Falando, recentemente aos quadros e militantes no quadro das festividades alusivas ao 52º aniversário da fundação da UNITA, o porta-voz do Partido, Alcides Sakala Simões disse que aquela formação política estava à altura dos grandes desafios do desenvolvimento da democracia e da alternância do país.
“Nós temos uma UNITA que está à altura dos grandes desafios do desenvolvimento da democracia, da alternância no nosso país. Portanto, é uma força interlocutora de milhões de angolanos que acreditam nela, que querem trazer o seu saber e a sua experiência para a governação, mas sempre no quadro da democracia multipartidária com vista a aprofundarmos todos a nossa democracia”, apontou.
Segundo Alcides Sakala, a sua organização política, entende que 50 anos depois as armas cumpriram a sua missão.
“Agora, fica de facto a visão de liderança dos partidos, das forças da sociedade civil, de procurarmos os melhores caminhos para a construção de um futuro comum, que é preciso reflectirmos que Angola merece estabilidade, desenvolvimento, tolerância e o diálogo como forma de resolvermos os nossos problemas. Que, o passado sirva, essencialmente como plataforma para se tirarem lições e projectarmos uma Angola nova assente no diálogo permanente, inclusivo e construtivo”, defendeu Alcides Sakala, que assegurou a disponibilidade do seu Partido para cumprimento de uma agenda política que a todos os angolanos beneficie.
“Nós estamos prontos, aliás, temos sido uma das formações políticas que com maior insistência tem vindo a defender a questão das autarquias, em Angola. Parece haver alguma convergência, o que é muito bom, sobretudo ao nível das forças com acento parlamentar, para que elas tenham lugar”, avançou, esclarecendo que a UNITA, na voz do seu Presidente, indicou 2020 como a data para a realização das eleições autárquicas.
Alcides Sakala entende que as autarquias são um modelo de governação muito importante que concorre para a realização das comunidades locais. Valoriza o facto de haver, entre forças políticas com assento parlamentar, ideias convergentes sobre a matéria, com vista a definição consensual da legislação e calendário para a sua concretização.
“Elas são importantes, como está provado a nível dos países da nossa região, permitem uma governação mais aproximada, mais participada a nível das comunidades para a resolução de problemas locais, que muitas vezes a administração central não consegue. Mas, um autarca eleito directamente estará mais atento àquilo que são os problemas da sua comunidade, e se ele não os resolver, já não será eleito. Portanto, é este lado que é vantajoso, e também está consagrado na nossa constituição, que de facto realça, reitera a importância as autarquias, e quanto mais cedo se realizarem melhor para o nosso país”, insistiu Sakala.
“Sentimo-nos muito mais próximos de governar Angola”, garante Sakala
Por outro lado, Alcides Sakala que falava sobre os 52 anos de existência e luta UNITA a uma audiência de jovens estudantes em Viana, assegurou que o seu Partido estava cada vez mais forte, sólido e preparado para governar Angola nos próximos tempos.
“É uma questão de tempo. São 52 anos, e o partido está cada vez mais forte, cada vez mais sólido, depois de termos vivido momentos muito difíceis da nossa história, enquanto partido. Hoje nós sentimo-nos muito mais próximos de governar Angola nos próximos tempos, quando a outra formação está com o uma série de dificuldades, problemas, dinheiros roubados, enfim, e a população tem consciência disto”, afirmou, sublinhando que o povo quer viver bem, ter um bocado de estabilidade, e sobretudo ter capacidade de poder sonhar com o futuro que cada um quer construir, para si e para a sua família. “Nós damos esta garantia, mas o MPLA já não”, sentenciou Alcides Sakala.
O responsável demonstrou que o seu partido tem condições para governar o país, olhando para a previsibilidade de incumprimentos das promessas feitas pelo MPLA e pelo novo Presidente da República.
“O MPLA criou um ambiente de incertezas permanentes. Como dizíamos, o país tem muitos problemas de má gestão que estão agora provados. Demos algum tempo de benefício de dúvida ao novo Presidente eleito, o senhor João Lourenço, mas parece que as dificuldades sistémicas que ele está a enfrentar impossibilitam-lhe cumprir algumas promessas que ele foi fazendo, durante os Cem dias, portanto, de graça, e que não conseguiu”.
De acordo com Alcides Sakala, “Tudo isto é uma vantagem para a UNITA que se assume cada vez mais, como uma força de alternância no nosso país, e temos a certeza que com a experiência acumulada, em 2022 temos todas as condições para podermos ser governo e governarmos o nosso país”.