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martes, 26 de agosto de 2014

26.08.2014 - LISBOA: PETROLIFERA DE KOPELIPA E VICENTE EXCLUIDAS DO BLOCO 21/09

Petrolifera de Kopelipa e Vicente excluídas do Bloco 21/09

Lisboa - A  Nazaki Oil and Gaz, S. A  uma petrolífera  conotada ao circulo presidencial angolano (Manuel Vicente e  “Kopelipa”)  foi  excluída recentemente  do Consórcio dos Blocos  21/09 e 9/09.  O mesmo procedimento determindo pelo Ministério dos Petróleos  aconteceu com a Falcon Oil Holding Angola S.A. do empresário António Mosquito,   excluída  do Contrato de Partilha de Produção do Bloco 18/06).
Fonte: Club-k.net
A Nazaki Oil and Gaz, S. A estava autorizada, desde Fevereiro de 2013  a proceder à cessão de parte da sua participação associativa, correspondente a 15% (quinze por cento), no Contrato de Serviços com Risco do Bloco 21/09, à Sonangol Pesquisa e Produção, S. A. (Sonangol P&P).
Estava também autorizada a ceder parte da sua participação associativa, correspondente a 15% no Contrato de Serviços com Risco do Bloco 9/09, à Sonangol Pesquisa e Produção, S. A., nos termos do acordo de cessão entre si celebrado.
Ligação com a Cobalt e as suspeitas de  corrupção
Até Maio de 2013, a  Nazaki Oil & Gaz era  detida, em partes iguais, para além de Manuel Vicente, por Manuel Helder Vieira Dias “Kopelipa”, ministro de Estado da Casa Militar do Presidente José Eduardo dos Santos, e pelo general Leopoldino Fragoso do Nascimento, consultor de Kopelipa.
Na altura, estatal angolana Sonangol anunciou que iria comprar parte da participação que a Nazaki, sociedade do vice-Presidente do país, Manuel Vicente, e de outros altos dirigentes, tem num bloco de exploração petrolífera.
Apesar de ter, ligações a estas figuras próximas ao Presidente José Eduardo dos Santos, a Nazaki Oil and Gas,  é uma empresa parceira da norte-americana Cobalt International, que  ficou conhecida por  explorar  três blocos petrolíferos em conjunto com a Sonangol. A Cobalt, por sua vez, tem o Goldman Sachs entre os seus accionistas.
As autoridades norte-americanas têm vindo a investigar a Cobalt International por suspeita de suborno de altos quadros angolanos. As diligências partiram da SEC (a polícia da Bolsa dos EUA) e do Departamento de Justiça e foram confirmadas pela Cobalt, com sede em Houston, a qual avisou em Fevereiro de 2011 os seus accionistas de que estava a ser investigada no âmbito das leis anti-corrupção norte-americanas.