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martes, 7 de agosto de 2018

Presidente Samakuva aconselha classe política dominante a ter grandeza moral


Presidente Samakuva aconselha classe política dominante a ter grandeza moral
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O Presidente da UNITA afirmou sábado, durante as celebrações do 84º aniversário natalício do Dr. Jonas Savimbi que a luta pela construção da Nação só será bem-sucedida se a for feita com patriotismo, sentido de Nação plural e grandeza moral.

Aconselhou os actores políticos angolanos a não repetir os erros do passado em durante a luta anticolonial, falharam em compreender que podiam divergir nos métodos de luta mas nunca deviam perder a capacidade de se unir em torno dos valores transcendentais da unidade nacional para a construção da Nação.

“Hoje, 50 anos depois, não devemos nunca mais perder de vista o essencial. O essencial é reconhecermos que todos os povos tiveram as suas guerras fratricidas e que não há guerra que não destrua. O essencial é reconhecer que em todas essas guerras de irmãos, em todos os conflitos de família, não há apenas um único culpado. Das nossas guerras e destruições, dos futuros mutilados e dos sonhos destruídos, culpados somos todos, responsáveis somos todos e vítimas somos todos. O essencial é a unidade nacional para a construção da Nação angolana. O essencial é honrarmos o passado e a nossa História comum. É aprendermos dos erros da história e dos falhanços do Estado na construção da Nação”.

Dirigindo-se à juventude, Isaías Samakuva disse que a história que lhes é contada sobre o Dr. Jonas Malheiro Savimbi não é verdadeira.

A verdadeira história, explicou, ainda não está escrita e quando for escrita a juventude aprenderá que muitos tidos como heróis, não foram nada heróis.

“Uns nunca existiram, outros foram vilões, outros ainda nunca combateram, aproveitaram-se do momento. Aprenderão também que, afinal, Savimbi aceitou, sim senhor, os resultados eleitorais, em 1992, que as causas da guerra foram outras e que a vontade de muitos de delapidar Angola é antiga e só inventaram histórias falsas sobre a UNITA e seu Fundador para continuarem a delapidar as riquezas de Angola”, pontuou o líder do Galo Negro.

De acordo com o mais alto da UNITA, a história de vida do Dr. Jonas Malheiro Savimbi está intimamente ligada à luta secular dos povos africanos pela liberdade, pela igualdade e pela dignidade, no concerto das Nações.

“Nacionalista implacável, Savimbi tinha Angola como uma constelação de pequenas nações, um mosaico multicultural, cujos povos deviam negociar um pacto social, um compromisso para a construção da Nação angolana, sua única Pátria, indivisível. Nenhum grupo étnico devia procurar hegemonia e impor-se aos outros para beneficiar sozinho das riquezas de Angola. Jonas Savimbi defendia que a Pátria deveria ser igual para todos e beneficiar a todos. Daí a necessidade dos filhos de Angola se unirem para juntos construírem uma Nação, um Destino, um futuro comum”, precisou.

Inconformado com as falsidades criadas pela máquina de propaganda do MPLA, em torno da figura do Dr. Jonas Savimbi e da sua luta, o Presidente da UNITA reconhece, com tristeza, que algumas pessoas gostam de destacar apenas aspectos menos positivos da vida do Dr. Savimbi para diminuir a sua dimensão histórica.

Na avaliação histórica dos feitos dos fundadores da nossa nacionalidade, segundo Isaías Samakuva, dimensão humana, que é carnal, nunca se deveria sobrepor à dimensão política e patriótica, aquela que encerra a prossecução dos valores e dos interesses colectivos.

“Se não agirmos assim, iremos um dia destacar o recurso a rituais de sacrifícios humanos, seguidos pela Rainha Nzinga, em vez de privilegiar e valorizar o seu heroísmo e visão no campo militar. Iremos destacar as fraquezas humanas do Grande Rei do Congo, Afonso I, e sua participação no comércio de escravos, em vez da sua argúcia na negociação dos Tratados que firmou com os portugueses, para a segurança do Reino e para o desenvolvimento da economia”, aconselhou.

Quanto ao Dr. Agostinho Neto, cuja dimensão humana também revelou fraquezas, Isaías Samakuva entende que Angola deve realçar o seu papel fundamental na defesa do nacionalismo angolano e na proclamação da independência política, mesmo violando os Acordos firmados, ou o carácter autoritário de sua liderança.



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