PR desautorizado pela própria Secretária
- CATEGORIA EM FOCO
- 02 JULHO 2014
Lisboa –
Funcionários da Presidência da República constataram que uma orientação/decisão do Presidente José Eduardo dos Santos, em consequência de trabalhos feitos por uma comissão de técnicos, foi “desautorizada” pela sua secretária para os Assuntos Judiciais e Jurídicos, Antónia Florbela de Jesus Rocha Araújo.
Fonte: Club-k.net
A Comissão técnica propôs, a desvinculação dos Serviços de Apoio ao Presidente da República (SAPR) da função pública, e vincula-la a um estatuto próprio (regime especial), a exemplo da Assembleia Nacional e o Gabinete do Vice-Presidente.
Colocada a proposta para apreciação do PR, o mais alto magistrado da nação, exarou um despacho que aconselhava que a mesma fosse apreciada e discutida em reunião do Conselho de Ministros (CM).
Os funcionários daquela estrutura revelaram-se indigados com a mesma, não só por ela ter desautorizado o Chefe de Estado, mas pelo facto de ter também participado na elaboração destes estudos e na elaboração das propostas, tendo dado com afinco o seu contributo.
Maus salários na Presidência da República
Os Serviços de apoio ao PR de Angola (SAPR), onde labutam mais de 1200 trabalhadores de todos os estratos sociais e de todas os recantos do país, é internamente criticado por pecar na remuneração e no apoio social dos seus funcionários.
Depois de muitos anos sem apoio médico, foi decido colocar a disposição dos trabalhadores da PR um cartão ENSA de Saúde, mas que nem todos beneficiam da mesma apólice. Existem categorias e nem todos os membros da família tem este direito (somente a esposa/esposo e dois filhos menores é que beneficiam do apoio de saúde).
De acordo com informações fiáveis, o mesmo veio com novas propostas para o melhoramento das condições salariais e a criação de uma cooperativa para os trabalhadores afectos ao Gabinete do Presidente da República.
As iniciativas foram acolhidas com entusiasmo por parte dos funcionários uma vez que até ai nenhum outro SG havia dado alguma esperança de melhorias das condições sócias para estes trabalhadores.
Uma das propostas que a comissão técnica acima referenciada trabalhou, foi no que tange o melhoramento salarial, que é o cerne da questão. Há, por exemplo, trabalhadores do Gabinete do Presidente da República a auferirem um salário mensal de 22 mil kwanzas (220 dólares).
O Club-K soube que foi anunciado em plenária aos trabalhadores que se estava a trabalhar arduamente para que até Abril deste ano, os salários fossem melhorados substancialmente. A medida foi fervorosamente aplaudido pelos mesmos, e mereceu largos elogios por parte destes.