Paz, reconciliação e a democracia em Angola
Luanda
— Um grupo de ONGs organizou a conferencia sobre a paz, reconciliação
nacional e democracia. A organização pretendia ouvir a versão dos três
movimentos de libertação nacional sobre a paz, o processo de
reconciliação nacional e da democracia em Angola.
*Manuel José
Fonte: VOA
Fonte: VOA
O
historiador Almerindo Jaka Jamba a representar a Unita considerou haver
ainda muito por fazer, para que se consolidem estes princípios
democráticos em Angola.
"As eleições, a separação de poderes, o
pluralismo, a democracia participativa e representativa, a alternância
do poder ainda temos muito trabalho para consolidar estes princípios".
O engenheiro Ngola Kabango (na foto) falou pela FNLA e pediu mudança de atitudes e de discurso para quem governa.
"As armas calaram-se mas será que os
corações estão juntos? As cabeças para pensar Angola estão juntas? Não é
com discursos de propaganda, temos que pensar Angola já morreram
milhares de angolanos, o país foi destruído isto não basta como
exemplo?".
Lopo do Nascimento foi o convidado para
representar o MPLA mas não apareceu. Mas na plateia esteve uma deputada
do partido no poder,
Idalina Valente, que saiu em defesa de sua dama.
Idalina Valente, que saiu em defesa de sua dama.
"A paz militar trouxe-nos muitos ganhos:
a livre circulação de pessoas e bens isto aqui nesta sala ninguém tem
duvidas, e estaria a mentir a si próprio se não estivéssemos de acordo
que esta paz militar é fundamental para o alcance de outra paz a social e
emocional", disse Valente.
Entre os presentes André Mendes de
Carvalho, líder do grupo parlamentar pela CASA-CE lançou um desafio a
consciência dos cidadãos.
“É necessário que os governados deste
país tenham consciência de seus direitos e exijam a paz, democracia,
reconciliação nacional tem que haver exigência, conjugada com a vontade
política de quem governa 'e possível atingir estes objectivos".
Do Bloco Democrático, Filomeno Vieira
Lopes acredita haver entre os angolanos uma fraca cultura democrática
que faz escassear a democracia.
"Há um défice de democracia e na base
deste défice temos ausência de liberdades muito grande estamos perante
falhanços do nosso sistema democrático o que em nada ajuda a ultrapassar
todos os erros que o processo de paz teve".