Fonte : | Unitaangola | |||||||||||||||
Saúde dos 16 activistas cívicos presos em Luanda inspira cuidados | ||||||||||||||||
Os 16 activistas cívicos presos em separado, na Comarca Central de Luanda (CCL), em Kabombeia - cadeia de Kalomboloka, e na cadeia de Kakila, completaram a 16 de Agosto de 2015, 60 dias sem julgamento. Os jovens angolanos foram detidos em Viana no dia 20 de Junho, quando se encontravam reunidos numa palestra e dias subsequentes, acusados pelas autoridades do estado, por crime de subversão à ordem pública e constitucional. Sem a data prevista para o seu julgamento, vários sectores da sociedade e organizações internacionais, já se manifestaram para libertação dos arguidos, mas o executivo se mostrou indisponível à opção. Laurinda Gouveia que constatou esta quarta-feira, a situação dos presos políticos, caracteriza de grave a condição de saúde e pede a intervenção do executivo para sua libertação. Segundo a activista, Nito Alves, um dos encarcerados contorce-se com dores de cabeça intensas e corre o risco de contrair cegueira. O caso já foi apresentado ao reeducador do Nito Alves pelo seu primogenitor. "Hoje estivemos em Kalomboloka. E o que a gente viu deixou-nos mesmo muito triste, porque tive contacto com Nito Alves e ele quase que não conseguiu me reconhecer, porque diz que não está a conseguir ver em condições, está com febre internas. E por outra, também está com forte dor de cabeça. E isso já vem há duas semanas. Portanto, o pai dele, o senhor Fernando foi falar com o reeducador, expôs a situação e até hoje eles não fizeram nada. O rapaz está ali a se sentir mal. E ele pede que lhe transfiram para o São Paulo porque ele ali não está a agüentar", afirmou Laurinda Gouveia. Já Nicolas, também entre os detidos, foi recentemente colocado numa cadeia de alta segurança, de reclusos altamente perigosos, estando há duas semana sem ingerir qualquer alimento e encontra-se em estado de saúde muito delicada. “O Nicolas está em Kakila, ele estava numa sela em que havia um separador entre o Mbanza e ele. O Mbanza como foi transferido para o São Paulo, então ele ficou ali. Só que mais tarde transferiram-lhe para uma outra sela destinada aos altamente criminosos. Devido essa a situação, ele está mesmo mal, está com feridas na cabeça. Ele acredita que é através da água que ele está tomar banho. Está a sair feridas na cabeça, está há duas semanas sem comer nada, sem pôr nada no estômago ", explicou Laurinda. Outro jovem que está em estado grave de saúde é o activista Mbanza Hanza, que terá sido transferido para a Cadeia Hospital de São Paulo, com opções hospitalar na sela, muito desagradáveis. A situação leva uma das mães dos activistas a manifestar a sua indignação no solo da prisão de São Paulo. "E, o Mbanza foi transferido para o São Paulo devido o problema de saúde, porque está com problema do sangue, está com febre tifóide e paludismo. E até agora o que a gente sabe de lá de São Paulo é que a gente estão em greve. Não estão a receber comida. Não se sabe o que é que está a acontecer lá dentro; porque eles não se manifestam, não dão nenhum sinal. A mãe do Benedito esteve lá ontem. Foi levar comida, e o filho não dava nenhum sinal, e ela deduzia logo, porque disseram que iam lhe pôr de castigo. E, ela como não sabe qual é o tipo de castigo, se é para lhe matar, se é para lhe fazer o quê. A senhora caiu ali, começou a rebolar. E, portanto, é preciso que se faça alguma coisa", denunciou esta quarta-feira, a activista Laurinda Gouveia. | ||||||||||||||||
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