Em representação do Presidente Isaías Samakuva, o Representante da UNITA na República Federal da Alemanha, João Kanda Bernardo, participou da Cimeira dos Países Membros da Aliança do Pacífico, que decorreu hoje 06.04.2017 na Capital Económica da União Europeia.
Nesta Cimeira que teve lugar nas terras Germânicas, foram também abordados temas como “A Chance dos Negócios para Empreendedores Alemães no Bloco Comercial Latino-americano“ e “Ásia como porta de entrada para Aliança do Pacífico com realce a China“.
Dentre os prelectores deste encontro de mais alto nível destacam-se Alejandro Rivera Becerra, embaixador da República do México na Alemanha, Mario Ohoven, Presidente da BVMW e dos Empreendedores Europeus / CEA-PME, Patrício Pradel , embaixador da República do Chile na Alemanha, a María Lorena Gutiérrez, embaixadora da República da Colômbia na Alemanha e Elmer Schialer Salcedo, embaixador da República do Peru na Alemanha.
A UNITA encara o momento muito oportuno, que valeu uma rica troca de experiência com esta Organização de fins comerciais, para entender melhor a sua Cultura de Negócios e as exigências no geral dos seus países membros no mundo dos Negócios, tendo em conta que Angola tem muitos aliados comuns com a mesma Organização como por exemplo China, Portugal, a França, Estados Unidos, o Brasil, Espanha, etc.
É também participando destes encontros do mais alto nível, que se pode às vezes perceber que imagem os empreendedores estrangeiros têm do nosso País, Angola.
Depois da apresentação dos novos desafios da mesma Organização, feita durante a Cimeira pelos Representantes dos Estados Membros, seguiu um Workshop, onde muitos empresários convidados mostraram-se preocupados com a situação actual em Angola, relativamente à corrupção endémica. Porém, muitos descartam a possibilidade de investir em Angola, enquanto este país não optar por uma gestão transparente ou trocar de Governo. Estes são sinais de que, enquanto o MPLA continuar no Poder, não haverá diversificação da economia, pois esta implica o envolvimento dos agentes do sector privado.
Importa recordar, que os Países membros da Aliança do Pacífico têm a cultura de envolver nos seus negócios , um Ombudsman, cargo profissional contratado por um órgão, instituição ou empresa com a função de receber críticas, sugestões e reclamações de usuários e consumidores, com o dever de agir de forma imparcial para mediar conflitos entre as partes envolvidas, uma prática com que o Governo angolano ainda não está habituado a lidar, motivo pelo qual nota-se pouco interesse de Angola no que tange a Cooperação com a Aliança do Pacífico.
Um exemplo concreto em 2013, na ocasião da promoção do Bloco Comercial na China, a Aliança do Pacífico pediu a República Chinesa, o respeito pelas leis ambientais e o cumprimento de suas obrigações em matéria de impostos, caso que nunca se registou no decurso da Cooperação Angola-China.
A Organização tem como Observadores os seguintes países: Austrália, China, Canadá, Coreia do Sul, Costa Rica, El Salvador, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Guatelama, Honduras, Japão, Nova Zelândia, Paraguai, Portugal, Panamá, República Dominicana, Turquia e Uruguai.
Os objectivos da organização incluem comércio livre e integração económica, com uma “orientação clara em direcção à Ásia“. Para tal, estão a negociar uma política conjunta de redução agressiva da tarifa de exportação entre suas fronteiras, englobando a totalidade dos produtos, devendo ser eliminada completamente dentro de cinco anos. | |