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domingo, 25 de octubre de 2015

Candidatura de Isaias Henrique Ngola Samakuva à Presidência da UNITA

Fonte :Unitaangola
Candidatura de Isaías Henrique Ngola Samakuva ao cargo de presidente da UNITA para o mandato de 2015 a 2019
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Apresentação da Candidatura de Isaías Henrique Ngola Samakuva ao cargo de presidente da UNITA para o mandato de 2015 a 2019

23 de Outubro de 2015

Companheiros Membros da Direcção da Nossa Gloriosa UNITA,
Aos veteranos da luta pela independência e pela democracia,
Às nossas companheiras da LIMA,
Aos nossos companheiros da JURA,
À todos os mais velhos,
Aos estimados membros e simpatizantes da UNITA,
Aos amigos da UNITA,
Angolanas e angolanos:

Começo por agradecer e saudar a presença de todos quantos se dignaram honrar-nos com a sua presença neste mesmo lugar onde, há quatro anos atrás, tivemos a ocasião de apresentar a nossa candidatura para o ciclo que vamos encerrar dentro de pouco tempo.

Apresento-me diante de vós neste dia 23 de Outubro de 2015 para responder de forma positiva e definitiva às vossas cartas, às vossas inquietações e aos vossos apelos: Vou candidatar-me à eleição do Presidente da UNITA para o próximo mandato que começa em Dezembro 2015 .

Candidato-me a esta eleição tendo como lema UNIDADE E ACÇÃO PARA A VITÓRIA EM 2017, porque todos juntos e unidos podemos concluir a missão de preparar a UNITA para disputar a vitória nas eleições gerais de 2017.
Candidato-me a esta eleição para ter a oportunidade de apresentar aos angolanos, no tempo devido, a minha visão sobre a materialização efetiva da mudança em Angola.

A Constituição da República, o sistema político angolano e os Estatutos da UNITA transformam este facto político numa candidatura dupla, porque ser eleito Presidente da UNITA significa tornar-se o candidato da UNITA à eleição do Presidente da República de Angola.

E faz sentido. Faz sentido porque a UNITA não é um fim em si mesmo. A UNITA é um meio para se atingir um fim. O fim último da UNITA hoje é a implementação do programa de Muangai, o que significa alcançar o Poder para a instauração em Angola de uma verdadeira República, cujo objetivo é a construção de uma sociedade justa, democrática e solidária que realiza as aspirações de liberdade e dignidade da pessoa do angolano.

Não há poder na UNITA nem em qualquer outro partido político democrático, porque o poder é qualidade ou atributo do Estado, quer no plano sociológico, quer no plano jurídico. A UNITA é uma entidade privada, uma máquina eleitoral, que concorre para a formação da vontade popular visando disputar regularmente, em ciclos eleitorais democráticos, o exercício do poder do Estado. Ela propõe-se a utilizar o poder do Estado, e não o dela, para servir Angola e os angolanos por via da realização do seu programa.

Maninhas e maninhos.
Aros compatriotas:

Com esta candidatura, respondo positivamente aos vossos apelos e anseios, porque partilho da vossa convicção de que, como a mudança está a chegar, o trabalho de preparação da UNITA para disputar a vitória nas eleições gerais de 2017 precisa de ser concluído pela mesma equipa que o iniciou, aquela que causou a mudança.
A UNITA causou a mudança de modo silencioso, mas decisivo, durante os últimos anos, quando alterou decididamente tanto a natureza do conflito como os sujeitos em conflito.

Hoje, as partes em conflito não são mais o MPLA e a UNITA. Existe sim, um sério conflito sociopolítico entre o regime do MPLA e o povo soberano de Angola.

Hoje já não temos no país dois partidos-estados. Temos apenas um: chama-se MPLA. Hoje já não há em Angola duas entidades a responsabilizar pela violação dos direitos humanos. Temos apenas uma: o Governo da República de Angola dirigido pelo MPLA.

A UNITA tornou-se uma força política pacífica, promotora e defensora da democracia, dos direitos humanos, da soberania popular, do Estado de direito e da boa governação. A UNITA é hoje o principal factor da estabilidade em Angola.


Os angolanos sentem-se seguros com a UNITA; os que haviam abandonado, vão regressando um a um. Os que contavam com o fim da UNITA, hoje rejubilam de novo ao lado dos que permaneceram e

passaram a acreditar de novo no Projecto de Muangai. Os angolanos estão, finalmente, preparados para dar à UNITA a oportunidade de governar Angola. E nós estamos preparados para governar Angola.

Não foi fácil. Chegamos até aqui pagando um preço muito elevado. Fomos vítimas de intolerância, discriminação e exclusão na nossa própria terra. Perdemos dezenas de companheiros que foram barbaramente assassinados em tempo de paz só para intimidarem as pessoas e induzirem a UNITA a responder da mesma moeda. Não caímos nessa ratoeira.

Engendraram centenas de actos de repressão e de intolerância política e criaram um quadro de privação das liberdades para instalar o medo e impedir os cidadãos de exercer os seus direitos políticos. Enganaram-se, porque o feitiço virou-se contra o feiticeiro. E o povo despertou
finalmente e compreendeu a real natureza do regime e quão enganosa foi a propaganda a respeito da UNITA.
Tudo isso só foi possível porque a UNITA está determinada a fazer triunfar em Angola o regime democrático, que é o regime político da paz. Estamos determinados a manter a paz e a nunca mais permitir que nos tirem a paz!

Privaram-nos do uso e usufruto do nosso próprio património e excluíram os nossos membros das oportunidades de desenvolvimento económico, só para impedirem o nosso crescimento. Ainda assim, crescemos todos os dias.

Cortaram-nos o acesso justo e igual à comunicação social pública e fizeram recurso a duas fraudes eleitorais, só para impedirem a concretização da vontade nacional de mudança. Enganaram-se, porque graças ao dedicado e persistente trabalho de mobilização de todos vós, hoje, em todos os cantos do país, a vontade de mudar é mil vezes superior ao medo da mudança.

Prezados companheiros:

Angola aproxima-se de um momento histórico e a UNITA tem um papel importante a jogar para garantir a transição para uma mudança estável.

Isto sucede porque iniciamos há algum tempo a construção dos fundamentos para a mudança em Angola. Este processo, que tem envolvido um franco diálogo nacional, tanto aberto como discreto, está a dar os seus frutos. E agora, é chegado o momento de iniciar a fase conclusiva desta missão patriótica na unidade e na Acção.

Estamos empenhados numa mudança profunda, pacífica e inclusiva, construída sobre valores morais, sem nenhum preconceito ou sentimento de vingança.

Esta mudança é para incluir todos; empresários e trabalhadores, investidores e desempregados, ricos e pobres, os que talvez simpatizem connosco e os que não gostam de nós, todos, incluindo os nossos adversários de ontem. Mudança baseada na reconciliação, na promoção da dignidade humana e na justiça social para todos.

Momentos como este, são utilizados, normalmente, para exprimir intenções, acompanhadas de promessas do que se fará caso seja eleito. Creio que o trabalho por nós conduzidos e realizado ao longo do tempo que nos mantivemos à frente do partido, é suficiente para nos isentar desta prática. Não faltaram, certamente, algumas lacunas. Porém, a vontade de fazer mais e melhor, já manifestada, observada e provada por militantes, membros e quadros do partido bem assim como por observadores que se interessam pelo que se passa no nosso País, é motivo suficiente para garantir que com unidade e acção, possamos conduzir com êxito a luta dos angolanos para a vitória em 2017.

O caminho que já percorremos é longo. Neste percurso construímos uma base sobre a qual a nossa casa comum, a UNITA, deve passar a albergar todos os angolanos, independentemente das suas origens étnicas, raciais, religiosas ou políticas, no sentido de sensibilizá-los, mobilizá-los e galvanizá-los para as tarefas do processo da mudança.
De facto, a mudança que todos almejamos não visa apenas militantes da UNITA. Ela deve ter uma motivação nobre e tem de estar ao serviço do fim maior. E o fim maior na política é a Paz social, é a luta contra as
desigualdades, é a afirmação da justiça social, é o combate contra a pobreza, é vida digna para todos os angolanos.
Precisamos de sair decididamente do quadro actual de repressão, corrupção, arrogância e incompetência governativa, que tanto tem manchado o nome e a reputação do nosso país em África e no resto do mundo. Precisamos de afirmar Angola como uma boa cidadã do mundo.
Este é um dos objetivos da minha candidatura para a presidência da UNITA e da República de Angola.
Companheiros:
Para desempenhar com eficácia o papel de garante das liberdades e do regime democrático que a história lhe incumbiu, a UNITA precisa de continuar a construir pontes, apelando ao espírito de convergência para eliminar os preconceitos, consolidar a confiança, aprofundar o seu conhecimento dos problemas dos vários sectores da sociedade e aproximar as pessoas, para melhor poder servi-las.

Os problemas que o país enfrenta são tão grandes e tão diversos que só poderão ser equacionados no quadro do mais amplo e abrangente consenso nacional sobre a Agenda Nacional para a Mudança.

Tal quadro, naturalmente, ultrapassa tanto as fronteiras partidárias como os mandatos governativos. Utiliza o saber e a energia de todos para salvar a Pátria, estimular a criatividade, construir instituições democráticas sólidas e promover a solidariedade nacional.
Ao concluir a apresentação desta candidatura, gostaria:
1 – Reiterar os meus agradecimentos pela presença de todos que responderam amavelmente ao nosso convite;
2 – Agradecer todos os que me apoiaram e encorajaram a tomar esta decisão. A nossa decisão representa um desafio que só com redobrado esforço e empenho será vencido.
3- Agradecer a Inês, a minha companheira inseparável, pelo apoio, carinho e compreensão que me tem dispensado.
4 - Agradecer a companheira Albertina Navita Ngoloo que aceitou ser mandatária da minha candidatura e o companheiro Rafael Massanga Savimbi por ter aceite ser Director da minha campanha.
5 - Saudar as candidaturas já anunciadas dos meus companheiros, o Deputado Lucamba Paulo Gato e o Deputado Abílio Kamalata Numa, na expectativa de que o seu contributo seja útil para o debate de ideias e para a afirmação de estratégias que concorram para a prossecução do programa da UNITA e o alcance dos seus objectivos.
Estou convencido que a Comissão Eleitoral criará as condições para a realização de debates bilaterais, em nome de um confronto de ideias informativo e construtivo, para o qual convido desde já os meus colegas candidatos à eleição.
Na unidade e na acção, vamos todos preparar a UNITA para disputar a vitória em 2017.
VIVA A MEMÓRIA DO SAUDOSO PRESIDENTE FUNDADOR DR JONAS MALHEIRO SAVIMBI.
VIVA A UNITA
VIVA ANGOLA
Muito obrigado