Governador do Banco de Portugal acredita numa solução "a curto prazo" para o BESA
Há uma garantia do Estado angolano que "cobre uma parte substancial da carteira de crédito", assegurou Carlos Costa na sua intervenção pública.
O Governador do Banco de Portugal Carlos Costa disse acreditar que a
situação no Banco Espírito Santo Angola (BESA) estará resolvida a "curto
prazo".
Segundo o diário português Jornal de Negócios,
Carlos Costa, que fez esta afirmação hoje, 18, no parlamento português,
adiantou ainda que o accionista maioritário do BESA, o Banco Espírito
Santo, não deverá sentir um largo efeito nem ter um impacto negativo nas
suas contas.
"O Banco de Portugal não antecipa um impacto negativo relevante na
posição de capital do BES resultante da situação financeira da filial
BESA", indicou o governador na comissão parlamentar de Orçamento,
Finanças e Administração Pública.
Há uma garantia do Estado angolano que "cobre uma parte substancial da carteira de crédito", assegurou Carlos Costa na sua intervenção pública.
Em princípio, o Estado angolano terá uma garantia de 70 por cento da
carteira de crédito da instituição financeira, sendo que, segundo o
Jornal de Negócios, o BES terá empréstimos de 3.000 milhões de euros
(394 mil milhões Kz) em risco.
Ontem, quinta-feira, 17, o governador do Banco Nacional de Angola
José de Lima Massano reconheceu no parlamento angolano “a existência de
um problema identificado com a qualidade da carteira de crédito" do
BESA.
“Temos operações em situação irregular de crédito malparado e estamos
neste momento a ultimar o trabalho de avaliação, que vai obrigar a um
reforço de capitais por parte desta instituição", disse.
Massano acrescentou, no entanto, não ter identificado situações
relevantes que possam ser tipificadas ou mesmo consideradas como
“favorecimento de crédito a determinados cidadãos".