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sábado, 6 de mayo de 2017

Situação dos Jornalistas

Fonte :KUP
Situação dos jornalistas configura obstrução à liberdade de imprensa
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O Secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos denuncia obstruções no exercício do jornalismo no país.

Teixeira Cândido falava esta segunda-feira à imprensa sobre o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado pela 24ª vez nesta quarta-feira, 3 de Maio de 2017.

De entre os problemas a que fazem face os profissionais da classe em Angola, o Responsável Sindical apontou o impedimento que os jornalistas sofrem na Assembleia Nacional, de cobrirem livremente os debates parlamentares, afirmando que os jornalistas são confinados num quarto, de onde a partir de uma televisão (tela-gigante) acompanham as sessões parlamentares. O sindicalista considerou esta atitude da Assembleia Nacional como sendo uma das maiores aberrações contra os jornalistas.


“Os jornalistas que cobrem em Assembleia Nacional, um lugar por excelência, de pessoas que foram eleitas pelo povo, e que deviam ter a preocupação de comunicar para o povo e não para elas mesmas, os jornalistas são confinados num quarto, e a partir de uma televisão eles têm de ver, e aquilo é um circuito fechado, e depois com toda subjectividade de quem filma, e por carga de água é que vai filmar aquela e não aquela. Quer dizer, não se permite que os jornalistas estejam no emiciclo, onde há debates, onde se discute como em qualquer parte do mundo. Esta é uma das maiores aberrações que os jornalistas enfrentam hoje”.
O responsável fez saber que a questão da cobertura das sessões parlamentares por parte dos jornalistas, já havia sido remetida ao Presidente da Assembleia Nacional, que prometera resolver-se a situação com abertura do novo edifício, facto que até o momento não se cumpriu.

“O Sindicato dos Jornalistas Angolanos já reuniu com o Presidente da Assembleia Nacional, fez chegar essa questão, ao Presidente da Assembleia Nacional, havia promessa de que quando se fosse para o novo edifício essa barreira iria ser esbatida, o certo é que não, os jornalistas continuam confinados neste canto. Portanto, são estas questões que configuram hoje uma liberdade de imprensa crítica para nós”.

Para Teixeira Cândido, a questão da segurança das Nações Unidas também inclui no conceito da liberdade de imprensa, apontando haver questões práticas no dia-a-dia, do jornalismo angolano, de obstrução do trabalho do jornalista, que constituem crimes públicos, mas que não têm merecido a intervenção do Ministério Público.

“Há questões práticas, Colegas nossos da gazeta foram cobrir as manifestações, foram cobrir as demolições, por exemplo, no Zango, foram retidos por militares foram maltratados na perspectiva de que foram obrigados a carregar blocos, e não houve da parte do ministério público, por exemplo, por isto configura na realidade uma obstrução à liberdade de imprensa, se uma obstrução à liberdade de imprensa é um crime, e é um crime público e o Ministério Público não se fez sentir”.