Vice-presidente
nacional da Liga da Mulher Angolana (LIMA), organização feminina do
partido da Unita, Helena Bonguela Abel acusa Presidente da República de
ordenar essas acções.
A vice-presidente nacional da Liga da Mulher Angolana(LIMA),
organização feminina do partido da Unita, Helena Bonguela Abel
considerou preocupante o elevado o índice de violência sob intolerância
política na província do Uíge.
LIMA acusa autoridades de tentarem impedir reunião - 2:21
Helena Bonguela, que falava no ultimo sábado à VOA no âmbito da
realização do 12º acampamento regional da LIMA que decorreu de 5 a 7 do
mês em curso na cidade do Uíge, manifestou o seu descontentamento pelo
clima de intolerância política constatado na região.
O descontentamento surge pelo facto de algumas individualidades do
Governo local, liderado pelo partido no poder, tentarem impedir a
realização da sua actividade política no local programado.
“Infelizmente encontramos um ambiente não propicio e constatamos que
essa província do Uíge ainda pactua com a intolerância política, é assim
que a nossa actividade começou mais tarde porque tivemos de estar de
novo com algumas individualidades governamentais que foram se
justificando a sua maneira tudo para impedir a realização da nossa
actividade”, disse Helena Bonguela Abel.
A vice-presidente da Liga da Mulher Angolana afirmou ainda que as
mesmas individualidades governamentais que tudo faziam para impedir a
realização do acto da sua organização ameaçavam transportar os populares
que participaram da mesma actividade nas pás escavadoras das máquinas
de obras de construção civil em caso de não abandonarem o local.
Helena Bonguela considerou a acção como sendo uma orientação
vertical proveniente do Presidente da República e do partido no poder
José Eduardo dos Santos, por se tratar de uma acção conjunta que se tem
vindo a constatar nas demais província do país.
“Há aqui uma orientação vertical, acredito que as entidades
provinciais estão a cumprir uma ordem de um único homem e nós sabemos
quem é este homem, é José Eduardo dos Santos, isto sente-se aqui e nos
últimos dias por Angola toda, e é por isso que estamos a dizer que é uma
orientação vertical”, acusou aquela responsável que condenou as
atitudes do Presidente da Republica.
A VOA no Uíge tentou contactar membros do partido no poder na província mas sem sucesso.