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martes, 7 de agosto de 2018

UNITA reclama reconhecimento formal dos feitos do Dr Jonas Malheiro Savimbi

UNITA reclama reconhecimento formal dos feitos do Dr Jonas Malheiro Savimbi
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O Presidente da UNITA afirmou este sábado 4 de Agosto de 2018, não haver razão alguma que justifique que os feitos históricos do Dr. Jonas Malheiro Savimbi, reconhecidos pela África e pelo mundo, não sejam reconhecidos formalmente pelo Estado angolano que ele próprio ajudou a erigir e do qual é cofundador.

Falando aos militantes, simpatizantes e amigos da UNITA, por ocasião das celebrações do 84º aniversário natalício do líder fundador, Isaías Samakuva emalteceu os feitos do Dr Jonas Savimbi e sublinhou que “não há razão alguma para que o Estado angolano mantenha Jonas Malheiro Savimbi preso, mesmo depois de morto.

“A prisão dos restos mortais do cofundador da República de Angola pelas autoridades da República de Angola constitui um testemunho gritante da política de exclusão entre irmãos e simboliza a necessidade imperativa da genuína reconciliação nacional. Significa que a República ainda luta contra si própria e que os angolanos ainda não são um só povo, uma só Nação”, disse Isaías Samakuva, defendendo a necessidade de ser ultrapassada esta fase triste da história de Angola.

O líder da UNITA acredita que Angola unida e reconciliada será mais forte, mais legítima e mais rica.

“Será mais respeitada pela comunidade das Nações, seja na Commonwealth, seja na Francofonia, seja no seio dos BRIC.”, sentenciou, aapelando o Presidente João Lourenço a “capitalizar este momento histórico e potenciar as pontes de diálogo para um novo Pacto social que nos conduza a uma efectiva reconciliação nacional”.

Voltando aos feitos do Dr Jonas Savimbi, o Presidente Samakuva recordou que o falecido líder da UNITA foi um homem culto, abnegado e destemido, que marcou de forma decisiva e inapagável o curso da História política de Angola e da África Austral.

“Amado por muitos, odiado por outros mas respeitado por todos, Savimbi deixou-nos um legado que devemos estudar”, prosseguiu Isaías Samakuva, destacando que os seus feitos ainda falam depois de morto.

”A justeza da sua luta é sentida por todos. A sua intransigência na defesa dos valores da angolanidade, da boa governação e da justiça social são exemplos vivos da sua fé na capacidade dos angolanos construírem o seu destino. Somos um povo, temos uma Pátria, queremos um destino”, continuou o Presidente da UNITA.

De acordo com Isaías Samakuva, Jonas Savimbi dedicou a sua vida inteira à causa dos oprimidos.

“Colocou os recursos públicos que controlava ao serviço do povo sofredor. Não roubou nem desviou fundos para o estrangeiro. O seu objectivo como servidor público não era enriquecer nem servir a si próprio e à sua família. Era realizar os angolanos. Este é um dos legados do Dr. Jonas Malheiro Savimbi”, afirmou, avançando que o líder fundador da UNITA combateu de forma consistente a corrupção, o peculato e a impunidade.

O líder da UNITA afirma que os danos que a guerra causou até 2002, são inferiores àqueles causados pela corrupção e pela má governação, directa e indirectamente. Seja pelas rupturas do sistema de saúde e de educação, seja pela desnutrição das crianças devido aos roubos dos governantes, seja principalmente pela destruição do sistema de valores.

Na senda do reconhecimento dos feitos do Dr Jonas Savimbi, o actual líder da UNITA recordou o presidente fundador combateu o tribalismo, as assimetrias regionais, a intriga e a indisciplina. Combateu vigorosamente a exclusão, a desaculturação dos angolanos e a sua divisão em angolanos de primeira e angolanos de segunda. Este é outro legado do Dr. Jonas Malheiro Savimbi.

“Savimbi promoveu a descentralização para assegurar a eficiência na administração dos assuntos públicos locais. Organizou as comunidades e do nada construiu unidades territoriais com administração própria, similar às autarquias locais, em todo o território da sua administração”, prosseguiu Isaías Samakuva para quem honrar hoje a memória de Jonas Malheiro Savimbi significa estabelecer imediatamente as autarquias locais. Significa fiscalizar e auditar a divida pública, reduzir a inflação, parar com os roubos e com a impunidade daqueles que utilizam o Estado para se governarem a si próprios.

Significa, ainda, segundo o político, transformar radicalmente o sistema de educação, o sistema de saúde e o sistema nacional de segurança social, canalizar os investimentos produtivos para o interior do país, parar o crescimento anárquico de Luanda e promover a criação de cidades ecológicas, economicamente sustentáveis.

Segundo Isaías Samakuva, o maior legado de Jonas Malheiro Savimbi é sem dúvida a conquista da nacionalidade angolana para todos os povos de Angola.

“É a própria República de Angola, representada hoje pelo seu Estado democrático de Direito, qual instrumento principal para a construção de uma sociedade justa, de paz e de justiça social que promova o desenvolvimento do país e a dignidade da pessoa humana”, sustentou.
www.unitaangola.org