Um grupo de militantes do MPLA liderado pelo Ngana MUSSANGA Secretário do Cap Sede, suposto soba na comuna do Luremo, Município do Cuango, Província da Lunda-Norte, atacaram dia 8 do corrente, o fiscal da UNITA que se encontrava na fiscalização do processo de actualização de eleitores, desde o dia 7 do mês em curso, alegadamente por orientações estratégicas superiores do seu Partido.
O fiscal da UNITA, Pedro Muyunguleno Zambi Kuali, credenciado pela Administração Municipal, foi torturado com pauladas e outros objectos contundentes.
Na procura de socorro, a vítima dirigiu-se à esquadra policial local, em busca de protecção, que lhe foi negada. Ainda na esquadra o mesmo grupo de atacantes persegui o fiscal da UNITA e diante do efectivo da polícia ameaçaram-no de morte caso persistisse ficar no Luremo.
Minutos depois apareceu o chefe do gabinete da Administradora Comunal que lhe intimou para abandonar o Luremo, declinando desta forma todas as responsabilidade que daí pudessem advir.
Durante o episódio, os agressores apoderaram-se de 9.500 Kwanzas e uma pasta contendo roupa e outros artigos, pertencentes a Pedro Muyunuleno Zambi Kuali.
O Coordenador Regional do Leste e Secretário Provincial da UNITA na Lunda-Norte Dr. Domingos Oliveira, manifestou-se desapontado com a ocorrência e repudiou em termos enérgicos, tendo solicitado a reposição da legalidade.
O político disse ainda que, o processo de actualização decorre em toda a Província com muitas irregularidades tendo a destacar a movimentação dos brigadistas sem acompanhamento dos fiscais, a recusa de entrega de dados finais diários e a não entrega de comprovativos a muitos dos eleitores actualizado.
O Domingos Oliveira destacou que, há envolvência de sobas que, premeditadamente elaboram listas e recolhem apenas cartões eleitorais de militantes do MPLA como sendo prioridade primária na actualização, em detrimento de toda a população eleitora que ainda continua intacta.
Justino Pedro Secretário Regional Adjunto do PRS no Cuango, condenou também o incidente ocorrido no Luremo. O próprio Secretário municipal do MPLA é que incentivou os seus militantes a praticar o tal acto.
Diante desta situação a actividade de fiscalização no Luremo é inexistente porque também os fiscais de outros Partidos não lhes é permitida a entrada a sede desta Comuna.
De salientar que Luremo tem sido palco de intolerância política permanente porque consideramos ser o epicentro de organização das fraudes que se verificaram nas ultimas eleições no país conquanto através da fronteira de Tunguila milhares de cidadãos de nacionalidade estrangeira onde são atribuídos documento de cidadania angolana transformando-os em potências eleitores nas previstas eleições em 2017.
Por Kicongo Kiamazanga Kufa Kubola | |