, um
engenheiro de construção civil, foi morto em consequência do seu
activismo pelos direitos humanos. Enquanto colava cartazes na parede do
Estádio dos Coqueiros, os quais exigiam justiça para o Caso Cassule e
Kamulingue (barbaramente assassinados por efectivos da Polícia Nacional,
dos serviços de segurança e do corpo miliciano do MPLA a 27 e 29 de
Maio de 2012), foi detido por membros da USP, junto com outros setes
membros da CASA-CE.
Na altura, António Baião, que se
encontrava com Ganga, contou o episódio ao Maka Angola: “Éramos oito
jovens, incluindo o malogrado. Os militares surpreenderam-nos e mandaram
parar a actividade [de colagem de panfletos], mantendo-nos imobilizados
no passeio, com as suas armas apontadas durante 45 minutos,
aproximadamente.” De seguida, os activistas foram transportados numa
viatura para a sede da USP, junto ao Palácio Presidencial, onde, pouco
depois da meia-noite, um dos militares fuzilou Ganga.
Cassule e Kamulingue foram executados
por se terem envolvido na organização de uma manifestação, um direito
consagrado pela Constituição. Ganga foi fuzilado por ter exprimido a sua
solidariedade para com as vítimas, exercendo o seu direito
constitucional à liberdade de expressão.
O governo diz que respeita a
Constituição. Mas os factos estão à vista: as entidades oficiais
prosseguem com os assassinatos políticos, com a detenção arbitrária e
com a tortura de manifestantes. A impunidade é total.
Com esta manifestação fotográfica, a
vida do Ganga será celebrada por todos aqueles que acreditam no poder da
solidariedade e que defendem o respeito pela Constituição e o direito
inalienável ao exercício pleno da cidadania. Qualquer um de nós pode ser
a próxima vítima.
A campanha, que será promovida através das redes sociais, decorrerá de 23 de Novembro a 23 de Dezembro. Envie a sua foto para info@makaangola.org.
Jovem Nito Alves escapa rapto ao sair da escola
Categoria Manifestacoes - 22 novembro 2014
Luanda
- O Bloco Democrático vem denunciar a tentativa de rapto ontem do jovem
activista Manuel Chivonde Baptista Nito Alves, enquanto o mesmo tentava
sair da escola que frequenta.
Fonte: BD
Bloco Democrático denuncia tentativa de rapto
Segundo
alerta dado pelo mesmo e feito eco pelos seus amigos e sociedade civil
bem como pelos altos dirigentes do Bloco Democrático, Adão Ramos
(Secretário Informação e Marketing) e Américo Vaz (Secretário da
Juventude Bloquista), Nito Alves sentiu-se encurralado quando tentava
sair da escola por elementos que se faziam transportar numa "viatura
Land Cruiser de vidros fumados".
Prontamente outros activistas agiram ao
alerta e foram buscar sob escola o activista, que conseguiu chegar a
casa a salvo. Isto no dia de ontem.
Na madrugada de hoje, dois dos
activistas que estão na organização da manifestação de hoje e de amanhã
viram as suas casas cercadas, por elementos que os mesmo apontaram como
estando a civil mas acompanhados por policia. Os dois activistas
viram-se forçados cada um a sair de sua casa e a tomar refúgio durante a
madrugada noutros locais secretos dentro de uma Igreja.
Este era o cenário para o dia de ontem e
para a madrugada de hoje. Estes dois casos, que agora o Bloco
Democrático denuncia, indiciam graves violações à lei e aos direitos
humannos, situações graves que o povo angolano não pode ignorar.
O Bloco Democrático exige que toda esta
perseguição aos jovens actvistas pare de imediato, à luz dos direitos
humanos e da lei da Constituição da República de Angola.
Os jovens activistas estão a pedir que se use e divulgue a hashtag #Manif22e23Nov
O BD apela ao Povo e aos Manifestantes:
- Evitem sempre o confronto e afastem-se de agitadores, digam não à violência
- Filmem tudo e gravem tudo, fotografem tudo e divulguem amplamente, a principal batalha a vencer é a batalha da comunicação
- Levem água e repelente para insectos durante a noite; levem primeiros socorros
- Não circulem isolados e comuniquem
sempre as vossas localizações a companheiros de vossa confiança
(cuidado, os telefones podem estar sob escuta - combinem de forma
antecipada códigos e deslocações)
- Os organizadores da manifestação deverão acautelar potencial acto de perseguição ainda antes do começo da manifestação.
- Caso estejam a ser detidos ou levados,
deverão insistentemente gritar o vosso primeiro e último nome e pedir
ajuda, exijam saber para que esquadra vão, registem os nomes e as
identificações dos agentes que fazem detenção, gritem sempre alto e
chamem a atenção das pessoas ao redor
- Manifestantes mantenham-se sempre informados de outros manifestantes para que não aconteçam raptos
- Em caso de detenção de companheiros,
façam registo da esquadra, da matrícula da viatura marca e sua cor,
registem nome e identificações dos agentes e, sigam de imediato com o
carro que leve os detidos, não os deixem sozinhos!
- No final dos dois dias manifestações o
BD pede aos manifestantes que acautelem possíveis represálias ou
raptos, por isso andem em conjunto e protejam-se mutuamente mesmo depois
de estarem em casa.
- Sejam continuamente solidários, não abandonem ninguém! Angolano Ajuda Angolano!
Luanda, 22 de Novembro de 2014
Polícia prende jovens que exigiam a demissão de José Eduardo dos Santos
22 novembro 2014
Luanda
- Alguns grupos de jovens ativistas angolanos tentaram hoje
manifestar-se contra o Governo, em Luanda, mas foram travados pela
intervenção da Polícia Nacional, conforme se constatou no local.
Fonte: Lusa
O
protesto envolvia dez movimentos contestatários reunidos no
autodenominando Conselho Nacional dos Ativistas de Angola, que, além de
críticas à política do executivo, exigiam a demissão do Presidente da
República, José Eduardo dos Santos.
A manifestação estava agendada para as 15:00 (menos uma hora em Lisboa), com concentração no largo 1.º de Maio, no centro de Luanda. Contudo, o acesso ao espaço foi vedado pelas autoridades, entre elementos da polícia regular e de intervenção.
Estes elementos impediram e dispersaram a
concentração de grupos de manifestantes próximo daquele largo, mas com
ações repressivas aparentemente menos violentas do que as observadas em
protestos anteriores.
Ainda assim, segundo relato feito à Lusa
por Raúl Mandela, do Conselho Nacional dos Ativistas de Angola, cerca
de 15 jovens terão sido detidos durante o dia e dez foram feridos pela
polícia.
A Lusa não conseguiu confirmar esta versão junto das autoridades policiais.
No entanto, também o dispositivo
policial - visível - em Luanda foi hoje menor, igualmente comparando com
as restantes manifestações já realizadas este ano.
O desemprego, a falta de habitações e de
terrenos para construir, mas também de água potável, eram assuntos
sobre os quais estes dez movimentos pretendiam apelar para a reflexão do
povo, conforme se pode ler nos panfletos distribuídos pela capital
angolana, a convocar a manifestação.
Por outro lado, reafirmam que os
dirigentes do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder
desde a independência, em 1975, "não se preocupam em dar emprego aos
angolanos" e acusam "portugueses e brasileiros" de ficarem com postos de
trabalho na restauração, hotelaria ou construção civil.
Os manifestantes ameaçavam ainda levar o
protesto até ao palácio presidencial, área que conforme a Lusa
verificou esteve hoje fortemente guardada por dezenas de elementos da
Unidade de Guarda Presidencial (UGP).
Estes ativistas equacionam sair de novo à rua no domingo, indicaram ainda.
Interpretado como um aviso sobre esta
manifestação, o ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares, recomendou,
na segunda-feira, firmeza e vigilância redobrada face a "reiteradas e
veladas" tentativas de alteração da ordem democrática e constitucional
por parte de algumas forças políticas.
Referiu, sem apontar nomes, que algumas
dessas forças, usando artifícios antidemocráticos, têm tentado fazer em
Angola "uma réplica do que aconteceu em alguns países vizinhos".
Estas manifestações antigovernamentais,
que se sucedem desde 2011, terminam por norma com várias detenções e
confrontos com a polícia.
Lisboa
- O Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança da Presidência
da República, general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”,
reuniu-se com os principais responsáveis pelo assassinato do activista
Alves Kamulingue, precisamente um dia antes do crime ter acontecido,
assim descreve, uma competente “assessement”, indicando que este é o
único dado que não consta na instrução do processo da PGR por
considerarem “segredo de Estado”.
Fonte: Club-k.net
Casa Militar sabia de tudo
Ao
tomar conhecimento sobre a alegada pretensão de se realizar uma
manifestação de antigos combatentes, a porta do palácio presidencial, o
general “Kopelipa” convocou o então delegado do SINSE de Luanda,
António Gamboa Vieira Lopes e o responsável da polícia de Luanda, a
comparecerem, na Casa de Segurança da PR, a 26 de Maio daquele ano de
2012.
Elizabeth Ramos Frank, a então
comandante da policia de Luanda, estava ausente do país, por razões de
saúde e em seu lugar participou na reunião, o seu adjunto para as
questões operacionais, o Comissário Dias do Nascimento Fernando Costa,
na qualidade de comandante em exercício da Policia Nacional de Luanda.
Reunidos na presença do general
Leopoldino Fragoso do Nascimento e de um outro oficial general da PR,
identificado por “Filomeno”, o general “Kopelipa” teria dado orientações
aos dois responsáveis convocados (Vieira Lopes e Dias do Nascimento)
no sentido de abortarem a pretensa manifestação detendo os seus
principais organizadores.
Porém, no dia em que ocorreu a
operação, e após terem localizado os mentores da manifestação, o então
delegado do SINSE de Luanda, António Vieira Lopes, tratou de repassar
para o comandante provincial em exercício Dias do Nascimento Fernando
Costa, solicitando que Alvés Kamulingue fosse capturado e entregue às
autoridades competentes, conforme as orientações recebidas da
Presidência da Republica. Este por sua vez, terá contactado o director
da investigação provincial de Luanda (DPIC), Amaro Neto que colocou os
seus homens a disposição para auxiliar a operação.
De lembrar que Manuel Miranda, na
altura dos factos chefe do departamento de investigação criminal da
Ingombota revelou em Tribunal que nas vésperas dos preparativos do
assassinato de Kamulingue, ele recebeu um telefonema de Amaro Neto
orientando-o a criar uma equipa e contactar o delegado do SINSE em
Luanda para auxilia-lo numa missão, todavia não especificada.
Contrariando as orientações que lhes
foram dadas pela Casa de Segurança, o activista Alves Kamulingue
acabaria por ser assassinado por dois disparos efectuados por um agente
da policia nacional, Francisco Tenda Daniel “Kiko”, que em tribunal
revelou ter apenas recebido orientações superiores.
Conforme ja avançado, a ocorrência da
reunião do dia 26 de Maio de 2012, orientada pelo Chefe da Casa de
Seguranca da PR, general “Kopelipa” foram omitidas no processo de
instrução da Procuradoria Geral da República sob alegação de constituir
“segredo de Estado”.
Por outro lado, os executores do crime
foram superiormente instruídos a assumirem o crime em tribunal - embora
com algumas alterações - com a garantia de que viriam a sua “situação
resolvida” (entenda-se soltos mesmo após serem condenados). De entre as
orientações, os executores foram instruídos a não implicarem o então
comandante em exercício de Luanda, Dias do Nascimento Fernando Costa
por se tratar de um comissário que no ver das autoridades causaria
embaraços a imagem do Estado. O comissário Dias do Nascimento entra no
processo apenas como declarante e não como arguido, como está o seu
colega do SINSE, António Vieira Lopes.
Francisco Tenda Daniel “Kiko”, foi
também orientado a assumir o crime de forma fria – mas com detalhes
falsos - para facilitar o andamento do julgamento e causar a impressão
de que as autoridades estão devidamente comprometidas em ver o caso
resolvido.
Em Tribunal, o agente “Kiko”, alegou que
fez apenas um disparo e que virou o rosto para não ver o que estava a
fazer, quanto que na verdade ele efectuou dois disparos; um na cabeça e
outro no peito do activista.
Os agentes da policia que forem
condenados pela morte de Alves Kamulingue deverão cumprir alguns meses
na prisão para de seguida serem soltos e provavelmente despachados para
as províncias de forma a não serem vistos. Para além da soltura que os
mesmos beneficiarão, há conhecimento de que receberam cada 50 mil
dólares, uma casa para cada no bairro Zango, e uma viatura de marca
Prado, que já se encontram com os seus familiares.
Mal-estar entre reclusos e a direcção da Comarca de Viana pode provocar manifestação
Lisboa – A população
prisional angolana continua cada vez a crescer juntamente com os seus
problemas. Apesar de várias campanhas sobre o “suposto melhoramento”, o
governo continua – através dos seus órgãos – apresentar debilidade na
resolução dos problemas dos reclusos, que precisam ser reabilitada e
recuperada, de acordo com os padrões internacionais.
14 reclusos fechados numa cela de um metro e meio
Fonte: Club-k.net
Supostamente por ordem do diretor nacional dos Serviços Penitenciários, o comissário prin¬cipal António Joaquim Fortunato, um grupo de reclusos da Comarca de Viana encontram-se desde o passado dia 17 de Outubro do corrente, abandonados – sem nenhuma explicação plausível – numa cela disciplinar (de um metro e 30 meio), em condições desumana.
O grupo, composta por 14 elementos – 12 dos quais com o comportamento classificado, por alguns agentes prisionais, como ‘exemplares’ – é acusado pela director geral deste estabelecimento prisional de constar na lista dos reclusos que se planeavam, nos próximos tempos, evadir da Comarca de Viana.
“Isto não é verdade. Porque estás informações não são recentes e sempre se ouviu por alto aqui na comarca”, disse a fonte do Club K que se encontra no local, assegurando que as tais informações, desanexadas, são de origem duvidosa. “Estas informações não saíram do gabinete do director e ele sem abrir um inquérito ordenou o cárcere destas pessoas sem dar explicações”.
O encarceramento – injustificável – destes reclusos (alguns além de condenados com penas maiores) tem vindo a gerar um clima de tensão entre a população prisional (detidos e condenados) e a direcção geral do estabelecimento, ao ponto de alguns reclusos ameaçar reunir os seus familiares para, num prazo de 72 horas realizar, uma marcha contra os abusos e violações de Direitos Humanos, defronte a Comarca de Viana.
Mas antes, estes [os reclusos] exigem a presença do comissário prin¬cipal António Fortunato a fim de esclarecer, de uma vez por toda, a situação, uma vez que o responsável da Comarca alega estar seguir as suas ordens.
“A direção da Comarca diz que o director nacional é quem ordenou o encarceramento destas pessoas. Então caso ele [director nacional] não comparecer aqui na Comarca de Viana para justificar está medida, os jovens vão reunir seus familiares para uma manifestação defronte a Comarca. Porque estes jovens fechados há 11 dias nesta cela são inocentes”, garantiu.
Director atrás das provas
Desde o dia (17 de Outubro) em que foram colocados na cela disciplinar, os 12 reclusos (alguns ostentam cargos de responsabilidades) só começaram a manifestar-se preocupados no dia 22, uma vez que desconheciam – segundo a nossa fonte – as razões que obrigou o director geral a os colocarem naquele arrepiante local.
“Só depois de cinco dias, os jovens decidiram fazer um barulho na porta. O homem do serviço foi ter com eles e perguntou o que se passava e eles responderam que queriam saber porque estavam encarcerados naquela cela”, contou.
No dia seguinte, isto é a 23 de Outubro, o director da Comarca de Viana, Manuel Maria Tavares Culeka, convocou alguns elementos do grupo para uma conversa no seu gabinete. Na altura, este responsável procurou saber dos presentes se as informações chegadas a ele eram verídicas. Estes [os reclusos] desmentiram categoricamente, solicitando abertura de um inquérito para averiguação dos factos. “Exigimos que seja feita uma investigação imparcial, para se apurar os verdadeiros motivos”, insistiu a fonte.
No mesmo dia, Manuel Culeka ordenou a um dos efectivos dos Serviços Prisionais de nome Gaspar Congo, a efectuar uma vistoria – centímetro por centímetro – as celas destes 12 reclusos, no sentido de encontrar algumas provas que colocasse na lista os elementos que planea(va)m a fuga. E nada foi achado.
Poucos minutos depois, o responsável daquela instituição ordenou que os mesmos fossem recolocados na cela disciplinar, impedindo-os de receber visitas dos seus familiares, que se deslocaram horas depois no local. Curiosamente, os familiares destes só ficaram a saber da situação através de outros detentos.
“Assim sendo, os familiares destes reclusos foram ter com o director da Comarca, Manuel Culeka, a fim de saber o que se passava. E ele não conseguiu dizer absolutamente nada, se não irritar as pessoas”, avançou.
Efectivos prisionais corruptos
No dia em que Manuel Culeka ordenou o seu efectivo (Gaspar Congo) a fazer vistorias nas celas dos acusados, este ‘facturou’ uns trocados. Pois, antes de efectuar as vistorias conforme lhe foi ordenado, primeiro Gaspar Congo recebeu os telemovéis de dois reclusos (amigos seus) de apelido: Man Bernas e Gido e guardou-os no bolso.
“Revistou os objectos de outros reclusos e mais tarde regressou para devolver os telemovéis destes seus amigos, cobrando a cada um deles um valor de dois mil kwanzas”, denunciou, afiançando que existem provas. “As pessoas que estão lá na cadeia podem confirmar. É no Bloco C na caserna 1 a 3”.
Antes de ser destacado neste estabelecimento, Gaspar Congo, polícia (da Ordem Interno) corrupto, trabalhava na Comarca Central de Luanda. O mesmo terá participado numa das sessões de porrada contra os presos daquela unidade prisional.
O outro corrupto chama-se Adriano Tintas, responsável da Ordem Interna. Este recebeu 40 mil kwanzas das mãos do irmão de um dos reclusos que se encontra na cela disciplinar, no sentido de o retirar do recinto. “Mesmo depois de receber o dinheiro ele não quer tirar da cela disciplinar mesmo. Até porque já não atende os telefonemas deste [o irmão do recluso]”, avançou.
Por outro, a maior parte da população prisional da Comarca de Viana alega desconhecer quem é o actual director. “Nunca entrou no penal para conversar conosco”, rematou a fonte.
Pormenores da cela disciplinar
- A cela disciplinar, localizada no terceiro andar daquele estabelecimento, é de um metro e meio. É escura e sem energia eléctrica. A água é dada apenas uma vez por semana, e não chega mais de 500 litros.
- Os 14 elementos que se encontram nesta cela foram igualmente privados – pelo director Culeka – de receber os alimentos que lhes são trazidos pelos familiares. “Os guardas recebem quase sempre os sacos de comidas, mas não os fazem chegar aos destinatários”, revelou.
- Os reclusos dormem em condições precárias e nenhum deles sabe quando serão retirados daquela cela;
14 reclusos fechados numa cela de um metro e meio
Fonte: Club-k.net
Supostamente por ordem do diretor nacional dos Serviços Penitenciários, o comissário prin¬cipal António Joaquim Fortunato, um grupo de reclusos da Comarca de Viana encontram-se desde o passado dia 17 de Outubro do corrente, abandonados – sem nenhuma explicação plausível – numa cela disciplinar (de um metro e 30 meio), em condições desumana.
O grupo, composta por 14 elementos – 12 dos quais com o comportamento classificado, por alguns agentes prisionais, como ‘exemplares’ – é acusado pela director geral deste estabelecimento prisional de constar na lista dos reclusos que se planeavam, nos próximos tempos, evadir da Comarca de Viana.
“Isto não é verdade. Porque estás informações não são recentes e sempre se ouviu por alto aqui na comarca”, disse a fonte do Club K que se encontra no local, assegurando que as tais informações, desanexadas, são de origem duvidosa. “Estas informações não saíram do gabinete do director e ele sem abrir um inquérito ordenou o cárcere destas pessoas sem dar explicações”.
O encarceramento – injustificável – destes reclusos (alguns além de condenados com penas maiores) tem vindo a gerar um clima de tensão entre a população prisional (detidos e condenados) e a direcção geral do estabelecimento, ao ponto de alguns reclusos ameaçar reunir os seus familiares para, num prazo de 72 horas realizar, uma marcha contra os abusos e violações de Direitos Humanos, defronte a Comarca de Viana.
Mas antes, estes [os reclusos] exigem a presença do comissário prin¬cipal António Fortunato a fim de esclarecer, de uma vez por toda, a situação, uma vez que o responsável da Comarca alega estar seguir as suas ordens.
“A direção da Comarca diz que o director nacional é quem ordenou o encarceramento destas pessoas. Então caso ele [director nacional] não comparecer aqui na Comarca de Viana para justificar está medida, os jovens vão reunir seus familiares para uma manifestação defronte a Comarca. Porque estes jovens fechados há 11 dias nesta cela são inocentes”, garantiu.
Director atrás das provas
Desde o dia (17 de Outubro) em que foram colocados na cela disciplinar, os 12 reclusos (alguns ostentam cargos de responsabilidades) só começaram a manifestar-se preocupados no dia 22, uma vez que desconheciam – segundo a nossa fonte – as razões que obrigou o director geral a os colocarem naquele arrepiante local.
“Só depois de cinco dias, os jovens decidiram fazer um barulho na porta. O homem do serviço foi ter com eles e perguntou o que se passava e eles responderam que queriam saber porque estavam encarcerados naquela cela”, contou.
No dia seguinte, isto é a 23 de Outubro, o director da Comarca de Viana, Manuel Maria Tavares Culeka, convocou alguns elementos do grupo para uma conversa no seu gabinete. Na altura, este responsável procurou saber dos presentes se as informações chegadas a ele eram verídicas. Estes [os reclusos] desmentiram categoricamente, solicitando abertura de um inquérito para averiguação dos factos. “Exigimos que seja feita uma investigação imparcial, para se apurar os verdadeiros motivos”, insistiu a fonte.
No mesmo dia, Manuel Culeka ordenou a um dos efectivos dos Serviços Prisionais de nome Gaspar Congo, a efectuar uma vistoria – centímetro por centímetro – as celas destes 12 reclusos, no sentido de encontrar algumas provas que colocasse na lista os elementos que planea(va)m a fuga. E nada foi achado.
Poucos minutos depois, o responsável daquela instituição ordenou que os mesmos fossem recolocados na cela disciplinar, impedindo-os de receber visitas dos seus familiares, que se deslocaram horas depois no local. Curiosamente, os familiares destes só ficaram a saber da situação através de outros detentos.
“Assim sendo, os familiares destes reclusos foram ter com o director da Comarca, Manuel Culeka, a fim de saber o que se passava. E ele não conseguiu dizer absolutamente nada, se não irritar as pessoas”, avançou.
Efectivos prisionais corruptos
No dia em que Manuel Culeka ordenou o seu efectivo (Gaspar Congo) a fazer vistorias nas celas dos acusados, este ‘facturou’ uns trocados. Pois, antes de efectuar as vistorias conforme lhe foi ordenado, primeiro Gaspar Congo recebeu os telemovéis de dois reclusos (amigos seus) de apelido: Man Bernas e Gido e guardou-os no bolso.
“Revistou os objectos de outros reclusos e mais tarde regressou para devolver os telemovéis destes seus amigos, cobrando a cada um deles um valor de dois mil kwanzas”, denunciou, afiançando que existem provas. “As pessoas que estão lá na cadeia podem confirmar. É no Bloco C na caserna 1 a 3”.
Antes de ser destacado neste estabelecimento, Gaspar Congo, polícia (da Ordem Interno) corrupto, trabalhava na Comarca Central de Luanda. O mesmo terá participado numa das sessões de porrada contra os presos daquela unidade prisional.
O outro corrupto chama-se Adriano Tintas, responsável da Ordem Interna. Este recebeu 40 mil kwanzas das mãos do irmão de um dos reclusos que se encontra na cela disciplinar, no sentido de o retirar do recinto. “Mesmo depois de receber o dinheiro ele não quer tirar da cela disciplinar mesmo. Até porque já não atende os telefonemas deste [o irmão do recluso]”, avançou.
Por outro, a maior parte da população prisional da Comarca de Viana alega desconhecer quem é o actual director. “Nunca entrou no penal para conversar conosco”, rematou a fonte.
Pormenores da cela disciplinar
- A cela disciplinar, localizada no terceiro andar daquele estabelecimento, é de um metro e meio. É escura e sem energia eléctrica. A água é dada apenas uma vez por semana, e não chega mais de 500 litros.
- Os 14 elementos que se encontram nesta cela foram igualmente privados – pelo director Culeka – de receber os alimentos que lhes são trazidos pelos familiares. “Os guardas recebem quase sempre os sacos de comidas, mas não os fazem chegar aos destinatários”, revelou.
- Os reclusos dormem em condições precárias e nenhum deles sabe quando serão retirados daquela cela;