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lunes, 3 de agosto de 2015

Declaração alusiva à data natalícia do Dr Jonas Malheiro Savimbi



Hoje, dia 3 de Agosto, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi, Presidente Fundador da UNITA, faria 81 anos de idade. Porquê que celebramos a data de 3 de Agosto?


Celebramos o 3 de Agosto para homenagear um angolano que se tornou num gigante africano de estatura universal e para transmitir às novas gerações verdades históricas que as forças neocoloniais insistem em deturpar e subverter. 

Natural do Bié, no coração de Angola, o Dr Jonas Savimbi afirmou-se desde muito cedo como um patriota genuíno, revolucionário convicto, defensor intransigente do seu país e do seu povo. Teve um papel fundamental na luta pela independência de Angola e pela unidade dos povos africanos, porquanto:


  • Em 1962, criou o Governo Revolucionário de Angola no Exílio;
  • Em 1963, ajudou a promover a constituição da Organização da Unidade Africana (OUA);
Em 1966, fundou a UNITA e, através dela, garantiu a queda de dois regimes políticos: o regime colonial português e a queda do regime totalitário da I República de Angola;


  • Em 1974, subscreveu os Acordos de Alvor que estabeleceram o quadro institucional para a proclamação da independência de Angola.


  • O Dr. Jonas Savimbi é pois o pai da independência de Angola, junto com o Mais Velho Holden Roberto, da FNLA, e o Dr. Agostinho Neto, do MPLA. 
Quis a história que estes Acordos não fossem respeitados e que apenas uma facção do MPLA exercesse a soberania no lugar de todo o povo, o que causou um grande conflito. Desse conflito, é convicção da UNITA que “culpados somos todos, responsáveis somos todos e vítimas somos todos”.


 Em 1991, o Dr Jonas Savimbi assinou os Acordos de Paz Para Angola com o Presidente José Eduardo dos Santos, sob os auspícios dos governos dos Estados Unidos da América, da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e de Portugal. E por força dessa paz, o Dr. Jonas Savimbi tornou-se num dos arquitetos e fundadores das Forças Armadas Angolanas e da República de Angola. Através destes Acordos de Paz, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi estabeleceu também com o Presidente José Eduardo dos Santos os fundamentos para a reintegração social dos ex-militares, para o respeito pelos direitos humanos, incluindo o direito à igualdade política entre todos os angolanos, o direito à liberdade económica e para a construção em Angola de uma sociedade livre, democrática, de paz e de justiça social.

 Em 1992, o Dr. Jonas Savimbi, em nome do povo defraudado de Angola, reconheceu e aceitou por carta dirigida às Nações Unidas os resultados das primeiras eleições legislativas, realizadas na Angola independente e afirmou-se disponível para disputar a segunda volta às eleições presidenciais.


Durante as décadas em que dirigiu a luta pela afirmação da identidade africana de Angola e pela dignidade dos povos autóctones angolanos, o Dr. Jonas Savimbi fez da causa dos pobres a sua causa. Aceitou entrar nas matas e correr os mesmos riscos que os soldados e o povo comum corriam. Comia com o soldado, conversava com o povo, andava a pé junto com o povo, dormia com o povo, sofria com o povo, aprendia com povo, para o poder libertar. Enquanto isso, como mobilizador tenaz e exímio formador de quadros, libertou as mentes, formou médicos e enfermeiros, professores e administradores, engenheiros e cientistas políticos e sociais e formou soldados e generais. 

Por tudo isso, o Dr. Jonas Savimbi tornou-se um monumento da História de Angola. O Dr. Jonas Savimbi morreu e seu povo continua a aguardar pela liberdade. Continua a aguardar por uma Angola sem presos políticos, que não censura os jornalistas, não promove a tirania, não protege a corrupção e não governa contra o povo. 

O Dr. Jonas Savimbi morreu e seu povo continua a aguardar pela realização do sonho da liberdade, da democracia e da justiça social. 


Depois de 40 anos no exercício de um poder autocrático, a oligarquia que se apoderou de Angola pela força e pela fraude não consegue cumprir as metas que ela mesma estabeleceu no seu Plano Nacional de Desenvolvimento. Ceifa agora neste ano de 2015 os frutos da incompetência do governo do MPLA. 


Por ter desenvolvido uma economia frágil, assente na ilusão do petróleo, em teias de cumplicidade e na corrupção, a oligarquia que se apoderou de Angola colocou o país numa encruzilhada. Não há dinheiro! Não há segurança. Não há saúde. Não há paz! 


Ninguém sabe qual é a verdadeira situação económica e financeira do país. Ninguém sabe quais são os termos reais dos Acordos que são celebrados em nome dos angolanos. Ninguém sabe o que o futuro nos reserva. 


Mas o Dr. Jonas Malheiro Savimbi sabia. E ele previu esta situação. Na sua obra intitulada “A via de recuperação nacional de Angola: definição dos princípios e objectivos” 1984 (pág. 88) dizia: “O petróleo, como a maior parte dos recursos minerais, é um bem esgotável e não renovável, possuindo um valor de mercado totalmente dependente de factores aleatórios de oferta e procura externas. Do vasto potencial de Angola em recursos minerais, deve se fazer um esforço racional para se diversificar a indústria extrativa nos vários sectores minerais lucrativos, podendo assim aumentar e reforçar a capacidade nacional de mobilização de divisas, fornecendo também uma maior variedade de matérias-primas para outros sectores vitais da indústria.” 


O pensamento político do Saudoso Presidente Fundador da UNITA, Dr. Jonas Malheiro Savimbi, está intrinsecamente ligado à vida dos angolanos, às suas ansiedades e legitimas aspirações e projeta-se para a actualidade, com análises, experiências e ensinamentos que reforçam o espírito patriótico, as convicções e renovam as esperanças na luta que os angolanos travam hoje por um futuro melhor. 


O povo hoje despertou e reencarnou o Dr. Savimbi. O sentimento de revolta, de indignação contra a injustiça, que dominava o Dr. Savimbi, hoje domina o espírito da grande maioria dos angolanos, em particular da sua juventude.


Se antes da sua morte, o espírito de Jonas Savimbi mobilizava maioritariamente camponeses e alguns intelectuais para galgar montanhas e atravessar rios em busca da liberdade, hoje, o espírito de Savimbi, mobiliza intelectuais de todas as origens, mobiliza a juventude urbana, empresários, políticos e funcionários públicos, em todos os lugares. 


Se antes da sua morte, o Dr. Jonas Savimbi tinha apenas os soldados das FALA, hoje tem os soldados da democracia e os soldados da justiça social que estão em todos os bairros, em todos os órgãos do Estado, civis e militares. 


De facto, o valor dos homens históricos reside exactamente naquilo que fizeram de positivo para os seus povos e para a humanidade numa determinada época. A sua visão para mudar o curso da história, a sua coragem para enfrentar desafios monstruosos, a sua abnegação para dedicar toda uma vida pela causa do seu povo, fazem com que Angola e os angolanos fiquem eternamente gratos ao Dr. Jonas Malheiro Savimbi.

Nesta data histórica em que celebramos o 81º aniversário natalício do Dr. Jonas Malheiro Savimbi, a UNITA apela a todos os angolanos para a unidade nacional, 
unidade de pensamento e na acção para o resgate da Pátria.


A UNITA solidariza-se com todos os inconformados com o estado degradante da governação de Angola e que em consequência de sua elevada consciência patriótica são perseguidos e presos.


É convicção da UNITA que o regime do MPLA que ensaia todas as modalidades de ditadura para se perpectuar no poder, seguirá o mesmo rumo que tiveram os impérios ditatoriais conhecidos na história universal.


Bem-Haja o 3 de Agosto!
Viva a eterna memória do Dr. Jonas Malheiro Savimbi
Unidos, venceremos

Luanda, 3 de Agosto de 2015

O Secretariado Executivo do Comité Permanente
da Comissão Política da UNITA