Ajuda prometida não chega a família de activistas angolanos assassinados
- Categoria Sociedade
- 05 agosto 2014
Luanda
- Mais de dois anos após o assassinato dos activistas Isaías Cassule e
Alves Kamulingue os seus familiares dizem que continuam sem receber ao
apoio que lhes foi prometido pelo Estado.
Fonte: VOA
Cassule e Kamulingue foram assassinados quando organizavam uma manifestação a favor de ex-militares.
As
autoridades efectuaram prisões e espera-se pelo início do julgamento
dos acusados neste caso que abalou os serviços de segurança do Estado
angolano que prometeu ajuda aos familiares das vítimas.
Foram-lhes prometidas casas no Zango, mas até agora nada disso aconteceu.
Horácio Essule, tio de Alves Kamulingue, disse à VOA que as dificuldades para sobreviverem são enormes.
"Dificuldades são enormes: as crianças doentes, falta comida, renda da casa", conta.
Segundo Horácio Essule há cinco meses que receberam a promessa de casa mas até agora nada aconteceu.
Os
familiares disseram que as autoridades lhes informaram que os corpos de
Cassule e Kamulingue nunca foram encontrados e isso causa transtorno à
família.
"Nós só queremos os ossos
dos nossos familiares para os enterrarmos, caso contrário não
acreditamos que foram mortos", disse Mariano Cassule irmão de Isaias
Cassule que com outro ativista Alves Kamulingue desapareceu em Maio de
2012.