UNITA reafirma realização de manifestação para pôr fim as violações e manobras da lei eleitoral
O Presidente da UNITA reafirmou recentemente em Luanda que o seu Partido não vai tolerar uma possível fraude eleitoral nas próximas eleições gerais aprazadas para 2017.
Falando á Despertar, o responsável do maior Partido na oposição em Angola disse que o seu Partido poderá, seguramente, convocar manifestações na eventualidade de haver condições que obriguem utilizar este recurso constitucional, e no caso das autoridades angolanas não cederem aos conselhos e diálogo baseado nos apelos dos diferentes sectores da sociedade.
Falando á Despertar, o responsável do maior Partido na oposição em Angola disse que o seu Partido poderá, seguramente, convocar manifestações na eventualidade de haver condições que obriguem utilizar este recurso constitucional, e no caso das autoridades angolanas não cederem aos conselhos e diálogo baseado nos apelos dos diferentes sectores da sociedade.
"O apito da alvorada, dissemos que um dia pode tocar, e pode mesmo um dia tocar. Por exemplo, nós estávamos quase a arranjar o apito e tocá-lo. Mas, eu devo dizer, é bom que se diga, também, quando há alguma coisa positiva é bom que se diga. O MPLA tinha uma proposta de uma nova lei eleitoral, que realmente iria tornar as coisas muito complicadas. E, nós não iríamos de forma nenhumas aceitar isso. Mas houve consenso, eles lá viram também a questão, ouviram as opiniões, e foi bom que retiraram essa proposta. Então, nós paramos os preparativos de arranjar o apito. Portanto, o apito não pode tocar de qualquer forma; só se houver razões para isso", esclareceu.
O líder da maior força na oposição chamou atenção das cautelas que requerem o uso da lei sobre a reunião e manifestação num país em que as reivindicações pacificas são mal interpretadas pelo governo, tendo na ocasião, ressaltado o direito da população do uso constitucional que vise o cumprimento e a satisfação das normas e necessidades dos cidadãos.
"A manifestação é algo que é normal e em que não há problemas em relação à isso. Mas também não vamos a manifestação todos os dias. A política não se faz apenas com manifestações. Naturalmente, se nós chegarmos à um ponto em que constatarmos que os actos que foram as irregularidades feitas atingiram um ponto que requerem utilizar outras vias fora do diálogo que nós estamos a procurar fazer," bom", naturalmente, esse diálogo pode evoluir para uma manifestação. Mas, é aqui onde eu digo, quando vamos a manifestação nós estaremos a exprimir o nosso protesto sobre algo que durante o diálogo não foi tido nem achado. Mas, sabemos também que, para o nosso governo, sobretudo se a manifestação é convocada pela UNITA ela significa guerra".
Isaías Samakuva mostrou-se indignado com a postura dramática que é tomada pelos governantes em relação os protestos pacíficos convocados pelo seu Partido, e exorta aos angolanos as reivindicações sócio-políticas serem uma tarefa de cada angolano, e aconselhou a população que augura pela mudança no país, a participarem activamente neste exercício.
"Não é que não saibam, em minha convicção; mas procuram sensibilizar, procuram dramatizar a coisa de tal formas que as pessoas tenham medo para participarem, as pessoas, em fim, pensem que a UNITA está a querer guerra, por aí fora. Por isso eu digo isso para também pedir aos com cidadãos, se um dia nós chegarmos à esse ponto que, é preciso ir à manifestação, eu não quero ver aqueles que, dizem que "vão para manifestação, vão para manifestação, mas no dia da manifestação não aparecem. Mas isso é tarefa de cada um. E, se queremos mudança, todos aqueles que estão com vontade de mudança têm de compreender que devem participar activamente nesta tarefa da mudança. A mudança não o Samakuva que a traz, a mudança não é um ou outro que a traz. A mudança somos nós que temos que trazê-la, somos todos nós os actores, temos de participar".