“Temos o guião para mudar o país”, afirmou o Presidente da UNITA e Candidato a Presidente da República, exibindo o Manifesto Eleitoral do seu Partido, durante o acto de massas, na tarde deste domingo, 09 de Julho de 2017, na cidade do Uige.
Dirigindo-se às populações que afluíram ao Largo Nguengue, Isaías Samakuva explicou os meandros da mudança que os angolanos clamam e que deve acontecer no dia 23 de Agosto próximo.
Disse os angolanos não têm necessidade de continuar a sofrer e focou os sectores prioritários que no Governo Inclusivo e Participativo da UNITA vão merecer atenção e ser alvo de programas de emergência, tais como a educação, saúde, habitação, emprego e reforma do Estado.
No que tange à educação, Isaías Samakuva garantiu que o GIP vai dedicar-se à criação de condições para que a escola chegue a todas as comunidades e sejam poupadas as crianças do sacrifício de ficar fora do sistema de ensino e de percorrer longas distâncias. Além disso, assegurou que vai ser preocupação do GIP que a educação seja de qualidade e aos professores serão proporcionadas condições laborais e salariais suficientes para que cumpram cabal e eficazmente a missão de formar bons quadros para o país.
Sobre a saúde, o Candidato da UNITA a Presidente da República, afirmou que ao contrário do actual cenário, o GIP preconiza prestar atenção devida a este sector, proporcionando condições para assistência médica e medicamentosa às populações, para que os hospitais deixem de ser apenas estruturas físicas que servem para consultas e sem medicamentos para acudir as pessoas afectadas por patologias. A esse respeito, a atenção do GIP será dedicada à formação de técnicos e agentes sociais que terão a responsabilidade de educar as comunidades, sobre saúde preventiva, através de boas práticas de higiene nas comunidades.
Falou da Habitação condigna a que os cidadãos têm direito, tendo criticado a política do MPLA que favorece apenas uma franja da sociedade, enquanto a maioria não tem acesso às habitações. O GIP, segundo Isaías Samakuva vai garantir a todos o direito a uma habitação condigna.
O Presidente da UNITA dedicou a sua atenção à abordagem sobre o emprego e disse ser possível a geração de empregos para as pessoas, principalmente para os jovens, num país onde tudo está por fazer. Defendeu a formação técnica e profissional, para dar os jovens uma profissão que lhes permita ganhar a vida.
Relativamente à reforma do Estado, Isaías Samakuva focou sobre as autarquias locais, que na sua óptica são uma via para combater as assimetrias e garantir que províncias como a do Uige produza riquezas que desenvolvam os seus municípios e as suas populações.
A província do Uige é conhecida pelo seu passado em que foi uma das maiores produtoras do bago vermelho, tendo elevado Angola para o estatuto de 3º produtor mundial de café. O Candidato da UNITA a presidente da República defendeu a necessidade da região voltar aos seus tempos áureos, incentivando os produtores a retomarem a produção e apoia-los no escoamento do produto para o mercado.
Isaías Samakuva não falou apenas do café, olhou igualmente para a madeira que a província do Uige produz e que nas condições actuais, segundo o líder da UNITA, não está a beneficiar as populações locais, numa alusão ao envolvimento de empresas estrangeiras, principalmente asiáticas na produção desenfreada da madeira, com enormes e prejudiciais implicações sobre o ambiente.
De recordar que Isaías Samakuva que escalou a cidade do Uige, por volta das 12H10 minutos, após percorrer cerca de 300 quilómetros por terra, foi alvo de uma apoteótica recepção pela massa militante, simpatizantes e amigos, que escoltaram a sua comitiva desde o bairro Dunga até a sede do secretariado provincial da UNITA no coração da urbe. Ao longo do trajecto foi possível visualizar gestos de simpatia dos habitantes do Uige para com o candidato da UNITA a Presidente da República.
Isaías Samakuva prossegue a sua jornada esta segunda-feira 10, cuja agenda inscreve a deslocação ao município de Maquela do Zombo, para presidir a um acto de massas e realizar visitas de cortesia à Igreja Católica e a sede espiritual da Igreja Tocoista. 160.000 |