Sindicato e direcção da Biocom refutam acusações de
maus-tratos e ilegalidades
Ambos dizem
estar a resolver problemas salariais
O Sindicato dos
Trabalhadores da Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) refuta acusações de
prática de escravatura e de existência de péssimas condições de trabalho.
Para o
sindicato, a direcção da empresa e os trabalhadores têm lutado para resolver os
problemas salariais existentes.
Numa visita
efectuada pela VOA à Biocom, em Malanje, deparámo-nos com vários projectos
sociais em curso, por exemplo nos sectores da agricultura familiar,
alfabetização, judo, futebol e capoeira.
A Biocom, é uma
empresa com participação da empresa brasileira Odebrecht, acusada de violar os
direitos laborais e humanos dos trabalhadores do Brasil no Pólo Agro-industrial
de Capanga, em Cacuso.
Terêncio Isaac,
primeiro secretário da comissão do Sindicato dos Trabalhadores da Biocom em
Angola, negou a prática de maus-tratos aos trabalhadores.
“Isso eu nego,
porque estou aqui desde 2009 e nunca presenciei nada”, garante Isaac, afirmando
que, em relação aos trabalhadores que auferem salários inferiores aos da sua
função, “o sindicato e a empresa estão à procura de soluções”.
Por seu lado, o
maquinista António Domingos Manuel reconhece a sua progressão dentro da
empresa, mas reiterou alguma discriminação por parte de determinados
trabalhadores brasileiros .
“Existe de
alguns, mas nem todos”, garantiu Manuel.
Em resposta, o
Director de Produção da empresa, Marco Brandão, esclareceu que por via de uma
“linha de ética a empresa resolve algumas destas reclamações”.
Biocom é uma
empresa detida pela angolana Sonangol, em 20 por cento,a brasileira Odebrecht,
em 40 por cento, e a Cochan, empresa ligada ao general angolano Leopoldina
Fragoso do Nascimento.