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lunes, 1 de octubre de 2018

Presidente João Lourenço convida investidores Americanos

Fonte :KUP
Presidente João Lourenço convida investidores Americanos
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Falando durante fórum de negócios Estados Unidos – Angola, ocorrido dia 24 de Setembro de 2018, em Nova Iorque, o Presidente da República de Angola convidou empresários americanos a participarem no concurso público para a gestão do novo aeroporto internacional de Luanda, que está em fase de conclusão.

“Uma vez lançado o concurso público, gostaríamos que os empresários americanos se interessassem na gestão e operação do novo aeroporto internacional de Luanda, das suas áreas comerciais, dos espaços para a construção das indústrias e serviços logísticos e de hotelaria do aeroporto”, disse o Presidente João Lourenço.

O Presidente João Lourenço anunciou a abertura, em breve, do concurso público para a construção do Porto e sua base logística da Barra do Dande, na modalidade “constrói, opera e transfere”.

O Chefe de Estado falou também do concurso público para uma nova licença de telefonia móvel, já lançado, bem como a privatização de parte do capital da empresa Angola Telecom. O Executivo, informou, prepara um pacote de empresas públicas a privatizar no todo ou em parte, incluindo também algumas do sector petrolífero, da banca e seguros, de grandes fazendas agrícolas e de indústrias importantes.

Angola, segundo João Lourenço, tem particular interesse no investimento privado estrangeiro na área da indústria farmacêutica, produção de tractores, alfaias e outros instrumentos agrícolas, na indústria de fertilizantes, sementes e outros insumos agrícolas.

Angola quer ainda contar com os investidores americanos para desenvolver a indústria do ferro e do aço. O Presidente da República lembrou que o país dispõe de outros minérios como o ouro, o cobre, e metais raros por explorar.

A concessão da exploração dos caminhos-de-ferro, em particular do Caminho de Ferro de Benguela, pela sua vertente internacional como via de escoamento dos minérios da Zâmbia e da RDC, através do Porto do Lobito, é, segundo João Lourenço, uma possibilidade em aberto nas condições que vierem a ser estabelecidas por concurso público.

Relativamente a Indústria diamantífera, o Chefe de Estado lembrou que a indústria diamantífera tem nova legislação que acaba com o quase monopólio existente até há pouco, registando-se, em pouco tempo, a manifestação de interesse para o regresso das grandes multinacionais do ramo, interessadas em investir em toda a cadeia, desde a exploração e produção, comercialização das pedras em bruto e o investimento na indústria transformadora de lapidação e sua transformação em jóias.

O Presidente lembrou que a indústria do turismo tem um enorme potencial em Angola, não só ao longo da vasta costa marítima com implantação de hotéis e resortes, e colocar o país na rota dos cruzeiros internacionais, como também o turismo rural junto das belezas naturais ou ainda o turismo nas reservas naturais e ambientais.

João Lourenço lembrou que há um ano para cá que o país está mais aberto ao investimento privado estrangeiro e a um diálogo, concertação e colaboração mais próxima e permanente com os organismos financeiros internacionais.

Para o efeito, foram adoptadas reformas económicas e financeiras, com vista a estabilização macroeconómica e consolidação fiscal e medidas legais tendentes a facilitar os processos burocráticos na circulação de pessoas, no combate à corrupção e à impunidade. “Julgamos estar a melhorar o ambiente de negócios e criar as condições para apoiar o empresariado nacional privado e atrair também o investimento estrangeiro”, sublinhou.

João Lourenço lembrou que a nova legislação sobre o investimento estrangeiro, sobre concorrência e combate aos monopólios, designadamente a Lei do Investimento Privado e a Lei da Concorrência, assim como a nova política cambial, reduzem drasticamente os entraves ao investimento e garantem maior protecção legal aos investidores estrangeiros, permitindo-lhes transferir para o exterior os seus dividendos e o repatriamento de capitais.

Outra medida para a facilitação dos investimentos é a aprovação, há cerca de uma semana, pelo Conselho de Ministros, de um novo tipo de visto, destinado ao investidor. Segundo o Chefe de Estado, é uma facilidade concedida a todos aqueles que, investindo em Angola, terão um tratamento diferenciado, em termos de entrada e permanência no país, para acompanhamento dos seus projectos.

Angola, acrescentou, pretende revigorar o sector privado, porque o país é rico em recursos minerais, energéticos e agrícolas e que, com uma economia mais aberta e competitiva, é possível transformar este enorme potencial em riqueza real, aumentar a oferta de bens e serviços, aumentar consideravelmente os produtos de exportação e a oferta de postos de trabalho.

João Lourenço reconheceu a insuficiência de infra-estruturas para atender as necessidades das empresas, das populações em domínios tão básicos como a água e a energia, educação e saúde, não obstante os investimentos feitos nos últimos anos.

Angola, acrescentou, conta a parceria mutuamente vantajosa dos parceiros internacionais para realizar investimentos de médio e longo prazo em sectores chaves da economia, com tecnologia de ponta e “know how” que só o investimento privado estrangeiro pode garantir.

O Presidente da República saudou a relação e parceria de décadas que Angola tem com companhias norte-americanas, em especial no sector petrolífero, mas também em outras áreas da actividade económica e social como os serviços financeiros, a consultoria e auditoria, medicina, tecnologia de informação, agricultura e turismo.

O Chefe de Estado lembrou que o país oferece também oportunidades nos domínios agrícola, agro-pecuária, pescas, finanças, energia e águas, construção, dos transportes, comunicações, hotelaria e turismo, da indústria transformadora e praticamente todos os sectores da vida nacional. “É bom encararmos os próximos anos como os do aumento da nossa cooperação a todos os níveis, na certeza de que continuaremos abertos a trabalhar convosco no interesse do progresso e bem-estar dos povos dos respectivos países”, disse.

O Chefe de Estado lembrou que os EUA sempre foram um dos maiores parceiros comerciais de Angola, senão o maior, sendo o terceiro parceiro comercial na África a sul do Sahara, mesmo antes do estabelecimento de relações diplomáticas formais, há cerca de 25 anos.
“Em apenas um ano, esta é a nova Angola que vos apresento, com um novo ambiente de negócios amigo do investimento”, sublinhou o Chefe de Estado, garantindo estar certo que os empresários americanos não deixarão de aproveitar a oportunidade de contribuir, de forma decisiva para a consolidação de uma nação democrática e aberta à livre iniciativa privada.
www.unitaangola.org