UNITA questiona João Lourenço sobre BESA
Em causa, o seu envolvimento "na falência do banco"
O secretário da
Presidência da UNITA para os Assuntos Eleitorais, Victorino Nhany, desafia o
candidato do MPLA a esclarecer à opinião pública o seu suposto envolvimento na
falência do Banco Espírito Santo (BESA), transformado em Banco Económico.
O repto foi
lançado em Benguela, numa altura em que o primeiro secretário do MPLA, Isaac
dos Anjos, enaltecia as qualidades de João Lourenço, que terá um
frente-a-frente com o líder do ‘galo negro’.
Num final de
semana marcado por comícios, o antigo secretário da UNITA na província de
Benguela confessou que não gostou de ter ouvido João Lourenço associar, em
Moçambique, políticos da oposição a actos de malandrice.
Foi por esta
via que Nhany começou a falar de corrupção, um dos males que o candidato do
MPLA se propõe eliminar, chamando para a sua intervenção a falência do Banco
Espírito Santo.
“Se ele diz que
somos ‘malandros’, aí nós vamos buscar outros dados. O senhor João Lourenço
terá de dizer se também não recebeu 30 milhões de dólares do BESA. Desta forma,
quem é malandro?” questionou Nhany.
Indiferente ao
nome do sucessor de José Eduardo dos Santos, dirigente da UNITA que falava no município
do Cubal, reafirma que o MPLA já não serve para acabar com a pobreza em Angola.
“Não importa o
candidato, as nossas atenções são o MPLA, que tem de ser destruído para se
acabar com a pobreza. Portanto, muito cuidado nas eleições, até porque a cobra,
por mais bonita que seja, é sempre cobra’’, ironizou Victorino Nhany.
Por seu lado, a
140 quilómetros de distância, na cidade de Benguela, o primeiro secretário do
MPLA e membro do Bureau Político, Isaac dos Anjos, reforçava a ideia de que
João Lourenço é o garante para um desenvolvimento sustentável
‘’O MPLA vai
para as eleições como foi desde ontem (coeso). Queremos seguir o caminho para o
desenvolvimento’’, afirmou Anjos, acrescentando que o partido tem confiança em
João Lourenço.