Caros companheiros Delegados ao XII Congresso do nosso glorioso Partido
Exmos. Senhores representantes das organizações da sociedade civil
Exmos senhores representantes dos Partidos Políticos
Exmos Senhores Representantes dos Governos estrangeiros
Ilustres Convidados
Angolanas e angolanos:
Muito obrigado a todos.
Obrigado
a todos os meus companheiros da UNITA que vieram de todas as províncias
e municípios do país, e também do estrangeiro, para me transmitirem
confiança e me conferirem um mandato para uma missão especial.
Muito
obrigado também à minha querida esposa, Inês Samakuva, minha
companheira de todas as horas, que aceita todos estes sacrifícios de ser
esposa de um politico apostado em servir o seu povo e o seu país.
Muito obrigado, Inês!
Gostaria de dirigir uma saudação especial
aos dois meus companheiros que tornaram possível esta vitória da UNITA:
em primeiro lugar, o companheiro Lucamba Paulo Gato, um exímio
negociador, que num dos momentos mais difíceis da vida do nosso Partido
conseguiu atravessar a ponte de uma era para outra, mantendo intacta a
unidade do Partido. Conto com a sua inteligência, a sua capacidade
organizativa, a sua lealdade, para integrar a equipa de dirigentes que
conduzirá a UNITA à vitória em 2017.
Em segundo lugar, o
companheiro Abílio Kamalata NUMA, um jovem amadurecido pelo combate e
temperado pelas vicissitudes da luta. Acabou de travar mais um combate.
Pode não ter tido os resultados que desejava, mas eu diria que o
Camarada Numa ganhou. Ganhou porque terá aprendido muito neste processo,
tal como todos nós. Ganhou, porque fez a UNITA ganhar. E quando a UNITA
ganha, ganhamos todos.
Também conto com a sua inteligência, a
sua coragem e a sua lealdade, para integrar a equipa de dirigentes que
conduzirá a UNITA à vitória em 2017.
Caros companheiros:
Não
se trata, no fundo, de uma vitória eleitoral. O que se passou aqui foi
uma cerimónia de outorga de um documento, uma guia de marcha, que nos
habilita a concluir a missão que me foi atribuída de conduzir a UNITA ao
ponto de chegada. Esta guia de marcha é que se chama MANDATO.
E
vocês mostraram mais uma vez que a inteligência do povo não está nos
livros, nem nas teorias políticas ou nos títulos académicos. Está, está
no bom senso. O povo sabe que não é do seu interesse limitar a validade
da Guia de Marcha numa altura em que ele está quase a chegar ao seu
destino.
Menongue foi o ponto de partida. A Cidade Alta é o ponto de
chegada. Já estamos em Luanda. Precisamos apenas de entrar na Cidade
Alta. Quem tem a chave é o povo. E o povo diz-nos que tem o seu coração
preparado para entregar as chaves à UNITA, mas quer que a UNITA esteja
unida e trabalhe unida. Trabalhe também com os outros, que olhem por
esta nossa Angola e cuidem desta herança grandiosa dos nossos
antepassados.
E nós dizemos: PRONTO.
E este mandato não podia ser mais claro e inequívoco. Muito obrigado pela confiança.
A
UNITA falou, com voz firme e inconfundível para definir o rumo que
devemos seguir. E este nao é um mandato qualquer. Quer pela sua
expressividade, quer pela intensidade, sentimos que este mandato visa
preparar a UNITA para concretizar mais uma missão histórica da
nacionalidade angolana.
Esta missão, ao que tudo indica, é unir
as forças vivas do país para resgatar a Pátria e promover o renascimento
de Angola. É estruturar e concluir o diálogo nacional sobre os
fundamentos para o imperativo do renascimento de Angola.
Se foi a
UNITA que causou a mudança de modo silencioso, já não poderá ser a
UNITA sozinha a concretizar a mudança. Até pode não ser a UNITA a passar
à frente. Podem ser outros. O importante é que estejamos unidos no
propósito e na acção. Unidos no tipo de mudança que Angola precisa,
unidos na forma de operar a mudança e unidos nos beneficiaries da
mudança.
Uma mudança profunda, com sólidos alicerces, e de longo
alcance. Mudança que produza o resgate da Pátria, a reforma do Estado e o
renascimento de Angola.
Uma mudança pacífica, sem revanchismo
nem ressentimentos. Mudança com humildade, civilidade e grandeza moral.
Mudança que respeita e protege tanto o que já foi construído como os
seus construtores. Mudança que garanta confiança e segurança a todos.
Quer aos filhos de Angola que têm Angola como sua única Pátria, quer a
todos os que decidiram escolher Angola como sua segunda pátria, com ou
sem dupla nacionalidade.
Fazer renascer Angola não é tarefa de um
partido politico, mas também não é tarefa para as estruturas do regime
actual. É uma missão histórica, atribuída a todos os povos de Angola,
organizados como partidos politicos, como sociedade civil, ou não
organizados.
É uma missão sagrada, a ser empreendida por todos,
em nome de todos e para o benefício de todos. Aprendendo dos erros da
história para construir o futuro com os olhos secos. Com a inocência de
Alvor e com a esperança de Bicesse, mas com a visão de Martin Luther
King e a sabedoria de Nelson Mandela.
A UNITA tornou-se uma
força política pacífica, promotora e defensora da democracia, dos
direitos humanos, da soberania popular, do Estado de direito e da boa
governação.
E vocês conferiram-nos este mandato para dizer ao
mundo que querem que a UNITA continue como principal factor da
estabilidade em Angola.
Querem que os angolanos deiam à UNITA a
oportunidade de governar Angola. Querem que a comunidade internacional
volte a ter confiança na UNITA. Porque nós estamos preparados para
governar Angola e cooperar com a comunidade internacional.
Meus amigos:
Agora
que o XII Congresso terminou, não há mais apoiantes desta ou daquela
candidatura. Só há membros e dirigentes da UNITA. Todos somos UNITA,
membros de uma só candidatura, aquela que vai disputea a vitória em
2017.
Fomos adversários durante uns dias, mas não deixamos de
ser irmãos e companheiros da mesma trincheira. SOMOS E CONTINUAREMOS A
SER IRMÃOS PARA SEMPRE.
Vamos todos trabalhar para a UNITA,
erguer a bandeira da UNITA e defender o Programa da UNITA. Vamos
trabalhar unidos para fazer renascer Angola.
Muito obrigado a todos.
Vamos todos preparar a UNITA para disputar a vitória nas eleições gerais de 2017.
Muito obrigado.