Hoje, dia 3
de Agosto, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi, Presidente Fundador da UNITA, faria 81
anos de idade. Porquê que celebramos a data de 3 de Agosto?
Celebramos o 3 de Agosto para homenagear um angolano que se tornou num gigante
africano de estatura universal e para transmitir às novas gerações verdades
históricas que as forças neocoloniais insistem em deturpar e subverter.
Natural do Bié, no coração de Angola, o Dr Jonas Savimbi afirmou-se desde muito
cedo como um patriota genuíno, revolucionário convicto, defensor intransigente
do seu país e do seu povo. Teve um papel fundamental na luta pela independência
de Angola e pela unidade dos povos africanos, porquanto:
- Em 1962, criou o Governo Revolucionário de Angola no Exílio;
- Em 1963, ajudou a promover a constituição da Organização da Unidade Africana (OUA);
- Em 1974, subscreveu os Acordos de Alvor que estabeleceram o quadro institucional para a proclamação da independência de Angola.
- O Dr. Jonas Savimbi é pois o pai da independência de Angola, junto com o Mais Velho Holden Roberto, da FNLA, e o Dr. Agostinho Neto, do MPLA.
Quis a história que estes Acordos não fossem respeitados e que apenas uma
facção do MPLA exercesse a soberania no lugar de todo o povo, o que causou um
grande conflito. Desse conflito, é convicção da UNITA que “culpados somos
todos, responsáveis somos todos e vítimas somos todos”.
Em 1991, o Dr Jonas Savimbi assinou os Acordos de Paz Para Angola com o
Presidente José Eduardo dos Santos, sob os auspícios dos governos dos Estados
Unidos da América, da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e de Portugal.
E por força dessa paz, o Dr. Jonas Savimbi tornou-se num dos arquitetos e
fundadores das Forças Armadas Angolanas e da República de Angola. Através
destes Acordos de Paz, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi estabeleceu também com o
Presidente José Eduardo dos Santos os fundamentos para a reintegração social
dos ex-militares, para o respeito pelos direitos humanos, incluindo o direito à
igualdade política entre todos os angolanos, o direito à liberdade económica e
para a construção em Angola de uma sociedade livre, democrática, de paz e de
justiça social.
Em 1992, o Dr. Jonas Savimbi, em nome do povo defraudado de Angola,
reconheceu e aceitou por carta dirigida às Nações Unidas os resultados das
primeiras eleições legislativas, realizadas na Angola independente e afirmou-se
disponível para disputar a segunda volta às eleições presidenciais.
Por tudo isso, o Dr. Jonas Savimbi tornou-se um monumento da História de
Angola. O Dr. Jonas Savimbi morreu e seu povo continua a aguardar pela
liberdade. Continua a aguardar por uma Angola sem presos políticos, que não
censura os jornalistas, não promove a tirania, não protege a corrupção e não
governa contra o povo.
O Dr. Jonas Savimbi morreu e seu povo continua a aguardar pela realização do
sonho da liberdade, da democracia e da justiça social.
Depois de 40 anos no exercício de um poder autocrático, a oligarquia que se
apoderou de Angola pela força e pela fraude não consegue cumprir as metas que
ela mesma estabeleceu no seu Plano Nacional de Desenvolvimento. Ceifa agora
neste ano de 2015 os frutos da incompetência do governo do MPLA.
Mas o Dr. Jonas Malheiro Savimbi sabia. E ele previu esta situação. Na sua obra
intitulada “A via de recuperação nacional de Angola: definição dos princípios e
objectivos” 1984 (pág. 88) dizia: “O petróleo, como a maior parte dos recursos
minerais, é um bem esgotável e não renovável, possuindo um valor de mercado
totalmente dependente de factores aleatórios de oferta e procura externas. Do
vasto potencial de Angola em recursos minerais, deve se fazer um esforço
racional para se diversificar a indústria extrativa nos vários sectores
minerais lucrativos, podendo assim aumentar e reforçar a capacidade nacional de
mobilização de divisas, fornecendo também uma maior variedade de
matérias-primas para outros sectores vitais da indústria.”
O povo hoje despertou e reencarnou o Dr. Savimbi. O sentimento de revolta, de
indignação contra a injustiça, que dominava o Dr. Savimbi, hoje domina o
espírito da grande maioria dos angolanos, em particular da sua juventude.
Se antes da sua morte, o espírito de Jonas Savimbi mobilizava maioritariamente
camponeses e alguns intelectuais para galgar montanhas e atravessar rios em
busca da liberdade, hoje, o espírito de Savimbi, mobiliza intelectuais de todas
as origens, mobiliza a juventude urbana, empresários, políticos e funcionários
públicos, em todos os lugares.
Se antes da sua morte, o Dr. Jonas Savimbi tinha apenas os soldados das FALA,
hoje tem os soldados da democracia e os soldados da justiça social que estão em
todos os bairros, em todos os órgãos do Estado, civis e militares.
De facto, o valor dos homens históricos reside exactamente naquilo que fizeram
de positivo para os seus povos e para a humanidade numa determinada época. A
sua visão para mudar o curso da história, a sua coragem para enfrentar desafios
monstruosos, a sua abnegação para dedicar toda uma vida pela causa do seu povo,
fazem com que Angola e os angolanos fiquem eternamente gratos ao Dr. Jonas
Malheiro Savimbi.
Nesta data histórica em que celebramos o 81º aniversário natalício do Dr. Jonas
Malheiro Savimbi, a UNITA apela a todos os angolanos para a unidade nacional,
unidade de pensamento e na acção para o resgate da Pátria.
Bem-Haja o 3 de Agosto!
Unidos, venceremos
Luanda, 3 de Agosto de 2015
O Secretariado Executivo do Comité Permanente
da Comissão Política da UNITA