Declaração oficial da República de Angola na cimeira de líderes EUA/África
- Categoria Política
- 08 agosto 201
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
DECLARAÇÃO
OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA NA CIMEIRA DE LÍDERES EUA/ÁFRICA, A TER
LUGAR EM WASHINGTON DC, DE 4 A 6 DE AGOSTO DE 2014
Luanda
- A República de Angola e os Estados Unidos da América (EUA)
estabeleceram relações diplomáticas em Maio de 1993, data que marcou uma
nova era entre os dois países, assentes no respeito mútuo e na defesa
de interesses comuns.
Transcorridos
mais de 20 anos, as relações diplomáticas entre Angola e os EUA
reflectem-se hoje no volume de negócios entre os dois países cujas
transacções cresceram, significativamente, sem contar com os grandes
investimentos de empresas norte-americanas que têm em Angola,
principalmente nos sectores dos petróleos e gás.
Em
2009, Angola e os EUA assinaram um Acordo Geral de Comércio e de
Protecção de Investimentos Recíprocos para favorecer a fluidez dos
investimentos e de relações comerciais entre os dois países, bem como
criar a dinâmica necessária entre as suas empresas, com vista à
estreitar cada vez mais a cooperação bilateral.
Em
Junho de 2010, com a entrada em vigor do Acordo Quadro de Comércio e
Investimento binacional, ou TIFA (sigla em inglês), os Governos de
Angola e dos EUA têm vindo a trabalhar para melhorar o clima
empresarial, que tende atrair mais investidores e promover o aumento do
comércio.
Desde o fim do conflito
armado em Angola, em 2002, as exportações angolanas para o mercado
norte-americano passaram de 3,1 biliões de dólares para 8,7 biliões de
USD em 2013, fundamentalmente crude e derivados de petróleo e diamantes.
Enquanto as importações subiram de 374,2 milhões de dólares em 2002,
para 1,5 biliões de USD em 2013, especialmente em maquinarias industrial
e carnes (aves).
Em Julho de 2010,
Angola e os EUA assinaram um acordo em Washington DC, que formalizou a
parceria estratégica entre os dois países de modo a promover os seus
interesses nacionais e servir os interesses estratégicos comuns.
O
Governo de Angola considera importante o “Acordo de Diálogo de Parceria
Estratégica”, uma vez que este entendimento diplomático é consentâneo
com o momento que o mundo atravessa hoje, e que se inscreve não apenas
na dinâmica da reconstrução nacional imprimida pelo Governo Angolano,
mas também numa perspectiva mais ampla do projecto de desenvolvimento
nacional e da projecção do País (Angola) no plano internacional.
É
nesta perspectiva que tem havido discussões de interesse comum, entre
os dois países, no que concerne à Paz e Segurança, à Segurança
energética e ao combate à pobreza, ao HIV e à malária.
O
progresso das relações bilaterais e da parceria estratégica deve-se a
um conjunto de factores em que os seus interesses se convergem em várias
áreas políticas e socioeconómica e assentam nos princípios do respeito
mútuo, da responsabilidade mutua e dos interesses mútuos.
Pelo
seu papel e importância no Continente africano e no mundo, Angola é um
parceiro estratégico dos EUA. Razões históricas, interesses e
preocupações comuns de Paz, segurança e desenvolvimento neste mundo
global vão continuar a construir uma base forte e politicamente
pragmática para um reforço cada vez maior das relações bilaterais entre
Angola e os EUA.
No domínio da área
geopolítica, Angola tem vindo a reforçar as suas instituições
democráticas no País e tem desempenhado no mundo, particularmente em
África, a promoção e consolidação da Paz, estabilidade e desenvolvimento
nas regiões a que pertence, sendo presidente em exercício da
Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRG), desde
Janeiro de 2014.
A contribuição de
Angola na prevenção e resolução de conflitos no continente africano pela
via do diálogo, nomeadamente na República Democrática do Congo (RDC),
República Centro Africana (RCA) e Sudão do Sul e o seu compromisso com
as Nações Unidas e a União Africana (UA), relativamente ao trabalho que
tem desenvolvido junto dos seus órgãos, nomeadamente, Conselho dos
Direitos Humanos da ONU, do Conselho de Administração do PNUD, do CDF,
do FNUAP, dos UNOP’S, da UNWOMEN e do Conselho de Paz e Segurança da UA,
foi relevante à sua candidatura a Membro Não-Permanente do Conselho de
Segurança das Nações Unidas, no período de 2015/2016.
A
candidatura de Angola a Membro Não-Permanente do Conselho de Segurança
das Nações Unidas deveu-se à sua longa tradição de abertura ao mundo e
pela sua própria experiência como Nação, e pelo contínuo apoio ao
trabalho das Nações Unidas e as iniciativas das Organizações regionais
no combate ao crime organizado e transnacional e, terrorismo
internacional, reforçando os mecanismos internacionais para a prevenção e
mediação de conflitos.
Angola
considera a Paz e Segurança como premissas fundamentais para o
Desenvolvimento, a Democracia e promoção e respeito dos Direitos
Humanos.
A República de Angola
assume-se simultaneamente como um factor de Paz, segurança regional e
mundial, agindo como parceiro justo disposto a partilhar interesses, a
cooperar com vantagens recíprocas na construção de um Mundo cada vez
melhor.
No domínio socioeconómico,
Angola é um país em paz, com várias oportunidades de negócios. Durante
os últimos cinco (5) anos, a economia angolana registou um rápido
crescimento na média de 18 por cento ano, considerando-se como uma das
mais dinâmicas economias do mundo.
O
desenvolvimento de Angola está assente por onze grandes prioridades de
desenvolvimento económico, definidas no Plano Nacional de
Desenvolvimento (PND) 2013-2017, que prevê investimentos consideráveis
em infra-estruturas para promover diversificação da economia, melhorar
as condições de vida das populações e diminuir as assimetrias entre as
diferentes regiões do País.
O Governo
Angolano adoptou políticas económicas que prevêem a eliminação de
restrições à oferta de bens e serviços, concessão de incentivos fiscais
ao investimento produtivo, e a nova lei do investimento privado tem dado
bons resultados razão pela qual a República de Angola situa-se no topo
dos países que mais crescem em África e com as melhores condições para
se investir.
No âmbito da Estratégia
Nacional de Combate à Pobreza em curso no País, o Governo Angolano
reduziu, de forma considerável, os índices de pobreza no País. A taxa de
pobreza em Angola diminuiu de 63 por centos (em 2002), para 38 pontos
percentuais (em 2009). Esta proeza levou Angola a cumprir o primeiro
objectivo do Desenvolvimento do Milénio (ODM).
Em
relação a política juvenil em curso no País, a Constituição da
República de Angola estabelece a Lei de base sobre o desenvolvimento das
Políticas para a Juventude, com destaque às questões do ensino,
formação profissional, cultural e ao acesso à habitação, às tecnologias
de informação e comunicação, à educação física e desportos, mobilidade,
transportes e prevenção rodoviária, saúde, segurança e delinquência
juvenil, participação política e cidadania, bem como ao aproveitamento
dos tempos livres da Juventude.
Para a implementação destes programas, o Governo Angolano liderado por Sua Excelência Eng.º José Eduardo dos Santos, instituiu o Fórum Nacional de Auscultação à Juventude, para abordar e facilitar os processos que têm a ver com a sua inserção na sociedade.
A execução do Plano Nacional de Desenvolvimento da Juventude 2014/2017 apresenta indicadores satisfatórios de registos no primeiro semestre de 2014, com a criação de um total de 141.294 empregos para jovens dos 18 aos 35 anos, nos sectores da economia e da administração pública.
O Governo Angolano espera criar até 2017, à luz do Plano Nacional de Desenvolvimento da Juventude, mais de 1.000.000 de empregos directos, com a definição de legislação que facilite que os jovens sejam beneficiários, sem constrangimentos de nenhuma ordem, pelos empregadores no acesso ao primeiro emprego.
Para terminar, o Governo de Angola, que participa nesta cimeira com uma delegação de alto nível, representada por Sua Excelência Engº Manuel Domingos Vicente, Vice-Presidente da República, deixa uma palavra de apreço à administração norte-americana, liderada por Sua Excelência Presidente Barack Obama, por esta louvável iniciativa, cujo objectivo visa projectar uma cooperação forte com todos os países africanos, capaz de responder às preocupações quotidianas da Paz, Segurança e Desenvolvimento a nível mundial e das novas gerações, no que concerne às suas perspectivas de trabalho, ao seu futuro pessoal e familiar, à sua segurança, entre outras, num mundo cada vez mais globalizado.
Para a implementação destes programas, o Governo Angolano liderado por Sua Excelência Eng.º José Eduardo dos Santos, instituiu o Fórum Nacional de Auscultação à Juventude, para abordar e facilitar os processos que têm a ver com a sua inserção na sociedade.
A execução do Plano Nacional de Desenvolvimento da Juventude 2014/2017 apresenta indicadores satisfatórios de registos no primeiro semestre de 2014, com a criação de um total de 141.294 empregos para jovens dos 18 aos 35 anos, nos sectores da economia e da administração pública.
O Governo Angolano espera criar até 2017, à luz do Plano Nacional de Desenvolvimento da Juventude, mais de 1.000.000 de empregos directos, com a definição de legislação que facilite que os jovens sejam beneficiários, sem constrangimentos de nenhuma ordem, pelos empregadores no acesso ao primeiro emprego.
Para terminar, o Governo de Angola, que participa nesta cimeira com uma delegação de alto nível, representada por Sua Excelência Engº Manuel Domingos Vicente, Vice-Presidente da República, deixa uma palavra de apreço à administração norte-americana, liderada por Sua Excelência Presidente Barack Obama, por esta louvável iniciativa, cujo objectivo visa projectar uma cooperação forte com todos os países africanos, capaz de responder às preocupações quotidianas da Paz, Segurança e Desenvolvimento a nível mundial e das novas gerações, no que concerne às suas perspectivas de trabalho, ao seu futuro pessoal e familiar, à sua segurança, entre outras, num mundo cada vez mais globalizado.
Aos líderes africanos
participantes nesta Cimeira o nosso voto de solidariedade e de esperança
num futuro melhor para os nossos povos e países, estabelecendo
parcerias assentes numa estratégia conjunta EUA-África.
Bem Haja!