25 % do Petróleo importado de Angola vai para o contrabando | |
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A situação que ocorre particularmente na fronteira da República Democrática do Congo, foi revelada este sábado, 20 de Maio de 2017, pelo Presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, à margem da Conferência sobre “A Diversificação da Economia”, organizada pelo Instituto Superior Politécnico Católico de Benguela.
Não obstante a essa realidade nacional, algumas Províncias do País enfrentam crises subsequentes dos combustíveis, que é o estado desta região litoral de Benguela, conforme sublinhou o empresário.
“Se alguém quiser corrigir, corrija: 25% do nosso petróleo importado vai para o contrabando. Agora, cadê o retorno em Cambiais? Com quem é que fica este dinheiro? Angola está a gastar dinheiro na importação, e nós temos aqui esta crise, em Benguela aqui não há gasóleo”, constatou o empresário.
Segundo José Severino, o país ganharia mais dinheiro com o licenciamento dos exportadores, e registaria acréscimo dos serviços.
“Então, porque é que não licenciamos os exportadores? Para que façam operações através dos bancos, os bancos da RDC, particularmente aqui na zona do mineira. Porque é que a gente não faz esse licenciamento, ganharíamos dinheiro, além do mais iríamos acrescentar os nossos serviços dos nossos portos, dos terminais, de transporte. Tudo isso gera cambiais. Angola pode importar por X e vender o combustível por X mais Y”, acrescentou.
Quanto aos benefícios da Política de diversificação da economia para a Classe Empresarial Nacional, José Severino defende alterações da actual Lei de Investimentos Estrangeiro, por considerar que, a obrigação de 35 por cento de Capital Nacional à investimentos de infra-estrutura já não se adapta a actual realidade nacional.
“Então, temos que mudar, modificar a Lei de investimento estrangeiro. Quem fizer uma barragem em Angola não vai levar a barragem às costas, quem fizer uma linha de transportação (…) os custos de manutenção muito caras, não vai levar. Quem fizer uma auto-estrada em Angola não a vai levar. Portanto, aquela obrigação de 35 por cento de capital nacional à investimentos de infra-estrutura já não se adapta à nossa realidade. Porque, quando a Lei foi feita o petróleo estava sem título”.
Ao contrário de trinta e cinco por cento de capital nacional determinado pela Lei, a investimentos de infra-estrutura, o responsável da AIA defende, para essa área, um investimento do Estado, de cem por cento.
“Se nós não temos capital, temos de seguir o exemplo da Coreia que liberou. Ponham aqui cem por cento e não têm que estar a ter a obrigatoriedade de ter parceiros nacionais, porque à jusante dessa actividade se vão criar muitas actividades, a jusante desse investimento vão se criar multifacéticos negócios”. | |
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| www.unitaangola.org | | |
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