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viernes, 4 de agosto de 2017

MPLA e Assassinatos Selectivos

Fonte :KUP
UNITA acusa MPLA de enveredar por assassinatos selectivos de cidadãos por motivos políticos
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O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA esteve reunido ontem, 1 de Agosto de 2017, sob orientação do Vice-presidente do Partido, Dr. Raúl Manuel Danda, para analisar a evolução da Campanha Eleitoral, tendo constatado o seguinte:

Com satisfação,
1. A existência de um grande interesse do eleitorado angolano pela oportunidade que se abre nestas eleições para uma mudança real em Angola;
2. O facto de que a grande maioria das forças concorrentes tem pautado a sua conduta nos marcos de Lei e da civilidade, evidenciando respeito pela diferença.

Com bastante apreensão e indignação,

1. O agravamento da postura discriminatória dos órgãos de Comunicação Social Públicos, no tratamento desigual às candidaturas, favorecendo vergonhosamente o Partido-Estado, numa clara violação da Constituição e da Lei;

2. A persistência dos actos de coacção, sequestro do eleitor e de corrupção eleitoral, praticados e publicitados em todo o país pelo candidato do MPLA, perante a passividade e omissão da Comissão Nacional Eleitoral, a quem o Estado angolano incumbiu a responsabilidade de estabelecer todas as medidas necessárias para que o processo eleitoral se desenvolva em condições de plena liberdade, justiça e transparência;

3. O facto de que o MPLA decidiu agora enveredar, mais uma vez, por assassinatos selectivos de cidadãos, por motivos políticos, pela violência física e verbal, assim como outras formas de intimidação do eleitor, com vista a alterar o clima de paz e de tranquilidade em que até aqui se vem desenvolvendo a campanha eleitoral;

4. O retorno, por parte do MPLA e seu candidato, do discurso da guerra, com a intenção clara de atiçar ódios que os angolanos enterraram desde 2002, demonstrativo de que os actos de intolerância que estão a decorrer um pouco por todo o país não são factos isolados.

Face a estas constatações, o Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA decidiu:

1. Exortar o povo angolano a não ceder às provocações para que os inimigos da democracia não concretizem os seus intentos de impedir o voto de Mudança;

2. Recordar às forças de Defesa e Segurança que a sua missão fundamental é a defesa da ordem constitucional estabelecida, defendendo a paz, a democracia e a soberania do povo que deverá ser expressa, pelo voto livre e democrático dos angolanos, no dia 23 de Agosto de 2017;

3. Apelar à Comissão Nacional Eleitoral a afirmar a sua independência institucional de forma a assegurar, de modo efectivo, a igualdade de oportunidade e de tratamento das diversas candidaturas.

A UNITA considera que chegou a hora da Mudança. E exorta os angolanos, de todas as matrizes, a usar da sabedoria para não permitir que as ideias do passado, os discursos caducos e os interesses instalados da corrupção inviabilizem a instauração do Governo Inclusivo e Participativo.

A Vontade nacional de Mudança suplantou e tornou-se expressivamente mais forte do que quaisquer medos.

Estão criadas as condições objectivas para votarmos num novo rumo para Angola e num novo arranque para os Angolanos.

Luanda, 1 de Agosto de 2017.
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA