Fonte : | KUP | |||||||||||||||
Empresas de exploração de Recursos Naturais ameaçam futuro de Gerações | ||||||||||||||||
Os Povos naturais da Lunda Sul e Cabinda estão insatisfeitos com a exploração de suas terras por empresas estrangeiras sem o seu consentimento. O projeto Luachi que está a ser implementado pela empresa estrangeira KATOKA, na Lunda Sul tem sido o maior motivo de conflitos naquela região nos últimos meses, segundo denúncia feita pelas entidades tradicionais à Associação Justiça e Paz (AJPD). O nosso país é abençoado abundantemente pelas suas riquezas e recursos minerais, ferro, granito, diamante, cobre, mercúrio etc… Esses recursos são todos explorados por empresas estrangeiras que o fazem sem incluir nos benefícios das populações locais. Segundo uma cidadã residente naquela província da Lunda Sul, as empresas aparecem de repente sem consultar as autoridades tradicionais e tão pouco pagar aquilo que estas autoridades exigem – cumprir com os rituais tradicionais e também empregar os jovens da comunidade. Ao invés disso, as empresas chegam exigem que o povo residente na zona de exploração abandone as áreas que pretendem e que em muitas vezes servem para o cultivo, razão pela qual nos últimos tempos tem havido casos de assassinatos e reivindicações com conflitos graves. O mesmo acontece também em Cabinda, com os mares a ser afectado, com desaparecimento de peixe nos últimos tempos. As empresas de exploração de petróleos em offshore têm gerado nos últimos tempos constantes derrames, que não são reportados por falta de fiscalização para poder apurar a veracidade dos derrames que ciclicamente são denunciados pelas populações. Por outro lado, as empresas que operam no offshore têm meios técnicos que lhes permitem num curto espaço de tempo travar o derrame sem que a situação chegue a preocupar as comunidades locais. As petrolíferas ficam-se pelo ínfimo, criando associações de pescadores a quem a Chevron dá umas esmolas, sacrificando interesses gerais da própria comunidade e sobretudo o Futuro ambiental da Região. Sempre que há derrames as petrolíferas aparecem e dão algumas redes de pesca que não custam quase nada. Como tal, o povo sofre, porque o custo de peixe sobe, ao ponto de uma Corvina de meio quilograma chega a custar 1.800 AKZ, preço bastante elevado para as populações locais. O sistema piscatório em cabinda é uma actividades artesanal, não garante o pescado massivo para as comunidades e tudo se complica mais com os constantes derrames que dificultam os pescadores, matando espécies piscícolas ou afugentando-as dos mares de Cabinda. A exploração em Cabinda tem sido desenfreada por falta de flexibilidade e sensibilidade por parte de quem governa, as leis existem mas não se fazem sentir, razão pela qual o ambiente Político não é propício com justificativas que comprometem o futuro das próximas gerações daquela parcela territorial de Angola. António Dembo | ||||||||||||||||
www.unitaangola.org |