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jueves, 6 de septiembre de 2018

País continua registar aumento da Pobreza

País continua registar aumento da Pobreza
Costa-Junior 06 de Setembro de 2018.jpg
A constatação é do Grupo Parlamentar da UNITA que realizou nesta terça-feira, 04 de Setembro de 2018 mais uma conferência de imprensa para partilhar através dos jornalistas, com todos os angolanos e com o executivo e restantes instituições do país, uma radiografia e algumas sugestões relevantes da situação económica e social, tal como esclareceu o Presidente do Grupo Parlamentar desta força política, Adalberto Costa Júnior que presidiu o encontro.

De acordo com o responsável parlamentar, “Um olhar atento ao país indica que continuamos a não apresentar indicadores de recuperação da grave crise social e económica. O país não apresenta crescimento económico, os trabalhadores e as famílias perdem diariamente poder de compra, pela permanente desvalorização do kwanzas. Mais grave, os empresários nacionais debatem-se com a falta de incentivos ao investimento, prevalecendo conflitos e reclamações pelo não pagamento da dívida que lhes é devida e com a cobrança nesse mesmo período do pagamento dos impostos, levando-os ao desespero”.

Adalberto Costa Júnior defendeu, na ocasião, maior apoio do executivo aos empresários nacionais, olhando pela crise económica que afecta a classe.

“São realmente muitas as empresas que têm fechado as portas e outras na iminência de o fazerem. É de todo muito urgente o executivo direcionar aos empresários nacionais, com vocação empresarial e não aos governantes empresários, o essencial dos fundos adquiridos em empréstimos e do diferencial do petróleo”, insistiu o líder parlamentar.

Adalberto Costa Júnior que apresentou o trabalho de investigação e pesquisa do seu Grupo Parlamentar, afirma que a taxa de crescimento da população de cerca de 3,6%, portanto superior ao crescimento do PIB(2,3%), significa que o país continua a registar um aumento da pobreza. E um país cuja riqueza cresce menos do que a população não tem como reduzir a pobreza e aumentar o bem-estar. É importante notar que desde a divulgação do IBEP (Inquérito de Bem Estar e da Pobreza) em 2014, nos 3 anos subsequentes, isto é, em 2015, 2016 e 2017, o rendimento médio por habitante reduziu em -1,8%, -6,4% e -5,2%, respectivamente. Portanto, a pobreza em Angola vem aumentando ano após ano.

“Relativamente ao desempenho orçamental, os indicadores apontam para o agravamento da dívida no próximo OGE tendo em conta os acordos com o FMI e a intenção de se obter mais empréstimos (China, Alemanha, e outros). Enquanto não se fizer transparência sobre a Dívida Pública, o cenário poderá ser um verdadeiro desastre para o país, pois existe o risco real da manutenção de vícios. Acreditamos que se o Executivo aprovasse a proposta da UNITA sobre o Regime Extraordinário de Regulação Patrimonial, os capitais a repatriar cobririam em grande parte as necessidades para as quais se recorre agora ao estrangeiro. O certo é que mesmo a Lei aprovada pelo MPLA não garante o retorno de fundos para os cofres do Estado”, disse.

O líder parlamentar da maior força política na oposição augura que, quanto ao acordo com o FMI, encorajamos uma negociação que permita um acordo sem prejudicar nem o emprego nem o salário dos funcionários e trabalhadores angolanos.
www.unitaangola.org