27.180 Ex-Militares da ex-ELNA sem benefícios regularizados
O Líder da FNLA, Lucas Bengui Ngonda, foi esta quinta-feira, 01 de Março de 2018, recebido no Palácio Presidencial pelo chefe do Estado, João Manuel Gonçalves Lourenço, em conversa que abordou a situação dos ex-militares do antigo Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA).
Na notícia divulgada pelo Jornal de Angola, na sua edição desta sexta-feira, 2 de Março do corrente ano espelha que ao todo são 27.180 ex-militares da ex-ELNA que precisam ver a sua condição de pensão e outros benefícios regularizados, revelou ontem, em Luanda, o Presidente do Partido, Lucas Ngonda.
Na oportunidade, o político e deputado à Assembleia Nacional apresentou questões que considera prementes para os antigos combatentes e veteranos da Pátria, com realce para as relacionadas com pensões, patenteamento e a restituição de bens, à semelhança do que ocorreu (recentemente) com ex-militares das extintas FAPLA e FALA.
Face ao que define de novo paradigma de governação, proposto pelo Presidente da República, o também deputado espera que esta questão tenha o merecido acolhimento e solução que se impõe “para aqueles que se bateram pelo país”
No fim da audiência Lucas Ngonda fez saber que o processo dos homens que se bateram pela libertação do País pelo seu partido está estagnado.
“Entendemos que devíamos ter esta audiência para reflectirmos juntos sobre este tipo de questões. Neste momento, a FNLA tem o controlo efectivo de 27.180 militares. Alguns deram entrada da documentação no Ministério dos Antigos Combatentes, mas verificamos que nada andou”, reclamou.
O Presidente do primeiro movimento de libertação nacional e quinto representado na Assembleia Nacional afirmou que todos aqueles que participaram na luta de libertação estão graduados como generais, excepto da FNLA. Estes, prossegue, nunca chegaram a ser contemplados.
“Eles não têm culpa se a direcção política do partido em sempre pertenceram não foi a tempo de abordar estas questões de forma incisiva para se encontrasse uma solução”, considerou.
Para Lucas Ngonda, 23 mil kwanzas de pensão “não dá para fazer absolutamente nada” e, por isso, defende que o Governo reveja a situação.