O Dia da Ex-FALA, Forças Armadas de Libertação de Angola, reuniu último sábado, em Luanda, dirigentes, quadros e militantes do Partido, num acto que se denominou “Chama do Militante”, numa organização do Secretariado Provincial de Luanda.
O acto contou com a presença de membros da Direcção do Partido, tendo sido convidado o Presidente da UNITA, Dr. Isaías Samakuva a atear o fogo à lenha preparada para o efeito.
Depois de uma breve caracterização histórica da “CHAMA” pelo Secretário Provincial de Luanda, Dr. Álvaro Chikwamanga, seguiram-se esclarecimentos sobre o heroico percurso das ex-FALA até a conquista da paz em 2002.
Na ocasião, o Presidente da UNITA, Dr. Isaías Samakuva saudou a iniciativa do Secretariado provincial de Luanda e enalteceu a importância do género de iniciativas.
“São encontros importantes, porque são oportunidades de aprendizagem, reflexões profundas e apelo à consciência sobre o momento que o país está a viver presentemente”, afirmou Isaías Samakuva.
Para o líder da UNITA, é importante que a juventude saiba como o país está a ser conduzido e para onde está a ser dirigido e saber que Angola precisou de enormes sacrifícios para se libertar do colonialismo e do monopartidarismo.
“Os sacrifícios de nos libertarmos da opressão, exclusão e do sofrimento, são ainda necessários“, afirmou o mais alto dirigente da UNITA, que disse ter conhecido pessoalmente o Comandante Kapessi Kafundanga, nos seus tempos de estudante da Missão do Dondi, que tinha ganho uma bolsa de estudo em medicina no Canada e trocou-a pela luta de libertação nacional de Angola.
Referindo-se ao contexto actual, Isaías Samakuva precisou que para atingirmos os nossos objectivos ainda precisamos de mais algum sacrifício a empreender no sentido de mobilizar os angolanos para mudança, em 2017.
“Chama do Militante”, substitui os encontros que eram realizados às noites, nas bases, na durante a guerrilha, em torno de uma fogueira, que consistiam na abordagem de várias temáticas, desde a programação de actividades, recomendações, educação política e patriótica dos membros do Partido e das ex-FALA.
Nesse seu relançamento nas cidades e na nova fase de luta política, o acto serviu para comemoração do Dia da morte do 1º Chefe do Estado-Maior das FALA, Samuel Piedoso Chingunji, mais conhecido por Kapessi Kafundanga, que morreu dia 24 de Janeiro de 1974.
O Veterano Chipipa, um dos históricos diplomatas da UNITA, na Zâmbia contou aos presentes, o trabalho clandestino que o Dr. Jonas Savimbi confiara a Kapessi Kafundanga, que consistia em organizar, clandestinamente as linhas de abastecimento logístico militar.
Narrou as circunstâncias em que ocorre a morte de Kapessi Kafundanga e as honras com que foi sepultado na localidade de Mungo, na Westen Province da Zâmbia.
O General Antero Kachimbombo, um dos últimos Comissários Políticos das ex-FALA foi chamado a partilhar com os presentes, dos quais muitos juventude, a sua experiência político-militar.
Lourenço Bento também antigo membro das ex-FALA narrou alguns momentos do antigo braço armado da UNITA, que permitiram que se chegasse às negociações directas entre a UNITA em o MPLA, para a Paz e Reconciliação Nacional em Angola, numa altura em que ao regime de Luanda apenas interessava a política de clemência, integração e exílio do Dr. Jonas Savimbi. | |