Fonte : | Unitaangola | |||||||||||||
Domingos Oliveira fala da situação política nas Lundas e no País | ||||||||||||||
REPÚBLICA DE ANGOLA U N I T A SECRETARIADO DO COMITÉ PROVINCIAL DO PARTIDO/LUNDA-NORTE GABINETE DO SECRETÁRIO CONFERÊNCIA DE IMPRENSA Srs. Jornalistas Minhas Senhoras Meus Senhores Quero antes de mais nada agradecer a vossa presença depois que as nossas actividades foram por várias vezes deturpadas quanto a conteúdos nos órgãos da Comunicação Social. Entendemos que de acordo a constituição de Angola no seu artigo 17º. Ponto 4, os Partidos Políticos têm direito a igualdade de tratamento por parte das entidades que exercem o poder público, direito a um tratamento imparcial da imprensa pública e direito de oposição democrática. O assunto que nos levou a convocar esta Conferência de Imprensa é actual, porque foi a 17 de Agosto passado que Sua Excelência Secretário-Geral do Partido, em nome da Direcção do Partido trouxe a ribalta na sua conferência de imprensa, o conteúdo de um documento forjado que tentaram atribuir a sua autoria ao GEPA (Gabinete de Estudo Planeamento e Análise da UNITA), quando o mesmo foi forjado, produzido pelos Serviços de Inteligência da Presidência da República, com objectivo claro de caluniar, imputando-a a intenção de atentar contra as instituições do Estado e tomar o poder político por métodos não previstos nem conforme com a constituição. Temos aqui uma cópia desse documento. Pela importância que reveste este assunto, torna-se viável retomar a divulgação do mesmo para o conhecimento dos angolanos. Trata-se de um documento forjado, que está rubricado com uma assinatura que desconhecemos e os seus actores não identificam a pessoa que o assina. É falso no seu conteúdo. É falso na sua autoria. Como também é falso na origem que é lhe atribuída. A redacção não é da UNITA. O método utilizado e os conteúdos do documento não fazem parte do âmbito das actividades do GEPA nem da sua cultura técnica e administrativa. Para enfatizar a falsidade do documento está a inserção de uma máxima que se alega ser da autoria do Dr. Savimbi cito:” o MPLA só respeita o som de uma metralhadora e, quando a pátria sangra todo o sacrifício é pouco.” O Dr. Savimbi nunca disse isso. O objectivo dos agentes corruptos que forjaram o documento, reside em extorquir dinheiro do OGE para fins financeiros, alegam que precisam de milhões de dólares para abortar tais planos da UNITA. Este plano e compulsado os acontecimentos registados pela história recente do País ao longo dos 40 anos de existência e face a sua natureza no que a cultura democrática diz respeito, os dirigentes do Partido que tem vindo a sustentar o governo têm-se posicionado na base da cultura do medo, inventando teorias de golpes do estado que ao fim e ao cabo se têm constituído numa arma venenosa que por um lado dizima os seus melhores filhos e por outro, faz perpetuar no poder um regime que apenas se serve da riqueza de todos nós, ao invés de servir todos os filhos de Angola. Vejamos a cronologia dos factos supostos de golpes de Estado: • O primeiro ocorreu aos 27 de Maio de 1977 com objectivo duplo: primeiro impedir que Nito Alves e seu grupo chegassem politicamente vivos e competitivo ao I Congresso do MPLA marcado para Dezembro do mesmo ano e disputassem a liderança do Partido e do estado com o Presidente Agostinho Neto. Segundo, eliminar fisicamente os adversários políticos mais competitivos; • O segundo foi em 1986/1987 quando o General Alexandre Rodrigues “KITO” Comandante Geral da polícia de então criou uma polícia especial e que depois de humilhado foi destituído tendo-se mais tarde, chegado a conclusão de que era falso; • O terceiro foi em 1993 tendo–se acusado os bakongos de golpistas, organizando-se delinquentes que no Roque assassinaram angolanos dessa etnia - massacre conhecido como 6ª. Feira Sangrenta; Esse massacre foi antecedido do de 1992 apôs o pleito eleitoral em que os Ovimbundo na sua maioria conheceram o mesmo destino; • O quarto aconteceu em 2004/2005 tendo como o alvo general Fernando Miala vitima de investigação dos desvios dos dinheiros da China que atingiria o topo do poder Executivo, culminando com a sua destituição do cargo na segurança externa; • O quinto foi aos 23 de Novembro de 2013 aquando da manifestação convocada pela UNITA para os cidadãos repudiarem o assassínio de Alves Kamulingui e Isaías Kassule à luz da constituição, o Comando da Polícia ignorou a constituição e considerou a manifestação golpe, tendo sido apoiado pelo Sr. Bento Bento que acusou a Comunidade internacional de conluio num acto de massas na cidadela. Feita a investigação a DNIC apurou cola e cartazes como material bélico para materialização do aludido golpe; • O 6º golpe de estado é dos 15 jovens revolucionários mais um, concentrados em palestras a lerem um livro e que o material bélico seria os livros, computadores, telefones e esferográficas; • 7º golpe do estado é o traduzido no forjado documento do GEPA que fazemos gentileza de fazer chegar aos caros Jornalistas. Pretendendo enganar a opinião pública nacional e internacional, o regime no poder tenta desviar as atenções ligadas a situação que acabamos de radiografar, veiculando intrigas, culpabilizando a UNITA, escudando-se em forjados golpes para uma organização sem tropas, sem armas, sem logísticas, sem território e que assumiu perante ao povo a sua participação na luta política na base de força do argumento enquanto o regime ainda se encontra na lógica do argumento da força, num estado Democrático e de Direito. Vejamos a sequência das Contradições: ? A responsabilização da UNITA quanto ao caso do Monte Sumi quando o regime foi dando apoio a seita do Sr. José Kalupeteka há 13 anos. ? O suposto plano do GEPA, para derrubar o Presidente da República ? A detenção dos Jovens Revolucionários que se têm envolvido no exercício da cidadania à luz da constituição imputando-se toda a responsabilidade a UNITA ? Propaganda ensaiada em laboratórios dos Serviços Secretos apostado para um eventual “ressurgimento” do Dr. Savimbi enganando os incautos com fins por nós já descobertos; ? As intrigas apontadas para o reactivar da BRINDE quando a UNITA, Partido histórico maduro que é, no âmbito de se informar para melhor actuar no campo político e diplomático, criou um Gabinete de Estudo Pesquisas e Análise, denominado GEPA, ao nível da estrutura Central e intermédias. Caros Jornalistas A UNITA por esforço próprio, no âmbito da correlação de forças, apresenta-se muito forte na presente etapa e perante a este facto e associado a crise social que afecta os angolanos, em jeito da conclusão os objectivos do regime resumem-se no seguinte: a) Forjar um motivo para uma purga militar ou criminal contra a Direcção da UNITA. b) Utilizar o golpe forjado como tubo de escape para a crise económica e social que o País vive e, por via dele fazer o MPLA cerrar fileiras em torno do seu líder e assim esbater o elevado índice de rejeição que enfrenta do Povo. c) Promover unidade no seio da Direcção do regime, para uma defesa colectiva perante um eventual conflito armado. d) Inviabilizar o processo de estabilização interna da UNITA processando criminalmente membros da sua Direcção. A UNITA já deu provas bastantes de que é pela democracia, sinal de coerência aos princípios e valores que defende desde a sua fundação. A UNITA não planeia nem pactua, activa ou passivamente, em actos que atentem contra o regime democrático de que se bateu tenazmente durante 16 anos ou contra a integridade das instituições democráticas do estado de direito. Para a UNITA o jogo político tem limites. Estes incluem os direitos naturais do homem, direitos positivos, a ética e a unidade nacional. Quando as circunstâncias políticas o exigem, criticamos o executivo, denunciamos a corrupção, protestamos contra o que julgamos ser políticas erradas, denunciamos o nepotismo e outros males de governação tudo no quadro do exercício do direito democrático de oposição. Mas de modo algum e em circunstância alguma os planos e estratégias da UNITA incluem actos como os simulados pelos serviços de inteligência militar ou pela casa de segurança da Presidência da República e as constantes recentes acusações feitas por alguns dirigentes do MPLA. A UNITA reitera ao povo angolano a sua convicção de que o regime vigente perdeu o norte e não tem soluções para os graves problemas em que mergulhou o País: por isso pretende mais uma vez atentar contra Angola e contra a vontade soberana do seu povo através de planos e actos macabros tipos da escola bolchevista. A UNITA reitera aos angolanos e ao mundo o seu compromisso com o estado de direito, com respeito pelo direitos humanos e pela vontade soberana do povo angolano expressa em eleições e o seu compromisso com a democracia, que é o regime político da paz. MUITO OBRIGADO |