Fonte : | Unitaangola | |||||||||||||
Lukamba Paulo Gato candidata-se à Presidência da UNITA | ||||||||||||||
As razões da candidatura de Lukamba Paulo Gato à Presidência da UNITA Caros camaradas membros da Direcção do nosso Partido, Membros das organizações de massas, LIMA e JURA, Senhores representantes da Comunicação Social, Caros convidados, Minhas senhoras e meus senhores, Agradeço a todos pela vossa presença. Como é de vosso conhecimento o nosso Partido, União Nacional para a Independência Total de Angola, realiza o seu XII Congresso Ordinário em Dezembro do presente ano e em Março de 2016 completa 50 anos de existência. Este percurso constitui uma proeza de longevidade e de realizações. Poucos são os Partidos políticos com similar trajectória histórica, se tivermos em conta a turbulência que caracterizou a era da guerra-fria e as lutas subsequentes. Rendo pois, hoje, a minha mais singela homenagem aos percursores da UNITA na pessoa do Presidente Fundador e a todos quantos deram o melhor de si para que a nossa UNITA continue actual. Aos actores presentes o nosso especial apreço. Em particular, dirijo uma palavra de reconhecimento ao Presidente cessante e candidato à sua própria sucessão, pelo trabalho que desenvolveu ao longo dos últimos 12 anos, muitas vezes em circunstâncias difíceis. É já marca da UNITA, desde o seu IX Congresso, por ocasião dos seus Congressos Ordinários, a concorrência entre vários candidatos, à sua Presidência. Esta Prática é a expressão mais significativa da sua Democracia interna. Após uma longa reflexão sobre o hoje e o amanhã do nosso Partido, decidi e determinei candidatar-me à Presidência da UNITA no XII Congresso. É lema da minha candidatura: "lnovar, Dinamizar e Unir para a Vitória". Sim, minhas senhoras e meus senhores estes são, na minha visão, os três grandes eixos que na sua conjugação levam-nos à construir a nossa UNITA, atenta aos sinais dos tempos, dinâmica, competitiva e ganhadora. Tenho, assim, a subida honra de apresentar as razões que sustentam a minha candidatura. Do Dever Moral Sou candidato a Presidente do nosso Partido, a UNITA, porque é minha profunda convicção de que tenho o dever moral e patriótico de, voluntariamente, retribuir ao Partido tudo quanto este investiu em mim, em todos os domínios ao longo de 41 anos de militância. Quero agora servi-lo, como seu líder, para realizar os seus objectivos centrais, em prol dos angolanos, se os delegados ao XII Congresso assim o decidirem. Do aprofundamento da Democracia Sou candidato a Presidente da nossa UNITA porque este é o momento certo de contribuir, através da alteranância na sua liderança, para o verdadeiro aprofundamento da sua Democracia interna, que iniciamos em 2003, no IX Congresso. Do consenso Democrático Sou candidato a Presidente do nosso Partido porque habita-me a determinação e a decisão de representar, as vontades de muitos militantes, de amigos da sociedade civil e dos democratas de todos quadrantes que esperam que o XII Congresso produza, uma UNITA que se constitua numa Referência Democrática irrefutável em Angola. Que desafio colossal, esse! Eu proponho-me a protagonizar um salto geracional, na direcção do Partido, e desta forma abrir o caminho para as novas gerações. Em democracia deve haver limitação de mandatos como nos ensina o Presidente fundador e eu cito: liA nossa missão é mesmo garantirmos à juventude e aos quadros que eles terão uma oportunidade. É por isso mesmo que a democracia limita os mandatos. É para permitir que outros venham fazer melhor". Fim de citação. Da Firmação Democrática Sou candidato porque acredito que os militantes do nosso Partido, delegados ao XII Congresso, têm a perfeita noção de que o ciclo que este Congresso pode fechar, na vida da UNITA, é determinante para o seu futuro. Meus amigos: ou se prova definitivamente que a UNITA é um Partido democrático com a mudança, ou se cria dúvidas e algum cepticismo com a continuidade. Da Matriz Ideológica Candidato-me para velar escrupulosamente pela matriz ideológica da UNITA, reafirmada no seu X Congresso, e o seu desenvolvimento por forma que esta inspire permanentemente: a sua visão sobre a sociedade; o seu programa; a sua organização e disciplina; a sua coesão e a unidade interna. A UNITA na sociedade Candidato-me para fazer da UNITA uma efectiva partícipe da dinâmica da vida social em todas as suas variantes sejam elas: culturais; sociais; espirituais; económicas; desportivas ou de outra natureza. Temos de conviver realmente com as realidades da nossa sociedade angolana e assim, comunicar aos nossos compatriotas o nosso sentido de pátria e da reconciliação Nacional. Do Governo Alternativo Candidato-me para tornar o nosso Partido mais dinâmico e competitivo, enquanto estiver na oposição, complementando a actividade Parlamentar com propostas concretas sobre matérias que afectam a vida do nosso povo tais como: a segurança das pessoas e dos seus bens; a luta contra a corrupção; a justiça social; a conclusão do processo de reinserção social dos ex-combatentes; a educação; a saúde; a água; a energia; a efectiva diversificação da economia; a juventude; a mulher; a reforma da justiça; o salário mínimo; o combate à fome e a pobreza; o tempo livre e lazer e as parcerias estratégicas internacionais. Em suma a nossa UNITA deve assumir-se como um verdadeiro e potencial governo alternativo. Da Imagem, do Património e Empreendedorismo Candidato-me para trabalhar em sinergia com todos os militantes para conferir conteúdo e imagem digna às estruturas do Partido a todos os níveis; para desenvolver com rigor técnico-económico o património do Partido; para incentivar promover e apoiar o empreendedorismo no seio dos membros da UNITA. Das organizações de massas Candidato-me para, o partido dar às mulheres e aos jovens da UNITA os meios orrespondentes ao seu espaço de acção, que é decisivo nas lutas politicas dentro do quadro democrático. Outrossim devemos integrar a nossa juventude no movimento juvenil mundial para os nossos jovens crescerem e partilharem experiências, nos mais diversos domínios de actividade, com o mundo. Dos Quadros Candidato-me para, se for eleito Presidente, poder cuidar directamente dos homens e das mulheres que constituem o manancial de quadros do Partido. Este cuidado comporta dois aspectos fundamentais: -A sua permanente preparação, quer intelectual bem como politica e administrativa na rerspectiva de formação de verdadeiros líderes, que emprestem, solidez às estruturas e reforcem as garantias de durabilidade histórica do partido e; -A sua vivência material sustentável. Estilo de liderança Candidato-me para ser um Presidente cujo o estilo de liderança, seja a abertura para com a sociedade, através da proximidade efectiva com o cidadão e as diferentes categorias sócio-profissionais pelo convívio e pelo diálogo. No estrito quadro do interesse nacional, procurarei estabelecer consensos com as outras forças políticas; Lutarei permanentemente pela unidade interna do partido e considerar o regresso, às suas fileiras, de muitos camaradas que à dado momento e por diversas razões se afastaram. Desenvolverei um relacionamento construtivo com os profissionais da comunicação social; Comigo, o partido fará o melhor uso possível das TI(' s (Tecnologias de Informação e Comunicação) para levar a sua mensagem ao mais amplo espectro social. Finalmente honrarei, com todas as minhas capacidades, a História do nosso Partido. Minhas senhoras e meus senhores: No momento em que apresento a minha candidatura à presidência da UNITA, há preocupações muito sérias para toda a sociedade angolana. A difícil situação económica e social que o país atravessa deve inspirar-nos um sentimento e acções de solidariedade efectiva e de coesão nacional. Não devíamos permitir agravá-Ia com situações como a dos jovens presos políticos que lutam pelos seus direitos constitucionalmente consagrados. Ocorre-me, a partir desta tribuna, lançar um apelo às partes em causa para que em vez de extremarem posições, encetem um diálogo que resolva o contencioso que opõe o poder a estes jovens, evitando assim um desfecho dramático. Maninhos, façamos do nosso Congresso um momento de reflexão que nos permita deliberar de acordo com a grande expectativa que este evento criou na sociedade angolana, em geral e no partido em particular. Tenho plena confiança em todos vós, e por isso, peço o vosso voto para, em conjunto, podermos 111 nova r, Dinamizar e Unir para Vitória". Para terminar queria agradecer a todos os camaradas que me encorajaram a assumir tamanho desafio, bem como os amigos e a minha família. MUITO OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO! Quem sou? Nasci aos 13 de Maio de 1954, no Municipio do Bailundo. Chamo-me Lukamba Paulo "Gato". Sou Filho de Zacarias Sanjolomba Paulo e de Luísa Lussinga. Estudei no Bailundo e no Huambo onde concluí o ensino secundário no Liceu Norton de Matos em 1974. Actualmente sou formando em relações internacionais na AIU (Antlantic International University) em Honolulu, Hawai. Falo Umbundo, Português, Françês e Inglês. Ingressei na UNITA em 1974. Entre as varias funções exercidas na UNITA relevo as seguintes: Em 1975, terminei a formação militar básica no Massivi e integrei as unidades operacionais. No mesmo ano fui transferido para a Direção Geral de Logística em Kinshasa, tendo regressado a Angola em 1976. Em 1979, fui eleito Secretário Geral da JURA (Organização Juvenil do Partido); Em finais do mesmo ano fui nomeado Diretor do Gabinete do Presidente da UNITA, integrei o seu Comité Central, o Bureau Político e o Comando Operacional Estratégico- COPE; Em 1983, fui nomeado representante da UNITA em França e Secretário Adjunto dos Negócios Estrangeiros; Em 1985, fui nomeado Secretário dos Negócios Estrangeiros da UNITA; Em 1990, participei em Évora-Portugal na preparação do quadro Político-Jurídico que viria a dar origem aos Acordos de Bicesse, assinados entre a UNITA e o Governo; Em 1991, (depois da assinatura do Acordo de Bicesse) regressei à Angola e integrei a C.C.P.M (Comissão Conjunta Político Militar) como Chefe Adjunto da Delegação da UNITA; Em 1992, sofri um grave ferimento na tentativa de liquidação de dirigentes da UNITA em Luanda; Em 1993, participei na retomada do processo negociaI em Addis-Abeba com governo; Em 1994, chefiei a delegação da UNITA que em Lusaka - Zâmbia criou com o governo de Angola e as Nações Unidas o quadro jurídico que conduziu as negociações e assinatura do Protocolo de Lusaka; Em 1995, fui eleito Secretário Geral da UNITA no seu VIII Congresso; Em 2002, após a morte do Presidente fundador Dr. Jonas Malheiro Savimbi e do Vice- Presidente Eng. António Sebastião Dembo participei na criação da Comissão de Gestão da UNITA órgão que assegurou a transição da UNITA até ao seu IX Congresso; Sob minha tutela aos 4 de Abril de 2002, o CAEMG (Chefe do Alto Estado Maior Geral) das FMU (Forças Militares da UNITA) assinou pela UNITA o Memoradum de Entendimento do Luena que marca o fim do longo conflito armado em Angola; Em Outubro de 2002, presidi em Luanda à Cerimónia de Reunificação da UNITA; Em Novembro de 2003 participei na criação do Mecanismo Bilateral que debatia com o Governo as chamadas 11 Questões de Interesse Nacional", com vista a preservar a paz, a estabilidade e criar o clima propício ao processo de Reconciliação Nacional; Em 2003, fui candidato vencido; Em 2005, fui condecorado com a medalha da Ordem Nacional da Paz e da Concórdia, do Primeiro Grau; Em 2008, fui eleito deputado à Assembleia Nacional pelo Círculo Nacional; Em 2012, fui reeleito deputado à Assembleia Nacional onde sou vice- presidente da Comissão das Relações Exteriores e cooperação internacional; Minhas senhoras e meus senhores muito obrigado pelo tempo que me dispensaram e pela atenção que me prestaram. Bem haja a todos |