A seca na província do Kwanza Sul está já a provocar mortes em alguns municípios revelaram sobas durante uma reunião com o governador.
O soba grande do município do Porto Amboím disse que “o que estamos a verificar nesse momento é já um pouco triste porque nós estamos a ver famílias que não conseguem alimentar-se duas vezes por dia”.
“Nós não vamos colocar o sim onde devemos colocar o não, pois, de facto, nas áreas rurais estamos a verificar até mortes em alguns casos sobretudo velhos”, afirmou acrescentando ainda que “na área da saúde, as doenças estão a aumentar”.
“Os rios também baixaram, não temos água”, completou.
Então, são preocupações que agora atrapalham até a administração municipal.
Na mesma vertente, o soba do Libolo Paulo Varanda deu a conhecer que na sua localidade existe uma praga que está a dizimar a mandioca, principal tubérculo que serve de sustento àquelas populações.
"São mais de 100 hectares de mandioca que desapareceram através do vírus mozaico da mandioca, disse.
No que diz respeito aos preparativos para as eleições, António Fitera secretário do ASSAT, disse que muitos se recusam a participar no registo eleitoral “justificando que não têm benefício com as eleições”.
“Qual é a causa: Apontam o desemprego, concurso público simulado, não acesso às escolas e formação académica e ou mesmo profissional”, acrescentou Fitera.
Os sobas queixaram-se ainda dos atrasos nos pagamentos de subsídios a que têm direito e na falta de pagamentos há dois anos do décimo terceiro mês
O governador da província Eusébio de Brito Teixeira ouviu e registou as preocupações tendo prometido levar as mesmas às instâncias superiores para se encontrar solução, sobretudo no que tem a ver com a seca.
O governador saudou este tipo de encontro porque, disse, "o Governo deve sempre ter a preocupação de falar com as autoridades tradicionais". | |