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jueves, 13 de abril de 2017

João Lourenço e o BESA



UNITA questiona João Lourenço sobre BESA

Em causa, o seu envolvimento "na falência do banco"

O secretário da Presidência da UNITA para os Assuntos Eleitorais, Victorino Nhany, desafia o candidato do MPLA a esclarecer à opinião pública o seu suposto envolvimento na falência do Banco Espírito Santo (BESA), transformado em Banco Económico.

O repto foi lançado em Benguela, numa altura em que o primeiro secretário do MPLA, Isaac dos Anjos, enaltecia as qualidades de João Lourenço, que terá um frente-a-frente com o líder do ‘galo negro’.

Num final de semana marcado por comícios, o antigo secretário da UNITA na província de Benguela confessou que não gostou de ter ouvido João Lourenço associar, em Moçambique, políticos da oposição a actos de malandrice.

Foi por esta via que Nhany começou a falar de corrupção, um dos males que o candidato do MPLA se propõe eliminar, chamando para a sua intervenção a falência do Banco Espírito Santo.


“Se ele diz que somos ‘malandros’, aí nós vamos buscar outros dados. O senhor João Lourenço terá de dizer se também não recebeu 30 milhões de dólares do BESA. Desta forma, quem é malandro?” questionou Nhany.

Indiferente ao nome do sucessor de José Eduardo dos Santos, dirigente da UNITA que falava no município do Cubal, reafirma que o MPLA já não serve para acabar com a pobreza em Angola.

“Não importa o candidato, as nossas atenções são o MPLA, que tem de ser destruído para se acabar com a pobreza. Portanto, muito cuidado nas eleições, até porque a cobra, por mais bonita que seja, é sempre cobra’’, ironizou Victorino Nhany.

Por seu lado, a 140 quilómetros de distância, na cidade de Benguela, o primeiro secretário do MPLA e membro do Bureau Político, Isaac dos Anjos, reforçava a ideia de que João Lourenço é o garante para um desenvolvimento sustentável

‘’O MPLA vai para as eleições como foi desde ontem (coeso). Queremos seguir o caminho para o desenvolvimento’’, afirmou Anjos, acrescentando que o partido tem confiança em João Lourenço.