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martes, 5 de julio de 2016

Deputado José Pedro Kachiungo acusa Executivo de formar angolanos para mentirem

Fonte :Unitaangola


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O integrante da casa das leis discursava neste fim-de-semana, 02 de Julho de 2016, na cidade do Huambo, durante o acto político de massas que marcou a abertura da quadra festiva do aniversário da JURA, organização juvenil da UNITA, nesta região do país, em que criticou o mau estado de governação em que o povo está relegado por parte dos governantes e pelo chefe do executivo angolano, José Eduardo dos Santos.

"Que governo é esse que ensina os médicos a mentir? Obriga os enfermeiros a mentir: que governo é esse? Estamos a perguntar mesmo ao nosso mais velho Kundi Paihama, estamos a perguntar o nosso mais velho José Eduardo. Que Angola é essa onde um indivíduo anda na escola a estudar jornalismo para ser mentiroso; onde um jovem sai da casa da sua mãe para fazer a tropa, jura a bandeira para servir, você, o governante, lhe dá vassoura para limpar as ruas? Os nossos irmãos na polícia não deviam aceitar isso.


O polícia não é feito para varrer as ruas. O polícia foi feito para garantir a ordem e a tranquilidade dos cidadãos", explicou.
José Pedro Kachiungo encorajou aos militantes, membros e simpatizantes do seu partido e aos angolanos em geral, a terem coragem de dizer a verdade para mudar a actual situação em que se encontra a vida do cidadão nacional.

"A liberdade dos povos, a liberdade daqueles que sofrem: mesmo na bíblia, não foi conquistada com o medo. Foi conquistada a coragem e com a verdade. Nós temos coragem para falar, até morrer. Mas queremos ter a verdade para nos libertar. E, isso ninguém pode calar", realçou.

O representante do povo na Assembleia Nacional apelou a todos angolanos a adquirirem a coragem de fazerem a escolha perfeita durante o pleito eleitoral do próximo ano, e salvar o país.

"Se os militantes do MPLA não conseguem dizer dentro do MPLA que, estão a ser mal governados, nós compreendemos; até porque a vocação da UNITA é salvar os angolanos todos, independentemente da cor política de cada um. Mas para os angolanos se salvarem, independentemente da cor política de cada um, os angolanos têm que ter coragem na hora da escolha", incentivou.

José Kachiungo convidou os angolanos a reflectirem na governação do MPLA e nas suas promessas, bastante propaladas na campanha eleitoral de 2012, com o lema: "Crescer mais e distribuir melhor", afirmando de forma objectiva que, cinco anos depois, os angolanos ficaram sem nada.

"Você, por exemplo, que vende aqui no mercado da Alemanha faça uma comparação: o que é que era o mercado da Alemanha em 2012 e veja o que é que era o mercado da Alemanha em 2015. Cinco anos depois o que é que você colheu do produzir mais e distribuir melhor: te deram lá o que é? O que é que era a filha do presidente da república em 2012 e vejam o que é que era a filha do presidente da república em 2015? Nesse de produzir mais e distribuir melhor a filha do presidente da república ficou com o que é? Com tudo. E vocês os filhos de Angola ficaram com o que é? Com nada", afirmou.

O deputado da Bancada Parlamentar da UNITA não descartou de falar sobre o lixo que invade as várias artérias e locais públicos do território nacional, assim como para a degradação do comportamento da juventude, assegurando que o seu partido está presente para mudar o actual estado social e moral do dia-a-dia da população.

"Estamos aqui para negar: negar este rumo que querem dar as nossas vidas e negar este futuro que querem oferecer à nossa juventude; de coabitarmos com o lixo: um lixo que começa no palácio invade as ruas, os hospitais e querem também meter lixo na moral e na vivência das pessoas. Isto, nós não! Não é porque são do MPLA. Essa diferença hoje já não faz sentido. E, eu vim, estou a morar na casa da minha mãe; não consigo chegar com taxi em casa da minha mãe, porque o lixo não deixa. Mas lá onde a mãe mora, também mora militantes do MPLA", discursou o deputado do segundo maior partido em Angola.