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domingo, 29 de octubre de 2017

Angola Termina Presidencia da CIGL

Fonte :KUP
Angola termina Presidência da CIGL com balanço negativo
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Angola terminou dia 19 de Outubro de 2017, o seu segundo mandato consecutivo à Presidência da Região Dos Grandes Lagos, em Cimeira que decorre no Congo Brazzaville.

O Secretário Para as Relações Exteriores da UNITA, Alcides Sakala faz balanço negativo do papel de Angola enquanto esteve à frente da Organização, considerando que, Angola, apesar de contar com o apoio da União Europeia e das Nações Unidas, não conseguiu acalmar o conflito na região e pressionar para realização das Eleições na vizinha República Democrática do Congo.
“Como e do conhecimento de todos, decorrem em Brazzaville, desde o dia 19 do corrente mês, a VII Cimeira dos Chefes de Estados de Governo da Região dos Grandes Lagos. Até à data, Angola esteve à frente dos destinos da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos de África, na procura de soluções para se acabar com as crises que esta região tem conhecido ao longo destes últimos anos”.

De acordo com o Porta-voz da UNITA, na apreciação do seu Partido, o desempenho da Presidência de Angola, que teve apoios das Organizações Internacionais, saldou-se num balanço negativo.

“Nesta Cimeira, Angola vai passar o testemunho da Presidência deste Órgão Internacional, para a República do Congo Brazzaville. Contudo, da nossa apreciação, o desempenho da Presidência de Angola, que teve importantes apoios Internacionais, particularmente das Nações Unidas, da União Europeia e da União Africana, saldou-se num balanço negativo”.

Para Alcides Sakala, o papel de Angola à frente dos destinos desta Conferência Internacional ficou muito aquém das expectativas. Considera, por outro lado, Angola, ter se transformado parte do conflito regional, e aponta ingerência de Angola nos Assuntos Internos da República Democrática do Congo.

“O papel de Angola nesta região, e à frente dos destinos desta Conferência Internacional, ficou, de facto, muito à quem das espectativas. Com o agravar da situação política e militar da República Centro Africana, na República Democrática do Congo, e na Região Dos Grandes Lagos em particular. O que quer dizer que, ao se transformar parte do conflito regional nesta região e a se imiscuir nos Assuntos Internos da República Democrática do Congo que, conhece muita instabilidade neste momento”.

Dado o empenho apresentado pelo nosso país na liderança, Alcides Sakala considera que, Angola perdeu muita credibilidade e capacidade política para mediar os conflitos diplomáticos internacionais na solução cabal dos problemas da região.

“E, queria mesmo referir que há refugiados República da Democrática do Congo no Nordeste de Angola, na Região das Lundas, como consequência desta Instabilidade Interna na RDC. Portanto, queria dizer que, Angola perdeu muita credibilidade, se é que, alguma vez a tivesse, bem como a capacidade política para mediar os conflitos diplomáticos internacionais com vista a solução global dos problemas da região”, e faz votos de que, “A República do Congo Brazzaville tenha, do ponto de vista estratégico, uma abordagem diferente de Angola, e que se mantenha equidistante das partes em conflito quer na África Central quer na região dos Grandes Lagos, em particular. E, para ser bem-sucedida, a presidência Congolesa terá de ser parte da solução e não parte dos problemas endémicos, como Angola fez, que enfermam esta região há já muitas décadas”.
www.unitaangola.or