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domingo, 20 de julio de 2014

20/07/2014 - ANGOLA: Ministro em braço-de-ferro com Kopelipa e Dino

Ministro em braço-de-ferro com Kopelipa e Dino

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Lisboa - Um “outlook” da realidade política angolana revela a existência de um braço-de-ferro entre o ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, e colaboradores directos do Presidente José Eduardo dos Santos. Em causa, conforme se avança, estarão as vicissitudes no processo de privatização do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB). 
Fonte: Club-k.net
Tomás recusa entregar CFB ao circulo presidencial
Entidades próximas a Manuel Vicente, Helder Vieira Dias “Kopelipa” e Leopoldino do Nascimento “Dino”, identificados como interessados em “ficar” com o CFB, atribuem o atraso do processo, a obstruções e a atitudes de má vontade do ministro Augusto Tomás
No seguimento do  anúncio de planos do Governo, tendo em vista a privatização  de empresas públicas,  o trio próximo ao Presidente da República, foi visto em movimentações.   Refere-se  que entre  as modalidades aventadas,  pelos mesmos, a preferência seria  o estabelecimento de uma  (Parceria Publica Privada (PPP) com o Estado.
O titular da pasta dos Transportes, que se opõem a visão do circulo presidencial, defende a fusão das principais empresas de caminhos-de-ferro do país, tendo em vista a venda parcial do seu capital a investidores privados. Na visão do governante, uma  nova empresa resultaria da fusão dos Caminho-de-Ferro de Benguela, Caminho-de-Ferro de Luanda e Caminho-de-Ferro de Moçâmedes, que dariam os Caminhos-de-Ferro de Angola.
No entender  de Augusto Tomás, o Estado angolano ficaria com as infra-estruturas, cabendo às empresas a exploração comercial do serviço ferroviário nas suas diversas componentes.
O ministro, segundo pareceres seus em meios competentes, entende que não pode mesmo ceder a privatização do CFB, sem o consentimento do Chefe do Executivo tendo em conta implicância do assunto. 
Por outro lado, entidades próximas ao circulo presidencial sugerem que para por fim ao braço-de-ferro existente, o ministro deve simular a realização de um concurso público, com pelo menos três empresas (duas fantasmas e uma ligada ao circulo presidencial), para que o mesmo ganhe espaço de anunciar a empresa que ficaria com o CFB. Uma segunda sugestão seria a assinatura de um contrato na qual entregava a gestão do CFB, a este grupo ligado a presidência para um período de tempo determinado.
O Caminho-de-Ferro de Benguela, com 1 344 quilómetros, liga o porto do Lobito, na costa atlântica, à povoação fronteiriça do Luau e o Caminho-de-Ferro do Namibe, com 756 quilómetros, faz a ligação entre a cidade de Namibe (antiga Moçâmedes) e Menongue (antiga Serpa Pinto).