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lunes, 31 de octubre de 2016

UNITA na Huiila

Fonte :Unitaangola
UNITA na Huíla diz que país atravessa crise sem precedentes na sua história.
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Angola enfrenta uma grave crise de valores, uma crise de legitimidade, mas também uma gritante falta de visão política e patriótica da parte de quem a governa há quase 40 anos!

A promessa eleitoral do Executivo do Presidente José Eduardo dos Santos de: “Produzir mais para distribuir melhor” revelou-se falha em toda a dimensão, disse Secretário Provincial da UNITA na Huíla, Alcebides Kopumi, na Conferência realizada terça-feira, 25 de Outubro de 2016.


‘‘Por intermédio dos meios de comunicação social locais, procuramos vos dar a conhecer sobre as nossas realizações, assim bem como os nossos pontos de vista relativos às mais variadas questões da actualidade e, não só, que impactam na vida dos cidadãos destas maravilhosas altas terras da Chela em particular e, no dia-a-dia dos angolanos, de um modo geral’’.

Alcibíades Kopumi, adiantou que, ‘‘no cumprimento de disposições estatutárias, temos realizado reuniões dos órgãos deliberativos a todos os níveis’’.

Desta feita, sob o lema: 2017- HUÍLA, FACTOR DETERMINANTE PARA A MUDANÇA, nos dias 28 e 29 do corrente mês, no Município de Caluquembe, terá lugar a Reunião Ordinária do Comité Provincial da UNITA na Huíla, frisou.

A realização deste magno evento será o culminar de um processo que iniciou há cerca de duas semanas, com a realização das reuniões dos órgãos deliberativos dos Comités Comunais e Municipais em todo o território da Província da Huíla.

‘‘Este magno evento realiza-se num momento em que a Juventude Unida Revolucionária de Angola - JURA, comemora o seu 42º ano desde a sua criação’’.

Segundo o dirigente, A JURA, cujo membro número um foi o saudoso presidente fundador o Dr. Jonas Malheiro Savimbi, foi fundada a 28 de Outubro de 1974, na Úria, na Província do Moxico, aquando da IIª Conferência Nacional da UNITA e, surgiu da necessidade de conferir um papel preponderante a juventude, enquanto mola impulsionadora mais dinâmica, no combate libertador contra o vil colonialismo português.

A JURA tem no dia 18 de Julho o seu dia nacional em memória do seu patrono o intrépido jovem David Jonatão Chingunji, de seu nome de guerra “Samwimbila”, o mais novo de entre os onze companheiros do Dr. Savimbi, que com o nacionalista, veterano da Pátria e co-fundador da UNITA, José Samuel Chiwale, em 1965 frequentou um curso militar na academia militar de Nanquin, na República Popular da China.

‘‘A Juventude Unida Revolucionária de Angola, forjou muitos e ilustres jovens que se destacaram pela sua abnegação e entrega total à causa dos oprimidos e, enquanto braço de apoio à direcção do Partido, a mesma tem sido o garante da continuidade do partido, tendo distintos dirigentes da UNITA, vindos das suas fileleiras, citando a titulo ilustrativo os malogrado Eng.º Elias Salupeto Pena, seu primeiro Presidente, o ex- Secretário-geral do Partido Adolosi Mango Paulo Alicerces, o brilhante jovem João Evangelista “Zito Kalhas”, os Generais na reforma Eugénio Manuvakola e Paulo Lukamba Paulo, ambos ex- Secretório Gerais da JURA e do Partido e actuais Deputados à Assembleia Nacional, o carismático jovem Liberty Chiyaka, actualmente Secretário da UNITA na Província do Huambo e, igualmente Deputado à Assembleia Nacional, só para citar alguns, disse Alcibíades.

Para o secretário da UNITA na Huíla, a vitalidade da JURA e o seu estatuto de força motriz também se revelam no facto de, actualmente, das 18 Províncias de Angola, 11 Províncias, nomeadamente: Cabinda, Bengo, Luanda, Malanje, Kwanza Norte, Huambo, Bié, Cuando Cubango, Huíla, Namibe e Benguela, são dirigidas por jovens temperados nas suas fileiras, o que torna a UNITA num partido jovem progressista aberto a todos os jovens angolanos patriotas.

Olhando para a nação, adiantou: ‘‘No seu último discurso, na qualidade de Presidente da República, sobre o Estado da Nação que proferiu no dia 17 do corrente mês, na Assembleia Nacional, por ocasião da abertura da V e última Sessão Legislativa da IIIª Legislatura, o Presidente cessante José Eduardo dos Santos, deliberadamente não falou dos grandes problemas que preocupam o cidadão angolano. Não falou da corrupção e do nepotismo que ele próprio promove e alimenta.

Por outra, ‘‘Antes preferiu revelar-se um exímio desconhecedor da realidade angolana, pois que, falou de um país das maravilhas que só ele conhece, onde a economia não estagnou e os negócios vão de vento em poupa, as empresas vão bem, não há fome, não há pobreza, onde o exercício dos direitos, liberdades e garantias constitucionais dos cidadãos são respeitados, onde não há desemprego, e os funcionários públicos são bem pagos e as famílias vivem felizes, aliás “acima da média”…, nas suas próprias palavras, enfim de um país onde tudo vai bem, acusou Kopumi.

‘‘Presidente cessante, o Eng.º José Eduardo dos Santos, não podia ter sido tão infeliz ao fazer, por verias vezes, referência muito rebuscadas ao fantasma da guerra e, com um ar triunfalista, para justificar a sua incompetência’’, declarou.

‘‘O Eng.º José Eduardo dos Santos, falou da inflação que chegou a atingir cerca de 4% em Agosto e, afiançou com satisfação ter esta sido reduzida a cerca de 2%, sem no entanto mencionar os estragos que a subida generalizada dos preços causou a honrados funcionários, às famílias, cujos poder de compra ficou reduzido à insignificância em virtude de o seu Executivo da crise não ter tomado as medidas necessárias, quer seja por via de ajustes salariais ou ainda pela implementação de outras medidas de política tendentes à sua protecção’’.

O chefe do Executivo da crise, o Presidente cessante, Eng.º José Eduardo dos Santos não disse algo de novo que gerasse alguma expectativa nos angolanos de que seria capaz de realizar num ano tudo quanto não conseguiu nos últimos 37 anos, Imputou Alcibíades Kopumi.

Falando para as huilanas e huilanos, anelou que, a primeira fase do processo do Registo Eleitoral, competência Constitucional exclusiva da Administração Eleitoral Independente, através da CNE, entretanto usurpada pelo Executivo da crise, completou hoje, dia 25 de Outubro o segundo mês.

Este processo, eivado de inconstitucionalidades, ilegalidades e de irregularidades está praticamente inquinado!

A UNITA solicitou há mais de um mês ao Tribunal Constitucional que se pronuncie, em sede de fiscalização sucessiva, sobre a constitucionalidade da Lei 8/15 de 15 de Junho, Lei do Registo Eleitoral Oficioso.

Para além dos atrasos verificados no processo do seu credenciamento, os fiscais enfrentam grandes dificuldades decorrentes do facto de não serem notificados atempadamente dos locais para onde os brigadistas se deslocam.

Como se não bastasse, ao arrepio do estipulado no artigo 59.º da Lei 8/15 de Junho, Lei do Registo Eleitoral Oficioso, no dia 08 de Setembro do corrente ano, o Senhor Ministro da administração do Território, o Dr. Bornito de Sousa Baltazar Diogo, exarou uma Circular que obstrui a acção fiscalizado dos fiscais.

De acordo ainda com a mesma Circular do Ministro, só o seu Ministério, o MAT é que fornece os dados aos Partidos Políticos, elucidou o jovem político.

Para a realização do sonho de todos os angolanos, Alcibíades Kopumi, apelo a todos os nossos militantes da UNITA e a cidadão - eleitores no geral a fazerem a actualização do seu registo eleitoral, mediante prestação de prova de vida ou, solicitarem a segunda via do seu Cartão de Eleitor, para os que o extraviaram, ou ainda, para aqueles cidadãos que tenham completado 18 anos depois das eleições de 2017, promoverem o seu registo eleitoral.

‘‘A nossa Reunião Ordinária é de caracter organizativo interno e, sobretudo, visa calibrarmos a nossa máquina eleitoral visto que, em alinhamento ao seu lema, temos o desafio de tornar a Huíla no factor determinante para a mudança.

A UNITA é a única alternativa séria e credível ao MPLA. Apelamos, pois, à todas as huilanas e os huilanos a tornarem-se em actores da mudança, votando sem hesitações e, de forma massiva na UNITA e juntos operarmos uma mudança pacífica e com elevação moral, uma mudança que respeite a todos; uma mudança que mantenha o que funciona bem, mais sobretudo uma mudança que traga o bem-estar, justiça económica e social para todos os angolanos, declarou confiante.

Da Huíla – Eliseu Kambuta.-